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Itajubá – MG
2016
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
Itajubá – MG
2016
Dedicatória
A minha família
Minha namorada
E amigos.
“Eu prefiro sonhar grande, dá o mesmo trabalho que sonhar pequeno” – Jorge Paulo Lemann
Agradecimentos
Aos professores Paulo Marcio da Silveira e Ronaldo Rossi pela orientação e amizade.
A ONS e o Engenheiro Carlos Campinho pelo fornecimento de dados para realização desse
estudo.
This work presents the simulation of a real complex transmission system where shunt and series
compensations are used to increase transmission capability and system stability margin
improvement. The series compensation and its impact on the distance protection were the focus
of this study. Phenomena such as voltage and current inversion and the impact caused over the
protection were simulated, being observed distance protection overreach and the vulnerability
of the POTT teleprotection scheme. It is important to highlight the capacitor self-protection
importance for the cases studied. The modeling method and system validation through the short
circuit levels and load flow obtained through computer programs are explained in great detail.
A hardware-in-the-loop scheme, closed loop simulation, was used to verify the digital relays
performance when causing disturbances in the system.
Lista de Figuras
1.1 Proteção........................................................................................................................ 2
4. Resultados ......................................................................................................................... 71
4.5 Teleproteção............................................................................................................... 89
5. Conclusões ........................................................................................................................ 95
Referências ............................................................................................................................... 97
Apêndice A – Cálculo para Obtenção das Matrizes de Impedância de Sequência ................ 101
1. INTRODUÇÃO
O aumento da demanda por energia elétrica é uma tendência mundial, principalmente nos
países em desenvolvimento. Portanto, no Brasil, foi necessário que nas últimas décadas fossem
construídas grandes usinas, as quais são geograficamente distantes, formando assim os centros
geradores longe dos centros consumidores. Essas regiões geograficamente distantes são
interconectadas através de linhas de transmissão, criando grandes corredores de potência. A
Figura 1 mostra o Sistema Interligado Nacional (SIN).
O impacto ambiental para construção de novas linhas de transmissão e fatores econômicos,
fazem com que as linhas existentes operem da maneira mais eficiente possível, postergando
novos investimentos. Para isso, compensadores são utilizados de forma a aumentar a capacidade
de transmissão desses corredores.
1.1 PROTEÇÃO
Um sistema de proteção tem como objetivo principal maximizar a continuidade do
fornecimento e minimizar os danos a pessoal e equipamentos durante qualquer tipo de evento
anormal. Mesmo que fosse possível dimensionar um sistema capaz de suportar todos tipos de
situações anormais, economicamente isso não seria viável. Logo, o papel da proteção é detectar
o mais rápido possível os eventos prejudiciais ao sistema e tomar as decisões apropriadas. Além
disso, é necessário resguardar o sistema protegido contra a falha do próprio sistema de proteção,
ou seja: quando a proteção primária falhar, a proteção de retaguarda deve entrar em ação [1].
Em seu projeto um sistema de proteção deve atender aos aspectos básicos de proteção, os
quais são [2,3].
Confiabilidade: Capacidade do sistema de operar de maneira correta. É essencial que o
equipamento de proteção seja inerentemente confiável e que sua aplicação, instalação e
manutenção sejam tais a garantir seu funcionamento correto.
Seletividade: Garantir a máxima continuidade no serviço, com o desligamento mínimo
de equipamentos.
INTRODUÇÃO 3
campo. Como alguns desses benefícios tem-se número de funções em um único relé, auto
supervisão, oscilografia, integração com sistemas digitais, flexibilidade operacional,
adaptabilidade, são compactos, outros.
Em seus algoritmos estes dispositivos de proteção, hoje conhecidos como IEDs –
Dispositivos Eletrônicos Inteligentes, devem ser capazes de identificar os mais variados tipos
de fenômenos relativos ao equipamento protegido. No caso de linhas de transmissão onde
emprega-se compensação série fixa, fenômenos como inversão de tensão, inversão de corrente,
frequências subharmônicas podem ocorrer, e os relés devem ser capazes de trabalhar sob estas
circunstâncias [6].
1.3 MOTIVAÇÃO
Devido as características de sua matriz energética, fatores geográficos e sazonais, além
da diferença de densidade populacional fazem com que o Brasil possua grandes centros, ou
ilhas, geradoras e consumidoras, afastadas entre si por grandes distâncias, e como consequência
da periodicidade de chuvas e ventos, o fluxo de carga entre esses centros varia durante o ano.
Como mencionado, esses centros são interconectados por linhas de transmissão e
geralmente em mais de um circuito em torres distintas ou não. Devido a fatores econômicos e
INTRODUÇÃO 6
ambientais essas linhas possuem mecanismos para que sua capacidade de transmissão seja
aumentada, principalmente a compensação série fixa.
Esse tipo de compensação cria um nível de complexidade elevado nessas linhas de
conexão de sistemas. Fenômenos como inversão de tensão, inversão de corrente, frequências
subharmônicas, e outros são esperados. Estes criam um desafio para o sistema de proteção e,
consequentemente, para o engenheiro de proteção.
O tema apresentado é um tópico de estudo nos últimos anos. O trabalho [6] avaliou o
comportamento da proteção de distância em linhas de transmissão com compensação série fixa
através da simulação digital em tempo real. Apresenta a avaliação do comportamento da
proteção de distância instalada em duas linhas de transmissão em 500 kV onde utiliza-se
compensação, localizada na subestação São João do Piauí. Em [7] propõe-se um esquema de
retaguarda de proteção de distância para linhas com compensação série baseado na impedância
mútua (entre fases – Zm da matriz de impedâncias), uma vez que esta não é afetada pela
compensação. O método apresenta eficácia para faltas fase-terra e fase-fase-terra. Em [8] uma
análise é realizada em uma LT cuja compensação está localizada à 50% de seu comprimento
total. O método proposto em termos de proteção é baseado na componente DC da fase afetada
de modo a fazer uma determinação precisa da localização da zona de falta, ou seja, se ela está
antes ou depois do banco de capacitor, facilitando a operação do sistema de proteção.
Em [9] os autores mostram um método para proteção de linhas duplas com compensação
série baseado em transitórios de corrente. A proposta é demonstrada utilizando uma linha de
500 kV simulada em um programa EMTP. Nos estudos de [10] uma simulação em malha
fechada foi realizada para avaliação dos ajustes e performance de relés digitais em linhas de
transmissão compensadas. Em [11] algoritmos de proteção aplicados em linhas de transmissão
compensadas foram avaliados, sendo a proteção diferencial a principal função avaliada tanto
no plano cartesiano quanto no plano alfa. Verifica-se, apenas com essas referências, que esse
assunto é um desafio prático, sendo necessário, na maioria das vezes, avaliar detalhadamente
cada caso do mundo real.
A utilização dessas compensações tende a ser cada vez mais utilizada nos próximos anos,
não somente no Brasil, mas também em outros países. Portanto, a necessidade de novos estudos
nessa área são a motivação desse estudo.
Esta dissertação de mestrado tem como objetivo avaliar o comportamento da proteção de
distância através de um Simulador Digital em Tempo Real (RTDS), onde um sistema baseado
em dados reais foi modelado.
INTRODUÇÃO 7
1.4 ESTRUTURA
O primeiro capítulo apresenta uma breve introdução ao tema, descrição básica de um
sistema de proteção a necessidade de simulações em tempo real, esquemas hardware-in-the-
loop e motivação do trabalho.
O capítulo número dois faz uma revisão teórica sobre o tema, compensação shunt, série
fixa e proteção distância.
O terceiro capítulo apresenta a região estudada. Nesse trabalho buscou-se simular um
sistema real e fazer com que a simulação fosse a mais fiel possível com os dados disponíveis.
Softwares foram empregados para verificação dos níveis de curto e uma condição de fluxo real
foi utilizada. Os parâmetros utilizados são apresentados e a validação do sistema através dos
níveis de curto e fluxo confrontadas com os valores obtidos. Ainda nesse capítulo uma descrição
da modelagem realizada nos módulos do software RSCAD é apresentada, a montagem do
esquema hardware-in-the-loop, os relés utilizados e suas parametrizações.
O capítulo quatro apresenta os resultados e análises das diversas simulações realizadas
através de interpretações gráficas de formas de onda no domínio do tempo e diagramas de
impedância, R-X.
No quinto capítulo são comentadas as conclusões deste trabalho.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 8
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Onde os parâmetros:
𝐴 = 𝐷 = cosh 𝛾𝑙 [pu]
𝐵 = 𝑍𝐶 sinh 𝛾𝑙 [Ω]
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 9
1
𝐶 = 𝑍 sinh 𝛾𝑙 [S]
𝐶
Sendo:
γ – Constante de propagação em m-1
l – Comprimento da linha
ZC – Impedância característica
Terminal A Terminal B
Sistema Sistema
Equivalente
A
LT Equivalente
B
Onde:
IC – Corrente capacitiva
B – Impedância série da linha.
VN – Tensão nominal do sistema
Para sistemas com compensação shunt a corrente capacitiva passa a ser conforme (3
[13]:
𝐵𝐿 (3)
𝐼𝐶 = (𝐵 − 𝐵𝐿 )𝑉𝑁 = 𝐵𝐶 𝑉𝑁 (1 − )
𝐵
Onde:
BL – Reatância dos reatores shunt.
BL/B – Grau de compensação shunt.
Vale salientar que o parâmetro B nas equações 2 e 3 são referentes a susceptância da
linha de transmissão, o qual é relacionado ao parâmetro C dos quadripólos. Portanto, o
parâmetro dos quadripólos a ser compensado em linhas de transmissão é o C, reduzindo assim
os efeitos da corrente capacitiva que são prejudiciais para certas funções de proteção,
principalmente a diferencial [16]. A Figura 4 exemplifica a utilização de reatores de linha.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 10
Terminal A Terminal B
Sistema Sistema
Equivalente
A
LT Equivalente
B
Terminal A Terminal B
R XL
YC YC
Terminal A Terminal B
Terminal A Terminal B
Terminal A Terminal B
Nesse ponto vale salientar que com o uso de compensadores série e shunt é possível
aumentar significativamente a capacidade de transmissão mantendo os níveis de tensão em
valores aceitáveis. Entretanto cabe mencionar que o uso de compensação série pode aumentar
os níveis de curto do sistema [19].
o restabelecimento do GAP e então reinsere o banco no sistema. De acordo com [20], esse
processo dura cerca de 200ms.
A partir da década de 80 o uso do MOV – Varistor de Oxido Metálico, para proteção
contra sobretensões transitórias em bancos de capacitores começou a ser utilizado [18]. Como
pode ser observado na Figura 9 o MOV é conectado em paralelo ao banco de capacitores sem
intervenção do reator. Devido a sua característica não linear, o MOV não conduz para condições
normais de operação do sistema e, na presença de uma falta, começa a conduzir quando a tensão
sobre o banco se aproxima do nível de proteção tendo uma característica de corte da tensão a
cada meio ciclo, alternando a condução entre ele e o banco. Algumas empresas possuem a
política de dimensionamento do MOV para uma falta trifásica com duração de 5 ciclos [18]. A
partir desse nível de energia ocorre a atuação do GAP e posteriormente do by-pass.
O MOV tem por finalidade a limitação da tensão através do capacitor, principalmente
para sua retirada durante a presença de curtos-circuitos. O GAP é a proteção de retaguarda do
MOV.
Por fim, o disjuntor de by-pass permite o isolamento do capacitor conforme necessário.
A Figura 10 exemplifica o comportamento da tensão sobre o banco durante a condução
do MOV.
VA VB (4)
PAB = sin δAB
XLT
VA2 VA VB (5)
Q AB = − cos δAB
XLT XLT
Onde:
PAB – Potência ativa transferida entre os terminais A e B.
QAB – Potência não ativa transferida entre os terminais A e B.
XLT – Reatância indutiva da linha de transmissão.
VA e VB – Tensões nos terminais A e B, respectivamente.
δA e δB – Ângulo das tensões nos terminais A e B, respectivamente.
Terminal A Terminal B
Sistema Sistema
Equivalente
A
LT Equivalente
B
VA δA V B δB
SA = PA + jQA SB = PB + jQB
Figura 11 - Transferência de Potência
A transferência de potência entre os terminais de uma linha longa é regida de forma
semelhante à (4 sendo o denominador, o termo B dos quadripólos, apresentados anteriormente.
Ao avaliar as equações apresentadas é observado a proporção inversa entre transferência
de potência, tanto ativa quanto não ativa, entre os terminais e a reatância compreendida entre
estes. Portanto, a compensação série tem por objetivo a redução desta e como consequência o
aumento da capacidade de transferência de energia. Com a inserção série dos capacitores, com
base na Figura 12, as equações são modificadas da seguinte maneira:
VA VB (6)
PAB = sin δAB
XLT − XC
VA2 VA VB (7)
Q AB = − cos δAB
XLT − XC XLT − XC
Ou nos casos de linhas longas, onde seus parâmetros devem ser compensados devido a
sua extensão:
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 16
XCL (9)
kL = 1 −
XLTL
Onde:
XCL – Representa a reatância da linha longa compensada.
XLTL – Representa a reatância da linha longa não compensada.
Terminal A Terminal B
Sistema
0,5 XC 0,5 XC Sistema
Equivalente LT Equivalente
A B
VA δA V B δB
SA = PA + jQA SB = PB + jQB
Figura 12 - Transferência de Potência Com Compensação Série
2.2.3 Estabilidade
Figura 14 – Margem de Estabilidade – (a) Sistema não Compensado (b) Sistema Compensado. Fonte: NR
Electric Corporation
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 18
XL = 2πfL (12)
Substituindo 11 e 12 em 10:
1 XC (13)
fS = = f√
X 1 XL
2π√ L
2πf 2πfXC
Como o grau de compensação do sistema usualmente é entre 25 e 75% [18, 20] significa
que a frequência natural de oscilação do sistema será menor que sua frequência nominal,
portanto qualquer distúrbio no sistema dará origem a oscilações subsíncronas.
Uma das consequências pode ser a ressonância subsíncrona em máquinas rotativas,
causando esforços torcionais nos rotores destas, o que em uma condição severa pode ocasionar
em danos no eixo das mesmas. Grandes turbinas a vapor são mais suscetíveis a esse fenômeno
sendo sua ressonância entre 5 e 55 Hz [18]. Segundo [20] a componente inserida no sistema é
na ordem de 10 a 40 Hz.
O fenômeno de inversão de tensão [18, 19, 20] ocorre quando a reatância capacitiva do
banco é maior que a indutiva do ponto de medição até o de falta, mas a corrente permanece
indutiva, ou seja, o equivalente no ponto de falta ainda é indutivo. Nesse caso, no ponto de
medição, a tensão está atrasada em relação a corrente em aproximadamente 90o. Para um maior
entendimento observar a Figura 15.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 19
A inversão de corrente [18, 19, 20] e de tensão são fenômenos semelhantes e muitas
vezes podem ser confundidos. Similarmente, a impedância vista do ponto de medição é
negativa, mas nesse caso o equivalente visto do ponto de falta para um dos lados é capacitivo
causando a inversão de corrente. Novamente a corrente sofre um deslocamento e fica adiantada
da tensão em aproximadamente 90o. Nesse caso a corrente aparenta fluir saindo da linha em um
de seus terminais.
Esse tipo de proteção é a mais empregada como proteção principal para linhas de
transmissão principalmente pela extensão do equipamento protegido, o que dificulta outras
proteções como a diferencial que necessita que os relés em ambos terminais, local e remoto,
troquem informações de corrente entre si para sua tomada de decisão. A proteção de distância
em sua forma mais simples independe das informações remotas.
Basicamente a proteção de distância, através da medição de tensão e corrente, realiza a
medição da impedância vista a partir do ponto de instalação dos equipamentos de medição, TCs
e TPs, e os compara com o valor de impedância da linha protegida informado ao relé. Para
valores medidos inferiores ao informado a falta é interna e para valores maiores a falta é externa
ao elemento protegido.
É importante observar que devido ao erro dos equipamentos de medição os relés de
distância não podem determinar com precisão faltas próximas ao terminal remoto da linha,
como demonstrado nas equações de 14 a 16. Dessa maneira, são definidas as zonas de proteção.
Uma vez que o relé não é capaz de detectar com precisão faltas próximas ao terminal remoto,
a primeira zona usualmente fica responsável por proteger de 80 a 90% da linha de forma
instantânea. A segunda realiza a proteção do restante da linha e abrange cerca de 20% da linha
adjacente, sendo necessário que essa zona seja temporizada, usualmente valores de 200 a 250
ms para relés digitais. Uma zona reversa temporizada usualmente é empregada para proteção
contra faltas nos sistemas adjacentes e o sistema de proteção enxergando a falta com polaridade
contrária a usual. A Figura 17 exemplifica o comentado sobre zonas de proteção.
IPrimario ± eTC (14)
ISecundario =
RTC
necessário que a seletividade seja feita através da coordenação com as proteções das linhas
adjacentes [20]. Por outro lado, como vantagem, a proteção de distância é retaguarda das
proteções adjacentes parcialmente em segunda zona e quando possível, em terceira zona é
ajustada para alcançar a totalidade da linha adjacente.
Para avaliação do comportamento da proteção o diagrama de impedância, ou diagrama
R-X, é utilizado. Nele as trajetórias da impedância medida são visualizadas. As características
comumente empregadas nos relés de proteção atuais são do tipo MHO e Quadrilateral,
conforme Figura 18 e Figura 19 respectivamente.
A característica MHO por natureza é direcional por tangenciar a origem, mas são mais
vulneráveis a arcos durante faltas, o que causa o deslocamento para direita na impedância
medida de falta, consequentemente em situações severas podem causar operação indevida por
subalcance. Essa característica (MHO) tem sido utilizada para faltas entre fases.
P (18)
φ = tan−1
Q
aplicação desta proteção em linhas, um para cada fase, um para o neutro e dois para os terminais
positivo e negativo para envio de disparo [22]
A teleproteção busca introduzir as características da proteção diferencial para a de distância.
Seu objetivo é eliminar faltas em toda extensão do elemento protegido de maneira eficiente. Os
meios de comunicação usualmente empregados são [22]:
Carrier
Microondas
Fibra óptica
Cabos de comunicação
Para maior entendimento desses meios de comunicação, consultar [22].
A teleproteção pode operar sobre o princípio de bloqueio de disparo ou permissão de
disparo. As referências [4, 19, 22] descrevem em maiores detalhes cada tipo de teleproteção,
tais como:
DUTT - Transferência direta de atuação com subalcance.
PUTT – Transferência de atuação permissiva com subalcance.
POTT – Transferência de atuação permissiva com sobrealcance.
DTT – Transferência de atuação direta.
Para linhas compensadas o esquema POTT tem sido utilizado. Seu princípio de
funcionamento baseia-se em uma segunda zona responsável por sobrealcançar o terminal
remoto, isso aplicado aos relés em ambos os terminais [24]. Dessa maneira quando uma falta
interna a zona de proteção ocorre, ambas as zonas serão capazes de detectá-la e ao fazê-lo
transferem a permissão para o relé remoto e o disparo é emitido em ambos os terminais de
maneira seletiva e instantânea, uma vez que o único elemento comum em ambas zonas de
proteção do relé local e remoto é a linha de transmissão em sua totalidade. A Figura 20
exemplifica a comunicação entre os relés no esquema POTT e a Figura 21 o princípio das zonas
sobrealcançadas.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 24
fenômeno é mais propício de acontecer durante uma falha na proteção da compensação série
uma vez que durante situações de falta o banco deve ser auto protegido.
Para ambos os fenômenos de inversão vale salientar o comentado, que seu
acontecimento depende da proteção do banco, e que existe uma certa distância dos terminais da
linha em que são possíveis de acontecer, uma vez que conforme distancia-se dos terminais, a
reatância indutiva passa a ser predominante em relação a capacitiva da compensação. E como
são fenômenos diretamente ligados à impedância do sistema, o tipo de falta é determinante no
acontecimento de um ou outro. Lembrando que são fenômenos semelhantes, mas a inversão de
tensão ocorre quando o sistema equivalente no ponto de falta permanece indutivo e para
inversão de corrente isso não acontece.
Portanto, o loop de falta é determinante, analisando as equações de 19 a 23 e as
respectivas figuras representativas dos loops de falta é possível perceber essa dependência, para
maiores informações sobre os cálculos das correntes de falta consultar [15]. Por exemplo, faltas
a terra envolvem a impedância de sequência zero, enquanto as bifásicas não. Dessa maneira, a
ocorrência de inversão de corrente torna-se mais susceptível para essas faltas onde a loop de
impedância é menor, dependendo da característica do sistema.
3VF (19)
IFalta =
Z0 + Z1 + Z2 + 3ZF
Z0 + 3ZF (22)
I2 = (−I1 ) ( )
Z0 + 3ZF + Z2
Z2 (23)
I2 = (−I1 ) ( )
Z0 + 3ZF + Z2
Z1 = 0,50(ZLT − XC ) (25)
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 28
3. SISTEMA MODELADO
Nessa seção são apresentados: (i) o sistema elétrico a ser simulado nesse estudo, (ii) os
cálculos de níveis de curto-circuito para a região estudada e os equivalentes para as fronteiras
usando o software ANAFAS, (iii) o valor das compensações série e shunt empregados no
sistema, (iv) o fluxo obtido usando o software ANAREDE para uma determinada condição de
carga e, (v) o levantamento das geometrias de torre predominante para região, o cálculo de seus
parâmetros e sua modelagem no software RSCAD.
Equivalente
Miracema
Equivalente
Gurupi Peixe 2
Equivalente
Samambaia Luziânia
Equivalente Equivalente
Subestação Curto EPE CC Min [A] EPE CC Max [A] ONS [A]
Monofásico 18700 23424 21093
Miracema
Trifásico 24428 34074 34484
Monofásico 10383 11900 11361
Gurupi
Trifásico 20802 24351 27674
Monofásico 15776 23052 23101
S. Mesa
Trifásico 18426 24610 26112
Monofásico 17237 19933 19251
Samambaia
Trifásico 18075 22996 23649
Monofásico 7999 9840 10857
Peixe
Trifásico 13848 16290 22124
Monofásico 10629 12314 12114
S. Mesa 2
Trifásico 16299 19942 21638
Monofásico 23023 27752 13224
Luziânia
Trifásico 16357 19991 20402
Deve-se notar que os valores apresentam uma certa convergência. Os valores da base
EPE serão utilizados nas simulações deste trabalho, devido ao seu maior detalhamento.
SISTEMA MODELADO 37
Para compensação shunt a base de dados EPE apresenta um valor único para todos os
compensadores presentes na região cujo valor de reatância é de 1838,225 Ω. Estes serão os
valores implementados nas simulações, uma vez que para as compensações série esta base de
dados foi escolhida.
Para as interligações Miracema a Gurupi essas compensações possuem, segundo a base
ONS, 4328,25 Ω. O mesmo valor é presente entre Serra da Mesa e Gurupi. Para Serra da Mesa
e Samambaia um circuito possui 3400 Ω e os demais 1825 Ω. Este último valor também é
empregado entre Serra da Mesa 2 e Luziânia.
A Tabela 8 apresenta os valores de tensão nas barras com módulo e ângulo, valor em
por unidade (pu).
Tabela 8 - Valores de módulo e ângulo das barras
Miracema
V 1,068
Phi -41
Gurupi
V 1,074
Phi -38,1
SISTEMA MODELADO 39
S. Mesa
V 1,07
Phi -33,9
Samambaia
V 1,07
Phi -31,1
Luziânia
V 1,072
Phi -33,4
S. Mesa 2
V 1,065
Phi -35,3
Peixe
V 1,074
Phi -37,5
Com os valores de tensão nas barras do sistema, e com o fluxo das fronteiras do sistema
estudado e impedância de sequência positiva das fontes equivalentes, calculou-se os valores
internos da fonte. Para isso primeiro foi necessária a obtenção das correntes injetadas nas barras
de fronteira, conforme (28.
∗
P + jQ (28)
I=[ ]
V√3
Figura 34 – (a) Flecha dos Cabos Trecho 1 (b) Espaçamento Entre Condutores Trecho 1
Para as interligações do segundo trecho a seguinte geometria predominante é empregada,
como mostra a Figura 35. Devido à falta de dados foi adotado que o terceiro circuito entre
Miracema e Gurupi, possui as mesmas características do segundo circuito. O mesmo vale para
o trecho Serra da Mesa Samambaia.
Circuito 2 entre Miracema – Gurupi
Circuito 3 entre Miracema – Gurupi
Circuito 2 entre Gurupi – Serra da Mesa
Circuito 2 entre Serra da Mesa – Samambaia
Circuito 3 entre Serra da Mesa – Samambaia
SISTEMA MODELADO 44
Figura 36 – (a) Flecha dos Cabos Trecho 2.1 (b) Espaçamento Entre Condutores Trecho 2.1
Para a linha de transmissão que interliga Serra da Mesa a Serra da Mesa 2, o perfil é o
mesmo apresentado na Figura 35, porém com altura menor. A Tabela 12 apresenta os valores.
Tabela 12 - Entrada de Dados Geométricos - Torre Típica 2.2
Posição X [m] Posição Y [m] Posição Y – Flecha [m]
Fase A -11,50 23,00 9,50
Fase B 0,00 23,00 9,50
Fase C 11,50 23,00 9,50
Figura 37 – (a) Flecha dos Cabos Trecho 2.2 (b) Espaçamento Entre Condutores Trecho 2.2
Para o terceiro e último, trecho a seguinte geometria típica é apresentada no corte da Figura 38:
Serra da Mesa 2 – Luziânia
Luziânia – Samambaia
Figura 39 – (a) Flecha dos Cabos Trecho 3 (b) Espaçamento Entre Condutores Trecho 3
Nos casos onde existem mais de um circuito, a distância entre torres foi retirada dos
documentos de referência fornecido pela ONS. Estas distâncias foram verificadas através do
software Google Earth. Com as coordenadas das subestações é possível visualizar as saídas das
linhas de transmissão e então acompanhá-las pelo seu trajeto, e com a ferramenta de medição
de distâncias verificar estes valores. A Figura 40 apresenta a vista aérea para cada subestação.
E da Figura 41 a Figura 43 as distâncias obtidas entre as torres.
SISTEMA MODELADO 48
Figura 40 - Subestação (A) Miracema (B) Gurupi (C) S. Mesa (D) Samambaia (E) Peixe 2 (F) S. Mesa 2 (G)
Luziânia. Fonte: Google Earth
SISTEMA MODELADO 49
Figura 41 - Verificação Distância Entre Torres Miracema – Gurupi. Fonte: Google Earth
Figura 42 - Verificação Distância Entre Torres Gurupi - S. Mesa. Fonte: Google Earth
Figura 43 - Verificação Distância Entre Torres S. Mesa – Samambaia. Fonte: Google Earth
SISTEMA MODELADO 50
Onde:
C – Velocidade da luz, 3 108 m/s
Δt – Passo de integração, 50μs.
SISTEMA MODELADO 51
O modelo utilizado para simulação do resistor não linear responsável pela proteção dos
bancos de capacitores no software RSCAD é dada pela (31 [26]:
IMOV = (VMOV )N (31)
Onde:
IMOV – Representa a corrente circulando pelos varistores
VMOV – Representa a tensão sobre o capacitor
N – Constante, entre 2 e 32. Valor adotado 16, padrão de acordo com [36].
Para averiguação do fluxo de potência foi necessária a medição da potência injetada por
cada fonte equivalente e transferida por cada terminal do sistema estudado. A Figura 47
exemplifica uma dessas medições.
1 (33)
Q= (Va (Ib − Ic ) + Vb (Ic − Ia ) + Vc (Ia − Ib ))
√3
O controle de operação dos disjuntores é feito como na Figura 48. Basicamente dois
botões são responsáveis pela abertura e fechamento desse equipamento. Um retardo de 0,035
segundos para sua operação é simulado para fins de representação do tempo de abertura. Nos
disjuntores das linhas estudadas o sinal de disparo enviado pelo relé é usado para abertura,
fechando o ciclo do hardware-in-the-loop.
SISTEMA MODELADO 55
OMICRON
CMS - 156
Sinais Analógicos Sinais Analógicos
Terminal
OMICRON
CMS - 156
Local
Terminal
Remoto
0 115 V
0 5A 0 115 V
0 5A
Sinais Analógicos Sinais Analógicos
IA IB IC VA VB VC VC VB VA IC IB IA
Sinais Digitais
SEL SEL
Trip Trip
411-L 421
POTT
OMICRON
125V DC Tri
OMICRON
CMC – 256
Tri- 6 125V DC
CMC – 256 - 6
POTT
SEL SEL
Trip Trip
411-L 421
Sinais Digitais
IA IB IC VA VB VC VC VB VA IC IB IA
Remoto
OMICRON
CMS - 156
Terminal
Local
Sinais Analógicos
Sinais Analógicos
Fasores Faltas BC MG - Disjuntor C1 Fasores GSM - Prot C1 GSM - Disjuntor C1 SMG - Prot C1 SMG - Disjuntor C1
MirGur SMesGur
SMesSam
100.0 100.0
ABCmag Phase 100.0
80.0 80.0
80.0
1050.0 340.0
60.0 60.0
CS1 - MirGu MG - Prot C1 CS1 - GM 60.0
CS1 - GurSM Faltas BC Fasores CS1 - SMGur 840.0 200.0 52C1SamSMF 52C1SamSMA
52C1MirGuF 52C1MirGuA 40.0 52C1GuMirF 52C1GuMirA 52C1GuSMF 52C1GuSMA 40.0 52C1SMGuF 52C1SMGuA 52C1SMSamF 52C1SMSamA
40.0
630.0 60.0
20.0 20.0
20.0
420.0 -80.0
0.0 0.0
0.0
% % 210.0 -220.0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 %
0.0 -360.0
75.0 85.0 50.0
KV Deg
ABCmag Phase
52C1MirGu 52C1GuMir 52C1GuSM 52C1SMGu 52C1SMSam
52C1SamSM
532.008 -23.216 1000.0 340.0
C1 - MirGu
C1 - GuSM C1 - SMSam 800.0 200.0
600.0 60.0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
52C2MirGu
-100.0 MW 52C2GuMir 52C2GuSM
52C2SMGu
52C2SMSam 52C2SamSM -100.0 MW
ABCmag Phase
0 0 0 0 0 0 0 0
1050.0 340.0
840.0 200.0
52C3MirGu 52C3GuMir 52C3SamSM
52C3SMSam
630.0 60.0
GuSMFLTA GuSMFLTB GuSMFLTC GuSMFLT GuSMFLTLOC GuSMPOW GuSMDUR
420.0 -80.0
C3 - MirGu 0.000 MW 0.000 MVar 0.000 MW 0.000 MVar C3 - SMSam 0.000 MW 0.000 MVar
360.0 60.0
210.0 -220.0
288.0 48.0
0.0 -360.0
52GuPeF 52GuPe 52GuPeA 0 52SamLuz 52SamLuzA
KV Deg 0.000 MW 0.000 MVar 0.000 MW 0.000 MVar OFF OFF OFF 216.0 36.0 52SMSM2F 52SMSM2 52SMSM2A
0.000 MW 0.000 MVar 52SamLuzF
0 0 0 144.0 24.0
0.000 MW 0.000 MVar
537.422 -44.092
1
72.0 12.0
0 0 GuSMFLTAB GuSMFLTBC GuSMFLTCA 0 0 0 0
0.0 0.0
deg sec
0.0 0.1
ON ON ON
SMSamFLTA SMSamFLTB SMSamFLTC SMSam... SMesSamFLT SMSamPOW SMSamDUR
8 16 32
360.0 60.0
MirGuFLTA MirGuFLTB MirGuFLTC MirGuFLT MirGuFLTLO MirGuPOW MirGuDUR 288.0 48.0
0 216.0 36.0
360.0 60.0 OFF OFF OFF
SMes1SMes2
288.0 48.0 0 0 0 144.0 24.0
0 100.0 SM1SM2 1
OFF OFF OFF 216.0 36.0 72.0 12.0
80.0 LuzSam
0 0 0 144.0 24.0 SMSamFLT... SMSamFLT... SMSamFLT... 0.0 0.0
1 60.0 deg sec
72.0 12.0 GurPe 100.0 SamLuz
40.0 0.0 0.25
MirGuFLTAB MirGuFLTBC MirGuFLTCA 0.0 0.0 80.0
100.0
deg sec 20.0
GurPe 60.0
80.0 OFF OFF OFF
0.0
0.0 0.1 40.0
60.0 % 0 0 0
OFF OFF OFF 20.0
40.0 50.0
0 0 0 0.0
20.0
%
0.0
% 50.0
50.0
1100.0 340.0
880.0 200.0
0 0 0 0 0 0
660.0 60.0
-100.0 MW
-100.0 MVar
ABCmag Phase
1050.0 340.0
840.0 200.0
630.0 60.0
420.0 -80.0
210.0 -220.0
0.0 -360.0
KV Deg
543.82 -44.858
1 2 3 4 5 6 7 8 9
R X R X R X R X R X R X R X R X R X
1 110,27 303,70 0,00 0,00 0,00 0,00 104,47 152,38 0,00 0,00 0,00 0,00 98,66 112,79 0,00 0,00 0,00 0,00
2 0,00 0,00 4,16 68,42 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
3 0,00 0,00 0,00 0,00 4,16 68,42 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
4 104,47 152,38 0,00 0,00 0,00 0,00 115,82 296,86 0,00 0,00 0,00 0,00 106,45 147,93 0,00 0,00 0,00 0,00
5 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,18 68,42 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
6 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,18 68,42 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
7 98,66 112,79 0,00 0,00 0,00 0,00 106,45 147,93 0,00 0,00 0,00 0,00 116,77 308,90 0,00 0,00 0,00 0,00
8 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,16 67,67 0,00 0,00
9 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,16 67,67
1 2 3 4 5 6
R X R X R X R X R X R X
1 108,98 322,73 0,00 0,00 0,00 0,00 100,71 173,49 0,00 0,00 0,00 0,00
2 0,00 0,00 4,19 68,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
3 0,00 0,00 0,00 0,00 4,19 68,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
4 100,71 173,49 0,00 0,00 0,00 0,00 108,98 322,73 0,00 0,00 0,00 0,00
5 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,19 68,96 0,00 0,00
6 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,19 68,96
SISTEMA MODELADO 67
1 2 3 4 5 6 7 8 9
R X R X R X R X R X R X R X R X R X
1 108,38 295,06 0,00 0,00 0,00 0,00 103,65 147,05 0,00 0,00 0,00 0,00 98,70 120,34 0,00 0,00 0,00 0,00
2 0,00 0,00 4,04 66,54 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
3 0,00 0,00 0,00 0,00 4,04 66,54 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
4 103,65 147,05 0,00 0,00 0,00 0,00 116,36 286,45 0,00 0,00 0,00 0,00 108,01 169,30 0,00 0,00 0,00 0,00
5 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,10 66,53 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
6 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,10 66,53 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
7 98,70 120,34 0,00 0,00 0,00 0,00 108,01 169,30 0,00 0,00 0,00 0,00 112,23 291,01 0,00 0,00 0,00 0,00
8 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,07 66,53 0,00 0,00
9 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,07 66,53
1 2 3
R X R X R X
1 29,08 97,69 0,00 0,00 0,00 0,00
2 0,00 0,00 1,17 19,11 0,00 0,00
3 0,00 0,00 0,00 0,00 1,17 19,11
1 2 3
R X R X R X
1 78,77 264,57 0,00 0,00 0,00 0,00
2 0,00 0,00 3,17 51,75 0,00 0,00
3 0,00 0,00 0,00 0,00 3,17 51,75
SISTEMA MODELADO 68
1 2 3
R X R X R X
1 15,39 57,87 0,00 0,00 0,00 0,00
2 0,00 0,00 0,68 11,67 0,00 0,00
3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,68 11,67
1 2 3
R X R X R X
1 111,19 470,52 0,00 0,00 0,00 0,00
2 0,00 0,00 4,92 83,17 0,00 0,00
3 0,00 0,00 0,00 0,00 4,92 83,17
1 2 3
R X R X R X
1 23,34 98,64 0,00 0,00 0,00 0,00
2 0,00 0,00 1,03 17,44 0,00 0,00
3 0,00 0,00 0,00 0,00 1,03 17,44
SISTEMA MODELADO 69
4. RESULTADOS
Nesse capítulo são apresentados os resultados das simulações realizadas ao longo desse
trabalho.
Inicialmente serão apresentados os resultados dos testes nos quais buscou-se averiguar os
fenômenos de inversão de tensão e de corrente no sistema modelado. Essa etapa foi realizada
somente no âmbito virtual do software RSCAD, ou seja, nessa parte do estudo não foi
necessária a utilização do esquema em hardware-in-the-loop.
Posteriormente serão demonstrados os resultados dos efeitos das proteções dos bancos de
capacitores sobre a proteção de distância empregada nessas linhas. Os relés SEL modelos 411L
e 421 foram utilizados para simulação em malha fechada e sua performance frente aos
fenômenos introduzidos pela compensação série-fixa discutidos no segundo capítulo.
Finalmente, avalia-se os mesmos fenômenos com a habilitação de um esquema lógico de
teleproteção (POTT) conforme recomendações do fabricante dos relés.
Salienta-se que todos os diagramas R-X e oscilografias apresentadas foram obtidas durante
a simulação no software RSCAD e não pelos relés de proteção. Estes possuem algoritmos de
proteção internos próprios, não permitindo a obtenção do lugar geométrico das impedâncias
medidas por esses.
Medição C1
F-T
C2
Figura 59 - Formas de Onda de Tensão Fases A, B e C em função do tempo. Falta Fase A-Terra
RESULTADOS 73
Figura 60 - Formas de Onda de Corrente Fases A, B e C em função do tempo. Falta Fase A-Terra
R
Figura 63 - Diagrama R-X Fase A Falta Fase A-Terra
Em seguida a simulação foi realizada para as mesmas condições descritas anteriormente
e falta na mesma posição. Porém, o transformador de potencial foi deslocado para o lado da
linha. Pode-se observar que nesta situação a inversão de tensão não é concretizada. Verifica-se
através da Figura 64 que a trajetória de impedância medida no loop A-Terra acaba exatamente
na origem do diagrama, o que é esperado considerando a falta imediatamente à frente do TP.
RESULTADOS 75
R
Figura 64 - Diagrama R-X Fase A Falta Fase A-Terra TP Lado Linha
Figura 65 - Formas de Onda de Tensão Fases A, B e C em função do tempo. Falta Fase A-B
Figura 66 - Formas de Onda de Corrente Fases A, B e C em função do tempo. Falta Fase A-B
RESULTADOS 77
Entretanto, nesse caso, como pode ser visto na Figura 68 a corrente flui da falta para a
barra, ou seja, para essa falta o sistema tornou-se capacitivo. Esse fato caracteriza uma inversão
de corrente no sistema.
R
Figura 69 - Diagrama R-X Loop A-B Falta Fase A-B
Para os terminais de Miracema onde o sistema é mais forte, a impedância da fonte
equivalente é menor, foi verificado que inversões de corrente ocorrem independentemente do
tipo de falta. Um teste similar ao anterior foi simulado, porém uma falta trifásica como indicado
na Figura 70 foi simulada. Nas figuras 71 e 72 pode-se observar as sobretensões e
sobrecorrentes esperadas para essa falta.
Terminal Miracema Terminal Gurupi
Medição C1
3F
C2
C3
A Figura 73 apresenta os fasores de tensão e corrente. Deve-se notar neste caso as três
correntes estão adiantas em relação as suas respectivas tensões caracterizando uma inversão.
R
Figura 75 - Diagrama R-X Loop A-B Falta Trifásica
Como previsto para essa simulação a diferença angular entre as tensões e corrente é
mínima, como mostra a Figura 78 (a), e consequentemente a potência transferida no instante de
falta é praticamente ativa, Figura 78 (b).
R
Figura 79 - Diagrama R-X Loop A-B Falta Trifásica
RESULTADOS 84
52 52
SEL SEL
421
C2 421
3F
R
Figura 85 - Gurupi C2 - Diagrama R-X Loop C-A Falta Trifásica
O relé responsável pela proteção em Serra da Mesa C2 atuam de forma instantânea,
sendo que o diagrama R-X obtido no RSCAD é apresentado na Figura 86. Teoricamente o relé
atuaria de maneira temporizada em sua zona reversa. Porém seu algoritmo possui polarização
por memória o que o torna mais seguro para esses tipos de eventos. Durante as simulações todas
as faltas internas à linha protegida os relés atuaram, tendo ocorrido fenômenos de Sobrealcance.
Esse tópico é assunto para estudos posteriores.
RESULTADOS 88
R
Figura 86 – S. Mesa C2 - Diagrama R-X Loop A-B Falta Trifásica
O relé instalado em Gurupi C1 sobrealcançou a falta em C2 atuando em primeira zona
indevidamente, conforme Figura 87. Nesta figura pode-se observar o fenômeno da ressonância
RESULTADOS 89
R
Figura 87 - Gurupi C1 - Diagrama R-X Entre as Fases A-B Falta Trifásica
4.5 TELEPROTEÇÃO
Após diferentes testes nos relés usando apenas a função 21 estes foram parametrizados,
de acordo com o proposto em [25] e demonstrado nas equações 24 a 27, o esquema de
teleproteção POTT foi habilitado.
Para uma falta trifásica aplicada a 50% do comprimento da linha C2, conforme Figura
88, e proteção dos compensadores em Serra da Mesa C2 desabilitadas os resultados são
apresentados a seguir.
Terminal Gurupi Terminal Serra da Mesa
52 52
SEL SEL
411L
C1 411L
52 52
SEL SEL
421
C2 421
3F
R
Figura 90 - Gurupi C2 - Diagrama R-X Entre as Fases C-A Falta Trifásica
A Figura 91 apresenta a trajetória no diagrama para a mesma condição descrita
anteriormente, porém no terminal de Serra da Mesa C2. Assim como no terminal Gurupi C2 o
relé envia o sinal de permissão para o relé remoto.
RESULTADOS 91
R
Figura 91 - S. Mesa C2 - Diagrama R-X Entre as Fases C-A Falta Trifásica
Simulações foram realizadas para faltas em diversos locais ao longo da extensão da linha
de transmissão, entre Gurupi e Serra da Mesa, e não ocorreram atuações indevidas para faltas
internas ao elemento protegido quando utilizando teleproteção, em nenhum dos relés em C1 e
C2.
Outro teste realizado consistiu de uma falta trifásica a 75% do terminal Miracema C1,
conforme Figura 92. A proteção do banco próximo a falta foi programada para falhar. Dessa
maneira essa falta em zona reversa, para os relés em Gurupi, é vista como sendo interior a linha
protegida, devido ao fenômeno de inversão de corrente.
Terminal Miracema Terminal Gurupi Terminal Serra da Mesa
52 52
SEL SEL
C1 411L
C1 411L
3F
C2
52 52
SEL SEL
C3 421
C2 421
R
Figura 93 – Gurupi C2 - Diagrama R-X Entre as Fases C-A Falta Trifásica
R
Figura 94 – S. Mesa C2 - Diagrama R-X Entre as Fases C-A Falta Trifásica
RESULTADOS 93
Lembrando que esse tipo de atuação somente poderia acontecer caso houvesse falha na
proteção do banco de capacitores mencionado.
Similarmente, uma falta trifásica como mostrado na Figura 95, é capaz de causar os
mesmos resultados obtidos para simulação anterior, porém agora na proteção da linha paralela.
Essa operação indevida é prevista nas literaturas e são tópicos de estudo [19].
Terminal Gurupi Terminal Serra da Mesa
52 52
SEL SEL
411L
C1 411L
3F
52 52
SEL SEL
421
C2 421
R
Figura 97 - S. Mesa C2 - Diagrama R-X Entre as Fases A-B Falta Trifásica
5. CONCLUSÕES
Uma breve revisão teórica sobre compensadores série e shunt e os fenômenos introduzidos
no sistema foi realizada, sendo que os principais são ressonância subsíncrona, inversão de
tensão e corrente. Os impactos na proteção de distância também foram discutidos.
Foram realizadas simulações dedicadas a observação dos fenômenos de inversão de
corrente e de tensão. Conclui-se que suas ocorrências são dependentes da falha da proteção
individual dos bancos de capacitores, sendo este um fator determinante para proteção de linhas
que empregam esse recurso.
Testes com o intuito de verificar o sobrealcance da proteção de distância em condições de
faltas em linha paralelas foram conduzidos, com a sua ocorrência sendo comprovada. Com isso
a necessidade de teleproteção para o aprimoramento de segurança da função 21 foi confirmada.
O esquema de teleproteção POTT foi simulado e observou-se uma performance superior
em relação ao teste anterior. Durante os testes o sobrealcance da proteção de linhas paralelas
não ocorreu para faltas fora de sua zona de proteção. Porém, para faltas próximas aos terminais
de linhas paralelas e/ou adjacentes que causem inversão de corrente provou-se uma
vulnerabilidade de esquema de teleproteção, sendo esse cenário novamente ligado a falha da
proteção do banco de capacitor.
Nesse caso, quando em condições normais a falta seria vista como reversa pela proteção
de um dos terminais, essa é vista como dentro do elemento protegido, dependendo do ponto de
falta. Consequentemente, os dois relés a veem como sendo dentro da linha protegida e trocam
os sinais de permissão e então emitem o disparo.
Como estudos posteriores são propostos a verificação de soluções para essa
vulnerabilidade da teleproteção, a polarização por memória e a aplicação de proteção
diferencial nessas linhas. Essa última possui vantagens em relação a função de distância,
atualmente empregada como proteção principal em linhas de transmissão, como por exemplo a
seletividade absoluta. Contudo existe a limitação de sua aplicação para linhas longas devido a
necessidade da troca de informações entre os terminais remoto e local, mas em um ambiente de
laboratório é possível a sua aplicação, uma vez que os relés estão fisicamente próximos. Dessa
forma a performance dessa proteção pode ser posta à prova nesse ambiente.
Esse trabalho, de forte implementação prática, avaliou a performance da proteção de
distância aplicada em linhas compensadas e paralelas. Os fenômenos impostos foram discutidos
e simulados a partir de uma simulação em tempo real de um trecho da interligação Norte-Sul.
Os resultados obtidos reforçam a necessidade do uso de teleproteção nessas linhas. Foi
observada a extrema importância da proteção própria dos bancos de capacitores, e a falha dessas
compromete a proteção de distância aplicada as linhas.
REFERÊNCIAS 97
REFERÊNCIAS
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[19] Ferrer, H. J. A.; Schweitzer III, E. O. Modern Solutions For Protection, Control, And
Monitoring Of Eletric Power Systems, Schweitzer Engineering Laboratories, Pullman, 2010.
[21] Elmore, W. A. Protective Relaying – Theory and Application, Marcel Dekker 2nd.
Edition, New York, 2003.
[22] Horowitz, S. H.; Phadke, A. G. Power System Relaying, John Wiley And Sons, 3th
Edition, West Sussex, 2008.
[24] Guzman, A.; Roberts, J.; Zimmerman, K. Applying the SEL-321 Relay to Permissive
Overreaching Transfer Trip (POTT) Schemes, Schweitzer Engineering Laboratories, 2011.
[32] Projeto básico. Interligação Norte-Sul II. Memorial Descritivo do Projeto Básico da
Linha de Transmissão, Cliente NovaTrans Energia. Executora Tacta. 2002.
[33] Projeto básico. Interligação Norte-Sul II. Memorial Descritivo do Projeto Básico
Elétrico da Linha de Transmissão, Cliente NovaTrans Energia. Executora Tacta. 2002.
[35] Edital de Leilão. Anexo 6B – Lote B. Interligação Norte-Sul III – Trecho 2. LT Colinas
– Miracema – 500 kV. LT Miracema – Gurupi – 500 kV. LT Gurupi – Peixe Nova – 500
kV. LT Peixe Nova – Serra da Mesa 2 – 500 kV. SE Peixe 2 – 500 kV. SE Serra da Mesa
2 – 500 kV. Características e Requisitos Técnicos Básicos das Instalações de Transmissão.
ANEEL 2005.
[36] Manual de Aplicação, Real Time Digital Simulator, RTDS, Winnipeg, 2016.
APÊNDICE A 101
Esse apêndice apresenta o método de cálculo para obtenção das matrizes de impedância
de sequência para as interligações obtidas pelo RSCAD a partir da entrada de dados físicos.
Essas são determinadas a partir da matriz de impedância, a qual é derivada da equação
de queda de tensão devido as correntes em cada fase:
Va Zaa Zab Zac Ia Equação 35
[Vb ] = [Zba Zbb Zbc ] [Ib ]
Vc Zca Zcb Zcc Ic
Onde:
Zii – Impedância própria da linha.
Zij – Impedância mútua da linha.
Em seu quarto capitulo a referência [15] descreve a obtenção da matriz de impedâncias
detalhadamente. Usando a teoria de componentes simétricas, as tensões de fase se relacionam
com as tensões de sequência:
Va 1 1 1 Va0 Equação 36
[Vb ] = [1 a2 a ] [Vb1 ]
Vc 1 a a2 Vc2
ou,
V = A VSIM Equação 37
Esta matriz em sua diagonal principal é composta pelas impedâncias próprias das fases,
e as demais posições pelas impedâncias mútuas.
Zs Zm Zm Equação 44
Z = [Z m Zs Zm ]
Zm Zm Zs
com,
Zs = Zaa = Zbb = Zcc Equação 45
e,
Zm = Zab = Zbc = Zca Equação 46
ZP – Impedância Mútua entre cada condutor de um circuito com cada um dos condutores dos
demais circuitos
Reescrevendo a matriz de forma compacta,
ZAA ZAD Equação 49
Z=[ ]
ZDA ZDD
Similar ao que foi feito anteriormente, é aplicada a transformação modal, para as tensões
VA 1 1 1 0 0 0 VA0 Equação 53
VB 1 a2 a 0 0 0 VA1
VC a2 0 VA2
= 1 a 0 0
VD 0 0 0 1 1 1 VD0
VE 0 0 0 1 a2 a VD1
[ VF ] [ 0 0 0 1 a a2 ] [VD2 ]
e para as correntes,
IA 1 1 1 0 0 0 IA0 Equação 54
IB 1 a2 a 0 0 0 IA1
IC a2 0 IA2
= 1 a 0 0
ID 0 0 0 1 1 1 ID0
IE 0 0 0 1 a2 a ID1
[ IF ] [ 0 0 0 1 a a2 ] [ID2 ]
Essas equações matriciais podem ser apresentadas de maneira reduzida,
VA A 0 VA012 Equação 55
[ ]=[ ][ ]
VD 0 A VD012
e para correntes
I A 0 IA012 Equação 56
[ A] = [ ][ ]
ID 0 A ID012
APÊNDICE A 104
E finalmente,
VA012 Z ZAD012 IA012 Equação 59
[ ] = [ AA012 ][ ]
VD012 ZDA012 ZDD012 ID012
Sendo,
Zs + 2Zm 0 0 Equação 60
ZAA012 = ZDD012 [ 0 Zs − Zm 0 ]
0 0 Zs − Zm
E,
3ZP 0 0 Equação 61
ZAD012 = ZDA012 = [ 0 0 0]
0 0 0
APÊNDICE B 105
Nesta seção são apresentados o artigo publicado durante essa dissertação e a submissão
realizada.
Artigo submetido ao IEEE PES – Power and Energy Society, 2017.
Publicação e apresentação no DPSP – Developments in Power System Protection
Conference 2016.
APÊNDICE B 106
APÊNDICE B 107
APÊNDICE B 108
APÊNDICE B 109
APÊNDICE B 110
APÊNDICE B 111
APÊNDICE B 112
APÊNDICE B 113
APÊNDICE B 114
APÊNDICE B 115
APÊNDICE B 116