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Florianópolis
2013
Este trabalho é dedicado a minha
amada esposa Giselle e aos meus pais
José Luiz e Maria Lourdes.
AGRADECIMENTOS
1 INTRODUÇÃO ................................................................................ 13
1.1 MOTIVAÇÃO ................................................................................ 14
1.2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................ 15
1.3 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO .............................................. 17
1.4 CONTRIBUIÇÕES ......................................................................... 18
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................... 21
2.1 SOBRETENSÕES ATMOSFÉRICAS E SUPORTABILIDADES 23
2.2 ONDAS VIAJANTES EM LINHAS DE TRANSMISSÃO ........... 28
2.3 FALHA DE BLINDAGEM ............................................................ 35
2.4 BACKFLASHOVER ........................................................................ 40
2.5 MECANISMO DAS DESCARGAS ATMOSFÉRICAS ............... 46
2.6 COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO ......................................... 53
2.7 COMPORTAMENTO DE TRANSFORMADORES DURANTE
TRANSITÓRIOS .................................................................................. 57
2.8 CONSIDERAÇÕES ........................................................................ 65
3 MODELAGEM COMPUTACIONAL ........................................... 67
3.1 MODELOS DE LINHA DE TRANSMISSÃO .............................. 69
3.1.1 Modelo de Bergeron ..................................................................... 82
3.1.2 Modelo de J. Martí ....................................................................... 83
3.1.3 Impedância de surto da torre ........................................................ 86
3.1.4 Resistência de pé de torre ............................................................. 92
3.1.5 Isolador......................................................................................... 96
3.2 BARRAMENTOS........................................................................... 98
3.3 EQUIPAMENTOS ........................................................................ 101
3.4 PARA-RAIOS ............................................................................... 103
3.4.1 Modelo do IEEE ......................................................................... 106
3.4.2 Modelo de Pinceti & Giannettoni ............................................... 109
3.5 TRANSFORMADOR ................................................................... 111
3.5.1 Capacitância de surto para terra ................................................. 115
3.5.2 Método de Ajuste Vetorial (Vector Fitting Routine) .................. 119
3.6 DESCARGA ATMOSFÉRICA .................................................... 124
3.6.1 Dupla exponencial ...................................................................... 125
3.6.2 Modelo de Heidler ...................................................................... 126
3.7 CONSIDERAÇÕES ...................................................................... 128
4 DENSIDADE ESPECTRAL DE ENERGIA ............................... 131
4.1 DENSIDADE ESPECTRAL DE ENERGIA DAS ONDAS
PADRONIZADAS .............................................................................. 134
4.2 FATOR DE SEVERIDADE NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA
(FSDF)................................................................................................. 138
4.3 CONSIDERAÇÕES ......................................................................141
5 IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL E RESULTADOS .143
5.1 IMPLEMENTAÇÃO DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO .........146
5.2 IMPLEMENTAÇÃO DA SUBESTAÇÃO (EQUIPAMENTOS).152
5.3 PREPARAÇÕES DE CASOS E APLICAÇÃO DAS DESCARGAS
ATMOSFÉRICAS ...............................................................................157
5.4 RESULTADOS DAS SIMULAÇÕES ..........................................161
6 CONCLUSÕES ...............................................................................179
6.1 PROPOSTAS PARA TRABALHOS FUTUROS .........................181
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................183
13
1 INTRODUÇÃO
1.1 MOTIVAÇÃO
1.4 CONTRIBUIÇÕES
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
( )
√
Sendo:
24
( )
Sendo:
Sendo:
Sendo:
√ √
√ √
[ ]
[ ]
[ ]
[ ]
Sendo:
√ √
√ √
Sendo:
Facilmente pode ser observada que para uma linha sem perdas
( ), a impedância característica se torna a impedância de surto,
apresentado anteriormente em 2.2.9.
A constante de propagação é dividida em constante de atenuação
e constante de fase, conforme equação 2.2.18.
Sendo:
= constante de atenuação;
= constante de fase.
Sendo:
Sendo:
= raio de atração, em m;
e = constantes que variam de acordo com o modelo(vide
tabela 2.3.1);
= intensidade de corrente da descarga atmosférica, em kA.
⁄
( )
Fonte
A b A b
Wagner (WAGNER;
14,2 0,42 14,2 0,42
HILEMAN, 1961)
Young (YOUNG; CLAYTON;
27,0 0,32 0,32
HILEMAN, 1951)
Armstrong & Whitehead
(ARMSTRONG; 6,0 0,80 6,7 0,80
WHITEHEAD, 1969)
Brown & Whitehead (BROWN;
6,4 0,75 7,1 0,75
WHITEHEAD, 1969)
Love (LOVE, 1973) 10,0 0,65 10,0 0,65
Anderson e IEEE-1984
(ANDERSON, 1982) e (IEEE 0,65 8,0 0,65
WG, 1985)
2.4 BACKFLASHOVER
TS
Zg Is Is Zg
Cabo de blindagem
TA
A
ZT ZT
VI
Cabo condutor fase
VTT TT
IT
VTA Acoplamento capacitivo
IR entre cabo de blindagem e
Ri Ri cabo condutor fase
( )
( )
42
[( ) ( )
( ) ]
( )⁄
√ ⁄
Sendo:
Sendo:
Figura 2.5 2 – A primeira descarga. (a) Primeiro passo do líder. (b) O primeiro
líder caminha em direção ao solo. (c) Formação do canal para a descarga
atmosférica.
Fonte: Hileman (1999).
Figura 2.5.3 – Tipo de descargas atmosféricas. (a) nas nuvens: (i) descargas
internas na nuvem; (ii) descargas no ar; (iii) descarga entre nuvens. (b) entre
nuvem e solo: (i) descargas descendentes com polaridade negativa; (ii)
descargas descendentes com polaridade positiva; (iii) descargas ascendentes
com polaridade negativa; (iv) descargas ascendentes com polaridade positiva.
Fonte: Cooray (2010).
Sendo:
Sendo:
= risco de falha;
= função distribuição de probabilidade das
suportabilidades;
= função densidade de probabilidade das sobretensões.
( )
( )
Sendo:
( )
( )
Sendo:
Sendo:
= constante capacitiva;
= capacitância total para a terra (carcaça do
transformador);
= capacitância total entre espiras.
Figura 2.7.3 – Oscilações de tensão com o passar do tempo para bobina com
extremo aterrado.
Fonte: Ries (2007).
Sendo:
= transformador ideal;
= tensão nos terminais do enrolamento primário;
= tensão nos terminais do enrolamento secundário;
= número de espiras do enrolamento primário;
= número de espiras do enrolamento secundário;
e = impedância do ramo magnetizante referida ao
enrolamento primário;
61
Sendo:
Substituindo:
64
2.8 CONSIDERAÇÕES
3 MODELAGEM COMPUTACIONAL
[ ][ ] [ ] [ ]
Sendo:
dV1
dx
dV
2
dx Z 11 Z 12 Z 13 Z 14 Z 15 Z 16 Z 17 Z 18 I 1
dV3 Z Z 22 Z 23 Z 24 Z 25 Z 26 Z 27 Z 28 I 2
dx 21
dV Z 31 Z 32 Z 33 Z 34 Z 35 Z 36 Z 37 Z 38 I 3
4
Z Z 42 Z 43 Z 44 Z 45 Z 46 Z 47 Z 48 I 4
dx 41
dV5 Z 51 Z 52 Z 53 Z 54 Z 55 Z 56 Z 57 Z 58 I 5 (3.1.1)
dx
dV Z 61 Z 62 Z 63 Z 64 Z 65 Z 66 Z 67 Z 68 I 6
6 Z 71 Z 72 Z 73 Z 74 Z 75 Z 76 Z 77 Z 78 I 7
dx
dV7 Z 81 Z 82 Z 83 Z 84 Z 85 Z 86 Z 87 Z 88 I 8
dx
dV
8
dx
[ ] [ ]
[ ] [ ] [ ]
{ }
( )
Sendo:
( )
75
Sendo:
= profundidade pelicular;
= frequência, em Hz;
= permeabilidade magnética do ar ;
= condutividade do material condutor, em S/m,
= resistência calculada no modo estático do condutor
(corrente contínua), em Ω/m;
= indutância calculada no modo estático do condutor
(corrente contínua), em Ω/m;
= resistência interna calculada na frequência desejada, em
Ω/m;
= indutância interna calculada na frequência desejada, em
Ω/m.
Sendo:
dV1 mod al
dx
dV
2 mod al
dx Z1 0 0 0 0 0 0 0 I1 mod al
dV3 mod al 0 Z2 0 0 0 0 0 0 I 2 mod al
dx
dV 0 0 Z3 0 0 0 0 0 I 3 mod al
4 mod al 0 0 0 Z4 0 0 0
0 I 4 mod al
dx (3.1.23)
dV5 mod al 0 0 0 0 Z5 0 0 0 I 5 mod al
dx
dV 0 0 0 0 0 Z6 0 0 I 6 mod al
6 mod al 0 0 0 0 0 0 Z0 0 I 7 mod al
dx
dV7 mod al 0 0 0 0 0 0 0 Z 0 I8 mod al
dx
dV8 mod al
dx
dI1 mod al
dx
dI
2 mod al
dx Y1 0 0 0 0 0 0 0 V1 mod al
dI 3 mod al 0 Y 0 0 0 0 0 0 V
dx 2 2 mod al
dI 0 0 Y3 0 0 0 0 0 V3 mod al
4 mod al 0 0 0 Y 0 0 0 0 V
dx 4 4 mod al
dI 5 mod al 0 0 0 0 Y5 0 0 0 V5 mod al
dx
dI 0 0 0 0 0 Y6 0 0 V6 mod al
6 mod al 0 0 0 0 0 0 Y0 0 V7 mod al (3.1.24)
dx
dI 7 mod al 0 0 0 0 0 0 0 Y0 V8 mod al
dx
dI8 mod al
dx
A equação modal desacoplada para uma linha de transmissão
polifásica com ou sem transposição tem na sua forma uma similaridade
com componentes simétricas de sequência positiva, negativa e zero.
Porém, como essa similaridade é apenas matemática, devido às
transformações modais, chamamos as quantidades e de modos
terra, que correspondem aos cabos de blindagem e levam em
consideração as componentes de retorno pela terra do domínio de fases.
80
√
√
Sendo:
Sendo:
dV1
dx
dV
2
dx Z11( ) Z12 ( ) Z13 ( ) Z14 ( ) Z15 ( ) Z16 ( ) Z17 ( ) Z18 ( ) I1
dV3 Z 21( ) Z 22 ( ) Z 23 ( ) Z 24 ( ) Z 25 ( ) Z 26 ( ) Z 27 ( ) Z 28 ( ) I 2
dx
dV Z 31( ) Z 32 ( ) Z 33 ( ) Z 34 ( ) Z 35 ( ) Z 36 ( ) Z 37 ( ) Z 38 ( ) I 3
4 Z ( ) Z 42 ( ) Z 43 ( ) Z 44 ( ) Z 45 ( ) Z 46 ( )
Z 47 ( ) Z 48 ( ) I 4
dx 41
dV5 Z 51( ) Z 52 ( ) Z 53 ( ) Z 54 ( ) Z 55 ( ) Z 56 ( ) Z 57 ( ) Z 58 ( ) I 5
dx Z ( ) Z 62 ( ) Z 63 ( ) Z 64 ( ) Z 65 ( ) Z 66 ( )
Z 67 ( ) Z 68 ( ) I 6
dV6 61
Z 71( ) Z 72 ( ) Z 73 ( ) Z 74 ( ) Z 75 ( ) Z 76 ( ) Z 77 ( ) Z 78 ( ) I 7
dx
dV7 Z 81( ) Z 82 ( ) Z 83 ( ) Z 84 ( ) Z 85 ( ) Z 86 ( ) Z 87 ( ) Z 88 ( ) I 8
dx
dV8
(3.1.2.1)
dx
( ( √ ) )
Sendo:
= impedância de surto, em Ω;
= tempo de propagação da onda pela torre, em segundos;
= velocidade da luz (≈ 300.000 km/s);
= altura do cilindro, em metros;
= raio da base do cilindro, em metros.
(√ √( ) )
Sendo:
√ ( ( ) √ )
( (√ ) )
(√ ) (√ )
Sendo:
Sendo:
[ ]
94
Sendo:
Sendo:
Sendo:
[ ]
√
3.1.5 Isolador
C
V=X
Rs
Sendo:
Sendo:
= resistência de amortecimento, em Ω;
= passo de integração, em segundos;
= capacitância total da cadeia de isoladores em, µF.
98
3.2 BARRAMENTOS
3.3 EQUIPAMENTOS
3.4 PARA-RAIOS
Sendo:
3.5 TRANSFORMADOR
Amplitude de Y (jω)
1,0E+00
1,0E-01
1,0E-02
Y (Siemens)
1,0E-03
1,0E-04
1,0E-05
1,0E-06
1,0E+01 1,0E+02 1,0E+03 1,0E+04 1,0E+05 1,0E+06
Freq (Hz)
Figura 3.5.1.1- Região de interesse da curva Y(jω).
Amplitude de Y (jω)
1,0E+00
1,0E-01
1,0E-02
Y (Siemens)
1,0E-03
1,0E-04
1,0E-05
1,0E-06
1,0E+01 1,0E+02 1,0E+03 1,0E+04 1,0E+05 1,0E+06
Freq (Hz)
Figura 3.5.1.2- Linearização da região de interesse da curva Y(jω).
118
120,0
70,0
20,0
Z (graus)
-30,0
-80,0
-130,0
-180,0
1,0E+01 1,0E+02 1,0E+03 1,0E+04 1,0E+05 1,0E+06
Freq (Hz)
Figura 3.5.1.3 – Ângulo de fase da impedância terminal.
[ ] [ ][ ]
̂ ̂ ̂
121
̂ ̂ ̂
̂ ̂
̂ ̂ ̂
̂ [ ]̂
̂ [ ]
[ ]
122
[ ]
[ ]
123
( )
Sendo:
= corrente de descarga, em A;
= amplitude, em A;
= coeficiente de tempo de crescimento, em 1/s;
= coeficiente de tempo de decaimento, em 1/s.
( )
Sendo:
Sendo:
3.7 CONSIDERAÇÕES
Sendo:
= espectro de frequências de ;
= função temporal.
∫
132
∫ | | ∫ | |
Sendo:
( )
[ ] ∑ [ ]
Sendo:
Sendo:
[ ] ∑ [ ][ ( ) ( )]
∑ [ ][ ( )]
∑ [ ][ ( )]
| | √[ ] [ ]
Sendo:
| |
√
( )
Sendo:
| | √
Sendo:
( )
( )
( )
( )
137
padronizados
1,000
0,100
Coberto pelos ensaios
padronizados
0,010
0,001
10000 100000 1000000 10000000
Freqüência (Hz)
Figura 4.1.2 – Envoltória dos ensaios padronizados.
| |
| |
(| | ) (| | )
4.3 CONSIDERAÇÕES
Modelagem simplificada:
Modelagem detalhada:
Tabela 5.2.2 - Síntese dos resultados dos ajustes para uma capacitância
concentrada e com utilização da rotina Vector Fitting para modelagem do
transformador.
Tensão C N° Ordem de Y(s) / n° de
Modelo Erro (pu)
nominal (nF) Iterações Ramos RLGC
230 kV Capacitância 10 - - -
Vector
230 kV - 20 58 / 91 0,0016819
Fitting
69 kV Capacitância 15,6 - - -
Vector
69 kV - 9 80/122 0,0018649
Fitting
Figura 5.2.2 – Ângulo de Fase - Ajuste para a resposta em frequência vista dos
terminais 230 kV.
Figura 5.2.4 – Ângulo de Fase - Ajuste para a resposta em frequência vista dos
terminais 69 kV.
6 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS