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DISTRIBUIÇÃO AUTOMÁTICA DE CÓPIAS
1 OBJETIVO 3
2 INFORMAÇÕES E DADOS ADOTADOS 3
3 DEFINIÇÃO DA LARGURA DA FAIXA DE SERVIDÃO 4
4 DEFINIÇÃO DAS DISTÂNCIAS DE SEGURANÇA 12
5 REFERÊNCIAS 13
6 ANEXOS 14
Este documento tem como objetivo apresentar a memória de cálculo da faixa de passagem a ser
adotada para a linha de transmissão em 230 kV que irá seccionar a LT 230 kV Ipatinga 2 –
Timóteo/Acesita, localizada no Estado de Minas Gerais, para atender ao Edital ANEEL
n°04/2011.
As informações e dados, a seguir listados, deverão ser considerados nos estudos a serem aqui
desenvolvidos.
A velocidade de vento adotada para os estudos de balanço dos cabos condutores terá período de
retorno mínimo de 30 anos. Tendo por base a velocidade de vento com período de retorno de 50
anos, tempo de integração de 10 minutos, altura de 10 metros, terreno classe B e temperatura de
10°C de 22,2 m/s, que corrigida conforme [5.1] para 30 anos resulta em 21,03 m/s e
considerando-se a altura média adotada para os condutores [5.2] de 20 metros, a velocidade de
vento com período de retorno de 30 anos correspondente será conforme [5.4] 23,49 m/s a 10°C.
A pressão dinâmica de referência correspondente será de 324,45 N/m² ou 33,08 kgf/m²,
considerando-se a massa específica do ar de 1,176 kg/m² a 10°C e 500 metros de altitude.
Para os estudos objeto deste documento foi adotada a estrutura tipo T43.
Conforme o item 1.2.2.2 do edital ANEEL n°04/2011, as intensidade de corrente nos condutores
da linha serão conforme indicado no quadro a seguir.
Para o caso específico, serão considerados os seguintes dados da linha e do condutor CAA 636
MCM (GROSBEAK), que será utilizado na linha, para fins de cálculo da flecha e dos ângulos de
balanço.
Para a pressão de 33,08 kgf/m² a 10°C e um vão de 230 metros a flecha correspondente será f =
17,1 metros e atração axial igual a 610 kgf. O ângulo de balanço β do vão, calculado conforme o
Método de Hornisgrinde ou do equivalente [5.1] será calculado para a relação entre o vão de
peso V e o vão de vento H tomada igual 0,40 (condição pessimista), considerando-se k = 0,37
conforme [5.1]. Para o caso em estudo, tem-se:
L = 2*E + 2 * [f*senβ + C]
Onde:
Observa-se que, devido a estrutura T43 ser do tipo ancoragem, não se considera o comprimento
da cadeia no cálculo.
Então:
Por este critério se adotaria um mínimo de 31 m para a largura da faixa de servidão, porém,
como pelos critérios elétricos apresentados a seguir, é necessário um faixa de 40 m para a LT.
em
Onde:
EØC1 = Gradiente de Campo Elétrico na superfície do condutor (kV/cm);
r = Raio do condutor (cm);
d = Distância do condutor até o ponto de observação (m).
em
Em LTs trifásicas, caso a diferença entre o maior e menor nível de RI das fases seja maior ou
igual a 3 dB, considera-se o nível de RI maior, caso contrário utiliza-se a fórmula com os dois
maiores valores de RI:
G - kV/cm G - kV/cm
Fase
(médio) (máximo)
A1 16.88 16.96
B1 18.23 18.25
C1 16.87 16.93
A2 16.88 16.96
B2 18.23 18.25
C2 16.87 16.93
Para uma faixa de servidão de 40 metros, os valores do nível da rádio interferência são
mostrados na tabela a seguir.
Faixa de 40 m
G - kV/cm
Fase HV - 1 RI (dB)
(médio)
A1 30.00 16.88 36.55
B1 24.50 18.23 43.42
C1 19.00 16.87 41.00
A2 30.00 16.88 34.84
B2 24.50 18.23 41.20
C2 19.00 16.87 38.08
RI50% final = 46.96 dB
RIcorrig. 1000 Ω.m = 41.96 dB
Sinal-ruído = 24.04 dB
Onde:
n = Número de subcondutores;
d = Diâmetro do condutor (cm);
E = Gradiente de Campo Elétrico na superfície do condutor (kV/cm);
kn = 7,5 para n = 1;
R = Distância do condutor até o ponto de observação (m);
O resultado expresso por essa equação representa o nível de RA para condição de chuva intensa.
A correção para condição de chuva fina é feita por meio do gradiente de 6 dB [5.6], Ec, na qual o
nível RA de chuva fina é 6 dB menor do que o de chuva intensa.
Verifica-se, pela inspeção dos resultados dos cálculos mostrados no anexo 6.2 que, mesmo no
interior da faixa e sob os condutores, os valores encontrados se situam muito abaixo dos
máximos admitidos na Resolução Normativa n° 398, da ANEEL.
Os valores do gradiente de campo elétrico na superfície dos condutores estão mostrados no item
3.2 do presente documento. Eles não superam 18,25 kVef/cm. Tais valores devem ser inferiores
ao valor do gradiente de campo elétrico de início de corona obtido pela fórmula de PEEK a
seguir:
Gradientes superficiais
Gradiente máximo (kV/cm) Gradiente de PEEK (kV/cm)
18,25 20,46
3.6 Conclusões
Pelo critério mecânico de balanço dos cabos condutores foi verificado que o valor de 31 m para
largura da faixa atende às distâncias de segurança (ver croquis no item 6.1).
Para atender ao critério do RI, foi necessária a largura da faixa de servidão de 40 m. O valor de
rádio interferência máximo calculado para 50% do período de um ano foi de 41,96 dB a 20 m do
eixo da LT, que conduz à relação sinal/ruído de 24,04 dB superior ao limite mínimo de 24 dB
estabelecido Edital.
Os valores de campo elétrico para operação em regime contínuo a 1,5 m do solo, são inferiores
aos limites estabelecidos pela Resolução Normativa n°398 da ANEEL, ficando em 0,123 kV/m
no limite da faixa de servidão (onde o limite é de 4,17 kV/m) e 4,735 kV/m no interior desta
faixa (onde o limite é de 8,33 kV/m);
O campo magnético para operação em regime contínuo a 1,5 m do solo apresentou valores
inferiores aos limites estabelecidos pela Resolução Normativa n°398 da ANEEL, ficando em
O valor calculado para Ruído Audível na condição de chuva fina, no limite da faixa de segurança
da LT, foi de 46,7 dBA, sendo inferior ao limite estabelecido de 58 dBA no Edital;
Não haverá corona visível, pois o gradiente de campo elétrico superficial máximo dos cabos
condutores é inferior ao valor de gradiente de campo elétrico de início de corona (PEEK).
No quadro a seguir estão indicados os valores obtidos nos cálculos para avaliação dos efeitos
eletromagnéticos na faixa da linha.
Limites conforme
Máximo no ONS/ANEEL
Efeitos Máximo sob
limite da
elétricos a faixa
faixa sob a faixa limite da faixa
Campo elétrico E 0,123 kV/m 4,735 kV/m ≤ 8,33 kV/m ≤ 4,17 kV/m
b) Distâncias verticais mínimas dos cabos condutores aos obstáculos, em metros, na condição de
flecha máxima.
5 REFERENCIAS
Dados de Entrada
ID d - (cm) (kV) f-t ϴ Fase X(m) H(m)
1A 2.52 132.79 0 -3.9 18.5
1B 2.52 132.79 -120 -3.9 13
1C 2.52 132.79 120 -3.9 7.5
2A 2.52 132.79 0 3.9 18.5
2B 2.52 132.79 -120 3.9 13
2C 2.52 132.79 120 3.9 7.5
3 1.54 0 0 -2.6 25.6
4 1.44 0 0 2.6 25.6
Resultados
Point X(m) H(m) E(kV/m)
0 -20 1.5 0.123
1 -19 1.5 0.114
2 -18 1.5 0.130
3 -17 1.5 0.182
4 -16 1.5 0.269
5 -15 1.5 0.389
6 -14 1.5 0.547
7 -13 1.5 0.749
8 -12 1.5 1.003
9 -11 1.5 1.317
10 -10 1.5 1.696
11 -9 1.5 2.144
12 -8 1.5 2.651
13 -7 1.5 3.192
14 -6 1.5 3.722
15 -5 1.5 4.180
16 -4 1.5 4.508
17 -3 1.5 4.684
18 -2 1.5 4.735
19 -1 1.5 4.724
20 0 1.5 4.712
21 1 1.5 4.724
22 2 1.5 4.735
23 3 1.5 4.684
24 4 1.5 4.508
Dados de Entrada
ID I (A) ϴ Fase X(m) H(m)
1 790 0 -3.9 18.5
2 790 -120 -3.9 13
3 790 120 -3.9 7.5
4 790 0 3.9 18.5
5 790 -120 3.9 13
6 790 120 3.9 7.5
7 0 0 -2.6 25.6
8 0 0 2.6 25.6
Resultados
Ponto X (m) H (m) B mín (μT) B máx (μT) B resultante (μT)
0 -20 1.5 0.69 5.78 5.82
1 -19 1.5 0.76 6.25 6.30
2 -18 1.5 0.83 6.77 6.82
3 -17 1.5 0.91 7.35 7.41
4 -16 1.5 1.00 8.00 8.07
5 -15 1.5 1.08 8.73 8.80
6 -14 1.5 1.17 9.54 9.61
7 -13 1.5 1.25 10.44 10.52
8 -12 1.5 1.32 11.44 11.52
9 -11 1.5 1.37 12.54 12.61
10 -10 1.5 1.39 13.72 13.79
11 -9 1.5 1.35 14.97 15.03
12 -8 1.5 1.24 16.21 16.26
13 -7 1.5 1.05 17.35 17.39
14 -6 1.5 0.78 18.26 18.28
15 -5 1.5 0.45 18.78 18.79
16 -4 1.5 0.13 18.82 18.82
17 -3 1.5 0.13 18.41 18.41
18 -2 1.5 0.24 17.77 17.77
19 -1 1.5 0.18 17.21 17.21
20 0 1.5 0.00 16.99 16.99
21 1 1.5 0.18 17.21 17.21
22 2 1.5 0.24 17.77 17.77
23 3 1.5 0.13 18.41 18.41
24 4 1.5 0.13 18.82 18.82
25 5 1.5 0.45 18.78 18.79
26 6 1.5 0.78 18.26 18.28
27 7 1.5 1.05 17.35 17.39
28 8 1.5 1.24 16.21 16.26