Você está na página 1de 88

AGENDA

Alexandre Kossoy | Banco Mundial

Gustavo Fontenele | SEPEC, Ministério da Economia

Gustavo Souza | Iniciativa Empresarial em Clima (IEC)

Inaiê Santos & | PMR Brasil


Guido Penido

Guilherme Lefèvre | FGVces

Karen Tanaka | CEBDS


ALEXANDRE KOSSOY
Banco Mundial
GUSTAVO FONTENELE
Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade
Ministério da Economia
GUSTAVO SOUZA
IEC & CDP
Atual secretaria
MISSÃO DA IEC
Otimizar a atuação do setor empresarial brasileiro no fortalecimento da agenda de mudança do clima.

OBJETIVOS
Buscar sinergias nas atuações, alinhando temas e agendas de cada instituição.

Criar espaços de comunicação, articulação e cooperação entre as instituições.


Mobilizar o setor empresarial para fortalecer a atuação nas agendas nacionais e internacionais de clima.
Promover o engajamento do setor privado com formuladores de políticas.
CONTATOS DA IEC
Instituto Ethos FGVces CDP
Flavia Resende Mariana Nicolletti Rebeca Lima
fresende@ethos.org.br mariana.nicolletti@fgv.br rebeca.lima@cdp.net
Marina Esteves Guilherme Lefèvre Gustavo Souza
mesteves@ethos.org.br guilherme.lefevre@fgv.br gustavo.souza@cdp.net

Rede Brasil do Pacto Global CEBDS


Elisa Badziack Karen Tanaka
elisa.badziack@pactoglobal.org.br karen.tanaka@cebds.org
Luiz Xavier Kempson Cabral
luizcarlos.xavier@braskem.com kempson.cabral@cebds.org
INAIÊ TAKAES SANTOS
& GUIDO PENIDO
PMR Brasil
Precificação de carbono: da teoria à
implementação
Índice

• Breve recapitulação do webinar introdutório

• Questões chave na escolha e implementação do instrumento

• Passos para a implementação e elementos de desenho

• Apresentação de alternativas
• Prós e contras de cada alternativa
• Experiências internacionais: escolhas, consensos
• Experiência nacional: simulação de SCE

• Evidência empírica

1
1
Recapitulando...

• Mudanças climáticas: conceitos e • Alternativas regulatórias


impactos • Natureza das barreiras (falhas de
• evidência da ação antrópica no clima mercado) Do ponto de vista
teórico
• Precificação de carbono
• Necessidade de ação governamental • Tributação
• escala global • Sistemas de Comércio de
• efeitos de longo prazo Emissões
• Por que precificar?
efeito carona (free-riding) • Como
Sistemas deprecificar?
baseline-and-credit
• Incertezas • Mecanismos de compensação
(offset)
• Conceitos
• Limitações, convergências e trade-offs
• externalidade negativa • Histórico e panorama internacional
• Custo Social do Carbono (SCC) • Evidência anedótica
• Curva de Custo Marginal de Abatimento
(MACC)
Índice

• Breve recapitulação do webinar introdutório

• Questões chave na escolha e implementação do instrumento

• Passos para a implementação e elementos de desenho

• Apresentação de alternativas
• Prós e contras de cada alternativa
• Experiências internacionais: escolhas, consensos
• Experiência nacional: simulação de SCE

• Evidência empírica

1
3
Recapitulando

Existem diversos instrumentos para


lidar com o desafio climático

E diferentes alternativas tratam de


diferentes problemas/barreiras

Necessidade de trabalhar com uma gama de instrumentos: não há bala de prata

1
4
Recapitulando...

Principais formas de Tributação de emissões

precificação
Lembrando: decisão de
precificar mais importante
que a forma Definição do preço de equilíbrio Simplicidade administrativa
que conduza ao objetivo definido Ausência de volatilidade de preços
Não assegura quantidade de Negociação de um piso para o
emissões imposto pode ser mais fácil que a
Sistema de Comércio de Resistência política negociação de metas de redução
Emissões

Volatilidade de preço Mais segurança quanto à quantidade


de emissões
Alocação de permissões
Flexibilidade Mecanismos de
Capacidade institucional Aceitação pública e resiliência
compensação

Baseline-and-credit
1
5
Recapitulando...

• Equivalência entre instrumentos, sob condições neoclássicas

• Sob incerteza: inclinação relativa das curvas MACC e SCC


• Elementos de curto e longo prazo

• Fatores determinantes na escolha do tipo de instrumentos são


mais políticos do que técnicos
• Já a escolha das características do instrumento escolhido tem
perfil mais técnico

1
6
Como identificar as características maisindicadas
para o instrumento?

No Projeto PMR Brasil, o Componente 1 foi responsável por identificar os


instrumentos de política e regulação setoriais
Particularidades do
contexto brasileiro
Estudos Setoriais

Caracterização de
políticas setoriais,
Energia Energia Indústria Agropecuária estruturas de
Setor Elétrico Combustíveis 7 subsetores e florestas
mercado,
tecnologias e
arcabouço
regulatório e análise
da interação com
instrumentos de
Pacotes de Tributo precificação
SCE de
instrumentos carbono

de precificação Alteração
de carbono instrumentos
vigentes

1
7
Como identificar as características maisindicadas
para o instrumento?

Já o Componente 2 foi responsável por simular possíveis impactos com uso de


cenários de precificação Potenciais impactos de opções alternativas
indicam direção e ordem de magnitude

Simulação de
impactos sobre PIB,
empregos, balança Modelagem
comercial, distribuição macroeconômica
de renda, entre
outros, com base nos
pacotes sugeridos no
Componente 1

Análise de Impacto
Regulatório

1
8
Como identificar as características maisindicadas
para o instrumento?

Diversas escolhas têm viés


político

Principal desafio é
determinar as
características de desenho
do instrumento, pois elas
Análise de Impacto determinam grande parte
Regulatório dos impactos

1
9
Índice

• Breve recapitulação do webinar introdutório

• Questões chave na escolha e implementação do instrumento

• Passos para a implementação e elementos de desenho

• Apresentação de alternativas
• Prós e contras de cada alternativa
• Experiências internacionais: escolhas, consensos
• Experiência nacional: simulação de SCE

• Evidência empírica

2
0
Elementos para a implementação

Arcabouço Marco
Elementos de institucional regulatório Ajustes em
desenho instrumentos
• Quem tem competência para vigentes
MRV regular emissões de GEE?
• Qual
• E para definir os parâmetros
• Regras • Escopo do SCE e emitir os direitos de
instrumento
uniformes • Ambição legal usar? • Harmonizar
emissão?
• Contabilização • Flexibilidade • PNMC já arcabouço
• Quem será responsável pelo
• Reporte • Proteção registro?
contempla? regulatório
• Verificação • Enforcement • É necessário • Ex. remoção
• Está sujeito a supervisão?
• Periodicidade • Reciclagem • Como será a interface entre
PL? PEC? de subsídios
• Conexões registros de emissões e a fósseis
permissões?

Engajamento de stakeholders
• Viabilidade de implementação
• Precificação de carbono como política de estado
• Resiliência aos ciclos políticos
2
1
Elementos de desenho

Tipo de Instrumento
Elementos de desenho
SCE TRIBUTO
Cobertura
setores cobertos x x
Escopo limiares de regulação x x
regulado Escopo de Emissões
gases regulados x x
fontes de emissão x x
Ponto de Regulação x x
Nível de Cap x
Ambição
Valor do Tributo x Muitos elementos
Alocação de Permissões x em comum
Isenção de Base Tributável x
Mecanismos de
Demais Isenções x x
proteção de Flexibilidade Temporal
competitividade Período de reporte e conciliação x x
banking e borrowing x
Estabilização de Preços x
Uso de Offsets x x
Penalizações x x
Uso de Receitas x x
Links com outros sistemas x x

2
2
Elementos de desenho

11. Conexão
com outros
4. Isenções e alocação sistemas
das permissões

5. Flexibilidade
temporal
3. Ambição 10. Implementação,
(Teto ou valor do tributo) avaliação e revisão
Oferta Demanda

6. Estabilização de 9. Uso das


preços receitas
1. Cobertura (setores e limiares) e
escopo (fontes e gases)

8. Garantia de
7. Créditos de cumprimento
MRV compensação
2. Ponto de regulação
2
3
Elementos de desenho

11. Conexão
com outros
4. Isenções e alocação sistemas
das permissões

5. Flexibilidade
temporal
3. Ambição 10. Implementação,
(Teto ou valor do tributo) avaliação e revisão
Oferta Demanda

6. Estabilização de 9. Uso das


preços receitas
1. Cobertura (setores e limiares) e
escopo (fontes e gases)

8. Garantia de
7. Créditos de cumprimento
MRV compensação
2. Ponto de regulação
2
4
Cobertura e escopo

• Setores regulados: setores que terão obrigações de conciliação

• Limiares de regulação: patamar acima do qual os agentes seriam regulados


• Evita regular pequenos emissores, o que elevaria muito o custo regulatório sem grande
impacto sobre a parcela de emissões
• Internacionalmente quando aplicado fica em torno de 25ktCO2e/ano

• Fontes de emissão: Emissões da atividade do regulado, de seu uso energético e/ou da cadeia?;
Emissões da combustão de fósseis, emissões de processos industriais e/ou emissões fugitivas?
Outras (ex. emissões biológicas)?
• Sistemas usualmente começam com emissões diretas de combustão estacionária e
processos industriais

• Gases regulados: Varia conforme a jurisdição, desde apenas o dióxido de carbono, até uma
ampla cobertura de GEEs
• Exemplos: apenas CO2 (Chile, Argentina); CO2, CH4, N2O, SF6, HFCs, PFCs, NF3 (Califórnia,
Coréia do Sul); CO2, N2O, PFCs (EU ETS)
2
5
Cobertura e escopo

Fonte: Banco 17
Mundial2020
Ponto de regulação

• Ponto da cadeia produtiva na qual incide a regulação

À jusante Insumos Processamento Distribuição Consumo final


Downstream

Ponto em que Ponto de Ponto em que ocorrem as


ocorrem as regulação emissões: “Midstream”

emissões

À montante Insumos Processamento Distribuição Consumo final


Upstream

Ponto de Ponto em que


regulação ocorrem as
emissões
• A decisão de regular upstream, downstream ou midstream depende do custo regulatório de cada
opção e da transmissão de incentivos ao longo da cadeia
• Nas experiências internacionais, a indústria é normalmente regulada no ponto de emissão, isto é,
os estabelecimentos industriais (midstream). Já os combustíveis, por conta do custo regulatório,
normalmente são regulados upstream, nas produtoras, distribuidoras e importadoras. 18
Elementos de desenho

11. Conexão
com outros
4. Isenções e alocação sistemas
das permissões

5. Flexibilidade
temporal
3. Ambição 10. Implementação,
(Teto ou valor do tributo) avaliação e revisão
Oferta Demanda

6. Estabilização de 9. Uso das


preços receitas
1. Cobertura (setores e limiares) e
escopo (fontes e gases)

8. Garantia de
7. Créditos de cumprimento
MRV compensação
2. Ponto de regulação
2
8
Cap (teto de emissões)

• Cap é o volume de emissões máximo permitido ao conjunto de agentes regulados


• Definido por meio da combinação entre as emissões totais dos agentes regulados
em um ano-base e a meta de redução de emissões, que representa a ambição de
mitigação do sistema no período em questão.
• É implementado por meio da emissão de direitos de emissão equivalentes ao
montante definido.

• Normalmente definido em termos absolutos, mas pode ser definido de forma relativa,
i.e., em termos da intensidade de emissões do escopo regulado.
• Preocupações com crescimento econômico podem ser acomodadas por meio de
ajustes ex-post.

• Nas experiências internacionais, vemos a tendência de se tornar mais restritivo ao longo


do tempo (metas com ambição crescente).
• EU ETS: meta de redução de 1,74% ao ano na fase atual e definiu 2,2% como meta anual de
reduções na próxima fase.
• Califórnia: metas de redução de 3,1% a.a. entre 2015 e 2017; atualmente tem metas de 3,4%
e prevê metas de 5% na próxima década.

2
9
Valor do tributo

• O valor da alíquota cobrada, expressa em $/tCO2e emitido, representa a ambição de


mitigação do instrumento no caso de um tributo de carbono. Ceteris paribus, quanto
maior o valor do tributo, maior será a mitigação resultante do mesmo.

• Assim como no caso do mercado, a experiência internacional mostra um aumento na


ambição de mitigação do instrumento ao longo do tempo. No caso do tributo, ao invés
de aumentos na meta de redução que tornam o cap mais restritivo, vemos um
aumento no valor da alíquota cobrada.
• British Columbia: valor do tributo chegou a CAN$ 40 em 2019 e deve alcançar CAN$ 50 em
2021
• Noruega: aumento de aprox. US$ 4 de 2019 para 2020
• África do Sul: alíquota deve crescer anualmente em 2% mais inflação até 2022

3
0
Elementos de desenho

11. Conexão
com outros
4. Isenções e alocação sistemas
das permissões

5. Flexibilidade
temporal
3. Ambição 10. Implementação,
(Teto ou valor do tributo) avaliação e revisão
Oferta Demanda

6. Estabilização de 9. Uso das


preços receitas
1. Cobertura (setores e limiares) e
escopo (fontes e gases)

8. Garantia de
7. Créditos de cumprimento
MRV compensação
2. Ponto de regulação
3
1
Alocação de permissões

Grandfathering
Gratuita • Apenas o volume de emissões passado de
cada agente é usado na determinação do
montante alocado
• Reduz custo de • Simplicidade é principal atrativo
conciliação de • ‘Windfall profits’
regulados
Método de Benchmarking
• Bom suporte político
alocação de • Usa parâmetros de intensidade carbônica da
permissões produção para premiar os agentes mais
eficientes por esforços passados, atribuindo-
lhes maior parcela de permissões
• Mais apropriado e justo do que o GF
• Requer mais dados

A experiência internacional mostra que Leilões


grande parte dos sistemas utiliza um mix,
aumentando a proporção leiloada ao
longo do tempo. A tendência é caminhar • Leilões periódicos alocam parcelas das permissões
gradualmente para um cenário em que • Visto como mais justo
setores sem risco iminente de perda de
competitividade tenham alocação • Gera receitas que podem ser recicladas para diversos
totalmente efetuada por leilões. destinos complementares e revelam disposição a pagar23
Isenções de Base Tributável

• Isenção de Base Tributável: ‘gratuidades’ aos regulados no caso de um tributo de carbono


• Analogamente à alocação gratuita de permissões no caso do SCE, é possível isentar parcela
da base tributável dos regulados no caso de um tributo de carbono, de modo a reduzir os
custos de conciliação dos agentes
• A isenção pode ser feita de forma ampla ou setorialmente, lidando com questões de
competitividade particulares à cada setor. Sua aplicação nas fases iniciais pode gerar maior
apoio ao instrumento. A indicação é que se reduza as isenções gradualmente ao longo das
fases do sistema

• África do Sul: na primeira fase do sistema, os regulados têm de 60% a 95% de sua
base tributável isenta de pagamento do tributo
• Argentina: lógica semelhante da isenção de base tributária, mas aplicada ao valor do
tributo. O país definiu um valor total para a sua alíquota e iniciou o sistema cobrando
apenas 10% desse valor. Essa parcela subirá 10 p.p. ao ano, até chegar ao valor cheio
definido.

3
3
Isenções e outras medidas de proteçãoà
competitividade

Carbon leakage
Refere-se ao risco de realocação da produção para
jurisdições sem ou com menor valor do preço de carbono

No PMR Brasil, foram contempladas, por exemplo:

• Isenção de exportações;
• Isenção nafta destinada à produção de petroquímicos, já que não há combustão;
• Isenção de combustíveis “politicamente sensíveis”;
• Ajuste de fronteira: regras isonômicas para nacionais e importados; e
• Aplicação de critérios que combinam intensidade de comércio (exposição a concorrência
internacional) com a representatividade dos custos de compliance (mitigação) nos custos
de produção durante a alocação de direitos de emissão.

• Experiência internacional
• Argentina: isenções para o combustível exportado.
• África do Sul: isenção adicional para setores expostos ao comércio internacional.
• EU ETS e Califórnia: alocação gratuita adicional para setores em risco de competitividade.
3
4
Elementos de desenho

11. Conexão
com outros
4. Isenções e alocação sistemas
das permissões

5. Flexibilidade
temporal
3. Ambição 10. Implementação,
(Teto ou valor do tributo) avaliação e revisão
Oferta Demanda

6. Estabilização de 9. Uso das


preços receitas
1. Cobertura (setores e limiares) e
escopo (fontes e gases)

8. Garantia de
7. Créditos de cumprimento
MRV compensação
2. Ponto de regulação
3
5
Flexibilidade temporal

Mecanismos de flexibilização da conciliação ao longo do tempo

• Período de relato e conciliação: Quanto mais longo o período de conciliação do


sistema, mais tempo os regulados têm para realizar ajustes, investimentos e se adaptar
ao instrumento.

• Os períodos de conciliação variam nas experiencias internacionais, tanto para ETS quanto no
caso do tributo: Argentina (mensal), Chile (anual), África do Sul (bianual), EU ETS (anual). Na
Califórnia, o reporte é anual, mas o ciclo de conciliação é de três anos.

Banking e Borrowing: Se referem à utilização de permissões excedentes em períodos


seguintes e à conciliação do período presente com permissões futuras, respectivamente. O
banking é visto como um mecanismo de flexibilidade que previne colapsos de preços ao
fim de fases e é normalmente aceito com restrições. Já o borrowing é raramente aplicado,
já que incentivar a postergação de ações sem penalização.

• Exemplos de sistemas que aceitam banking: EU ETS, California, Nova Zelândia, Québec e
Coreia.
• O borrowing é aceito na Coreia do Sul e de forma bastante limitada.
3
6
Elementos de desenho

11. Conexão
com outros
4. Isenções e alocação sistemas
das permissões

5. Flexibilidade
temporal
3. Ambição 10. Implementação,
(Teto ou valor do tributo) avaliação e revisão
Oferta Demanda

6. Estabilização de 9. Uso das


preços receitas
1. Cobertura (setores e limiares) e
escopo (fontes e gases)

8. Garantia de
7. Créditos de cumprimento
MRV compensação
2. Ponto de regulação
3
7
Estabilização de preços

• Mecanismos para prevenir grandes variações de preços no mercado


de carbono e dar maior previsibilidade aos agentes, facilitando
investimentos de longo prazo.
• Piso: evita que preços colapsem e se reduza demais os incentivos à mitigação
• Teto: evita que os preços subam demais e tornem os custos de conciliação proibitivos, prejudicando a
competitividade da economia nacional
• “Corredor de preços”: combinação de ambos

• Na prática, estabilização via mercado funciona mais suavemente se


houver parte das
• permissões a serem leiloadas.
• Califórnia:• leilões têm de
Se o preço preços mínimo,
mercado cai ao que
nívelfunciona como
definido para piso ode
o ‘piso’, preços.pode
regulador Alémcancelar
disso, leilões, restringindo a oferta
29
existe uma reserva de contenção
permissões de preços,
até que os preços reajam,a ou
seraté
usada
mesmocaso gatilhopermissões
comprar seja ativado
no mercado
Elementos de desenho

11. Conexão
com outros
4. Isenções e alocação sistemas
das permissões

5. Flexibilidade
temporal
3. Ambição 10. Implementação,
(Teto ou valor do tributo) avaliação e revisão
Oferta Demanda

6. Estabilização de 9. Uso das


preços receitas
1. Cobertura (setores e limiares) e
escopo (fontes e gases)

8. Garantia de
7. Créditos de cumprimento
MRV compensação
2. Ponto de regulação 30
Créditos de compensação (offsets)

• São gerados por mitigação comprovada em setores não regulados e podem ser usados
por agentes regulados para a conciliação de suas obrigações
• Oferecem maior flexibilidade aos agentes regulados na conciliação, potencialmente
reduzindo seus custos, além de gerar incentivo à mitigação em outros setores,
aumentando o alcance do sinal de preços do carbono e a eficiência do sistema
• Desafios são garantir a credibilidade e uso equilibrado do instrumento: gerar incentivos à
mitigação adicional e flexibilidade para os regulados, sem comprometer decisivamente
os incentivos à mitigação no escopo regulado pela precificação de carbono. Outras
definições são os setores/atividades aceitas e se domésticos ou livres.

• Na experiencia internacional, a permissão do uso de offsets é comum:


• Coréia do Sul: até 10% das obrigações de conciliação de cada regulado cobertos com offsets
domésticos ou de projetos internacionais de empresas coreanas
• Califórnia: 8% de offsets domésticos de 6 atividades definidas, com percentual devendo cair na
próxima fase
• EU ETS: offsets de países menos desenvolvidos, num montante de até 50% do referencial de
redução de emissões
• África do Sul (tributo): até 10% da obrigação de cada agente regulado 31
Elementos de desenho

11. Conexão
com outros
4. Isenções e alocação sistemas
das permissões

5. Flexibilidade
temporal
3. Ambição 10. Implementação,
(Teto ou valor do tributo) avaliação e revisão
Oferta Demanda

6. Estabilização de 9. Uso das


preços receitas
1. Cobertura (setores e limiares) e
escopo (fontes e gases)

8. Garantia de
7. Créditos de cumprimento
MRV compensação
2. Ponto de regulação
4
1
Garantia de cumprimento

• O mecanismo de enforcement de regulações de precificação de carbono normalmente é


implementado por meio de penalizações aos agentes regulados que não conciliarem com
suas obrigações e/ou prestarem informações falsas
• Formas variam e podem envolver mais de uma obrigação: multas (fixas ou por unidade não
entregue), obrigação de entrega de múltiplo > 1 das permissões não entregues em período
seguinte, ‘shaming’ com publicação de lista de empresas não cumpridoras, cancelamento
de subsídios públicos e até mesmo a prisão
• Nova Zelândia: multas de NZD 24.000 e NZD 50.000 por ausência e falsidade no relato,
respectivamente, e a falsidade pode inclusive ser penalizada com a prisão dos responsáveis. Já a
não conciliação gera multa de NZD 30 por tCO2e não conciliada acrescida da obrigação de cobrir
o montante não conciliado no período seguinte
• EU ETS: além da multa e obrigação de entrega de permissões faltantes, aplica-se o princípio de
shaming
• Califórnia: cada tonelada não conciliada gera obrigação de entrega de três permissões no
período seguinte

• Tributação: pode se aplicar a legislação tributária vigente, que normalmente já prevê


penalizações por fraudes, falsidade de reporte e etc.
4
2
Elementos de desenho

11. Conexão
com outros
4. Isenções e alocação sistemas
das permissões

5. Flexibilidade
temporal
3. Ambição 10. Implementação,
(Teto ou valor do tributo) avaliação e revisão
Oferta Demanda

6. Estabilização de 9. Uso das


preços receitas
1. Cobertura (setores e limiares) e
escopo (fontes e gases)

8. Garantia de
7. Créditos de cumprimento
MRV compensação
2. Ponto de regulação
4
3
Uso das receitas

• Apesar de o uso das receitas de um sistema de precificação não serem intrinsicamente parte da
definição do instrumento, no tema precificação de carbono os dois andam de mãos dadas.
• O uso das receitas pode aumentar a aceitação pública e viabilidade política do instrumento, bem
como aumentar sua eficiência viabilizando situações de ‘duplo-dividendo’ e fomentar mitigações
adicionais.

Fundos de inovação ‘verde’


Earmarking
• Receita é destinada a atividades Assistência a setores regulados
pré-definidas
• Maior transparência e previsibilidade, Redução de impostos
Receitas do porém menor flexibilidade
Sistema de Transferências para famílias
Precificação Orçamento Geral
Combate ao desmatamento
• Governo fica livre para alocar as receitas de
acordo com suas prioridades Outros
• Menor accountability e transparência

Dos USD 44 bi de receitas dos sistemas de precificação em 2018, 53% foram alocados para desenvolvimento de baixo
carbono, 37% para o orçamento geral das jurisdições, 6% para reduções de impostos e 3% para transferências direta3s5.
Elementos de desenho

11. Conexão
com outros
4. Isenções e alocação sistemas
das permissões

5. Flexibilidade
temporal
3. Ambição 10. Implementação,
(Teto ou valor do tributo) avaliação e revisão
Oferta Demanda

6. Estabilização de 9. Uso das


preços receitas
1. Cobertura (setores e limiares) e
escopo (fontes e gases)

8. Garantia de
7. Créditos de cumprimento
MRV compensação
2. Ponto de regulação
4
5
Implementação, avaliação e revisão

• Ajustes ao longo do tempo são parte do processo: importante prever os momentos,


procedimentos e escopo das revisões de regras
• Alterações necessárias precisam ser ponderadas diante das incertezas que
podem ser geradas para os agentes regulados (e decisões de investimento)

• Abordagem gradual: aumento do rigor nas diretrizes de MRV; inclusão de


setores/fontes de emissão; trajetória do cap; formas de alocação das permissões;
mecanismos de estabilização de preços.
• Notadamente o EU ETS se aperfeiçoou muito ao longo do tempo com as
revisões feitas, que envolveram banking, estabilização de preços, etc.

• Experiências com pilotos podem ser interessantes para permitir coleta de dados,
aprendizado e criação de capacidades, tanto no setor público quanto nas empresas
• China: Sete pilotos servem para informar o desenho do sistema nacional

• Avaliação também pode ser realizada por órgãos independentes

4
6
Elementos de desenho

11. Conexão
com outros
4. Isenções e alocação sistemas
das permissões

5. Flexibilidade
temporal
3. Ambição 10. Implementação,
(Teto ou valor do tributo) avaliação e revisão
Oferta Demanda

6. Estabilização de 9. Uso das


preços receitas
1. Cobertura (setores e limiares) e
escopo (fontes e gases)

8. Garantia de
7. Créditos de cumprimento
MRV compensação
2. Ponto de regulação
4
7
Conexão com outros sistemas

• A conexão entre sistemas de precificação de carbono é algo desejável, pois permite o


aumento da custo-efetividade dos sistemas envolvidos. No limite, o sistema mais
eficiente englobaria todas as emissões mundiais.

• Desafios: harmonização de regras necessárias para garantir a consistência entre os


sistemas. Para garantir a fungibilidade entre os direitos de emissão gerados e entregues
nas jurisdições participantes, as regras de MRV devem ser razoavelmente padronizadas,
bem como a consistência entre as regras de operação e níveis de ambição nos sistemas.

• A experiência nesse quesito ainda é escassa internacionalmente

• Este ano o EU ETS e o SCE Suíço foram conectados, após 10 anos de negociações e
alinhamento regulatório
• O mercado da Califórnia é conectado ao mercado do Quebec desde 2014

4
8
Índice

• Breve recapitulação do webinar introdutório

• Questões chave na escolha e implementação do instrumento

• Passos para a implementação e elementos de desenho

• Apresentação de alternativas
• Prós e contras de cada alternativa
• Experiências internacionais: escolhas, consensos
• Experiência nacional: simulação de SCE

• Evidência empírica

4
9
GUILHERME LEFÈVRE
FGVces
Simulação de SCE – FGVces

guilherme.lefevre@fgv.br

01/09/2020
Centro de Estudos em Sustentabilidade
FGV EAESP
EMPRESAS PARTICIPANTES EM 2019 E/OU 2020
Simulação de Sistema de Comércio de Emissões (2013-2019)

Definição Definição do Alocação


teto de
da emissões
de Mercado Conciliação
cobertura (cap) permissões

Classificação intra-setorial a partir de


indicadores de intensidade carbônica
Simulação de Sistema de Comércio de Emissões (2013-2019)

Definição da • Sistema de relato: Programa Brasileiro GHG


cobertura Protocol.

• Fontes representativas de emissões!


Simulação de Sistema de Comércio de Emissões (2013-2019)

Definição do
teto de • Cap absoluto: Meta de emissões em termos nominais
emissões
(cap)
(10% + 2% incremental/ano).

• Meta global: não há meta setorial / individual.

• Cap é transformado em permissões para emitir.


Simulação de Sistema de Comércio de Emissões (2013-2019)

• Alocação de forma híbrida: gratuitamente e por meio de leilões.

Alocação de • Opção gratuita:


permissões
• Benchmarking: indicadores de intensidade carbônica.
• Alocação entre 30% (piso) e 50% (teto).
SETOR INDICADORES
tCO2e (E1)/t produção bruta de papel
Agricultura e Produção Florestal
tCO2e (E1)/t produção de celulose
tCO2 e (E1)/ m3 tratado
Água, Esgoto e Gestão de Resíduos
tCO2 e (E1)/ t RSU tratado
Construção tCO2e (E1)/homem hora trabalhada
tCO2e (E1)/GWh gerado
Eletricidade
tCO2e (E1)/GWh distribuído
Financeiro tCO2e (E1)/receita consolidada
Indústria Extrativista tCO2e (E1)/ massa processada
Química
Indústria de
Cosméticos tCO2e (E1)/t produto acabado
Transformação
Alimentos
Informação e Comunicação tCO2e(E1)/receita
Comunicação Telecomunicação tCO2e(E1) /número de acessos
Serviços tCO2e (E1)/número de funcionários
tCO2e (E1)/contêiner movimentado
Transporte e Logística
tCO2e (E1)/Km rodado
Simulação de Sistema de Comércio de Emissões (2013-2019)

• Bolsa ambiental: plataforma online 24hrs por dia.


Mercado
• Recurso financeiro fictício.

• Transações: (1) permissões para emitir e (2) offsets (créditos de carbono).

• Mercado futuro, reserva de estabilidade de mercado (REM), banking, etc.


Simulação de Sistema de Comércio de Emissões (2013-2019)

Conciliação
• Entrega ao administrador do SCE, no último dia do ciclo vigente, de
quantidade de títulos (permissões ou offsets) equivalente às emissões reais.

• emissõesy − títulosy > 0 = sanção!

• Sanção: multa financeira e operacional.


Simulação de Sistema de Comércio de Emissões: em 2020!

http://www.gvces.com.br/sistema-de-comercio-de-emissoes
Simulação de SCE – FGVces

guilherme.lefevre@fgv.br

01/09/2020
Centro de Estudos em Sustentabilidade
FGV EAESP
Índice

• Breve recapitulação do webinar introdutório

• Questões chave na escolha e implementação do instrumento

• Passos para a implementação e elementos de desenho

• Apresentação de alternativas
• Prós e contras de cada alternativa
• Experiências internacionais: escolhas, consensos
• Experiência nacional: simulação de SCE

• Evidência empírica

52
Evidência empírica

• Múltiplas meta-análises recentes que sintetizam as evidências uma de ampla gama de estudos ex-
post concluem que impactos sobre a competitividade decorrentes da precificação são inexistentes,
pequenos e concentrados em poucas indústrias, ou ainda positivos, fruto de ganhos de eficiência e
progresso tecnológico

• O impacto do preço de carbono sobre as decisões de realocação da produção foi consistentemente


estimado como de pouca ou nenhuma importância. Estudos concluem que outras variáveis - como
impostos corporativos, preços de energia, infraestrutura e custo de capital - exercem uma
influência muito mais forte nas decisões de localização e investimento das empresas

• Seja pelos níveis baixos de preço, as opções de reciclagem de receitas, a eficácia das medidas de
proteção à competitividade ou a realocação eficiente de recursos, que fomenta investimentos e
inovação, a precificação do carbono parece não ter impactos negativos significativos sobre a
competitividade dos regulados

• Infelizmente, devido à experiência e evidências disponíveis até o momento, a pesquisa no tópico se


concentrou na experiência de países desenvolvidos. Especialistas sugerem, no entanto, que países
em desenvolvimento podem ter mais inovação - e melhorias de produtividade associadas à
precificação de carbono - do que os países desenvolvidos
Evidência empírica

Referências

• The Impact of Environmental Regulation on Firm and Country Competitiveness: A Meta-


Analysis of the Porter Hypothesis (Cohen and Tubb, 2017)
• The joint impact of the European Union emissions trading system on carbon emissions and
economic performance (Dechezleprêtre et al., OECD working papers, December 2018)
• Report of the High-Level Commission on Carbon Pricing and Competitiveness (World Bank,
2019)
• Measuring the Macroeconomic Impact of Carbon Taxes (Metcalf and Stock, 2020).
Obrigado
Perguntas & Respostas
Q&A
Pergunta: Quais referências sobre precificação interna de carbono?

Resposta:
PMR/ World Bank State and Trend of Carbon Pricing 2020
https://openknowledge.worldbank.org/handle/10986/33809

Handbook for policymakers


https://openknowledge.worldbank.org/handle/10986/26300

CPLC Leadership Report 2019/2020:


https://static1.squarespace.com/static/54ff9c5ce4b0a53decccfb4c/t/5efc9e5662444571ed8d810e/1593613924859/CPLC+
Carbon+Pricing+Report+2020_Digital_spreads.pdf

Emissions trading in practice: Handbook on design and implementation (em inglês e espanhol)
https://openknowledge.worldbank.org/bitstr

Precificação do carbono na indústria: uma iniciativa estratégica (Proposta de Mercado de Carbono para Indústria no Brasil)
https://cebds.org/publicacoes/precificacao
Q&A

Pergunta: Com relação ao engajamento de stakeholders, quais experiências do setor produtivo com relação às "políticas
internas" de valoração do GEE (precificação? mercado interno?) que vocês podem compartilhar/comentar? Isso no sentido
de viabilização de projetos de investimento para redução de carbono ou até mesmo priorização de custeio.

Resposta: Sim, algumas empresas brasileiras já utilizam a chamada 'precificação interna do carbono' para guiar seus
investimentos futuros. Basicamente, se considera um preço sombra do carbono na avaliação dos projetos de investimento,
isto é, quando da análise de custo benefício dos projetos, se inclui um valor para as emissões de cada alternativa. Desta
forma, se ajuda a priorizar as alternativas menos carbono intensivas, antecipando essa tendencia futura no mundo em um
contexto em que investimentos podem ter tempo de maturação significativo. A Braskem é um exemplo de empresa
nacional que usa a precificação interna. O Centro de Estudos em Sustentabilidade de FGV tem um guia de precificação
interna para empresas.

Pergunta: Na tabela de elementos não deveria ser considerado o custo de implementação?

Resposta: os nomes dos critérios acabam resumindo um pouco sua abrangência. No critério 'factibilidade administrativa',
mostrado no âmbito da análise de impacto.
Q&A

Pergunta: Em relação ao Marco regulatório e ponto de regulação, existe no Brasil a opção por renovação do licenciamento
dos veículos a uma análise de emissão?

Resposta: De fato, a renovação da frota deve reduzir as emissões do setor de transportes, com veículos mais eficientes. A
sugestão de etiquetagem para conscientização do consumidor é uma alternativa. Quanto ao licenciamento, o que existe em
alguns estados são limiares máximos para emissão de particulados no licenciamento, tendo em vista a poluição local, e não
exatamente a emissão de GEEs.

Pergunta: No Ministério de Ciência e Tecnologia existiam os processos de MDL. Poderia ser reestruturado?

Resposta: As discussões quanto ao sucessor do MDL, o MDS, estão dependendo da finalização das negociações no âmbito do
artigo 6 do Acordo de Paris. Quando regulamentado o novo MDS, creio ser muito oportuno aproveitar a estrutura que existia.
Quanto à regulação de um mercado de carbono, como o MCTIC gere o sistema de registro nacional de emissões (SIRENE) e
potencialmente geriria um sistema de relato organizacional, o órgão poderia ter papel relevante na operação do sistema de
precificação.
Q&A
Pergunta: Vocês colocaram em algum momento as emissões de resíduos? seja em aterros sanitários ou lixões?

Resposta: Sim, as emissões do setor de resíduos foram incluídas na análise, com um modelo bottom-up específico para o
setor. Em termos de regulação, entretanto, as análises do setor de resíduos se limitaram a tratá-lo como provedor de
offsets para os agentes regulados.
Pergunta: Algo específico para Bancos?

Resposta: O setor financeiro é chave para a transição para uma economia de baixo carbono. Nesse sentido, a adoção dos principios
do Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD) na avaliação de financiamentos e portfólio é indicada aos agentes do
setor financeiro, incluindo riscos climáticos na análise. Quanto ao tema de precificação especificamente, os bancos poderiam ter um
maior envolvimento no caso de um Sistema de Comércio de Emissões (SCE), pois haveria a comercialização dos direitos e com um
mercado secundário, novos produtos e serviços financeiros podem ter relevância.
Pergunta: Como fica a questão do carbono biogênico?

Resposta: As emissões biogênicas da queima de biocombustíveis são consideradas neutras do ponto de vista líquido, já que
houve captura no processo de crescimento do insumo. Já as emissões de uso do solo devem ser consideradas sempre tendo
em vista o perfil de emissões nacional e foram consideradas no Projeto PMR por meio da utilização de modelo bottom up
específico para o setor de AFOLU (Agricultura, Florestas e Uso do Solo).
Q&A
Pergunta: Mitigações da economia circular? tem algum ponto de discussão nesses temas?

Resposta: No ambiente regulado de precificação de carbono o papel da mitigação vai depender de o setor gerador da
mitigação estar ou não incluido no escopo da regulação e de ser identificável e crível ou não. Se o setor for regulado, a
mitigação o beneficiará diretamente no seu balanço de emissões. Se o setor não for regulado, a mitigação poderia gerar
offsets que seriam vendidos aos regulados gerando ganho ao mitigador, desde que tal mitigação seja verificada com
sucesso por órgão verificador acreditado.

Pergunta: Como convencer tomadores de decisão que claramente estão mais interessados na exploração da floresta do que
compreender a importância de sua manutenção para a sociedade?

Resposta: É importante esclarecer que a decisão de implementar ou não um sistema de precificação de carbono é uma decisão
política. Quando dissemos no webinar que 'é uma decisão mais política do que ténica' nos referimos à definição do tipo de
instrumento de preficicação adotado (tributo ou mercado), dado que ambos podem ser custo-efetivos. Em seguida, foi salientado
que as caracteristicas de desenho do instrumento escolhido, que vão gerar mais diferenças do que o instrumento em si, são
normalmente guiadas por análises técnicas. Além disso, o fato de o projeto estar sendo apoiado pela SEPEC/ME denota que a
agenda de precificação de carbono é vista como uma agenda de competitividade.
Q&A
Pergunta: MRV é muito importante, mas você acha que isso é viável no Brasil? Conseguiremos avançar com esse tema?

Resposta: Já existem iniciativas voluntárias e iniciativas reguladas em nível estadual. É preciso avançar no nível federal. O
mundo está indo nessa direção e diversos países da América Latina estão implementando e desenvolvendo sistemas do
tipo. O MCTIC está desenvolvendo uma primeira plataforma de inventário organizacionais no âmbito do SIRENE, que à
princípio terá participação ainda voluntária. Se o MRV não for viável, o escopo regulado por um instrumento de
precificação teria que ser muito restrito.

Pergunta: Esse limiar é referente à emissões diretas?


Pergunta:
Resposta: Normalmente escopo 1 (emissões diretas), com algumas incluindo escopo 2. Lembre-se também da possibilidade de o
ponto de regulação ser à montante ou à jusante (nesse caso, não seriam emissões diretas).

Pergunta: Essa questão de MRV e de tributos?

Resposta: A primeira edição está disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=zL26cCYTKZc&t=12s


O MRV se refere ao sistema de monitoramento, relato e verificação das emissões de GEE dos agentes regulados. O tributo
de carbono é uma alternativa regulatória que específica um valor de alíquota por tonelada de CO2e emitida pelos agentes
regulados.
Q&A

Pergunta: os pesquisadores do projeto PMR investigaram a política pública de biocombustíveis 'RenovaBio' e a 'bolsa' que
abrirá pelas compras e vendas dos créditos de CBIOs (que vêm da redução de emissões de CO2 equivalentes por Mega
Joule de etanol verse MJ de gasolina)?

Resposta: Já existem iniciativas voluntárias e iniciativas reguladas em nível estadual. É preciso avançar no nível federal. O
mundo está indo nessa direção e diversos países da América Latina estão implementando e desenvolvendo sistemas do
tipo. O MCTIC está desenvolvendo uma primeira plataforma de iventário organizacionais no âmbito do SIRENE, que à
princípio terá participação ainda voluntária. Se o MRV não for viável, o escopo regulado por um instrumento de
precificação teria que ser muito restrito. Pergunta:
Pergunta: Existe uma regulação para o Brasil vender certificados para fora do pais ?

Resposta: O comércio internacional de créditos de carbono pode ocorrer em mercados voluntários ou em mercados regulados por
outras jurisdições que permitem o uso de offsets internacionais na concilicação de emissões. No entanto, essa decisão cabe à outra
jurisdição, não ao Brasil regular. O Brasil vendeu créditos de carbono via MDLs no âmbito do protocolo de Quioto. No momento, as
negociações sobre o tema estão em curso no âmbito do artigo 6 do Acordo de Paris. As definições em relação à tal artigo darão
direcionamentos mais claros em relação à tais transações no futuro.
Q&A
Pergunta: Estamos com dificuldade de mensurar e precificar o crédito de carbono, mais precisamente o crédito de
descarbonização (Cbio), e transformá-lo em receita, ainda se encontra muito nebuloso, digamos assim, transformarmos em
receita esse crédito.

Resposta: O Cbio emprega a análise de ciclo de vida, o que dificulta um pouco essa questão. É algo que seria mais simples
seguindo a lógica de um sistema de precificação de emissões. Mas não está no escopo do PMR a análise de geração de
Cbios. Uma vez gerado e escriturado o Cbio, o ganho financeiro viria da venda do ativo aos regulados. Ainda, com a
precificação de carbono, o biometano mencionado teria maior competitividade diante de outros combustíveis de origem
fóssil, caso o próprio projeto de geração de biometano não fosse elegível à geração créditos de compensação por usar
Pergunta:
resíduos sólidos.
Pergunta: Sob a ótica das emissões no agro, duas questões: (1) será considerado remoção/sequestro de carbono no solo a
partir de práticas de restauração/reforma de pastagens? (2) há espaço para se trabalhar com "balanço líquido de emissões"
cotejando emissões com remoção? Pedreira (Hecta / Liga do Araguaia)

Resposta: O conceito de emissões líquidas na cadeia produtiva é interessante. O balanço líquido das emissões de uso da
terra é usado pelo MCTIC na comunicações nacionais de emissões de gases de efeito estufa. A grande questão aqui é
avançar na parte técnica para MRV robusto dessas emissões e remoções. Com credibilidade e praticidade na geração de
informação, a consideração de emissões líquidas é possível.
Q&A
Pergunta: A alocação de permissões discrimina entre empresas de um mesmo setor ou apenas entre setores?

Resposta: Tanto intersetorial como intrasetorialmente. Inclusive, quando essa alocação é feita por benchmarking, a
indicação é que os benchmarks sejam definidos no nível mais granular possível - por segmento industrial por exemplo. A
partir daí é que se diferenciaria a alocação entre players do segmento.

Pergunta: No Agro, salvo engano, para considerar os processadores será preciso equacionar a questão da "titularidade" do crédito já
que o agente gerador é o produtor rural. A questão de não se considerar a performace do produtor rural pelo pequeno volume de
redução poderá ser resolvida se trabalharmos com grupos de fazendas/produtores. Pedreira (Hecta / Liga do Araguaia)
a ideia do Brasil, é fazer um sistema para se integrar ao sistemas Europeu ?
Resposta: No Projeto PMR Brasil, restringimos a análise em profundidade do setor agro ao setor de pecuária de corte, maior
emissor do agro no país. Identificou-se como potencial ponto de regulação do setor os frigoríficos e abatedouros de bovinos,
de modo a reduzir o custo regulatório, já concentrando o produto de diversos produtores rurais de menor porte.

Pergunta: A ideia do Brasil é fazer um sistema para se integrar ao sistema europeu ?

Resposta: Certamente é algo a se pensar no futuro. Entretanto, em um primeiro momento, pensa-se em um sistema
doméstico, implementado gradualmente, até para servir como plataforma de aprendizado, desenvolvimento de instituições
e bases de dados no país. Em fases futuras há de se avaliar a viabilidade e oportunidade de se conectar a outros sistemas.
Q&A

Pergunta: Há na modelo uma relação quantitativa entre o goodwill da marca e o seu exercício de precificação e neutralização
de carbono?

Resposta: Certamente é algo interessante. A beleza que identificamos no setor pecuário é que os objetivos de mitigação são
bastante sinérgicos aos objetivos de aumento da produtividade. A recuperação de pastagens, redução da idade de abate,
melhorias no manejo... todas são práticas que contribuem para mitigação de emissões e aumento da produtividade. Tais
práticas foram consideradas no âmbito do projeto.

Pergunta: Tenho 2 ha de aeucaliptos. possoévender


ideia do Brasil, créditos
fazer um de para
sistema carbono? como?ao sistemas Europeu ?
se integrar

Resposta: No webinar tratamos do ambiente regulado. Iniciativas voluntárias de mitigação e remoção de carbono para
geração de créditos de carbono tangenciam o tema, na medida em que podem servir de offsets no sistema. Isto é, o
ambiente regulado geraria demanda para tais créditos. Dito isso, existem alguns padrões internacionais para geração de
créditos de carbono. Sugerimos buscar serviço especializado para avaliação.
Q&A

Pergunta: Sobre créditos de compensação: As medidas de compensação são voltadas para integridade ambiental do meio
terrestre omitindo em geral o Oceano e sua biodiversidade onde ocorrem grandes impactos dos GEEs. Existe a visão de
englobar ecossistemas marinhos e oceânico nos mecanismos de offset?

Resposta: Não temos notícia de nenhuma iniciativa do tipo. O principal obstáculo à geração de offsets por determinada
atividade é a garantia de credibilidade do título com a adoção de padrões internacionalmente aceitos para geração dos
mesmos.

a ideia doem
Pergunta: O modelo está disponível Brasil, é fazer
paper? tem um sistema
como para
conhecer osse integrar
modelos ao sistemas
matemáticos Europeu
usados ou um? mecanismo que
permita usar o modelo para simulação usando os próprios dados inseridos pelo usuário/estudante; possibilidade de citação
acadêmica etc.

Resposta: Infelizmente não. A modelagem conduzida no projeto foi bastante complexa, uma modelagem integrada com
integração de modelos top-down de equilíbrio geral com modelos bottom-up setoriais. Cada modelo teve equipe
especializada específica para rodar. Sendo assim, não seria possível replicação ou aplicação simplificada.
Q&A

Pergunta: Como um sistema baseado em regulação beneficiaria uma economia como a brasileira em que a intensidade de
carbono é intrinsecamente menor que as de outras economias como USA, China e Europa?

Resposta: A primeira via requer que enxerguemos a consideração das emissões como variável chave nas decisões de
investimento e política num futuro próximo e a nivel mundial. Nesse caso, as vantagens comparativas do Brasil no tema
podem gerar vantagens competitivas ao país no mercado internacional. A precificação de carbono incentivaria o
redirecionamento de investimentos rumo a atividades menos carbono intensivas e o país poderia aproveitar os benefícios de
early-mover no tema. Ademais, a participação do Brasil em mercados internacionais de carbono poderia trazer mais
recursos ao país. a ideia do Brasil, é fazer um sistema para se integrar ao sistemas Europeu ?
A segunda via já é real hoje. A agenda de integração internacional do Brasil, tanto no âmbito do acordo UE-MErcosul quanto
da acessão à OCDE, depende da adoção de melhores práticas internacionais. Grande parte dos critérios de adesão à OCDE
dizem respeito a políticas e práticas relacionadas ao clima. Sendo assim, a adoção de um instrumento de precificação
poderia ajudar, e muito, o Brasil nessa agenda de integração. Os benefícios de ambos os objetivos mencionados são claros.
Q&A

Pergunta: Créditos de compensação não podem ser limitados aos projetos florestais somente, mas devem considerar
inclusive todos os créditos de carbono de projetos brasileiros registrados no MDL. A NDC do Brasil é "economy wide" e assim
deve abranger todos os setores da economia.

Resposta: Sim, a aceitação de compensação de escopo de atividades mais amplo aumenta o alcance do sinal de preços do
carbono, aumentando a eficiência do sistema e fomentando mais ações de mitigação. O desafio é apenas garantir a
credibilidade e integridade ambiental de todos os títulos que serão aceitos.

a ideia do Brasil, é fazer um sistema para se integrar ao sistemas Europeu ?


Pergunta: A iniciativa privada pode definir a precificação no mercado de off set voluntário ou existe uma expectativa que
nesse mercado haja um MRV regulada por órgãos governamentais/internacionais?

Resposta: Existe tal expectativa. Um sistema de MRV padronizado a nível nacional, sob operação do governo federal. A
iniciativa privada já opera no mercado voluntário e existem alguns padrões para emissão de créditos de compensação.
Justamente por não serem regulados, a qualidade dos processos de monitoramento e verificação pode variar e existem
diferentes registros, o que não assegura que um crédito não possa ser vendido mais de uma vez, por exemplo.
Q&A

Pergunta: Tais instrumentos, regulações são mais aplicáveis a nível federal? Me pergunto se a nível local (municípios) tais
tributos, indicadores, etc, seriam atendidos com eficiência

Resposta: Existem experiências subnacionais no mundo. A Califórnia, por exemplo, tem um Sistema de Comércio de Emissões
do Estado. O Quebec também. British Columbia tem um tributo estadual. Entretanto, quando mais amplo o escopo do
mercado, mais eficiente ele será, de modo que o mais indicado seria o estabelecimento de um sistema a nível federal.

Pergunta: Ao isentar a nafta (setor do plástico) em contrapartida aos demais materiais, não pode ocorrer uma distorção de
a ideia do Brasil, é fazer um sistema para se integrar ao sistemas Europeu ?
mercado contra os demais materiais, incentivando um setor que gera um alto impacto em outras categorias ambientais (por
exemplo o marine litter) quando falamos de plástico. Como poderia ser avaliada esta distorção de mercado?

Resposta: Na verdade só seriam isentos os materiais cuja atividade não gere emissões, dado que estamos regulando
emissões. O entendimento aqui é o de que o combustível fóssil destinado à produção de nafta petroquímica, como não
entra em combustão, não gera emissões. As emissões de processo que porventura venham a ocorrer, seriam sim reguladas.
Seria desconsiderada apenas a emissão da combustão do combustível fóssil que não ocorreria.
Q&A
Pergunta: Como o setor agropecuário pode ser incorporado em um sistema de precificação (regulamentado), considerando o
enorme potencial de fixação de carbono associado ao sistema de produção agropecuário/agrossilvipastoril? Ou seja, nesse
contexto o setor seria um eventual gerador de crédito de carbono ao invés de um potencial comprador de créditos para
compensar suas emissões.

Resposta: Poderia. Existem diversas opções para o setor, tanto enquanto parte regulada, quanto enquanto parte não
regulada. Se não regulado, o setor poderia prover offsets ao mercado, garantida a credibilidade na geração dos mesmo. Se
regulado, uma opção é considerar o balanço líquido de emissões, considerando as remoções no processo, desde que
verificadas (que se garanta a credibilidade da informação). Um sistema de baseline-and-credit é outra opção. A beleza que
identificamos no setor pecuário
a ideia(analisamos principalmente
do Brasil, é fazer a pecuária
um sistema de corte)
para se integrar aoésistemas
que os objetivos
Europeude? mitigação são bastante
sinérgicos aos objetivos de aumento da produtividade. A recuperação de pastagens, redução da idade de abate, melhorias no
manejo... todas são práticas que contribuem para mitigação de emissões e aumento da produtividade. De qualquer maneira,
em uma fase inicial do sistema regulado, não planeja-se a priori a inclusão do setor agro.

Pergunta: Para a simulação do sistema de comércio de emissões o escopo 3 do inventário GHG é utilizado também ou somente
escopo 1 e 2?

Resposta: A Simulação faz como em mercados regulados: olha só pra fontes representativas, o que normalmente é um
recorte dentro do E1.
Q&A
Pergunta: Como você vê a emissão de créditos de emissão de C no processo de produção de biocombustíveis (CBIOs),
promovido pelo esquema proposto pela RENOVABIO e a possível comercialização desses créditos na “Bolsa verde”?

Resposta: Sim, uma bolsa verde pode ser usada para transacionar CBIOs. Seriam plataformas assim a serem usadas.

Pergunta: Quais seriam os lastros para ofertar/gerar o titulo ?

Resposta: A princípio o título 'permissão de emissão' não seria um derivativo, lastreado em outro ativo. Seria emitido pelo
a ideia do Brasil, é fazer um sistema para se integrar ao sistemas Europeu ?
regulador e representativo de 1t CO2e.

Pergunta: Existe alguma análise do custo social do carbono aplicada especificamente para o Brasil ?

Resposta: Não conheço. Mas em termos teóricos, como as emissões em qualquer lugar do mundo geram efeitos globais, o
SCC deve ser mensurado globalmente, não por país. A estimativa por país subestimaria o valor real do SCC global. Não
obstante, na ausência de alguma regulação global no tema, alguns países buscam estimar seus próprios SCCs.
Q&A
Pergunta: Considera-se que o tributo em alguns setores e o SCE em outros, poderíamos ter o tributo definindo um piso pro
sinal de preço e o SCE livre nos setores mais competitivos e menos expostos a importação ?

Resposta: É uma possibilidade sim. Normalmente avaliamos a aplicação do tributo ou mercado em determinado setor
dependendo de critérios como a simplicidade de aplicação, mas sempre sujeitos à decisão política final. A aplicação de tributo
para setores mais expostos e mercado para os menos expostos seria algo inovador, ao menos de meu conhecimento. Agora,
no EU ETS já existem iniciativas que buscam, nacionalmente, impor pisos ao valor das emissões. Salvo engano o Reino Unido
impunha o 'UK carbon price floor' por meio do 'Climate change levy' a alguns setores. A França também tentou/fez algo
similar.
a ideia do Brasil, é fazer um sistema para se integrar ao sistemas Europeu ?
Pergunta: Como contabilizar as emissões reduzidas retroativas? Por exemplo, reduzi no passado, como contabilizar na minhas
allowances?

Resposta: O que pode ser feito é dar mais permissões gratuitas para quem já fez esforços no passado. Ou dar
isenções/redução de alíquotas no caso do tributo. Isso é feito a partir da metodologia de benchmarking, que reconhece
esforços passados por meio da consideração de indicadores de intensidade carbônica da produção.
Q&A

Pergunta: A academia fala de forma bastante segura quanto as elevadas emissões por incêndios , que chegam a superar em
alguns anos emissões por desmatamento. Existe algo quanto a esta questão que esteja sendo analisada ?

Resposta: As medidas de combate às queimadas são de grande importância. Entretanto, entendemos essas medidas com
perfil maior de comando e controle, fiscalização e prevenção. Uma parte dos recursos advindos do sistema de precificação
poderia financiar o fortalecimento de tais ações.

Pergunta: Como você vê a emissão deBrasil,


a ideia do créditos de carbono
é fazer no processo
um sistema de integrar
para se produçãoao
dosistemas
biocombustíveis
Europeu(Cbio),
? promovido pelo
esquema proposto pela RENOVABIO e a possível comercialização desses créditos na “Bolsa Verde”?

Resposta: A emissão dos Cbios já está ocorrendo no âmbito da política nacional de biocombustíveis. Sua comercialização
será operacionalizada na B3 para conciliação dos regulados (distribuidoras) com as metas do programa Renovabio.
MATERIAL DE APOIO
Banco Mundial:

Open Learning Campus - Banco Mundial (conteúdos em inglês) Curso sobre Sistemas de Comércio de Emissões (SCE)
https://olc.worldbank.org/content/emissions-trading-systems-using-markets-promote-low-emissions-development-self-paced

Ferramenta de aprendizado baseada no manual de implementação de um SCE https://olc.worldbank.org/content/emissions-trading-


practice-0

Emissions trading in practice: Handbook on design and implementation (em inglês e espanhol) https://openknowledge.worldbank.org/bitstr
a ideia do Brasil, é fazer um sistema para se integrar ao sistemas Europeu ?
Carbon Pricing Dashboard: carbonpricingdashboard.worldbank.org

IEC:

Carta Aberta: setor privado apoia a precificação de carbono


https://cebds.org/publicacoes/carta-aberta-setor-privado-apoia-precificacao-de-carbono-no-brasil/
MATERIAL DE APOIO
CDP:

CDP Carbon Pricing Webpage (conteúdo em inglês) https://www.cdp.net/pt/climate/carbon-pricing


ESTUDO - Internal Carbon Pricing For Low carbon Finance (conteúdo em inglês) (2019)
https://6fefcbb86e61af1b2fc4-
c70d8ead6ced550b4d987d7c03fcdd1d.ssl.cf3.rackcdn.com/cms/reports/documents/000/004/655/original/carbon_pricing_unlocked_internal_carbon_pricing_l
ow-carbon_finance.pdf?1563353352
FACT SHEET - Resultados do Ciclo de Reporte do CDP América Latina 2019 - Programa de Mudanças Climáticas
https://6fefcbb86e61af1b2fc4-
c70d8ead6ced550b4d987d7c03fcdd1d.ssl.cf3.rackcdn.com/cms/reports/documents/000/005/024/original/Fact_Sheet_Clima_2019.pdf?1584977103

ESTUDO - Gestão de riscos climáticos com foco em precificação de carbono - Análise das empresas brasileiras respondentes ao programa Climate Change (2017)
a ideia do Brasil, é fazer um sistema para se integrar ao sistemas Europeu ?
http://www.lowcarbonbrazil.com.br/docs/pdf/L11_CDP_carbon_pricing.pdf

CEBDS:

Precificação do carbono na indústria: uma iniciativa estratégica (Proposta de Mercado de Carbono para Indústria no Brasil
https://cebds.org/publicacoes/precificacao-de-carbono-na-industria-brasileira/

Posicionamento Empresarial sobre o Artigo 6 do Acordo de Paris


https://cebds.org/publicacoes/posicionamento-empresarial-sobre-o-artigo-6-do-acordo-de-paris/

FACT SHEET - PRECIFICAÇÃO DE CARBONO O que você precisa saber (2018)


http://cebds.org/wp-content/uploads/2018/06/cebds.org-precificacao-de-carbono-o-que-voce-precisa-saber-fact-sheet-precificacao-de-carbono.pdf
MATERIAL DE APOIO
Como as empresas vêm contribuindo com o Acordo de Paris: (ed. 2019) https://cebds.org/publicacoes/como-as-empresas-vem-contribuindo-com-o-acordo-de-
paris-2019/

Precificação de Carbono: o que o setor empresarial precisa saber para se posicionar (2016)
https://cebds.org/publicacoes/precificacao-de-carbono-o-que-o-setor-empresarial-precisa-saber-para-se-posicionar/

FGV:

FGVces: SIMULAÇÃO DE SISTEMA DE COMÉRCIO DE EMISSÕES: http://www.gvces.com.br/sistema-de-comercio-de-emissoes

FGVces: Diretrizes Empresariais para Precificação Interna de Carbono (DEPiC):


a ideia do Brasil, é fazer um sistema para se integrar ao sistemas Europeu ?
https://docs.google.com/document/d/1GQ6RlXtltPfT2oSg_IwkD1ylOt1j-1iWLxLPyZ-uphY/edit

FGVces: Aprendizados da Simulação do Sistema de Comércio de Emissões - Propostas a partir da experiência empresarial:
http://www.gvces.com.br/relatorios-e-publicacoes-sobre-o-sce/?locale=pt-br

Rede Brasil do Pacto Global:

Cursos ofertados on demand pela Rede BRasil do pacto Global neste e em outros temas de sustentabilidade.
https://pactoglobal.org.br/info-capacitacao/30

https://pactoglobal.org.br/capacitacoes?page=1
Obrigada pela sua participação!

Você também pode gostar