Você está na página 1de 52

Formação Avançada

Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

Pós-Universitária
Dependências
Químicas
(uso, abuso e
dependência)

Manual do Formando

Módulo III: Classificação das principais substâncias psicoactivas

Formador

Dra. Susana Machado


O formador optou por não seguir o novo acordo ortográfico na elaboração do presente manual.

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
Índice

pág.

1. Introdução 5

2. Classificação das substâncias/drogas psicoactivas 7


Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

2.1.Classificação quanto à sua origem 7


2.2.Classificação quanto aos efeitos farmacológicos ao nível do SNC 10
2.3.Classificação quanto ao potencial de uso nocivo e utilidade clínica 13
2.4. Classificação quanto ao status legal das substâncias 14

3. Consequências prejudiciais do consumo de substâncias psicoactivas 18


4. Mecanismos de acção das substâncias psicoactivas 20

5. Análise das principais substâncias psicoactivas 22


5.1. O álcool 22
5.2.As anfetaminas 27
5.3. A Cocaína e Crack 28
5.4. A Nicotina 31
5.5. Opiáceos ou opióides 33
5.6. Os anabolizantes 34
5.7. Canabinóides 37
5.8. Sedativos e Hipnóticos 41
5.9. Solventes voláteis 44
5.10. Alucinogénios 46

Algumas fontes bibliográficas

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
Classificação das principais substâncias psicoactivas
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

Vídeos de apoio ao estudo do manual.

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
Objectivo Geral

No final deste módulo, os formandos deverão ser capazes de enunciar


as principais substâncias psicoactivas, compreendendo os seus mecanismos
de acção e respectivas consequências prejudiciais do seu uso.

O formando deverá dedicar 25 horas de estudo para este módulo.

Conteúdos do módulo
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

• Classificação das substâncias/drogas psicoactivas


• Consequências prejudiciais do consumo de substâncias psicoactivas
• Mecanismos de acção das substâncias psicoactivas
• Substâncias psicoactivas – análise pormenorizada

Objectivos Específicos

No final deste módulo, os formandos deverão ser capazes de:

✓ Classificar as substâncias psicoactivas, quanto à sua origem, efeitos


farmacológicos ao nível do SNC e potencial de uso nocivo e utilidade
clínica;
✓ Classificar as substâncias psicoactivas quanto ao seu status legal;
✓ Compreender os mecanismos de acção das substâncias psicoactivas;
✓ Caracterizar as principais substâncias psicoactivas, quanto aos efeitos
e riscos para a saúde.

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
Neste terceiro módulo da formação em
Dependências Químicas (uso, abuso e
dependência), será realizada uma análise
pormenorizada das principais substâncias
psicoactivas, com o apoio de vídeos temáticos.

1.Introdução
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

As substâncias utilizadas para alterar o funcionamento cerebral, causando deste modo


modificações no estado mental são chamadas de drogas psicotrópicas ou psicoactivas.

A palavra psicotrópica é formada por duas palavras: psico e trópica.

Psico significa o nosso psiquismo (o que sentimos, fazemos e pensamos, enfim, o que cada um
de nós é - envolve as funções do sistema nervoso central.)
A palavra trópica relaciona-se com o termo tropismo, que significa ter “atracção por”. Deste
modo psicotrópica significa atracção pelo psiquismo e substâncias/drogas psicotrópicas são
aquelas que actuam sobre o nosso cérebro, alterando de alguma maneira o nosso psiquismo.

As substâncias/drogas psicotrópicas ou psicoactivas, são aquelas que actuam sobre o


cérebro, alterando de alguma forma o psiquismo do usuário.

É importante salientar que nem todas as substâncias psicotrópicas ou psicoactivas, têm a


capacidade de provocar dependência., uma vez que muitas são usadas com a finalidade de
produzirem efeitos benéficos, como o tratamento de doenças, sendo desta forma

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
consideradas medicamentos.
No entanto a maioria destas drogas possuem potencial de abuso, ou seja, são passíveis da
auto-administração repetida e consequente ocorrência de fenómenos, como :

uso nocivo (padrão de uso de substâncias psicoactivas que está causando dano à saúde
física ou mental),
tolerância (necessidade de doses crescentes da substância para atingir o efeito
desejado),
abstinência,
compulsão para o consumo e a dependência (síndrome composta de fenómenos
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

fisiológicos, comportamentais e cognitivos no qual o uso de uma substância torna-se


prioritário para o indivíduo em relação a outros comportamentos que antes tinham
maior importância).

As substâncias vulgarmente designadas por drogas psicotrópicas/psicoactivas, quanto ao seu


modo de acção sobre o SNC (sistema nervoso central), dividem-se de forma genérica em três
grupos:
depressoras,
estimulantes;
perturbadoras.
Todas as drogas psicotrópicas ou psicoactivas actuam sobre o cérebro,
principal órgão do sistema nervoso central, existindo diversas
classificações possíveis para as drogas, dependendo dos critérios a que
se propõem os pesquisadores ou interessados no assunto.
Iremos seguidamente abordar as classificações mais referidas na
literatura e investigações em torno desta temática.

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
2. Classificação das substâncias/drogas
psicoactivas

2.1. Classificação quanto à sua origem

As substâncias/drogas psicoactivas, quanto à sua origem


podem ser classificadas em:

A) Naturais
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

B) Semi-sintéticas
C) Sintéticas

A) As substâncias/drogas de origem natural, são extraídas de uma fonte exclusivamente


natural, em geral de plantas.
Exemplos: ópio,cannabis, morfina, mescalina.

B) As substâncias/drogas de origem semi-sintética, são obtidas em laboratório, a partir de uma


matriz natural. A droga semi-sintética mais conhecida é a heroína, obtida em laboratório a
partir da molécula de morfina.

C) As substâncias/drogas de origem sintética, são totalmente obtidas em laboratório, sem a


necessidade de precursores naturais. Existe ums produção através de meios químicos cujos
principais componentes activos não são encontrados na natureza.
As primeiras drogas sintéticas psicotrópicas produzidas foram os barbitúricos e as anfetaminas.
Há vários opiáceos sintéticos, de entre os quais se destacam a meperidina (Dolantina®) e a
fentanila (Fentanil®).

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
Lista das principais drogas sintéticas

Anfetamina: (“Bolinha” ou “arrebite”). Droga produzida desde 1927 como


vasoconstrictor, com acção semelhante à cocaína. Muitas drogas sintéticas são
derivadas de anfetaminas.
LSD 25 (Dietilamida de ácido lisérgico). Sintetizado em 1938, e usado como alucinogénio
a partir da década de 1950.
Quetamina (Special-K): Anestésico de uso veterinário e humano, na forma líquida ou
cristal branco que é aspirado. Foi produzido nos anos a partir da década de 1960.
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

GHB (ácido gama-hidroxibutírico): É usado na forma de sal ou diluído em água (


conhecido como “ecstasy líquido” ). Inicialmente foi produzido como analgésico, e a
partir da década de 1960 como droga alucinogénia.
GLB ( Gama-butirolactona ). Derivado do GHB, utilizado com a mesma finalidade.
PCP ( Cloridrato de eniciclidina ). Pó branco cristalino solúvel em água que surgiu nos
anos 70. É inalado, ingerido ou injectado
Cetamina. Droga analgésica derivada do PCP para uso veterinário e humano, produzida
em 1965, utilizado imediatamente como alucinogénio.
DOB ( 2,5 dimetoxy-4-bromoanfetamina ). Conhecida desde 1967. É um derivado da
anfetamina, podendo ser usada como base para a produção do ecstasy.
PMA ( Para-metoxianfetamina ) . Afetamina modificada.
PMMA ( Para-metoximetilanfetamina ). Anfetamina modificada produzida com o nome
de “mitsubishi”.
2-CB ( 4-bromo-2,5-dimetoxifenetilamina) . Conhecida como “nexus” tem efeito
psicodélico semelhante ao LSD.
2-CT-7 ( 2,5-dimetoxi-4(n)-propiltiofenetilamina ). Com efeito psicodélico semelhante ao
LSD. O D-CB e o 2-CT-7 foram produzidos na década de 70.

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
MDMA ( Ecstasy , extase ) : Um derivado de anfetamina. Comprimido ingerido por via
oral.O ecstasy foi sintetizado em 1912, e o seu uso como entorpecente iniciou-se na
decada de 70 nos EUA.
4-MTA ( 4-metiltioanfetamina ) ( “flatliner” ) é uma anfetamina modificada produzida
nos anos 70.
Ice. Anfetamina modificada, sendo um cristal branco semelhante ao gelo. Pode ser
injectado, ingerido ou inalado. Surgiu nos anos 80.
Anabolizante: Versão sintética da testosterona. Comprimidos ou ampolas. Via oral ou
intramuscular, para aumentar a massa corporal.
MPTP (1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetrahidropiridina ). Surgiu na decada de 80, provocando
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

sintomas semelhantes ao mal de Parkinson.

Drogas Sintéticas A palavra designer significa desenhada,


modificada. São drogas sintéticas obtidas
Nova classe por meio da manipulação laboratorial de
que apareceu
outras drogas sintéticas, com o intuito de
Designer Drugs potencializar os seus efeitos, minimizar

reacções adversas ou combinar novas sensações.

Principais “Designer Drugs”


Podemos dizer que são fruto da popularização e
MDMA (ecstasy)
da banalização tecnológica, uma vez que são LSD
GHB & GBL
sintetizadas em laboratórios clandestinos, em 2CB & 2-CT-7
4MTA
escala doméstica. PMA & PMMA
Quetamina (Special K)
Nitratos (poppers)
Fentanil
Rohypnol®
Anfetaminas & metanfetaminas

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
2.2.Classificação quanto aos efeitos farmacológicos ao nível do SNC
Esta classificação tem em conta o tipo de acção ou efeito que as drogas causam no cérebro dos
seus usuários. Sob este ponto de vista, podemos considerar três classes/grupos de drogas:

A. Drogas depressoras do SNC ou psicolépticas


B. Drogas estimulantes do SNC ou psicoanalépticas
C. Drogas perturbadoras/alucinogénias do SNC ou psicodislépticas

A) As drogas depressoras do SNC, como são exemplo álcool, barbitúricos (soníferos),


Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

benzodiazepinas (tranquilizantes ou calmantes), inalantes e opiáceos, fazem com que o cérebro


funcione lentamente, reduzindo a actividade motora, a ansiedade, a atenção, a concentração, a
capacidade de memorização e a capacidade intelectual, do usuário.
Podemos assim concluir que estas drogas são depressores de acção central ou psicolépticos,
sendo capazes de lentificar ou diminuir a actividade do cérebro, possuindo também alguma
propriedade analgésica.

As pessoas sob o efeito de tais


substâncias tornam-se:

sonolentas,
lentas,
desatentas;
desconcentradas.

B) As drogas estimulantes do SNC, como são exemplo anfetaminas e derivados, cocaína, tabaco
(nicotina), ecstasy e cafeína, ao contrário das anteriores, aceleram a actividade de
determinados sistemas neuronais, levando às seguintes consequências:
estado de alerta exagerado;

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
insónia;
aceleração dos processos psíquicos.
Podemos assim concluir que estas drogas são estimulantes centrais ou psicoanalépticos que
são capazes de aumentar a actividade cerebral, existindo deste modo um aumento da vigília,
da atenção, aceleração do pensamento e euforia.

As pessoas sob o efeito destas


substâncias tornam-se mais
activas.
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

C) As drogas perturbadoras do SNC, com o são exemplo cannabis/maconha, alucinogénios, LSD,


anticolinérgicos, LSD-25, fenciclidina, peiotl–cacto rico em mescalina, Datura (estramónio),
cogumelos alucinogénios, cetamina, ayahuasca, produzem uma série de distorções qualitativas
no funcionamento do cérebro, como:
delírios,
alucinações;
alteração na senso-percepção.
Por estas razões, são também chamadas de alucinogénios.

Podemos concluir que estas substâncias levam à produção de quadros de alucinação ou ilusão,
geralmente de natureza visual. Os alucinogénios não possuem utilidade clínica (como os
calmantes), tão pouco podem ser utilizados legalmente (como o álcool, o tabaco e a cafeína).

Estas substâncias não se caracterizam por


acelerar ou lentificar o sistema nervoso
central, pois a mudança provocada é
qualitativa, uma vez que o cérebro passa a
funcionar fora do seu normal e sua
actividade fica perturbada.

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
Uma outra denominação para este tipo de droga é psicotomiméticos, devido ao facto de
serem conhecidas como psicoses, as doenças mentais nas quais estes fenómenos ocorrem de
modo espontâneo.

Quadro resumo das características das principais classes de substâncias psicoactivas


Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
2.3.Classificação quanto ao potencial de uso nocivo e utilidade clínica
A Federal Drug Enforcement Administration (DEA) elaborou uma classificação bastante
adoptada hoje em dia pelos órgãos de saúde pública e vigilância sanitária de todo o mundo. A
classificação baseia-se tanto na utilidade clínica da substância, quanto no seu potencial de uso
nocivo. As substâncias foram agrupadas em cinco classes, de acordo com a tabela seguinte.
Classificação do DEA
Classe Substância
Classe I Heroína
Nenhuma utilidade clínica Alucinogénios (LSD, mescalina)
Alto potencial de abuso e dependência
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

Classe II Ópio ou morfina


Baixa utilidade clínica Codeína
Alto potencial de abuso e dependência Opiáceos sintéticos
Barbitúricos
Anfetaminas & derivados
Cocaína
Fenciclidina (PCP)
Classe III Paracetamol e codeína combinada
Alguma utilidade clínica Esteróides anabolizantes
Potencial moderado de abuso e dependência
Classe IV Benzodiazepinas
Grande utilidade clínica Fenobarbital
Potencial baixo de abuso e dependência

Classe V Misturas de narcóticos e atropina


Grande utilidade clínica Misturas diluídas de codeína
Potencial muito baixo de abuso e dependência

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
2.4.Classificação quanto ao status legal das substâncias
As drogas psicotrópicas/psicoactivas podem ser, do ponto de vista legal, consideradas lícitas ou
ilícitas.

Status legal

LÍCITA
Possui permissão do Estado para ser comercializada e
consumida.

Ex:
Álcool, Tabaco (nicotina), Cafeína
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

ILÍCITA
Não pode ser consumida e muito menos comercializada,
pelo menos com a anuência do Estado.

Ex:
Cocaína, Heroína, LSD

Os critérios utilizados para determinar o status legal das drogas, são mais culturais do que
científicos, uma vez que as drogas não são meros compostos farmacológicos.
Estas substâncias também recebem outros atributos e os valores sustentados por cada
sociedade influem nas ideias formadas sobre estas substâncias.
Tais valores variam ao longo do tempo e da nação para nação, como podemos perceber
através dos seguintes exemplos:
Durante o século IX, o uso de aguardentes era proibido na China;
Até hoje, as bebidas alcoólicas são veementemente proibidas nos países islâmicos;
O consumo de café no Império Russo (século XVIII) era punido com a mutilação das orelhas;
O uso de tabaco era punido com a amputação dos membros na Pérsia e na Turquia (século
XVII).

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
Esta divisão eminentemente cultural, pode passar a ideia de que as drogas lícitas são seguras,
ao passo que as ilícitas são perigosas.

Na realidade, o álcool e o tabaco são as substâncias que mais levam os seus utilizadores à
doença e à morte, sendo as que mais causam mortes passíveis de prevenção no mundo.

É importante que as sociedades percebem e consciencializem o


facto de todas as drogas trazerem prejuízos e perigos potenciais,
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

os quais devem ser sempre considerados,


independentementede serem lícitas ou ilícitas.

É importante notar que mesmo as drogas tidas como lícitas


sofrem controlo por parte das nações. Algumas drogas com potencial de uso nocivo,
mas com indicações medicamentosas são vendidas de forma controlada, com receitas
especiais.

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
Drogas psicotrópicas de venda controlada
Nome Nome comercial Indicações clínicas
Benzodiazepinas
Diazepam Valium® Tranquilizantes ou calmantes
Clordiazepóxido Psicosedin® (ansiolíticos)
Clonazepam Rivotril®
Midazolam Dormonid® Indutores do sono
Alprazolam Frontal® (hipnóticos ousoníferos)
Bromazepam Lexotan®
Flunitrazepam Rohypnol®
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

Anfetaminas & derivados


Anfepramonas Dualid®,Hipofagin®,Inibex® Moderadores do apetite
Femproporex Desobesi® (Anorexígenos)
Metilfenidato Ritalina® Déficit de Atenção

Derivados do ópio
Fentanila Durogesic®, Fentanil®,
Meperidina Inoval® Anestésicos gerais, Analgésicos,
Morfina Dolantina®,Dolosal® Antitússicos e Antiespasmódicos
Codeína Astramorph®,Dimorf®,
Belacodide®, Setux® eTylex®

Anticolinérgicos
Triexfenidila Artane® Antiparkinsónico
Diciclomina Bentyl® Antiespasmódico
Benzidamina Benflogin® Anti-inflamatório

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
Reflexão….

Entre as drogas lícitas há aquelas que não possuem utilidade médica, mas que são consumidas
livremente ou com algum controlo, como é o caso do álcool e do tabaco.
Existem aquelas que apesar de causarem dependência possuem indicações médicas precisas e
importantes, como sendo os calmantes, os analgésicos derivados do ópio e as anfetaminas.

No entanto existe um grupo, que não possui indicações para uso médico, e tão pouco se
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

destinam originalmente ao consumo humano - os inalantes. Estes compostos orgânicos,


presentes nas tintas acrílicas, sprays, correctores de tinta, nos combustíveis, colas, solventes e
decapantes são causadores potenciais de complicações agudas e crónicas.

São drogas lícita que nos rodeiam de forma imperceptível, carecendo de mais atenção da nossa
sociedade, em termos preventivos no que diz respeito ao seu uso.

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
3. Consequências prejudiciais do consumo
de substâncias psicoactivas

Na maioria dos casos, as pessoas consomem


substâncias psicoactivas porque esperam tirar
benefício de tal consumo, seja por prazer ou para
evitar dores, incluindo o consumo social.
Mas o seu consumo também implica potencial de dano, a curto ou a longo prazo.
Os principais efeitos nocivos do consumo de substâncias podem ser divididos em quatro
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

categorias, com o podemos observar na figura seguinte.

Fonte: Adaptado de Babor et al., 2003.

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
Em primeiro lugar, temos os efeitos crónicos para a saúde.
Exemplos:
No caso do álcool, isto inclui cirrose do fígado e uma série de outras doenças crónicas;
No caso do tabaco fumado sob a forma de cigarro, podemos incluir o cancro do
pulmão, enfisema e outras doenças crónicas.
O consumo de heroína injectável, com a partilha de agulhas, é um vector importante da
transmissão de agentes infecciosos tais como o HIV (ver Quadro 1) e os vírus das
hepatites B e C em muitos países.
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

Em segundo lugar, temos os efeitos biológicos, agudos ou a curto prazo, da substância sobre a
saúde, que incluem principalmente dose excessiva (overdose), para drogas tais como os
opióides e o álcool,

Nesta categoria estão também classificados os acidentes devidos a efeitos de substâncias


sobre a coordenação física, a concentração e o discernimento, em circunstâncias onde sejam
necessárias tais qualidades.
Os acidentes resultantes da condução de veículos depois do consumo de álcool ou de outra
substância são bem evidentes nesta categoria, mas também estão incluídos outros acidentes,
suicídios e (pelo menos no caso de álcool) agressões.

O terceiro e quarto lugar dos efeitos nocivos incluem consequências sociais prejudiciais, tais
como problemas sociais graves, como separações bruscas ou detenções, e problemas sociais
crónicos, tais como incapacidades em relação ao trabalho ou ao papel na família. Estas últimas
categorias são importantes em relação ao álcool e muitas drogas ilícitas, mas são pobremente
mensuradas e na maioria das vezes excluídas das medidas de efeitos sobre a saúde, como no
prejuízo global das doenças.

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
4.Mecanismos de acção das substâncias
psicoactivas
A probabilidade de ocorrência das categorias de
efeitos danosos, explanadas no capítulo três deste
módulo, também depende:

de quanto da substância é utilizada?;


de que forma?;
com que padrão de uso?

Estes aspectos do uso podem ser pensados como ligados a diferentes tipos de problemas de
saúde e sociais, através de:
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

três principais mecanismos de acção


(ver fig. da pág 18)

Um mecanismo envolve o efeito tóxico imediato da substância, seja imediatamente (por


exemplo, envenenamento) ou acumulativo ao longo do tempo (por exemplo, cirrose).

Um segundo mecanismo de acção envolve a intoxicação ou outros efeitos psicoactivos da


substância.
Um acidente de trânsito pode resultar, por exemplo, do facto de o motorista do carro estar sob
influência de sedativos. Um empregado de uma loja pode apresentar-se intoxicado no trabalho
após usar cannabis e, por causa disso, ser demitido pelo gerente.

O terceiro mecanismo envolve a dependência da substância.


Dependência de substância ou síndrome de dependência, é actualmente a terminologia técnica
para o conceito de adição.

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
No centro desse conceito está a ideia de que o controlo ou a volição do usuário sobre o uso de
drogas foi perdido ou prejudicado.
O usuário não está mais a escolher usar simplesmente em razão dos aparentes benefícios; o
uso tornou-se habitual e a vontade para voltar a usar mostra que o usuário sente que o hábito
não está mais sob seu controle. A dependência do usuário é vista, assim, como impelindo para
mais utilização, apesar das consequências adversas que poderiam ter dissuadido os não-
dependentes de fazer uso adicional.

A ligação entre o uso de substâncias e danos em um caso particular pode, evidentemente,


Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

envolver mais de um destes três mecanismos.

É importante realçar que um


Benzodiazepinas podem estar envolvidas
num caso de suicídio, por exemplo, tanto mecanismo também pode agir
pelo desespero do usuário pelos distúrbios
sozinho.
trazidos para a sua vida em consequência da
dependência de drogas, como em virtude da
disponibilidade de meios de suicídio pela
overdose. Além disso é importante ter em
mente, que a dependência não é o
único mecanismo que
potencialmente liga o uso de substâncias, aos danos de saúde e sociais.

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
5. Análise das principais substâncias
psicoactivas

Sugestão de leitura:

Para complemento dos temas do


seguinte capítulo do manual, Para visualizar e
reflectir:
aconselha-se a leitura cuidada do
documento “Manejo Visualize por favor o
seguinte vídeo, que se
farmacológico da dependência de substâncias”, disponível na encontra associado ao
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

documentação de apoio do módulo. tema do manual.

Existem também outros documentos informativos na


documentação de apoio, que servem de complemento a este
capítulo.

5.1. O álcool

O álcool é a substância
psicoactiva mais utilizada
pela humanidade. Está
Vídeo
presente na maioria das
festas e rituais religiosos. Drogas Álcool
(em espanhol)
Quase todos os países do
mundo, onde o consumo é
aceite, possuem uma bebida
típica da qual se orgulham. Para visualização do
vídeo basta fazer click
na imagem.

Necessita de estar
ligado à internet.
Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal
Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
5.1.1. Apresentações e modo de uso

Substância lícita que possui uma variedade incontável de bebidas em todo o mundo, obtidas
por fermentação ou destilação da glicose presente em cereais, raízes e frutas.
É consumido exclusivamente por via oral, sendo o seu consumo medido por doses.
Uma dose equivale a 14 gramas de álcool.
Para obter as doses-equivalentes de uma determinada bebida, é preciso multiplicar a
quantidade da mesma pela sua concentração alcoólica, tendo deste modo a quantidade
absoluta de álcool da bebida.
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

Quadro de conversão: considerar 1 dose para cada 14g de álcool da bebida.

Unidades de álcool em cada dose de bebida

Quantidade de Álcool Gramas de Álcool


Teor Dose
Bebida Volume (Volume x Teor (Volume de Álcool x
Alcoólico 1D = 14g
Alcoólico) 0,8*)

Vinho Tinto 150ml 12% 18ml 14,4g 1

1 lata de Cerveja 350ml 5% 17,5ml 14g 1

Destilado 40ml 40% 16ml 12,8g 1

(*) A quantidade de álcool em gramas é obtida a partir da multiplicação do volume de álcool contido na bebida pela
densidade do álcool (d=0,8).

De modo geral, considera-se que as mulheres


correrão menos riscos de desenvolverem
problemas de saúde, aquelas que ingerirem até
7 doses de álcool por semana ou 3 por dia,
enquanto que os homens poderão ingerir até 14
doses na semana ou 4 no mesmo dia.

O cálculo semanal das unidades de álcool


permite determinar:
o uso de baixo risco,
o uso nocivo;
dependência;
para os homens e para as mulheres.

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
5.1.2. Efeitos e complicações clínicas

Efeitos agudos

O álcool é um depressor do cérebro e age directamente em diversos órgãos, tais como o


fígado, coração, vasos e na parede do estômago.
A intoxicação é o uso nocivo de substâncias, em quantidades acima do tolerável para o
organismo.
Os sinais e sintomas da intoxicação alcoólica caracterizam-se por níveis crescentes de
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

depressão do sistema nervoso central.


Inicialmente há sintomas de euforia leve, evoluindo para tonturas, ataxia e incoordenação
motora, confusão e desorientação e atingindo graus variáveis de anestesia, entre eles o
estupor e o coma.

A intensidade da sintomatologia da intoxicação tem relação directa com a alcoolemia –


consultar quadro seguinte.

Níveis plasmáticos de álcool (mg%) e sintomatologia relacionada

Alcoolemia Quadro clínico


(mg%)

Euforia e excitação
30
Alterações leves da atenção

Incoordenação motora discreta


50
Alteração do humor personalidade e comportamento

Incoordenação motora pronunciada com ataxia


Diminuição da concentração
100
Piora dos reflexos sensitivos
Piora do humor

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
Piora da ataxia
200
Náuseas e vómitos

Disartria
Amnésia
300
Hipotermia
Anestesia (estágio I)

Coma
400
Morte (bloqueio respiratório central)

O desenvolvimento de tolerância, a velocidade da ingestão, o consumo de alimentos e alguns


factores ambientais também são capazes de interferir nessa relação.
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

Algumas circunstâncias podem alterar a acção do álcool no corpo, tais como:


a presença de alimentos no estômago diminui a velocidade de absorção,
bebidas gaseificadas e licorosas são absorvidas com maior rapidez.

Efeitos agudos físicos

Aumento da diurese;
Redução dos reflexos motores, marcha cambaleante;
Náuseas e vómitos;
Aumento da frequência e da pressão sanguínea.

Efeitos crónicos

Síndrome de abstinência

Inicia-se horas após a interrupção ou diminuição do consumo.


Os tremores de extremidade e lábios são os mais comuns, associados a náuseas, vómitos,
sudorese, ansiedade e irritabilidade.
Os casos mais graves evoluem para convulsões e estados confusionais, com desorientação
temporal e espacial, falsos reconhecimentos e alucinações auditivas, visuais e tácteis (delirium
tremens).

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
Complicações clínicas

O álcool tem uma acção tóxica directa sobre diversos órgãos quando utilizado em doses
consideráveis, por um período de tempo prolongado.

Principais complicações clínicas decorrentes do uso crónico e intenso de álcool

Hepatopatias (esteatose e cirrose hepáticas, hepatite)


Pancreatite crónica
Sistema gastro- intestinal Gastrite
Úlcera
Neoplasias (boca, língua, esófago, estômago, fígado, ...)
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

Cardiomiopatias
Sistema circulatório
Hipertensão arterial sistémica

Anemias (especialmente a anemia megaloblástica)


Sangue
Diminuição na contagem de leucócitos

Sistema nervoso periférico Neuropatia periférica

Impotência (homens)
Sistema reprodutor
Alterações menstruais e infertilidade (mulheres)

As mais frequentes são:

Ao nível do estômago: as gastrites e úlceras;

Ao nível do fígado: hepatites tóxicas, esteatose (acumulação de gordura nas células do


fígado, decorrente da acção tóxica do álcool sobre suas membranas), cirrose hepática,;

Ao nível do pâncreas: pancreatites;

Ao nível do sistema nervoso: lesões cerebrais, demência, anestesia e diminuição da


força muscular nas pernas (neurites);

Ao nível do sistema circulatório: miocardites, predisposição ao depósito de placas


gordurosas nos vasos, com risco de infartes, hipertensão e acidentes vasculares
cerebrais (avc-derrames);

Ao nível das neoplasisas: o álcool aumenta o risco de neoplasias no trato


gastrointestinal, na bexiga, na próstata e outros órgãos.

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
5.2. As anfetaminas
As anfetaminas formam uma
classe de várias substâncias,
algumas com indicações
médicas e de venda controlada
e outras fabricadas em
laboratórios clandestinos e Para visualizar e
consideradas drogas ilícitas. reflectir:

5.2.1. Efeitos e riscos para a saúde Visualize por favor o


seguinte vídeo, que se
As anfetaminas são estimulantes da actividade mental. encontra associado ao
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

tema do manual.
Efeitos agudos do consumo destas substâncias, são:
a diminuição do sono e do apetite;
aceleração da velocidade do pensamento, geralmente com
maior produção de fala;
inquietação.
Há uma elevação do estado de alerta e instabilidade do humor,
podendo variar da euforia ao mal-estar psíquico, de acordo com
predisposições individuais e ambientais.
O efeito normalmente dura cerca de 60 minutos.
Ocorrem também dilatação da pupila (midríase), aumento dos Vídeo

batimentos do coração (taquicardia) e elevação da pressão arterial. Drogas Anfetaminas


Efeitos das anfetaminas lícitas e
ilícitas
Redução do sono e do apetite
Aceleração do curso do pensamento Para visualização do
Pressão de fala (verborragia)
Diminuição da fadiga vídeo basta fazer click
Euforia na imagem.
Irritabilidade
Midríase
Taquicardia Necessita de estar
Elevação da pressão arterial.
ligado à internet.
Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal
Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
Riscos para a saúde
As anfetaminas podem causar dependência, com o aparecimento do
síndrome de abstinência. Caracteriza-se principalmente pelo
aparecimento de sintomas depressivos e de exaustão, após períodos
prolongados de consumo;

Durante o consumo podem ocorrer problemas cardíacos, como o


infarte de coração;

O consumo de grandes quantidades pode causar convulsão;

O consumo com frequência durante vários meses pode levar a


depressão, ansiedade, deixar a pessoa irritada, impulsiva e cansada.
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

Sinais e sintomas de abstinência das anfetaminas

Obsessão intensa
Ansiedade
Agitação
Pesadelos
Redução da energia
Lentificação
Humor depressivo

5.3. A Cocaína e Crack

O hábito de mascar folhas de coca entre a população


nativa dos Andes existe há pelo menos 5000 anos. Tal
hábito visava amenizar o cansaço e a fome.
As baixas concentrações da substância nas folhas
tornam improváveis as hipóteses de dependência
entre os seus usuários.
Os casos de dependência tornaram-se mais
frequentes a partir do século XIX, quando a cocaína foi
isolada das suas folhas.

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
5.3.1. Sinónimos e aparência
A cocaína, também é conhecida por neve, brilho, pó, carolina e
branquinha
O crack, é também conhecido por pedra.

Para visualizar e
Quanto à aparência, a cocaína apresenta-se sob a forma de pó reflectir:
branco e brilhante, que pode ser cheirado ou injectado. Visualize por favor o
Relativamente ao crack, é vulgarmente adquirido sob a forma de seguinte vídeo, que se
encontra associado ao
pedras brancas de vários tamanhos e formas.
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

tema do manual.

A cocaína pode ser consumida por qualquer via de


administração.
A via injectável e a fumada (crack), colocam grandes quantidades
de cocaína no sangue e geram efeitos estimulantes mais
intensos e de curta duração.
O crack é fumado em cachimbos improvisados ou de vidro.
A cocaína em pó, utilizada por via intranasal (cheirada) ou pelo
hábito de mascar as folhas produzem efeitos menos intensos,
Vídeo
porém de maior duração.
Quanto mais intenso e curto é o efeito desencadeado, maiores How Drugs Work.
Cocaine
as hipóteses de dependência pelo usuário.

5.3.2. Principais sintomas decorrentes do uso


A cocaína é um estimulante. Para visualização do
vídeo basta fazer click
O consumo de cocaína provoca aceleração da velocidade do na imagem.

Necessita de estar
Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal
Edifício Gran Via
ligado à internet.
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
pensamento, inquietação psicomotora (dificuldade para permanecer parado, até quadros mais
sérios de agitação), aumento do estado de alerta e inibição do apetite.
Alterações do humor são passíveis de grande variabilidade, indo da euforia (desinibição, fala
solta) a sintomas de mal-estar psíquico (medo, ansiedade e inibição da fala).

A duração do efeito, depende da via de administração escolhida:

cerca de 30 minutos quando cheirada;


menos de 10 minutos quando fumada ou injectada.

No final o usuário geralmente fica 'obcecado', isto é, com vontade de consumir mais.
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

Sintomas Psíquicos
Sintomas Físicos
Aceleração do pensamento
Inquietação psicomotora
Aumento da frequência cardíaca
Aumento do estado de alerta
Aumento da temperatura corpórea
Inibição do apetite
Aumento da frequência respiratória
Labilidade do humor, variando da euforia
Aumento da transpiração
ao mal-estar
Tremor leve de extremidades
Contracções musculares involuntárias
(especialmente língua e mandíbula)
Tiques
Dilatação da pupila (midríase)

Os principais riscos para a saúde, decorrentes da utilização da cocaína, são:

Pode causar dependência;


Durante o consumo pode levar a problemas cardíacos, como o infarte do coração;
O consumo de grandes quantidades pode causar convulsão;
Consumir com frequência durante vários meses pode levar a depressão,
ansiedade, deixar a pessoa irritada, impulsiva e cansada.
Cheirar cocaína com frequência pode danificar o interior do nariz.

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
5.4. A Nicotina

A nicotina está presente nas


folhas do tabaco (Nicotiana
tabacum), uma planta nativa
dos Estados Unidos da Para visualizar e
América. Hoje em dia é a reflectir:

planta psicoactiva mais Visualize por favor o


consumida no mundo. seguinte vídeo, que se
encontra associado ao
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

tema do manual.
A nicotina (vulgarmente designada por tabaco), apresenta diversas
aparências como sejam os cigarros industrializados com filtros,
cigarrilhas, charutos, pacotes de fumo de tabaco.

O tabaco também pode ser mascado (rapé). A absorção da nicotina


dá-se pela via pulmonar e oral, como podemos ver no quadro
seguinte.

Vídeo

Nicotina- tabaco

Para visualização do
vídeo basta fazer click
na imagem.

Necessita de estar
Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal
ligado à internet.
Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
Apresentações tradicionais da nicotina e o seu modo de absorção.

Produto Via de absorção

cigarro oral e pulmonar


cigarrilha oral e pulmonar
charuto oral e pulmonar
cachimbo oral e pulmonar
rapé e fumo para mascar oral ou nasal

5.4.1.Efeitos e riscos para a saúde

A nicotina é um estimulante leve e quando consumida nas primeiras vezes provoca tonturas,
formigueiro e alterações discretas do humor e do estado de vigília.
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

Estes sintomas são principalmente perceptíveis nos primeiros episódios de consumo, sendo
progressivamente menos percebidos com o uso frequente (manifestação de tolerância).

A nicotina causa dependência., no entanto os danos para a saúde causados pelo cigarro, não
são devidos a ela, pois o cigarro contém mais de 4.700 substâncias, algumas cancerígenas e
outras directamente tóxicas para vários órgãos do corpo.
Deste modo, vê-se que o consumo de cigarro é responsável por graves danos nos pulmões,
como insuficiência respiratória, asma, bronquites e cancro.

O consumo de cigarro aumenta o risco de problemas no coração e na circulação, tais como


hipertensão, entupimento dos vasos e infarte do coração.

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
5.5. Opiáceos ou opióides

As drogas opiáceas, são compostos extraídos da semente


da papoila. Estas drogas abriram caminho para a
descoberta do sistema opióide endógeno no cérebro
(Brownstein, 1993), tema que será abordado no módulo
farmacologia das substâncias psicoactivas.
O termo opióide inclui os opiáceos, assim como compostos
sintéticos ou semi-sintéticos com propriedades similares.
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

Os opiáceos são sedativos (induzem o sono) e analgésicos


(reduzem a dor).
As alterações mais referidas na literatura, são as referentes ao estado de humor. Há
experiências que vão da euforia, marcadas por sensação de prazer, devaneios e
distanciamento dos problemas, à sensação de mal-estar psíquico, com irritabilidade, tristeza e
sonolência excessiva.
Imagens oníricas são bastante frequentes, qualquer que seja o padrão de humor
predominante.
Estes efeitos tendem a diminuir ou mesmo desaparecer com o uso frequente.

5.5.1.Riscos para a saúde


Os opiáceos possuem alto potencial de dependência;
Doses excessivas podem levar a overdoses, coma e até mesmo à morte;
As crises de abstinência são intensas e requerem internamento;
A partilha de seringas aumenta o risco de infecções por bactérias e vírus, como o HIV.

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
5.5.2. Vias de administração

Os opiáceos podem ser consumidos por qualquer via de administração. Até ao início do século
XX, fumar ópio era um hábito muito difundido.
Com o aparecimento da heroína refinada, fácil aquisição das seringas e a procura por efeitos
mais intensos, tornaram o uso endovenoso (a injecção), bastante popular entre os usuários de
opiáceos na Europa e nos Estados Unidos.

Intoxicação aguda e overdose por opiáceos

Intoxicação aguda Overdose

Sedação Inconsciência
Humor normal tendendo ao eufórico Miose pronunciada
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

Contracção da pupila (miose) Bradicardia acentuada


Depressão respiratória
Convulsões
Coma

5.6. Os anabolizantes

Os esteróides anabolizantes, ou apenas


anabolizantes, são drogas relacionadas com a
hormona masculina testosterona, fabricada
pelos testículos.
Os anabolizantes possuem vários usos clínicos,
sendo a sua função principal:

a reposição da testosterona devido a algum déficit ocorrido por algum problema de


saúde.

Além deste uso médico, os anabolizantes permitem:


crescimento muscular;

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
aumento da síntese (produção) de proteína e de cálcio nos ossos (efeito anabólico);
desenvolvimento das características sexuais masculinas, tais como:
✓ crescimento do pénis e dos pêlos,
✓ engrossar da voz,
✓ aumento da libido e da potência sexual, (efeito androgénico).

Por estes motivos, estas substâncias são muito procuradas por atletas ou pessoas que querem
melhorar a performance e a aparência física.

Este uso estético não é médico,


Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

portanto é arriscado e ilegal,


podendo acarretar sérios problemas
à saúde.

A literatura científica aponta para o potencial dos esteróides anabolizantes poderem criar
dependência.
Os motivos que levam a esta são desconhecidos, pois a forma como são utilizados torna difícil
para os investigadores chegarem a conclusões a respeito da frequência, duração do uso e
dosagens para gerar dependência.

Sintomas de abstinência:
depressão psicológica;
fadiga;
inquietude;
insónia;
perda do apetite;
diminuição da libido;

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
"craving";
dores de cabeça;
insatisfação com a imagem corporal;
ideação suicida (raramente).

Contudo, nenhuma síndrome de abstinência foi psiquiatricamente descrita.

5.6.1. Formas de Ingestão


Os esteróides anabolizantes podem ser tomados na forma de comprimidos ou injecções.
Frequentemente são combinados diferentes anabolizantes, supondo que a interacção destes
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

produziria um aumento maior da musculatura e da sua efectividade, além de minimizar os


efeitos negativos. Esta prática é chamada de "stacking" ("empilhamento").

Outra forma de uso destas drogas é chamada de "cycling" ("cíclico"), no qual o período de uso
acontece durante semanas ou meses, sendo interrompido por um tempo, e depois é iniciado
novamente o seu uso.

5.6.2.Efeitos e Riscos para a Saúde


Efeitos gerais:

Icterícia; Efeitos no homem:


Tremores;
Aumento da pressão sanguínea; Há uma diminuição da produção e da qualidade
Acne severa, tumores no fígado;
Retenção de líquidos; de espermatozóides, os testículos reduzem de
Diminuição dos índices de HDL (a
tamanho, impotência, infertilidade, aumento da
forma boa do colesterol);
Dores nas articulações. próstata, dificuldade ou dor para urinar,
desenvolvimento de mamas, calvície, maior
probabilidade de cancro do rim e fígado e ataque cardíaco.

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
Efeitos na mulher:
Voz grossa, aumento do clitóris, crescimento de pêlos faciais, alterações ou ausência de ciclo
menstrual, diminuição dos seios.
Efeitos no adolescente:
Maturação esquelética prematura, puberdade acelerada levando a um crescimento raquítico.

O abuso de anabolizantes, principalmente em altas doses, pode causar também uma variação
de humor incluindo agressividade e raiva incontroláveis que podem levar a episódios violentos.
Estes efeitos são associados ao número de doses semanais utilizadas.
Usuários, tornam-se frequentemente deprimidos quando param de tomar os anabolizantes.
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

Podem ainda experimentar um ciúme patológico, extrema irritabilidade, ilusões, podendo ter
uma distorção de julgamento em relação a sentimentos de invencibilidade, distracção,
confusão mental e esquecimentos.
Aqueles que usam os anabolizantes via injecções, correm o risco de compartilhar seringas e
serem contaminados com o vírus do HIV ou da hepatite.

5.7. Canabinóides

A Cannabis é um arbusto originário da Ásia e


conhecido da humanidade há cerca de 6000
anos. Há duas espécies mais conhecidas: a
Cannabis sativa e a Cannabis indica.
O princípio activo alucinogénio da cannabis é o 9-
Tetraidrocanabionol (THC). Esta substância
encontra-se presente no óleo que recobre os brotos das cannabis fêmeas

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
5.7.1. Sinónimos e aparência
O nome genérico da cannabis é cânhamo, no entanto existem outros nomes, mas boa parte
deles tem carácter puramente regional.
No Brasil, a cannabis já foi denominada diamba e hoje o termo maconha é o mais utilizado.
No Oriente , recebe nomes como ganja, dagga, charas, haxixe, bhang.
Na América espanhola e nos Estados Unidos, o nome marijuana é o mais conhecido, mas há
outros termos: grass, pot, tea, reefer, Mary Jane, weed.
Em Portugal, é mais denominada por cânhamo, cannabis ou marijuana.

Aparência

Cannabis ou Maconha Haxixe Bhang


Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

Brotos e folhas secos, esverdeados, É uma resina da maconha, na forma de É um preparado líquido a partir de
soltos ou prensados em formato de bolotas ou pedaços de aspecto verde- brotos do cânhamo, bastante popular
tijolos. escuro. na Índia.

São picados ou esfarelados São misturados à maconha ou ao tabaco e


('dischavados') e enrolados em papel fumados na forma de cigarros.
('sedas'), formando cigarros
('baseado', 'beck') para serem
fumados.

Os fragmentos também podem ser


adicionados a massas de bolo para
serem ingeridos ('crazy cakes').

FIGURA 1: FIGURA 2: FIGURA 3:


A cannabis. Os brotos da Cannabis são O haxixe é a resina da maconha. Bebida muito popular e de venda livre na
picados e triturados para a confecção do O seu preparo consiste na colecta dos brotos Índia, o bhang é produzido com os brotos de
cigarro de maconha, denominado oleosos, com posterior maceração destes até cânhamo fêmea. Também é comercializado
'baseado'. formarem bolas ou tabletes endurecidos, como no formato de balas caseiras.
Fonte: www.erowid.com os observados na figura acima. Fonte: Schultes, Hoffmann & Rätsch. Plants
Fonte: www.erowid.com of the Gods; 2001.

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
5.7.2. Efeitos e riscos para a saúde

A cannabis é um alucinogénio. Há vários factores que


influenciam os seus efeitos, tais como:
concentração de THC na planta;
sensibilidade aos efeitos e experiências prévias do
Para visualizar e
usuário; reflectir:
ambiente do consumo.
Visualize por favor os
seguintes vídeos, que se
Em geral, o uso é seguido por alterações: encontram associados
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

ao tema do manual.
nos sentidos (visão, audição, olfacto);
cognitivas (pensamento, memória e atenção);
humor.
Há alterações da noção de tempo e espaço e ilusões
(distorções na percepção de objectos reais) visuais e auditivas.
Vídeo 1-Consumo de
O humor pode variar de um estado eufórico (marcado por Cannabis: Jovens vs Adultos

risos imotivados, fala solta e sensação de bem-estar), existem


também sintomas de mal-estar psíquico, como tristeza,
sensação de pânico e perda do controlo (medo de
enlouquecer). Vídeo 2- Cannabis, usos
O pensamento lentifica-se e as associações de ideia ficam terapêuticos e legalidade

menos coerentes, tendendo à mudança de assunto ou à Para visualização dos


incapacidade de articular o pensamento com a mesma vídeos basta fazer click
na imagem.
facilidade habitual. Necessita de estar
Ocorre também um aumento exagerado do apetite, voltado ligado à internet.

principalmente para o consumo de carbohidratos.

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
Quanto aos riscos para a saúde, podemos afirmar que a cannabis piora a atenção e a
concentração, aumentando os riscos de acidentes, podendo desencadear quadros agudos de
pânico e paranóia.
O uso em grandes quantidades e por longos períodos pode deixar a pessoa menos
concentrada, sem objectividade e desmotivada.
Importante referir que a cannabis pode causar dependência.

Sinais e sintomas decorrentes do consumo de cannabis

Efeitos euforizantes Alteração da percepção do tempo sensação de relaxamento


risos imotivados aumento da percepção das cores, sons,
fala solta texturas e paladar
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

Efeitos Físicos taquicardia redução da acuidade auditiva


hiperemia conjuntival aumento da acuidade visual
boca seca broncodilatação
hipotermia hipotensão ortostática
tontura aumento do apetite
atraso psicomotor xerostomia
redução da capacidade para execução de actividades tosse
motoras complexas midríase
incoordenação motora

Efeitos Psíquicos despersonalização prejuízo da memória de curto prazo


desrealização letargia
depressão excitação psicomotora
alucinações e ilusões ataques de pânico
sonolência auto-referência e paranóia
ansiedade prejuízo do julgamento
irritabilidade
prejuízos na concentração

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
5.8. Sedativos e
Hipnóticos

Embora o álcool pertença à


categoria dos sedativos e
Para visualizar e
hipnóticos, foi considerado reflectir:
separadamente neste
Visualize por favor o
manual, pois existe um grande conjunto de pesquisas sobre ele e seguinte vídeo, que se
encontra associado ao
porque o seu uso é muito prevalente. Neste capítulo do manual
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

tema do manual.
(5.8), outros sedativos/hipnóticos e tranquilizantes menores serão
discutidos.

Os tranquilizantes menores mais comuns, são os comprimidos para


dormir (benzodiazepínicos/benzodiazepinas e barbitúricos)
(Jacobs e Fehr, 1987)

Muitos solventes produzem efeitos similares aos


sedativos/hipnóticos quando inalados, mas serão considerados
Vídeo
separadamente no próximo capítulo do manual (5.9), com a
denominação de solventes voláteis. Drogas Benzodiazepinas
(em espanhol)
Os tranquilizantes/sedativos/hipnóticos causam lentidão das
funções do cérebro e de outras partes do sistema nervoso.
Os tranquilizantes/sedativos ou calmantes, são conhecidos por
benzodiazepínicos ou benzodiazepinas, existindo vários tipos e Para visualização do
vídeo basta fazer click
várias marcas disponíveis nas farmácias. na imagem.

Necessita de estar
ligado à internet.
Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal
Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
As mais conhecidas são o:

Diazepam (Valium®, Dienpax®, Noan®);


Clonazepam (Rivotril®);
Bromazepam (Lexotan®, Lexpiride®,Somatium®, Novazepam®);
Alprazolam (Frontal®, Alpraz®, Tranquinal®);
Flunitrazepam (Rohypnol®);
Flurazepam (Dalmadorm®);
Midazolam (Dormonid®);
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

Lorazepam (Lorax®, Lorium®, Max-Pax® e Mesmerin®);


Clordiazepóxido (Psicosedin®, Limbitrol®, Menotensil®).

São utilizados comummente pela via oral, na forma de comprimidos, existindo também em
forma líquida (gotas) e injectáveis.

5.8.1. Efeitos e riscos para a saúde

Acalmam e lentificam as pessoas, aliviando-as das tensões e da ansiedade. O uso em altas


doses pode causar “brancas de memória” e até confusão mental (desorientação no tempo e
no espaço).
O uso de doses elevadas pode causar:
Tonturas;
Incoordenação motora e alterações psiquiátricas, tais como agitação psicomotora,
quadros de euforia e irritação, podendo haver sintomas confusionais.

Doses muito elevadas, podem levar à insuficiência respiratória.

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
A piora da concentração, a lentificação do raciocínio e a confusão mental deixa as pessoas
expostas a graves acidentes.
A memória fica prejudicada e naqueles que consomem estas substâncias por muitos anos, este
prejuízo pode-se tornar permanente.
Estas substâncias causam dependência rapidamente e normalmente os sintomas de
abstinência aparecem após um período relativamente curto de uso.
Injectar calmantes pode levar a complicações agudas perigosas no que diz respeito à
manutenção da vida, como paragem respiratória e cardíaca.
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

Intoxicação aguda por


benzodiazepinas

Andar cambaleante
Tonturas
Fadiga
Hipotensão ortostática
Insuficiência respiratória
Fala pastosa
Alteração da atenção
Humor depressivo/eufórico
Psicose aguda
Anorexia
Confusão mental

Quadro clínico da síndrome de abstinência por benzodiazepinas

SINAIS MENORES SINAIS MAIORES

Insónia Tremores Convulsões


Irritabilidade Sudorese Alucinações
Dificuldade de concentração Palpitações Confusão mental (delirium)
Inquietação Náuseas e Vómitos Inapetência (anorexia)
Agitação Sintomas gripais
Pesadelos Dor de cabeça (cefaleia)
Prejuízo da memória Dores musculares
Sensação de estranheza

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
5.9. Solventes voláteis
Várias substâncias químicas voláteis (incluindo
gases como o óxido nítrico, solventes voláteis
como o tolueno e nitritos alifáticos) produzem
efeitos no SNC e são usadas principalmente
por crianças e adolescentes devido à sua fácil
aquisição.
O termo inalantes, aplica-se a um grupo diverso de
substâncias que podem ser encontradas em produtos como gasolina, removedores de verniz
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

de unhas, removedores de tinta e cola adesiva (Weir, 2001).


Esses compostos são aspirados intencionalmente, seja directamente ou com um pano
encharcado com o solvente colocado na boca da pessoa, ou num saco plástico.
Os compostos solventes voláteis têm poucas características em comum, além da sua
toxicidade e dos efeitos comportamentais que produzem.

Fonte: Brouette e Anton, 2001.

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
5.9.1. Efeitos e riscos para a saúde

Os inalantes são sedativos.


Provocam sedação, tonturas e relaxamento da musculatura corporal. Há alterações
perceptivas do tempo e espaço, que se tornam mais pronunciadas de acordo com o grau de
intoxicação.
Zumbidos e sons grosseiros acompanham a intoxicação.
O estado de humor é marcado pela labilidade, variando de risos imotivados e euforia até
reacções de medo, tristeza e pânico.
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

Substâncias químicas comummente encontradas nos inalantes

produto substâncias químicas

adesivos e colas

cola de avião tolueno,


cimento de borracha etilacetato tolueno, acetona,
cimento de PVC metiletilquetona tricloroetileno

aerossóis

butano, propano, fluorocarbonos, tolueno,


sprays de tinta, cabelo, desodorantes
hidrocarbonetos

anestésicos

gasosos óxido nitroso


líquidos halotano
locais cloridrato de etila

produtos de limpeza

fluidos para limpeza a seco, removedores de manchas,


tetracloroetileno, tricloroetano, cloridrato de metila
detergentes

solventes

removedores acetona, tolueno, cloridrato de metila, metanol


gases combustíveis butano
gás de isqueiros butano, isopropano

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
Estas substâncias podem causar náuseas, vómitos, lapsos de memória ("brancas"),
complicações cardíacas, como ataques cardíacos e causar convulsões.
Os solventes alteram a percepção das coisas e deixam as pessoas expostas a acidentes.
O contacto com o líquido pode causar queimaduras na pele e no interior dos órgãos (boca,
língua, traqueia).
O uso por longos períodos pode trazer lesões permanentes para o cérebro, entre elas a
demência.
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

5.10. Alucinogénios

Os alucinogénios são uma classe diversa quimicamente, mas


caracterizada pela capacidade de produzir distorções nas
sensações e por alterar marcadamente o humor e os processos
cognitivos.
Incluem substâncias de uma grande variedade de fontes
naturais e sintéticas e são estruturalmente diferentes (Jacobs e
Fehr,1987).
O nome alucinogénio faz referência às propriedades dessas
drogas de produzir alucinações. Entretanto, as alucinações não são o único efeito causado por
elas e quase sempre ocorrem apenas em doses muito altas.
As alucinações são mais frequentemente visuais, porém podem afectar qualquer um dos
sentidos, assim como a percepção individual de tempo, do mundo e de si mesmo.
Os efeitos subjectivos variam grandemente entre indivíduos.

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
Os alucinogénios são divididos em classes com bases em similaridades
estruturais das drogas. Uma classe é relacionada ao LSD, são as
indolealquilaminas que são estruturalmente similares ao
neurotransmissor serotonina. Esse grupo inclui o LSA (ácido d-
lisérgico amina, encontrado nas sementes de diversas variedades de
morning glory), psilocibina e dimetiltriptamina (DMT).
Para visualizar e
Estes três últimos compostos ocorrem todos naturalmente.
reflectir:
Um outro grupo de alucinogénios consiste nas drogas feniletilaminas,
Visualize por favor o
das quais a mescalina, a metilenodioxianfetamina (MDA) e a MDMA
seguinte vídeo, que se
são os membros mais populares. encontra associado ao
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

tema do manual.
A MDMA, ou ecstasy, foi considerada separadamente neste capítulo
por causa do seu uso disseminado e popularidade actual. A
parametoxianfetamina (PMA), 2,5-dimetoxi-4-metilanfetamina (DOM)
e a trimetoxianfetamina (TMA) são outros membros deste grupo.
Estas drogas relacionam-se estruturalmente de maneira próxima às
anfetaminas.
A fenciclidina (PCP) e a cetamina são anestésicos dissociativos que
pertencem à família das drogas arilcicloalquilaminas e actuam nos
receptores de glutamato.
Finalmente, existe a família atropínica que inclui atropina, Vídeo
escopolamina e hiosciamina. São encontradas naturalmente em Drogas LSD
várias espécies de batatas. Também são encontradas na Atropa
belladonna (deadly nightshade), Datura stramonium (jimsonweed) e
outras espécies.
Para visualização do
A cannabis também é classificada como um alucinogénio, mas foi vídeo basta fazer click
considerada separadamente neste manual (capítulo 5.7. na imagem.

Canabinóides). Necessita de estar


ligado à internet.
Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal
Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
5.10.1. LSD

O LSD é talvez a mais activa das substâncias que agem sobre o cérebro humano: a dose é
diminuta (0,05 miligramas) e os seus efeitos, duradouros (4 a 10 horas).
Os efeitos aparecem cerca de 30 minutos após a absorção sublingual.
Há alterações na percepção, principalmente de carácter visual e auditivo, além da aceleração e
desorganização do pensamento (ideias soltas e perda do foco do pensamento).
O humor torna-se lábil, isto é, pode variar de situações de grande euforia a quadros de extremo
mal-estar, marcados por tristeza e medo.
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

Falhas na avaliação da realidade, por vezes podem produzir sintomas paranóides (ideias de
perseguição), usualmente momentâneos e restritos ao período da intoxicação.
Apesar da denominação, os alucinogénios raramente produzem alucinações (imagem sem
objecto), mas sim ilusões (distorções perceptivas de um objecto real).
Tais ilusões (visuais, auditivas, tácteis,…) tendem a misturarem-se, num fenómeno
denominado sinestesia (mistura de sensações).

Riscos para a saúde

Podem acontecer 'viagens de horror' (bad trips), marcadas por pânico e paranóia;
Interpretações incorrectas da realidade podem levar a acidentes, algumas vezes fatais;
O LSD pode desencadear quadros psicóticos permanentes em pessoas predispostas a
essas doenças;
Indivíduos predispostos podem evoluir com transtornos esquizofreniformes.

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
5.10.2. Ecstasy
O ecstasy ou 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA) é
uma anfetamina sintética, também conhecida como XTC, E,
Adam, MDM ou droga do amor (Shaper,1996).
Pode ser classificado como psicoestimulante e pertence ao
mesmo grupo da cocaína e das anfetaminas, uma vez que os
seus efeitos agudos são similares aos dessas substâncias. Para visualizar e
reflectir:

Visualize por favor o


O ecstasy é classificado como alucinogénio em razão do seguinte vídeo, que se
seu potencial de causar alucinações, se utilizado em doses encontra associado ao
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

extremamente altas tema do manual.


(American Psychiatric Association, 1994; WHO, 2001).

Como os efeitos subjectivos da MDMA em humanos não são


os mesmos, produzidos pela dietilamida do ácido lisérgico
(LSD) e como a droga não apresenta estrutura ou actividade
farmacológica similar aos alucinogénios, o termo
entactogénios, que significa entrar em contacto consigo
mesmo (Nichols, 1986; Morgan, 2000), foi proposto para
definir uma nova Vídeo
classe farmacológica.
Drogas Éxtasis
O uso de ecstasy foi recentemente associado com a moda
global de festas para dançar (ou raves) e música techno
(WHO, 2001).
Os efeitos psicoestimulantes da MDMA são observados 20 a Para visualização do
vídeo basta fazer click
60min após a ingestão oral de doses moderadas (50 a na imagem.
125mg) de ecstasy e dura de 2 a 4h (Grispoon e Bakalar,
Necessita de estar
ligado à internet.
Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal
Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
1986).
O pico dos níveis plasmáticos de ecstasy ocorre 2h após a administração oral e apenas níveis
residuais são encontrados após 24h da última dose (Verebey, Alrazi e Jafre, 1988; Cami et al.,
1997).
A MDMA tem um perfil farmacocinético não linear: o consumo de doses elevadas da
substância pode produzir elevação desproporcional nos níveis plasmáticos de ecstasy (Cami et
al., 1997; De la Torre et al., 2000).
A MDMA distribui-se amplamente, cruzando membranas com facilidade, assim como a barreira
hematoencefálica. A sua eliminação depende parcialmente do metabolismo pelo fígado, entre
3 e 7% são convertidos para a substância activa metilenodioxianfetamina (MDA), 28% são
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

biotransformados para outros metabólitos e cerca de 65% eliminados sem modificação pelos
rins (Verebey,Alrazi e Jafre, 1988; Cami et al., 1997).

A meia-vida do ecstasy no plasma é de 7,6h. Esta informação é relevante para o tratamento de


intoxicações: seis a oito meias-vidas são necessárias para a eliminação completa do ecstasy,
dando um tempo total de cerca de 48h para a droga ser completamente eliminada.

24h é o tempo estimado de tratamento intensivo necessário, para pacientes intoxicados que
tenham tomado poucas cápsulas de ecstasy.

Os usuários relatam que o ecstasy é capaz de causar bem-estar, conforto, empatia e conecção
com os outros. Por outro lado, complicações como a hipertermia, desidratação, hiponatremia,
blackouts e exaustão (tendo alguns casos evoluído para a morte) já foram relatados.
As suas propriedades neurotóxicas foram sendo demonstradas ao longo dos anos noventa.
O sistema serotoninérgico, responsável pelo controlo do humor e dos impulsos, parece ser o
mais atingido e lesionado pelo consumo repetido da substância.
O ecstasy é capaz de causar dependência

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
Algumas fontes bibliográficas

Ameri A (1999) The effects of cannabinoids on the brain. Progress in Neurobiology, pp. 315-348.

Andrews CM, Lucki I (2001) Effects of cocaine on extracellular dopamine and serotonin levels in
the nucleus accumbens. Psychopharmacology (Berlin), pp. 221-229.

Carlini, Elisaldo et al. (2001) Revista IMESC “Drogas Psicotrópicas – o que são e como agem”, nº3 ;
pp. 9 – 35.
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

Consumo de substâncias entre os estudantes em 35 países europeus : resumo - relatório ESPAD


2007 / OEDT-Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência. - Luxemburgo : Serviço das
Publicações Oficiais das Comunidades Europeias, 2009.

Lima, Maria Luísa; Vinagre, Maria da Graça (2006) “Consumo de álcool, tabaco e droga em
adolescentes: experiências e julgamentos de risco” in Psicologia, Saúde & Doenças, pp. 73-81.

Royal College of Physicians (2000) Nicotine addiction in Britain: a report of the Tobacco Advisory
Group of the Royal College of Physicians. London, Royal College of Physicians.

Relatório Mundial sobre Drogas de 2009; Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime
(UNODC), 2009.

Shankaran M, Gudelsky GA (1999) A neurotoxic regimen of MDMA suppresses behavioral, thermal


and neurochemical responses to subsequent MDMA administration. Psychopharmacology, pp.66-
72.

Shulgin AT (1986) The background and chemistry of MDMA. Journal of Psychoactive Drugs,

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt
pp. 291-304.

WHO (1997) Cannabis: a health perspective and research agenda. Geneva, World Health
Organization (document WHO/MSA/PSA/97.4).

WHO (1999) Volatile solvents abuse: a global overview. Geneva, World Health Organization
(document WHO/HSC/SAB/99.7).

WHO (2001) Ecstasy: MDMA and other ring-substituted amphetamines. Geneva, World Health
Organization (document WHO/MSD/MSB/01.3) .
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70
email: geral@cognos.pt
www.cognos.pt

Você também pode gostar