Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Comeěrcio Electroěnico Eě Qualquer Negoěcio
Comeěrcio Electroěnico Eě Qualquer Negoěcio
Marketing
2
Introdução
O presente trabalho, elaborado por um grupo de estudantes de Marketing – ISCIM – 3º ano, fala
sobre o Comércio Eletrónico, concretamente sobre os seus fatores críticos de sucesso. Buscamos
mencionar o que um negócio eletrónico deve ter em conta e ter para que o seu negócio prospere
de uma forma eficiente. Claro, se para alem de identificar os pontos chaves trabalhe para
alcançar os seus objetivos.
No mesmo, procuramos abordar sobre os 3 âmbitos em que podemos encontra os fatores críticos
de sucesso: externos, organizacionais e infraestruturais.
3
O que é Comércio Eletrónico?
De uma forma simples, comércio eletrónico é qualquer negócio/transações comerciais que
implica a transferência de informação através da internet.
Importância do Comércio Eletrónico
O comércio eletrônico é atualmente um dos mais importantes fenômenos da internet em ascensão
sendo que o mesmo possibilita aos consumidores transacionarem bens e serviços eletronicamente
sem barreiras de tempo ou distância.
O comércio eletrônico surge como um importante aditivo ao modelo de negócio convencional,
ajudando a impulsionar as vendas a alcançar um público diferente. É ainda considerado uma
ferramenta de marketing na divulgação de marcas e dos produtos e serviços associados.
4
reveladora de grande apetência do consumidor pela inovação tecnológica, é insuficiente, já que o
consumo eletrónico não apela a dois atributos essenciais do fenómeno telemóvel: a necessidade
de aprovação social e a atracão pelos objetos de culto. Há que conduzir estudos que caracterizem
o comportamento cultural dos consumidores e analisem estratégias de intervenção para os vários
tipos de públicos.
Cultura do Mercado: A maior parte dos empreendedores e quadros tem dificuldade em adaptar-
se a modelos de negócio radicalmente distintos dos tradicionais. Outra parte sente-se atraída, mas
não possui conhecimentos suficientes para assegurar. A própria preparação de nível superior dos
futuros profissionais de Economia e Gestão continua a ser maioritariamente conduzida dentro
dos padrões da Velha Economia. Há que intervir na formação, a vários níveis – sensibilização,
formação contínua, formação superior. A formação contínua, dirigida aos quadros que já se
encontram no terreno, reveste-se de importância estratégica muito elevada.
Enquadramento Jurídico: Tem-se avançado, nos últimos anos, no sentido do enquadramento
jurídico das transações comerciais virtuais. Para além do reconhecimento da fatura eletrónica e
da assinatura digital, há que avançar na regulação da atividade dos prestadores de serviços de
certificação, equiparação para o comércio eletrónico dos direitos do consumidor do comércio
tradicional, proteção dos direitos de propriedade intelectual, penalização das entidades que
veiculam conteúdos ilegais ou lesivos (desacreditando o comércio eletrónico), regulamentação
transparente da gestão de nomes, redução de tarifas aduaneiras sobre as transações
internacionais, reformulação dos impostos sobre o consumo.
Logística: Sem logística não há comércio eletrónico de bens materiais. O acréscimo do mercado
eletrónico de bens materiais exige o acréscimo da logística que o suporta. Há que incentivar a
emergência de um forte mercado de logística, aos diversos níveis – desde o internacional até ao
da entrega domiciliária. A própria competitividade de comércio eletrónico de um país depende
da capacidade dos operadores de logística desse país. Na ausência de operadores a funcionar a
24x7 torna-se impossível competir com quem atua nesse regime.
Formas de pagamento: A falta de meios de pagamento eletrónico adequados constitui um dos
principais óbices à generalização do comércio eletrónico. Mesmo que asseguradas soluções de
cerificação, o recurso aos cartões de crédito tradicionais é insustentável para a generalidade dos
pequenos comerciantes, incapazes de pagar as avultadas percentagens que lhes são cobradas.
Esta limitação inibe a expansão do comércio eletrónico interno, como impede a
internacionalização que poderia garantir viabilidade a muitos dos potenciais empreendedores. É
imperioso e urgente fazer surgir alternativas.
Disponibilidade de capital: Os investimentos a efetuar são geralmente avultados e dificilmente
compatíveis com crescimentos graduais, por pequenos passos. A disponibilidade de capitais de
risco orientados para a Nova Economia tem aumentado muito, mas a insipiência do domínio cria
dificuldades tanto aos investidores como aos candidatos a financiamentos.
5
Fatores críticos organizacionais
Estratégia: Um dos traços da cultura organizacional é o da atracão pelo improviso e pelas
soluções de resultado imediato, em oposição ao sentido estratégico. A generalidade dos projetos
ligados à Nova Economia exige elevados investimentos e complexas infraestruturas
tecnológicas, que necessitam de ser harmoniosamente integradas. Nos modelos do negócio para a
Nova Economia tudo tem que ver com tudo, tanto dentro da empresa como na sua ligação com a
cadeia em que se integra. O sentido estratégico é um fator crítico incontornável para o sucesso
sustentável de um projeto de comércio eletrónico.
Tecnologia: O ponto fundamental neste é ter em mente a necessidade de escolher toda a
tecnologia por trás do e-commerce, alinhando com a estratégia do negócio. Por isso, certifique-se
de que a plataforma escolhida tem possibilidade real de oferecer crescimento e garantir
segurança na transação e disponibilidade de sua loja.
Analise cuidadosamente todas as ferramentas a serem utilizadas, sempre tendo foco em
conversão. Lembre-se antes, durante a depois do desenvolvimento da loja, que todos os
ambientes devem ser de fácil navegação;
Cultura de parceria: As evoluções mais recentes da Nova Economia orientam-se no sentido das
teias de negócio (business webs) e da elevada partilha ao longo das cadeias de valor (extended
enterprises), em forte contradição com o isolamento tradicional (win-lose). Uma empresa que
não saiba explorar estratégias de partilha é uma empresa isolada, e uma empresa isolada, na
Nova Economia, é uma empresa condenada. A cultura de parceria, e dos relacionamentos de
vantagem mútua (win-win) em que se apoia, é um fator crítico de sucesso para a generalidade
dos negócios eletrónicos de envergadura.
Marketing: O marketing em meios virtuais cria desafios e oferece potencialidades inteiramente
novos, que importa explorar com elevado profissionalismo. O sentido bidirecional e interativo
que assume transforma-o num instrumento central da estratégia de CRM (Customer Relationship
Management) usada para adquirir novos clientes, fidelizar os clientes habituais e reforçar o
negócio com eles Tem influência direta sobre a tomada de decisão, quer estratégica, quer
operacional. O sucesso do negócio – e de muitas das suas novas vertentes, como as de cross-
selling e up-selling – dependem de forma crítica do fator marketing. Ou de forma simples
elaboração dos 4P’s, estratégias de MKT, analise do ambiente e outros.
Fatores críticos organizacionais quanto a satisfação do cliente
Informação: Fornecer de forma tão instantânea quanto possível toda a informação que possa
interessar (especificações, preços, custos, garantias, condições de serviço). Facultar ferramentas
de pesquisa, focagem e filtragem da informação. Incluir informação que complemente a decisão
de compra, eventualmente respeitante a parceiros. Procurar fornecer informação que mais
ninguém fornece. Desenvolver canais distintos para audiências distintas. Grande vantagem para
quem cultivar a identificação permanente dos interesses dos clientes (registo das interações,
grupos de focagem).
6
Seleção: Facilitar ao cliente a tomada de decisão sobre as seleções que pretende fazer. Facultar
motores de pesquisa que facilitem a seleção interativa (se necessário, juntando inteligência ao
processo). Oferecer novas formas de escolha. Proporcionar opiniões de peritos. Assinalar opções
que o cliente não sabia que existiam. Promover fóruns de clientes, para o debate e propagação de
interesses. Procurar aliciar novos clientes através de parceiros e procurar estabelecer redes de
associados para diferentes sectores do mercado.
Comodidade: Manter a loja sempre aberta, adaptando-a às conveniências do consumidor. Tornar
rápidas e fáceis as tarefas demoradas e complexas, realizar tarefas que os consumidores não
querem ou não podem realizar, oferecer formas para a seleção, o pagamento e a entrega.
Fornecer a todo o momento os pormenores de evolução das transações complexas. Enfatizar a
velocidade, a simplicidade e a consistência.
Poupança: Diminuir o peso dos processos e eliminar as barreiras organizacionais, de forma a
tornar mais eficiente a cadeia de valor. Transmitir para o cliente as poupanças resultantes da
otimização da cadeia (redução dos custos de produção e distribuição, aumentos de faturação,
rentabilização de excedentes). Aproveitar a presença na Internet para automatizar ainda mais os
processos, não só ao nível do back-office, mas também do front-office, da gestão partilhada da
cadeia e da conjugação entre estas diversas componentes, transmitindo para o cliente as
poupanças resultantes.
Personalização: Fornecer aos clientes a possibilidade de configurarem os seus próprios
produtos, auxiliando-os nessa tarefa. Estabelecer os diálogos de interação na linguagem do
cliente e não em linguagem técnica. Integrar os processos de negócio de forma a agilizar a
interação com o cliente e satisfazer melhor as suas necessidades.
Auxiliar o cliente na sua aprendizagem, fornecendo-lhe apoio online. Maximizar os contactos
diretos com o cliente, reduzindo as barreiras dos intermediários.
Entretenimento: Tornar a página agradável à vista, responsiva, inteligente, bem escrita,
cativante, pessoal e ativa, adaptada a uma época de inteligência emocional. Estabelecer
relacionamentos emocionais com o visitante, recorrendo ao humor e, se oportuno, à fantasia. Não
se limitar a transmitir friamente uma mensagem – contar uma história. Recordar que os jovens
compradores dos nossos dias nasceram numa época em que as distinções entre entretenimento e
comércio não são muito distintas. Procurar que o produto seja parte da ação e que o cliente se
divirta quando faz clique.
Confiança: Eliminar as apreensões do cliente demonstrando-lhe que a Internet pode
proporcionar os mesmos altos níveis de serviço, segurança e confidencialidade que as transações
presenciais, sem perder eficiência, simplicidade e rapidez. Construir um relacionamento de
confiança duradora com o cliente, respeitando as suas ansiedades e razões, e correspondendo-
lhes com apoio personalizado sempre que a delicadeza das circunstâncias o recomende. Divulgar
7
de forma clara e facilmente visível as políticas de segurança, privacidade e confidencialidade.
Contextualizar o acesso às garantias de segurança no ato da formalização da encomenda.
Fatores críticos infraestruturais
Arquitetura do sistema de informação: A arquitetura do sistema de informação transpõe para o
sistema de informação todos os requisitos identificados a partir do modelo do negócio. Nela se
tornam claros os papéis e relacionamentos entre as diversas unidades do sistema e os atores que
com ele interagem. Destacam-se os módulos de CRM (Customer Relationship Management),
ERP (Enterprise Resource Planning), integração de aplicações e gestão de conhecimento e os
seus relacionamentos com as cadeias de oferta e de venda, o controlo administrativo e o controlo
de gestão.
Desenvolvimento de aplicações: O desenvolvimento das aplicações que constituem o sistema de
informação tende a ser profundamente distinto do tradicional. Como envolve geralmente
elevadíssima complexidade, e se pretende que entre em exploração muito rapidamente, tende a
assentar na integração de módulos distintos provenientes de diversos fabricantes. Constitui um
fator muito crítico para o sucesso do negócio, tendo em conta que a integração das aplicações
deve estar em perfeita sintonia com a integração dos processos de negócio, que devem operar
entre si como numa máquina bem oleada.
8
Fatores críticos de sucesso nas pequenas e médias empresas (PME’s)
Grandon e Pearson (2004) referem que apesar das vantagens do e-commerce, a sua adoção pelas
PME’s continua a ser limitada. Isto pode resultar do facto dos gestores de topo das PME’s não
identificarem o valor estratégico do e-commerce para o seu negócio ou da existência de barreiras
significativas à sua implementação. Em particular, estes autores propuseram três fatores
determinantes da percepção do valor estratégico do comércio eletrónico, o apoio organizacional,
a produtividade e o suporte às decisões estratégicas. Também propuseram cinco fatores
determinantes da adoção do comércio eletrónico nas PME’s, nomeadamente a capacidade
resposta da organização, a pressão externa, a compatibilidade, a facilidade de utilização
percebida, a utilidade percebida.
O estudo realizado por Grandon e Pearson (2004) permitiu obter as seguintes conclusões:
9
Conclusão
Em conclusão, facilmente se compreende que é útil e importante identificar os componentes
críticos de sucesso do modelo de negócio, dado que esses fatores têm o maior impacto sobre as
hipóteses de sucesso da empresa. Os FCS são aquelas características, condições ou variáveis que
quando devidamente sustentadas, mantidas e geridas podem ter um impacto significativo sobre o
sucesso de uma empresa. É percetível que os executivos necessitam de ter um conhecimento
sólido das potencialidades de mudança rápida da tecnologia e capacidade para comunicarem o
valor do comércio eletrónico por toda a organização. Esta adoção vai requerer uma atenção
sistemática para os processos de aprendizagem, a cultura organizacional, a infraestrutura
tecnológica e os sistemas de pensamento coletivo e individual.
Os FCS apresentados servem para um aumento da perceção e da preparação para eventuais
dificuldades e desafios. Ajudando as empresas que adotam o comércio eletrónico a focar as suas
forças naquilo que é visto como determinante para o seu sucesso, em vez de se irem deparando
com os problemas sem preparação prévia.
10
Referencias bibliográficas
Butler, A. S. (2000). Developing your company’s new e-business.
Dubelaar, C., Sohal, A., & Savic, V. (2005). Benefits, impediments and critical success factors in
B2C E-business adoption.
Grandon, E. E., & Pearson, J. M. (2004). Electronic commerce adoption: an empirical study of
small and medium US businesses.
Kalakota, R., & Robinson, M. (1999). E-Business: roadmap for success: Addison-Wesley
Norton, J. (2000). The e-business imperative.
11