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DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
PROFISSIONALIZANTE EM ECONOMIA
ii
“ANÁLISE DAS ELASTICIDADES PREÇO E RENDA
DA DEMANDA POR COMBUSTÍVEIS NO BRASIL E
DESAGREGADAS POR REGIÕES GEOGRÁFICAS”
Avaliação:
BANCA EXAMINADORA:
_________________________________________________________
Professor: OSMANI TEIXEIRA DE CARVALHO GUILLÉN
Instituição: IBMEC/RJ
_________________________________________________________
Professor: ANTÔNIO CARLOS FIORÊNCIO SOARES DA CUNHA
Instituição: IBMEC/RJ
_________________________________________________________
Professor: ANA LÚCIA VAHIA DE ABREU
Instituição: EPGE - FGV/RJ
iii
FICHA CATALOGRÁFICA
1. Microeconomia. 2. Economia.
iv
Dedicatória
À minha mãe
v
Agradecimentos
A realização deste trabalho não seria possível sem o apoio e a colaboração de pessoas que
estiveram ao meu lado em todos os momentos e que de alguma forma contribuíram de
maneira grandiosa para a finalização de uma etapa muito importante na minha vida.
À minha família devo o maior agradecimento, em especial à minha mãe pela confiança
incondicional, pelo incentivo constante e por me mostrar, desde muito cedo, a importância
da boa educação para a formação do ser humano. Ao meu irmão, meu maior exemplo, pela
revisão desta dissertação e por tudo que me ensinou até hoje. À minha tia pelo carinho e
pela presença marcante em minha vida.
Ao meu orientador, Osmani Guillén, por acreditar na qualidade deste trabalho, pelos
conselhos técnicos, pela força constante nos momentos de incerteza e pela paciência nas
horas de desânimo. Ao professor Antônio Fiorencio, pelas contribuições para a melhoria
deste trabalho.
Ao coordenador do mestrado em economia, Fernando Veloso, pela atenção que sempre me
dispensou, pelas conversas e sugestões sempre oportunas.
Aos professores do mestrado em economia, por todo o conhecimento transmitido; aos
funcionários da Secretaria e Biblioteca, pela prontidão em atender os alunos; e à turma do
mestrado, pelo prazer do convívio.
Aos colegas da Petrobras: Alexandre Carvalhido de Souza, Ana Lúcia Vahia de Abreu,
Ângelo Martarelli Filho, Carlos Edmundo Metelo Neves, Nilsilane Sant’Ana de Carvalho,
Rubens de Mello Nogueira Abdelhay, Sandra Cristina Valbom Ladeira, Tiago Almeida
Leote e à equipe do Controle e Planejamento Orçamentário do Gás e Energia pelas
contribuições teóricas e conselhos bastante pertinentes. Devo um agradecimento especial a
Lenora Maria Costa de Menezes, pelo empenho na obtenção dos dados faltantes; ao Mário
José Dias Tavares, pela ajuda na definição do tema desta dissertação, pela revisão do texto
e pelo zelo que sempre demonstrou com a minha pesquisa. Ao Paulo Roberto de Oliveira,
todo o meu agradecimento será sempre insuficiente diante de tanta generosidade e da
incessante disposição em me ajudar.
Aos funcionários da ANP: José Lopes, Guilherme Guimarães Santana, Durval de Barros e
Edson Marcello Peçanha Montez, pela colaboração para obter os dados desta pesquisa.
Aos meus queridos amigos que sempre estiveram ao meu lado e que souberam
compreender as minhas repetidas ausências. Às minhas verdadeiras amigas pelas quais
tenho tanta estima e que conviveram comigo durante toda esta fase, que souberam me
vi
“suportar” e que me deram todo o apoio de que necessitava: Ana Paula Mendes, Edilene
Ferreira, Elaine Lobo e Rosimeire Pontes.
A todos já citados e àqueles que por ventura não foram mencionados, meu sincero e
profundo agradecimento.
vii
Resumo
viii
Abstract
The two oil crisis occurred in 1973 and 1979 showed the need for researching energy
sources to substitute the petroleum, the energy resource most consumed in the world, so
essential to productive process, however so vulnerable to strong oscillations in price, as
the importance of having a conscience related to the subject of the finitude of natural
resources.
Facing the problem of the finitude of oil reserves and the substitution of fuels, this
research aims to analyze price and income elasticities and cross elasticity among the
energetic products in Brazil and in its geographical areas, with the intention to verify
geographical differences among fuels and to analyze the need of substitution of some
energy source, regarding the reduction of a possible shortage of some of those sources
in a compatible way with the available reserves in the country.
To accomplish the proposed objective of this research, the methodology suggested by
Engle and Granger (1987), that consists of the cointegration method and the model of
error correction, was adopted to calculate the elasticities of short and of long terms of
the demand for fuels in two models: aggregated to Brazil and disaggregated by
geographical areas.
The results showed that Brazil has great regional differences concerning the energy
subject. Besides the results of other fuels, most of the models showed that the demand
for natural gas is inelastic in relation to price, for the current prices of the energy ones,
and income and that this is presenting a crescent growth. Before that, it is important to
define politics that take into consideration the energy profile of each Brazilian area.
ix
Lista de Figuras
x
Lista de Tabelas
xi
Tabela 23 – Teste para Verificar a Estacionariedade das Variáveis no Modelo
87
Desagregado – Região Sudeste
Tabela 24 – Teste de Estacionariedade dos Resíduos – Região Sudeste 88
Tabela 25 – Resultados das Regressões de Cointegração do Modelo Particular –
89
Região Sudeste
Tabela 26 – Resultados dos Modelos de Correção de Erro – Região Sudeste 94
Tabela 27 – Teste para Verificar a Estacionariedade das Variáveis no Modelo
98
Desagregado – Região Sul
Tabela 28 – Teste de Estacionariedade dos Resíduos – Região Sul 99
Tabela 29 – Resultados das Regressões de Cointegração do Modelo Particular –
100
Região Sul
Tabela 30 – Resultados dos Modelos de Correção de Erro – Região Sul 105
xii
Lista de Abreviaturas
xiii
PIB – Produto Interno Bruto
PIS – Programa de Integração Social
TEP – Toneladas Equivalentes de Petróleo
xiv
Sumário
1. Introdução 1
2. História da Energia no Brasil 4
2.1. Análise dos Combustíveis Selecionados 11
2.1.1. Álcool 11
2.1.2. Gasolina 13
2.1.3. Óleo Diesel 15
2.1.4. Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) 17
2.1.5. Óleo Combustível 20
2.1.6. Gás Natural 22
2.2. Contribuição dos Combustíveis às Variáveis de Produção 27
3. Revisão da Literatura 28
4. Metodologia 31
4.1. Dados 31
4.2. Os Modelos 33
4.2.1. Modelo Agregado 33
4.2.2. Modelo Desagregado por Região Geográfica 34
4.3. Estimação 35
5. Resultados 38
5.1. Resumo dos Principais Resultados para o Nível Nacional 40
5.2. Resultados Detalhados para o Nível Nacional 41
5.3. Resumo dos Principais Resultados para o Nível Regional 54
5.4. Resultados Detalhados para o Nível Regional 56
5.4.1. Região Centro-Oeste 56
5.4.2. Região Nordeste 68
5.4.3. Região Norte 78
5.4.4. Região Sudeste 87
5.4.5. Região Sul 98
6. Conclusões e Análises das Implicações 109
7. Bibliografia 114
Anexo A – Contribuição Percentual e Monetária do Setor de Petróleo ao PIB 118
xv
Anexo B – Detalhes do Cálculo da Elasticidade 119
Anexo C – Resultados da Regressão de Cointegração do Modelo Geral – Brasil 120
Anexo D – Resultados da Regressão de Cointegração do Modelo Geral – Região
122
Centro-Oeste
Anexo E – Resultados da Regressão de Cointegração do Modelo Geral – Região
124
Nordeste
Anexo F – Resultados da Regressão de Cointegração do Modelo Geral – Região
126
Norte
Anexo G – Resultados da Regressão de Cointegração do Modelo Geral – Região
128
Sudeste
Anexo H – Resultados da Regressão de Cointegração do Modelo Geral – Região
130
Sul
Anexo I – Resultados da Regressão de Cointegração do Modelo Particular –
132
Brasil
Anexo J – Resultados da Regressão de Cointegração do Modelo Particular –
135
Região Centro-Oeste
Anexo K – Resultados da Regressão de Cointegração do Modelo Particular –
138
Região Nordeste
Anexo L – Resultados da Regressão de Cointegração do Modelo Particular –
140
Região Norte
Anexo M – Resultados da Regressão de Cointegração do Modelo Particular –
142
Região Sudeste
Anexo N– Resultados da Regressão de Cointegração do Modelo Particular –
145
Região Sul
xvi
1. Introdução
1
Balanço Energético Nacional 2006. Resultados Preliminares – Ano Base 2005.
1
Para realizar estes objetivos, serão calculadas as elasticidades preço e renda da demanda
por combustíveis (parâmetro que mede como a demanda responde ao preço e à renda)
para observar como esta varia nas cinco regiões brasileiras e a elasticidade cruzada entre
dois combustíveis para analisar o efeito substituição.
Serão examinados seis diferentes tipos de combustíveis: álcool hidratado, óleo diesel,
gasolina C, gás liquefeito de petróleo (GLP), óleo combustível e gás natural em um
modelo agregado para o Brasil e em modelos desagregados por regiões: Centro-Oeste,
Nordeste, Norte, Sudeste e Sul. Para realizar o cálculo da elasticidade renda será
utilizada a série da Produção Industrial do Brasil como uma proxy da variável Produto
Interno Bruto (PIB).
O período escolhido para esta análise será de janeiro de 2002 a junho de 2006 – em
bases mensais – em função da disponibilidade dos dados. Os cálculos das elasticidades
serão feitos através de testes econométricos e o software escolhido foi o E-Views versão
4.1.
A teoria econômica diz que a demanda por um bem depende do seu preço, assim como
da renda do consumidor e do preço de outros bens. A elasticidade é a medida de
sensibilidade de uma variável em relação à outra. Mais especificamente, a elasticidade é
a variação percentual que ocorrerá em uma variável em resposta à variação de 1% em
outra variável (PINDYCK, 1996). A demanda é elástica se um bem tiver elasticidade
maior do que 1 em valor absoluto. Quando a elasticidade for menor do que 1 em valor
absoluto, o bem tem uma demanda inelástica. Também se pode dizer que a demanda
elástica é aquela em que a quantidade demandada é muito sensível às variações do preço
e, por outro lado, na demanda inelástica a quantidade demandada é insensível às
variações do preço.
Dando continuidade à teoria econômica, pode-se analisar a elasticidade em função de
quantos substitutos o bem possui, ou seja, se a curva de demanda de um bem é muito
sensível às suas variações de preço, provavelmente este bem possui muitos substitutos
próximos. Pela mesma lógica, se um bem tiver poucos substitutos próximos é provável
que sua demanda seja bastante inelástica.
A elasticidade preço da demanda é definida como a variação percentual na quantidade
demandada pela variação percentual no preço. A elasticidade renda da demanda, por sua
vez, pode ser explicada como a variação percentual na quantidade demandada pela
variação percentual na renda.
2
A elasticidade cruzada da demanda é definida como a variação percentual na quantidade
demandada por um bem X resultante da variação de 1% no preço do bem Y. Sendo
assim, quando a elasticidade cruzada da demanda é positiva, os bens são classificados
como substitutos e quando a elasticidade cruzada é negativa, os bens são ditos
complementares.
De modo a desenvolver o que foi proposto anteriormente, a presente dissertação se
divide em sete capítulos, considerando esta Introdução.
No capítulo 2 será descrita a história da energia no Brasil e serão analisados o
comportamento da demanda, do preço e da produção e a utilização de cada combustível
considerado nesta dissertação.
No capítulo 3 será feita a revisão da literatura, destacando a metodologia adotada pelos
principais autores no que se refere ao estudo da demanda por combustíveis no Brasil e
em outros países do mundo.
No capítulo 4, encontra-se o detalhamento da metodologia utilizada, com a descrição
dos dados, descrição dos modelos para o Brasil e para cada região brasileira e a
estimação realizada para os modelos agregado e desagregado.
No capítulo 5 serão detalhados os resultados de todos os modelos utilizados nesta
pesquisa para o Brasil e por regiões geográficas.
No capítulo 6, tem-se a conclusão desta pesquisa assim como uma análise generalizada
dos resultados encontrados.
Por fim, no capítulo 7 encontra-se a bibliografia utilizada e nos capítulos seguintes, os
anexos.
3
2. História da Energia no Brasil
Este capítulo tem como objetivo traçar um histórico da energia no Brasil, enfatizando as
variáveis relevantes para a consecução dos modelos estudados no capítulo 4.
A história da energia remonta a Aristóteles, embora o seu conceito seja moderno. Quase
tão rapidamente quanto foi formulado seu conceito, a energia se tornou uma das
principais fontes de poder.
Em 1859, data considerada como marco inicial da indústria moderna do petróleo, Edwin
Drake, em Titusville, Estados Unidos, furou o primeiro poço de petróleo, a 21 metros de
profundidade, e a extração do combustível ganhou uma escala que a fez passar de uma
atividade artesanal para a condição de grande indústria.
No Brasil, a primeira usina hidrelétrica foi construída em 18832, para uma companhia
de mineração de Diamantina, Minas Gerais. Nesse mesmo ano, também se iniciaram as
instalações públicas de luz elétrica na cidade de Campos, Rio de Janeiro, poucos meses
depois da inauguração do serviço pioneiro de distribuição de eletricidade e iluminação
por cabos aéreos. Dada a abundância de energia hidráulica no Brasil, o custo da
eletricidade se tornava bem menor do que do carvão importado. A indústria, que entre
1890 e 1909 atravessou um crescimento explosivo, aderiu rapidamente à nova opção. A
rápida expansão urbana também estimulou o uso de eletricidade para iluminação e
transporte público (SADER, 2006).
A evolução da indústria do petróleo e gás natural no Brasil pode ser dividida em dois
momentos: o primeiro, quando da criação da Petrobras3 em 1953 e o segundo, na
promulgação da Lei no 9.478, de 06 de agosto de 1997, conhecida como a Lei do
Petróleo.
O governo de Juscelino Kubitschek (1955) foi marcado pelo crescimento econômico e
pela plena consciência que possuía a respeito da energia como ferramenta essencial do
2
Um ano antes (1882) foi inaugurada a primeira hidrelétrica do mundo em Wisconsin, Estados Unidos.
3
Em 03 de outubro de 1953, o presidente Getúlio Vargas assinou a Lei 2.004, que estabelecia o monopólio da União
sobre as atividades da indústria de petróleo no país e autorizava a criação da Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras)
como empresa estatal executora desse monopólio. Em 1954, a Petrobras iniciava suas atividades com um acervo de
ativos do antigo Conselho Nacional de Petróleo (CNP). A produção era de 2.700 barris de petróleo por dia, o que
representava 27% do consumo brasileiro.
4
desenvolvimento nacional. O percentual investido apenas em hidrelétricas atingiu o
montante de 43,4% do total investido na consecução do seu plano de metas4.
Além dos altos investimentos em hidrelétricas, Juscelino Kubitschek se apercebeu que o
desenvolvimento da indústria automobilística no país só seria possível se houvesse um
aumento substancial na produção e refino de petróleo, além da implementação de uma
imensa malha rodoviária.
A produção própria de petróleo passou de 6 mil barris diários, no início do governo JK,
para 120 mil barris diários, tão-somente cinco anos depois. Por outro lado, no mesmo
período, a capacidade própria de refino dobrou, passando de 108 mil barris diários para
218 mil. Além disso, a malha viária do país passou de 23 mil quilômetros para 46 mil,
com a inclusão das novas rodovias.
Na década de 60, a Petrobras instituiu uma política de construção e ampliação das
refinarias de maneira a aumentar o volume de derivados processados em território
nacional. Tal política representou uma redução nas importações de derivados da ordem
de 86,70%, passando de 8,8 milhões m3 de derivados importados na década de 50 para
1,17 milhões m3 na década de 60.
Até meados dos anos 70, o petróleo constituiu-se no principal energético utilizado no
país. Pela figura 1 a seguir, observa-se o aumento de mais de 16.000 vezes no consumo
aparente5 de petróleo bruto (passando de 3 mil m3 para, aproximadamente, 49.000 mil
m3), nos períodos entre 1935 e 1975. Neste mesmo período, a importação representava a
maior parte do petróleo consumido; a extração só teve início em 1939 e a exportação do
petróleo ocorreu entre os anos de 1958 e 1963 e a partir de 1970.
A maior crise energética mundial se deu na gestão do presidente Ernesto Geisel
(1974/79), após a formação de um cartel (OPEP) pelos países árabes. Em 1973 os
preços do barril do petróleo dispararam de US$ 3,29 para US$ 11,58 e, novamente,
houve um repique em 1979, com outro salto no preço do barril de US$ 14 para US$
31,62, conforme figura 2 a seguir.
A crise econômica – resultado da combinação do fim da conversibilidade do dólar em
ouro e dos acordos cambiais e financeiros internacionais do pós-guerra (Bretton Woods)
com a alta do preço do petróleo – fez com que o mundo capitalista tomasse uma súbita
4
Esse percentual considera o total investido nas 30 metas inicialmente previstas, excetuando no seu cômputo global a
chamada meta-síntese, que seria a construção de Brasília (FILHO, 2003).
5
O conceito de consumo aparente é caracterizado por: produção nacional + importações – exportações.
5
consciência da finitude dos recursos naturais e do perigo de perder o controle de seus
mercados (SADER, 2006).
Fonte: Elaboração própria com base em Estatísticas Históricas do Brasil: séries econômicas,
demográficas e sociais de 1950 a 1988. IBGE, 1990.
Diante dessas crises, o então presidente Geisel buscou alternativas internas para superar
a notória deficiência do petróleo. Nessa linha, tomou três medidas básicas relacionadas
à hidroeletricidade, ao petróleo e ao Pró-Álcool. Aumentou maciçamente o investimento
em novas hidrelétricas, a fim de que, aumentando a geração de eletricidade pudesse
trocar o uso do consumo dos derivados do petróleo por eletricidade. De outro lado, a
produção nacional de petróleo viveu, também, grande desenvolvimento, graças a
vultosos investimentos em prospecção e exploração, que permitiram à Petrobras a
aplicação de tecnologia pioneira no mundo de extração de petróleo em águas profundas,
com lâminas d’água6 de mais de 1.000 metros. Disto resultou o aumento do volume
medido, ou seja, pronto para ser tecnicamente explorado, das reservas nacionais de
petróleo, de 283 milhões de m3 em 1979 para 2,35 bilhões de m3 em 2004. Nesse
mesmo período, a produção de petróleo passou de 170 mil barris por dia para 1.541 mil
6
Lâmina d’água é a distância entre a superfície da água e o fundo do mar.
6
barris por dia, incluindo líquido de gás natural (LGN). E a maior de todos as medidas
foi o Pró-Álcool7, conhecido como o maior projeto alternativo de energia do mundo.
Este projeto, criado em 1975 pelo decreto no 76.593, tinha como objetivo substituir
parte da gasolina utilizada na frota nacional de veículos de passageiros e, ainda, utilizar
o álcool como aditivo à gasolina (álcool anidro), tornando menos poluente a sua
combustão. A produção de álcool, que de 1970 a 1975 permaneceu abaixo de 700 mil
m3, passou a 2,85 milhões de m3 em 1979 e em 1997 registrou um recorde de 15,5
milhões de m3, nível máximo atingido.
7
Além do Pró-Álcool, o presidente Geisel tentou implantar o Pró-Óleo, que substituiria o óleo combustível por óleo
vegetal, de produção interna, o que representaria a plena independência do Brasil na área de petróleo.
7
Nota: (1) Não inclui Líquido de Gás Natural
(2) Inclui condensados de Nafta e LGN importado
Fonte: Elaboração própria com base em ANP, 2004.
Uma nova era para o setor do petróleo no Brasil foi iniciada em 06/08/97, com o início
da vigência da Lei no 9.478/97. Até agosto de 1997, a Petrobras detinha o monopólio na
área do petróleo no Brasil. Com a quebra do monopólio, o mercado brasileiro abriu suas
portas para o capital estrangeiro e cerca de 35 empresas se instalaram no país.
O fim do monopólio, determinado pela Lei do Petróleo, instituiu não apenas um
conjunto de mudanças de caráter técnico-administrativo, mas uma redefinição no papel
do Estado. De provedor e produtor, o Estado passou para regulador e fiscalizador. Para
atuar nesse novo papel foi criada a Agência Nacional do Petróleo (ANP), um órgão
vinculado ao Ministério de Minas e Energia, que passou a regular e fiscalizar a indústria
do petróleo no Brasil.
Neste período de abertura das atividades da indústria petrolífera no Brasil à iniciativa
privada, a Petrobras superou a marca histórica de 1 milhão de barris produzidos por dia.
Em 1999, ela quebrou o recorde mundial de produção offshore, no campo de Roncador,
na Bacia de Campos, produzindo a 1.853 metros de profundidade.
8
Devido aos constantes recordes no volume produzido, o Brasil conseguiu passar da 18a
posição em 2001 para a 16a posição em 2002 no ranking mundial de produtores de
petróleo8. Com relação às reservas totais de petróleo, foram contabilizados, no final do
ano 2002, 13,1 bilhões de barris, mantendo uma taxa de crescimento médio nos últimos
10 anos de 7,1%. As reservas provadas no referido ano correspondem a 9,8 bilhões de
barris (volume 15,4% superior ao registrado em 2001), representando 75% das reservas
totais, como pode ser vista na figura 4. Com isso, o Brasil alcançou a 15a posição no
ranking mundial quanto às reservas provadas de petróleo, avançando uma posição em
relação ao ano anterior (ANP, 2003).
Fonte: Elaboração própria com base em Boletins Anuais de Reservas ANP/SDP, conforme a
Portaria ANP no 9/00, a partir de 1999; Petrobras /SERPLAN, para os anos anteriores.
Notas: 1- Reservas em 03/12 dos anos de referência.
2- Inclui condensado.
8
A Arábia Saudita permaneceu sendo o maior produtor de petróleo do mundo, extraindo uma média de 8,7 milhões
de barris por dia.
9
natural na plataforma continental brasileira, na Bacia de Santos. Foram identificadas
novas províncias petrolíferas de óleo leve no Espírito Santo e em Sergipe, com alto
potencial de exploração e produção.
Em 19 de dezembro de 2005, a Petrobras alcançou a produção recorde de 1.875.425
barris de petróleo por dia. O ano de 2006 marca a auto-suficiência sustentável do Brasil
na produção de petróleo. Com o início das operações do FPSO (Floating Production
Storage Offloading) P-50 no campo gigante9 de Albacora Leste, no Norte da Bacia de
Campos (RJ), a Petrobras alcançará até o final deste ano a marca de 2 milhões de barris
por dia, o suficiente para cobrir o consumo do mercado interno, de 1,8 milhões de barris
diários.
A segunda metade da década de 90 foi marcada por grandes avanços no setor de
petróleo e gás natural, decorrente do aumento nos investimentos na área de exploração e
produção, que proporcionaram aumentos consideráveis no volume de reservas e
produção de petróleo.
9
São considerados campos gigantes aqueles com reservas superiores a 500 milhões de barris.
10
2.1. Análise dos Combustíveis Selecionados
Neste capítulo serão feitas breves análises a respeito de cada combustível utilizado nesta
pesquisa, demonstrando a importância de cada um deles para a matriz energética
brasileira.
2.1.1. Álcool
11
Figura 5 – Evolução das Vendas de Álcool por Região (2002-2005)
Nordeste
Norte
3
3 Mil m
Mil m
Centro-Oeste
3
Mil m
S ul S udeste
Mil m3 Mil m3
12
A partir de 2003 aumentou a participação do álcool no setor de transportes com os
automóveis do tipo flex fuel, sendo possível a utilização do álcool hidratado ou gasolina,
tecnologia que proporciona economia, já que com esse tipo de motor pode-se optar pelo
combustível mais barato.
A produção do álcool em 2004 cresceu 20% em relação ao ano anterior e o consumo
total apresentou um crescimento de 26%, também em relação ao mesmo período, fato
que pode ser explicado pelo menor nível de preços do álcool hidratado em relação à
gasolina.
Esses dados podem ser analisados pela tabela 1 abaixo.
Importação 64 118 0 0 0
2.1.2. Gasolina
10
Ciclo Otto é um ciclo termodinâmico utilizado em motores, no qual a explosão se dá a partir da ocorrência de uma
centelha. Foi definido por Beau de Rochas e implementado com sucesso pelo engenheiro alemão Nikolaus Otto em
1876 e, posteriormente por Étienne Lenoir e Rudolf Diesel. Utiliza como combustível gasolina, álcool ou sua mistura.
13
No Brasil existem vários tipos11 de gasolina e neste estudo está sendo analisada a
gasolina do tipo C, que é a gasolina constituída de uma mistura de gasolina A e álcool
etílico anidro combustível.
Analisando a tabela 2, observa-se uma queda no consumo de gasolina no ano de 2002,
em parte explicada pela substituição da gasolina pelo álcool e também em função das
condições desfavoráveis do crédito e do cenário de instabilidade econômica que vivia o
país, que impactaram fortemente o desempenho do ramo automotivo.
11
Os tipos de gasolina comercializados no Brasil são: gasolina do tipo A (73 octanas – gasolina amarela), do tipo B
(82 octanas* – gasolina azul), do tipo C (76 octanas – gasolina + álcool) e gasolina verde (cujo NO é igual a 110/130)
e é somente utilizada na aeronáutica.
* O combustível é classificado segundo seu poder antidetonante, em número de octanagem (NO). Quanto maior for o
“NO”, mais antidetonante será o combustível e, conseqüentemente, maior será a sua capacidade de suportar as altas
compressões sem sofrer a detonação.
14
Figura 6 – Evolução das Vendas de Gasolina por Região (2002-2005)
Norte Nordeste
Mil m
3
Mil m 3
Centro-Oeste
3
Mil m
S ul S u de ste
Mil m 3 Mil m 3
15
para automotivo (ônibus, veículos utilitários), como combustível para geração de
energia elétrica.
O maior uso do óleo diesel se dá no setor de transporte (média de 81,6% de 2000 a
2004), seguido do setor agropecuário (média de 15,3%) e do setor industrial (média de
1,9%). O consumo de óleo diesel vem aumentando ao longo dos anos, com a
importação representando 16% desse consumo total em 2000 (vide tabela 3). Como dito
acima, o setor de transportes representa a maior parcela deste consumo. Desta forma,
estão surgindo iniciativas no sentido de reduzir o nível de utilização do óleo diesel,
devido aos impactos ambientais decorrentes da emissão de gases de efeito estufa e
causadores da chuva ácida e também à tendência inevitável de esgotamento das reservas
mundiais de petróleo.
Diversas tecnologias foram desenvolvidas visando encontrar combustíveis alternativos
em substituição ao diesel, entre as quais encontra-se o biodiesel. Proveniente da
biomassa, o “diesel natural”, como também é chamado, é considerado um combustível
de queima limpa e pode ser usado para alimentar motores ou com a finalidade de
geração de energia elétrica (bioeletricidade).
16
As vendas de óleo diesel em 2005 permaneceram praticamente estáveis em relação a
2004, apresentando uma pequena queda de 0,21%. A participação das regiões nas
vendas repete o comportamento dos combustíveis analisados anteriormente, tendo a
região Sudeste a maior participação (44% de 2002 a 2005), seguida da região Sul (21%)
e das regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte (totalizando 35%), conforme figura 7.
Norte Nordeste
3
Mil m3 Mil m
Centro-Oeste
3
Mil m
S ul S udeste
3 3
Mil m Mil m
17
Quando proveniente do gás natural é constituído pelos hidrocarbonetos propano e
butano. No caso de ser extraído nas refinarias a partir do petróleo, o GLP é composto
também de propeno e buteno.
O GLP é utilizado no Brasil principalmente como combustível doméstico em fogões e
aquecedores de água, aplicação esta estimada em mais de 90% da demanda energética
brasileira12. Na indústria é utilizado principalmente em processos que requeiram queima
praticamente isenta de impurezas, onde os gases de combustão tenham contato direto
com o produto ou em áreas com limitações de emissões para a atmosfera. Pode ser
queimado em motores de combustão interna, ciclo Otto, devido à boa octanagem e
baixas emissões. Também é utilizado na petroquímica para a produção de borrachas e
polímeros.
O consumo residencial do GLP apresentou sucessivas quedas desde 2000, invertendo a
situação em 2004 quando mostrou um pequeno crescimento de 2,1% (vide tabela 4).
Essas baixas performances podem ser justificadas pelos aumentos dos preços acima das
taxas de inflação e a perda do poder aquisitivo das famílias. A queda no consumo é
também indicativo do avanço do gás natural, tanto no uso residencial como industrial, e
do retorno do consumo de lenha em domicílios, como mostra a figura 8.
103 tep
9.000
8.000
7.000
6.000
5.000
4.000
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Lenha GLP
12
A forma de comercialização mais comum é a de engarrafamento em botijões de 13 kg de gás.
18
Tabela 4 – Dados do GLP (103 m3)
Setor Energético 75 6 17 67 75
Agropecuário 26 35 32 29 33
19
Figura 9 – Evolução das Vendas de GLP por Região (2002-2005)
Norte Nordeste
3 3
Mil m Mil m
Centro-O este
3
Mil m
S ul S udeste
3 3
Mil m Mil m
20
O óleo combustível há vários anos vem sendo substituído por fontes de energia mais
limpas, como o gás natural. Em 2004, o consumo industrial de 4.615 mil m3 manteve a
tendência declinante (-12,7%), fato que se repete desde 1997, quando o consumo foi de
9.423 mil m3, como se observa na tabela 5.
Importação 71 13 59 93 130
A maior parte das vendas de óleo combustível se dá na região Sudeste (54% de 2002-
2005); seguida da região Norte (17%) e da região Sul (12%). As regiões Nordeste e
Centro-Oeste possuem a menor participação, 10% e 6% respectivamente, como mostra
figura 10.
21
Figura 10 – Evolução das Vendas de Óleo Combustível por Região (2002-2005)
Norte Nordeste
Mil m3 Mil m
3
Centro-Oeste
3
Mil m
S ul S udeste
3 3
Mil m Mil m
c
951 792 4.588 3.316 2.670 2.586
645 610
O gás natural (GN) é definido como uma mistura de hidrocarbonetos parafínicos leves,
contendo predominantemente metano, etano, propano, que à temperatura ambiente e
pressão atmosférica permanece no estado gasoso. Ele é produzido muitas vezes
juntamente com o petróleo, através da extração nas bacias sedimentares da crosta
terrestre. Ao chegar à superfície ele é tratado para a remoção de impurezas, como água e
outros gases. A seguir ele é transportado por gasodutos para as zonas de consumo.
O gás natural apresenta diversas aplicações: na indústria de petróleo, através de sua
reinjeção em reservatórios, visando aumentar a recuperação de petróleo (óleo + gás), e
22
no consumo interno em substituição a outros produtos alternativos. Na indústria
petroquímica é utilizado como matéria-prima, principalmente na produção de metanol, e
na indústria de fertilizantes, para a produção de amônia e uréia. Como uso domiciliar,
pode ser usado na cocção de alimentos, em substituição ao GLP, para aquecimento de
água e climatização de ambientes, em substituição à energia elétrica. No setor de
transportes é uma opção técnica e economicamente viável de substituição do álcool e
gasolina para os veículos de passeio. Também pode ser usado em veículos pesados,
movidos a diesel. No setor energético, permite a geração de energia elétrica, a partir de
motores à combustão interna, turbinas a gás e até mesmo das recentes células a
combustível. Também é utilizado em sistemas de co-geração de energia, que é a
produção seqüencial de mais de uma forma útil de energia, a partir do mesmo
energético. Por fim, pode ser utilizado como combustível industrial/comercial na
substituição de uma variedade de outros combustíveis alternativos, como madeira,
carvão, óleo combustível, diesel, GLP, nafta e energia elétrica, tanto em indústrias,
como em comércios. Proporciona uma combustão limpa e isenta de agentes poluidores.
A participação do gás natural na matriz energética brasileira é crescente, tendo mais que
dobrado a sua participação na oferta interna de energia nos últimos anos, passando de
3,7% (1998) para 9,3% (2005) (BEN, 2006). Ocorreu um crescimento significativo do
mercado de gás natural, a partir de 2000, com a construção do gasoduto Brasil-Bolívia,
que permitiu complementar rapidamente a produção nacional e em grandes volumes.
Entretanto, o país ainda apresenta uma grande vulnerabilidade no mercado de gás
natural, em função da dependência da importação deste combustível de um único país e
em função de ainda não haver no Brasil uma infra-estrutura de gasodutos que permita a
estabilização da oferta de gás. A maior dependência boliviana acaba por elevar tanto os
riscos de falha de suprimento quanto o poder de barganha do fornecedor em
renegociações das condições do contrato de comercialização do gás com a Bolívia,
sempre visando elevar o preço da commodity importada (BNDES, 2006). A produção
de gás natural em 2004 cresceu 7,5% em relação a 2003 e as importações cresceram
60% no mesmo período (vide tabela 6). O reflexo destes aumentos recai,
principalmente, sobre os derivados de petróleo, pela substituição de óleo combustível
em maior escala e GLP na indústria e de gasolina no transporte, além de outras
substituições em menor escala.
23
Tabela 6 – Dados do Gás Natural (106 m3)
Var. Estoques, Perdas e Ajustes (*) -5.403 -5.777 -5.839 -4.906 -5.684
Em 2004, o principal uso do gás natural continuou sendo no setor industrial, com 7,6
bilhões de m3 e crescimento substancial de 13,7% em relação a 2003. Também merece
destaque o crescimento de 19% do consumo de gás natural no transporte veicular.
As reservas provadas de gás natural em 2004, de 326,1 bilhões de m3, 33% superiores
às de 2003, equivalem a 19 anos da atual produção. Para os países da OCDE13 as
reservas equivalem acerca de 14 anos de produção, enquanto que a média mundial é de
60 anos, como mostra a figura 11.
13
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE ou OECD em inglês) é uma organização
internacional dos países desenvolvidos e industrializados com os princípios da democracia representativa e da
economia de livre mercado. São 30 os estados membros da organização.
24
Fonte: ANP, 2006.
O gás natural contribuiu com 8,9% da matriz energética brasileira de 2004, aumentando
1,2% em relação a 2003. A maior participação nas vendas é da região Sudeste (64%)
seguida pela região Nordeste (21%), apresentado na figura 12. Efetivamente, trata-se de
uma fonte de energia com vigorosa penetração na estrutura produtiva do país.
25
Figura 12 – Evolução das Vendas de Gás Natural por Região (2002-2005)
Norte Nordeste
3 3
Mil m Mil m
Centro-Oeste
3
Mil m
S ul S udeste
3 3
Mil m Mil m
26
2.2. Contribuição dos Combustíveis às Variáveis de Produção
27
3. Revisão da Literatura
Na literatura econômica existem vários estudos sobre a demanda por gasolina em países
desenvolvidos e em desenvolvimento e alguns estudos sobre demanda por gás natural.
Entretanto, não foi encontrado nenhum estudo que analise a elasticidade entre mais de
dois combustíveis por região geográfica e por país, como se propõe a presente pesquisa.
Neste capítulo serão revisitados alguns desses trabalhos acadêmicos.
Balestra e Nerlove (1966) analisaram a demanda por gás natural sob dois aspectos:
dados em painel e dados em séries de tempo, com aplicação da demanda por gás natural
no mercado residencial e comercial.
O modelo desenvolvido por eles se baseou em um mecanismo dinâmico, considerando a
demanda no novo mercado de gás, isto é, com incremento da demanda por gás. O
período analisado foi de 1950 a 1962 e utilizaram dados esperados em 36 estados dos
Estados Unidos.
Os resultados obtidos sugeriram que os efeitos regionais invariáveis no tempo foram
responsáveis por aproximadamente três quartos do total da variação residual na equação
da demanda por gás. As elasticidades preço e renda de longo prazo da nova demanda de
gás foram de 0,63 e 0,62, respectivamente, no caso natural e 0,63 e 0,64 quando a taxa
de depreciação assumida era de 11%.
Bentzen (1994) desenvolveu um estudo para estimar as elasticidades de curto prazo e de
longo prazo da demanda por gasolina na Dinamarca, no período de 1948 a 1991. Ele
estudou a gasolina, porque esta apresentava uma taxa de crescimento maior no setor de
transportes da economia dinamarquesa do que outros energéticos.
Ele utilizou o método de cointegração e estimou o modelo de correção de erros. Na
equação, além das variáveis consumo de gasolina e renda real, ele incluiu outras
variáveis como, por exemplo, o estoque de veículos.
Os resultados encontrados por Bentzen apresentaram parâmetros com sinais corretos e
magnitudes esperadas. A elasticidade preço da demanda por gasolina no curto prazo foi
–0,32 e no longo prazo foi de –0,41. A elasticidade de veículos no curto prazo foi de
0,89 e no longo prazo foi de 1,04. Ele chegou à conclusão que os combustíveis para o
setor de transporte irão aumentar sua participação no consumo de óleos na Dinamarca e
o uso de energia neste setor, provavelmente continuará crescendo.
28
Dahl e Sterner (1991) estudaram a demanda por gasolina e se concentraram na análise
das elasticidades preço e renda que, segundo eles, contêm a informação básica
necessária para fazer projeções e definir políticas energéticas.
Eles desenvolveram dez modelos econométricos cujo interesse era resumir todas as
descobertas e comparar as elasticidades nas diferentes categorias de modelos e nos
diferentes tipos de dados.
Dahl e Sterner chegaram à conclusão de que a elasticidade de curto prazo não varia
muito, enquanto que a de longo prazo varia mais significativamente. Segundo seus
estudos, a elasticidade preço de curto prazo é de –0,24 e a de longo prazo é de –0,80 e a
elasticidade renda de curto prazo é de 0,45 e a de longo prazo é de 1,16.
Eltony e Mutairi (1995) desenvolveram uma pesquisa em que estimaram a demanda por
gasolina no Kuwait para o período de 1970-1989, usando o método de cointegração e o
modelo de correção de erros.
A equação estimada se baseou no modelo de demanda por gasolina de Dahl e Sterner.
Eles utilizaram dados anuais de séries de tempo para o Kuwait e estimaram as
elasticidades de curto prazo e de longo prazo da demanda por gasolina.
As conclusões às quais chegaram foram que as elasticidades preço de curto prazo e de
longo prazo representaram –0,37 e –0,46, respectivamente, indicando uma
inelasticidade da demanda; a elasticidade renda da demanda, pelo modelo de correção
dos erros, foi de 0,47 no curto prazo e de 0,92 no longo prazo, sugerindo que a resposta
do consumo de gasolina a mudanças na renda é maior no longo prazo do que no curto
prazo e que a demanda por gasolina no Kuwait continuará crescendo, com o aumento do
consumo do óleo e uso energético no setor de transportes.
Liu (1983) estimou as elasticidades preço e preço-cruzada da demanda por gás natural
nos setores residencial, comercial e industrial por regiões dos Estados Unidos. O
período analisado foi de 1967 a 1978 e ele utilizou uma variável dummy para o ano de
1973 para demonstrar o efeito do embargo do óleo.
O procedimento de estimação utilizado por Liu incluiu regressão de mínimos quadrados
e mínimos quadrados de dois estágios. As variáveis exógenas selecionadas neste estudo
compreendiam a renda e o preço do óleo importado. O modelo de consumo de gás
natural utilizado possuía uma forma reduzida, com o uso de variáveis instrumentais de
preço e o intercepto ajustado pela variável dummy de tempo.
Liu descobriu que a demanda por gás natural nos EUA no longo prazo tem uma
elasticidade preço muito maior do que no curto prazo e que os setores residencial e
29
comercial são muito mais sensíveis ao preço do que o setor industrial. Também
demonstrou existir um padrão regional em termos de consumo de gás natural:
determinadas regiões são relativamente sensíveis a menores preços tanto no curto prazo
quanto no longo prazo.
Ramanathan (1999) pesquisou a relação entre a demanda por gasolina, renda nacional e
preço da gasolina e utilizou técnicas de cointegração e o modelo de correção de erros,
em estudo desenvolvido para analisar as elasticidades de curto prazo e de longo prazo
da demanda por gasolina na Índia. O período de análise foi de 1972-1973 a 1993-1994.
O modelo econométrico utilizado por ele foi baseado em outras pesquisas que
estimaram modelos de demanda por gasolina, principalmente no modelo de Dahl e
Sterner que consideravam a renda e o preço como principais parâmetros para estimar a
demanda por este combustível.
Ramanathan chegou à conclusão que na Índia a demanda por gasolina cresce
significativamente e igualmente a um dado aumento no PIB. O aumento apresentou-se
maior no longo prazo (2.682) do que no curto prazo (1.178). A demanda por gasolina se
mostrou relativamente inelástica a mudanças no preço, tanto no longo quanto no curto
prazo. Os resultados mostraram que a demanda por gasolina na Índia tem crescido a
altas taxas, de aproximadamente 7,38% ao ano durante os últimos 15 anos.
Para o Brasil, Alves e Bueno (2003) estimaram as elasticidades preço e renda da
demanda por gasolina e a elasticidade preço cruzada entre gasolina e álcool.
Eles analisaram o comportamento de longo prazo e curto prazo da demanda por
gasolina, utilizando técnicas de cointegração e incluíram a variável preço da gasolina na
equação, permitindo estimar a elasticidade preço cruzada entre o álcool e a gasolina,
para o período de 1984 a 1999.
As conclusões a que chegaram foram que o valor estimado para a elasticidade preço
cruzada do álcool e da gasolina mostrou que os consumidores não estão muito sensíveis
a modificações no preço do combustível, até mesmo no longo prazo; que a demanda por
gasolina, mantendo todos os outros fatores constantes, mostrou-se inelástica com
respeito a mudanças no preço; e finalmente, que a tributação da gasolina poderia ser
uma boa fonte de receita tanto no curto prazo quanto no longo prazo, dada a
inelasticidade da gasolina e sua substituibilidade imperfeita com respeito ao álcool.
30
4. Metodologia
4.1. Dados
Álcool Hidratado
Volume mensal vendido pelas distribuidoras aos consumidores finais e para consumo
próprio, medido em mil m3, para o Brasil e por regiões geográficas.
Preço médio mensal aos consumidores, medido em R$/l, para o Brasil e por região
geográfica.
Fonte: ANP.
Óleo Diesel
Volume vendido mensal pelas distribuidoras aos consumidores finais e para consumo
próprio, medido em mil m3, para o Brasil e por regiões geográficas.
Preço médio mensal aos consumidores, medido em R$/l, para o Brasil e por regiões
geográficas, com inclusão de ICMS, PIS/PASEP, COFINS.
14
Os combustíveis analisados são: álcool hidratado, óleo diesel, gasolina C, GLP, óleo combustível e gás natural.
31
Fontes: ANP para dados de volumes para o Brasil e por regiões geográficas e preços por
regiões geográficas e Relatório Boletim de Preços da Petrobras para dados de preços
para o Brasil.
Gasolina C
Volume mensal vendido pelas distribuidoras aos consumidores finais e para consumo
próprio, medido em mil m3, para o Brasil e por regiões geográficas.
Preço médio mensal aos consumidores, medido em R$/l, para o Brasil e por regiões
geográficas, com inclusão de ICMS, PIS/PASEP, COFINS.
Fontes: ANP para dados de volumes para o Brasil e por regiões geográficas e preços por
regiões geográficas e Relatório Boletim de Preços da Petrobras para dados de preços
para o Brasil.
Volume mensal vendido pelas distribuidoras aos consumidores finais e para consumo
próprio, medido em mil m3, para o Brasil e por regiões geográficas.
Preço médio mensal aos consumidores, medido em R$/kg, para o Brasil e por regiões
geográficas, com inclusão de ICMS, PIS/PASEP, COFINS.
Fontes: ANP para dados de volumes para o Brasil e por regiões geográficas e preços por
regiões geográficas e Relatório Boletim de Preços da Petrobras para dados de preços
para o Brasil.
Óleo Combustível 1A
Volume mensal vendido pelas distribuidoras aos consumidores finais e para consumo
próprio, medido em mil m3, para o Brasil e por regiões geográficas.
Preço médio mensal aos consumidores, medido em R$/m3, para o Brasil e por regiões
geográficas, com inclusão de ICMS, PIS/PASEP, COFINS.
Fontes: ANP para dados de volumes para o Brasil e por regiões geográficas e Petrobras
para dados de preços para o Brasil e por regiões geográficas.
32
Gás Natural
Volume mensal vendido às distribuidoras, medido em mil m3, para o Brasil e por
regiões geográficas.
Preço médio mensal às distribuidoras, medido em R$/m3, para o Brasil e por regiões
geográficas, com inclusão de ICMS, PIS/PASEP, COFINS.
Fonte: Petrobras.
Produção Industrial
Índice de base fixa mensal sem ajuste sazonal (média de 2002 = 100) para o Brasil e por
regiões geográficas.
Fonte: Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física, IBGE.
4.2. Os Modelos
33
6
No caso do modelo em nível regional, adota-se mais uma variável que representa a
região brasileira. Desta forma, o modelo se apresenta da seguinte maneira:
Assim, a função de demanda também pode ser escrita como segue abaixo:
15
A prova de que o coeficiente representa a elasticidade encontra-se no Anexo B.
34
6
Cabe ressaltar que o índice k representa a região geográfica que está sendo analisada e,
portanto, não varia. Ou seja, cada região geográfica terá o seu conjunto de modelos.
Tomando-se o logaritmo da função 5, obtém-se:
4.3. Estimação
O método de estimação utilizado nesta pesquisa foi o método dos Mínimos Quadrados
Ordinários (MQO ou, em inglês, OLS), por se tratar de uma abordagem econométrica
conveniente para o estudo das relações entre as variáveis econômicas, usando dados de
séries de tempo.
A partir das equações (3), para o caso do modelo agregado, e (6), para o caso do modelo
desagregado, será utilizado o método de cointegração para verificar se existe uma
relação de longo prazo, ou de equilíbrio, entre as variáveis. Se as variáveis forem
cointegradas, existe uma relação de longo prazo entre elas. Além disso, a dinâmica de
curto prazo poderá ser descrita pelo modelo de correção de erros (ECM).
Como propõem Engle e Granger (1987), um importante ingrediente na análise de
sistemas cointegrados são os testes de cointegração. Primeiro, considera-se o caso da
existência de duas variáveis x e y. Inicialmente aplica-se o teste de raiz unitária para
checar se ambas as variáveis, x e y, são integradas de ordem um ou I(1). O próximo
passo será regredir y em x e considerar uˆ y ̂x , onde û representa o resíduo. Em
seguida, aplica-se o teste de raiz unitária em û . Se x e y forem cointegradas, u y x
é integrada de ordem zero ou I(0). Por outro lado, se elas não forem cointegradas, u
será I(1).
Seguindo o teste de cointegração proposto por Engle e Granger (1987), inicialmente
será verificado se as variáveis são geradas por processos estocásticos estacionários ou
35
não estacionários16. Para verificar a estacionariedade das variáveis será feito o teste de
raiz unitária. Neste teste será utilizado o tipo Dickey-Fuller aumentado (ADF) com
Akaike modificado, com o objetivo de aumentar a potência do teste17.
Também será feito o teste KPSS (Kwiatkowski-Phillips-Scmidt-Shin), que é um teste
multiplicador de Lagrange (LM).
Em seguida, será verificado se as variáveis são cointegradas (para evitar situação de
regressão espúria) e se os resíduos das regressões são I(0) ou estacionários.
Para verificar se as variáveis são cointegradas, a equação a ser estimada para o modelo
agregado será:
6
t lnVit 0 ln P
i 1
i it 7 t 8t 2 9 ln Z t (7)
6
kt lnVikt 0 ln P
i 1
i ikt 7 t 8t 2 9 ln Z kt (8)
16
Um processo aleatório ou estocástico é um conjunto de variáveis aleatórias ordenadas no tempo. Diz-se que um
processo estocástico é estacionário quando a sua média e a sua variância são constantes ao longo do tempo e quando
o valor da covariância entre dois períodos de tempo depende apenas da distância, do intervalo ou da defasagem entre
os dois períodos de tempo, e não do próprio tempo em que a covariância é calculada (GUJARATI, 2006).
17
Entende-se por potência do teste a probabilidade de rejeitar a hipótese nula quando ela é falsa. A potência de um
teste é calculada subtraindo-se de 1 a probabilidade de um erro do tipo II; o erro do tipo II é a probabilidade de aceitar
uma hipótese nula falsa. A potência máxima é 1. A maioria dos testes de raiz unitária é baseada na hipótese nula de
que a série temporal considerada tem raiz unitária; isto é, que ela é não estacionária. A hipótese alternativa é que a
série temporal é estacionária (GUJARATI, 2006).
36
6
lnVit 0 ln P
i 1
i it 7 ln Z t 8 t 1 ut (9)
6
lnVikt 0 ln P
i 1
i ikt 7 ln Z kt 8 kt 1 ut (10)
37
5. Resultados
O presente capítulo está dividido em quatro seções, sendo duas seções para cada
modelo, ou seja, o modelo agregado possui uma seção com o resumo dos principais
resultados e outra seção com os resultados detalhados. O mesmo procedimento ocorre
para o modelo desagregado, sendo uma seção correspondente ao resumo dos principais
resultados e a outra seção correspondente aos resultados detalhados.
Essa subdivisão do capítulo ocorre de maneira a facilitar a leitura. Caso o leitor queira
se colocar a par dos resumos apenas, este poderá ler as seções 5.1 e 5.3 e seguir para o
último capítulo das conclusões. Se o leitor tiver interesse em um detalhamento maior
dos resultados, poderá seguir a seqüência original do texto.
É oportuno destacar que a escolha dos modelos, tanto o agregado quanto o desagregado
por regiões geográficas, deu-se em função de alguns critérios, quais sejam, aqueles que
apresentaram maior R2 ajustado e t2 significativo. Conforme mencionado na seção 4.2.1,
as variáveis de volume apresentaram tendência e, desta forma, tornou-se necessária a
sua inclusão nos modelos. Para cada modelo foram realizadas três regressões: sem
tendência, com tendência linear e com tendências linear e quadrática. A escolha do
melhor modelo seguiu o critério de partir do modelo mais geral para o mais particular.
Sendo assim, foi analisada a significância da tendência quadrática, considerando o nível
de 10%. À medida que as tendências não apresentavam o nível de 10% de significância,
retiravam-se as tendências até chegar ao modelo que apresentava as variáveis
significativas no nível de significância mencionado.
Ressalta-se, também, que alguns modelos apresentam restrições. A construção dos
modelos se deu com base na utilização de cada combustível, como descrito no capítulo
2, verificando-se o setor da economia em que cada energético está inserido. Ou seja, o
álcool, a gasolina e o óleo diesel têm utilização no setor de transportes e o óleo
combustível, o óleo diesel, o gás natural e o GLP têm utilização nos setores industrial,
residencial e comercial. Sendo assim, não seria possível estimar um modelo entre o
álcool, a gasolina e o diesel com o gás natural18 e o GLP, porque os três primeiros
combustíveis são utilizados somente no setor de transporte, enquanto o gás natural e o
GLP não têm utilização nesse setor.
18
Cabe lembrar que o gás natural veicular não está sendo estudado nesta pesquisa e, portanto, o gás natural
considerado neste estudo não tem uso no setor de transporte.
38
Além disso, foram testados vários modelos com a combinação dos preços de todos os
combustíveis, utilizando o critério de partir da especificação mais geral para a mais
particular, para verificar os efeitos entre as variáveis. Observou-se que a inclusão dos
preços de todos os combustíveis, como sugerido no capítulo anterior, resultou em
variáveis não significativas e modelos com R2 ajustado muito baixo (vide Anexo C, para
o modelo agregado para o Brasil, e os Anexos D, E, F, G e H, para os modelos
desagregados para as regiões Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul,
respectivamente). Desta forma, as variáveis não significativas foram retiradas dos
modelos, até restarem apenas as variáveis significativas, chegando-se aos modelos
particulares, que são objeto de análise desta dissertação.
O fato de os modelos gerais (com a inclusão de todas as variáveis de preço) não
apresentarem resultados satisfatórios pode ser explicado em função de os combustíveis
apresentarem características semelhantes entre si, de modo a existir poucas variações
nos preços de um que expliquem as variações nos preços dos outros combustíveis. Deste
modo, torna-se difícil avaliar os efeitos individuais ou separados de várias combinações
de preços e daí a elaboração de modelos particulares com a combinação de dois
combustíveis de cada vez.
39
5.1. Resumo dos Principais Resultados para o Nível Nacional
Os resultados dos modelos mostram que a demanda por álcool no Brasil se apresenta
inelástica em relação ao preço, tanto no curto quanto no longo prazo. Excepcionalmente
no modelo de curto prazo, em que se analisa o álcool e a gasolina, a demanda pelo
primeiro combustível se mostrou elástica, o que significa que os consumidores são
muito sensíveis a variações no preço.
Os resultados da elasticidade cruzada evidenciaram que o diesel e a gasolina são
combustíveis substitutos do álcool, tanto para os modelos de curto prazo quanto para os
modelos de longo prazo. Embora esses tenham sido os resultados apresentados,
observa-se, na prática, que as vendas de automóveis movidos a álcool têm crescido mais
que as vendas dos automóveis movidos aos outros dois combustíveis e,
conseqüentemente, o álcool tem sido utilizado como substituto dos demais.
Nos modelos do gás natural, a demanda por esse combustível se apresentou inelástica
em relação à renda, tanto no curto quanto no longo prazo. Ressalta-se que a elasticidade
cruzada entre o gás natural e o GLP mostrou que esses combustíveis são
complementares, tanto no curto quanto no longo prazo. Esse resultado está em
desacordo com a teoria, porque o que se observa é que o gás natural vem sendo
utilizado como substituto do GLP tanto no uso residencial, para a cocção de alimentos,
quanto no uso industrial, para geração de força motriz e como matéria-prima na
indústria petroquímica.
Embora os resultados, de curto e longo prazos, dos modelos do óleo combustível com o
gás natural não tenham levado a qualquer conclusão, o que se observa é que vem sendo
incentivada a substituição do óleo combustível pelo gás natural no setor industrial.
40
5.2. Resultados Detalhados para o Nível Nacional
Nível 1a Diferença
Variáveis
ADF a KPSS b ADF a KPSS b
Preço Álcool -2.271 0.563 -2.980 0.047
Preço Óleo Diesel -2.169 0.879 -4.033 0.217
Preço Gasolina -1.073 0.852 -3.808 0.043
Preço GLP -1.562 0.901 -4.294 0.093
Preço Gás Natural -1.764 0.803 -4.228 0.172
Preço Óleo Combustível -2.910 0.702 -8.116 0.165
Produção Industrial 0.017 0.753 -4.917 0.281
Volume Álcool -0.312 0.649 -2.765 0.047
Volume Óleo Diesel -0.889 0.248 -9.186 0.082
Volume Gasolina -1.043 0.604 -11.95 0.042
Volume GLP -3.256 0.095 -13.12 0.057
Volume Gás Natural -2.892 0.922 -2.922 0.200
Volume Óleo Combustível -1.280 0.802 -10.87 0.378
Teste ADF com Akaike Modificado a partir dos valores críticos apresentados em MacKinnon (1991):
a
Teste sem tendência e com intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (-3.555 e -2.916)
Teste KPSS:
b
Teste sem tendência e com intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (0.739 e 0.463)
Os resultados apresentados na tabela 7 para as séries em nível indicam que, pelo teste
ADF, não se pode rejeitar a hipótese nula de presença de raiz unitária e, portanto, de não
estacionariedade, com exceção da série volume de GLP nos níveis de significância de
41
1% e 5%. Pelo teste KPSS, cuja hipótese nula é de estacionariedade, rejeita-se esta
hipótese para todas as séries, com exceção das variáveis volume do óleo diesel e volume
do GLP.
Os testes realizados para as séries em primeira diferença mostraram que, nos níveis de
significância de 1% e 5%, pode-se rejeitar a hipótese nula de presença de raiz unitária.
Sendo assim, todas as variáveis, em primeira diferença, apresentam a mesma ordem de
integração e são, portanto, I(1).
Após verificado que as séries são integradas de mesma ordem, o passo seguinte será
testar a relação de equilíbrio de longo prazo entre as variáveis através da estimação da
regressão de cointegração (3) apresentada na seção 4.2.1.
Se os resíduos obtidos nesta regressão, ˆt , forem estacionários, ou seja I(0), então as
variáveis são cointegradas e tem-se a indicação de que as variáveis analisadas possuem
relacionamento de longo prazo e de que existe um modelo de correção de erro (ECM).
Para determinar a ordem de integração dos resíduos serão efetuados os testes de Dickey-
Fuller Aumentado (ADF) e de Kwiatkowski-Phillips-Scmidt-Shin (KPSS). A rejeição
da hipótese nula leva a concluir que a série dos resíduos não contém uma raiz unitária,
sendo, portanto, estacionária e as variáveis são cointegradas.
A tabela 8 abaixo apresenta os resultados dos testes de estacionariedade dos resíduos
das regressões selecionadas.
42
Tabela 8 – Teste de Estacionariedade dos Resíduos – Brasil
Nível
Resíduos a
ADF KPSS b
Álcool – Diesel -3.132 0.044
Álcool – Gasolina -3.343 0.045
Gás Natural – Diesel -3.398 0.040
Gás Natural – GLP -3.840 0.045
Óleo Combustível – Álcool -4.112 0.059
Óleo Combustível – Diesel -7.372 0.060
Óleo Combustível – Gasolina -7.297 0.059
Óleo Combustível – Gás Natural -7.628 0.056
Teste ADF com Akaike Modificado a partir dos valores críticos apresentados em MacKinnon (1991):
a
Teste sem tendência e sem intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (-2.606 e -1.947)
Teste KPSS:
b
Teste sem tendência e com intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (0.739 e 0.463)
43
Tabela 9 – Resultados das Regressões de Cointegração do Modelo Particular – Brasil
Variável Dependente
Vol_Álcool Vol_Álcool Vol_GN Vol_GN Vol_OC Vol_OC Vol_OC Vol_OC
Variáveis
44
Com base nos resultados apresentados na tabela 9, pode-se afirmar que:
Álcool – Diesel
Álcool – Gasolina
Nesta regressão com a inclusão da tendência quadrática, apenas esta variável e o preço
do álcool são estatisticamente significativas, para o nível de significância de 10%.
Quando são retiradas as tendências desta regressão, todas as variáveis são
estatisticamente significativas.
No modelo sem as tendências, os sinais das variáveis estão de acordo com o esperado,
isto é, o preço do álcool é negativo, significando que ao aumentar o seu preço a
demanda diminui, o preço da gasolina é positivo, o que indica que o álcool e a gasolina
são bens substitutos e a produção industrial é positiva, indicando que um aumento na
produção acarreta em um aumento do volume de venda de álcool. A demanda por álcool
é inelástica em relação ao preço e em relação à renda, confirmando o resultado
apresentado na regressão anterior.
O álcool se tornou um combustível preferível para os donos de automóveis flex fuel, em
17 estados brasileiros. Isto porque será mais vantajoso utilizar o álcool sempre que o
45
preço do litro for igual ou menor do que 70% do custo do litro da gasolina, levando em
conta o rendimento dos dois combustíveis.
46
Óleo Combustível – Álcool
47
Óleo Combustível – Gasolina
48
As elasticidades de curto prazo serão obtidas com base no modelo de correção de erro
(ECM), que é um mecanismo que permite conduzir as variáveis para o equilíbrio, na
medida em que a dinâmica de curto prazo é influenciada pela magnitude do desvio em
relação ao equilíbrio de longo prazo. Além disso, será possível determinar a velocidade
49
Tabela 10 – Resultados dos Modelos de Correção de Erro – Brasil
Variável Dependente
Vol_Álcool Vol_Álcool Vol_GN Vol_GN Vol_OC Vol_OC Vol_OC Vol_OC
Variáveis
50
De acordo com os resultados obtidos, conclui-se que:
Álcool – Diesel
Álcool – Gasolina
51
Gás Natural – Diesel
Nesta regressão de curto prazo, a variável preço do óleo diesel não é estatisticamente
significativa para o nível de significância de 10%. Embora a variável preço do gás
natural seja estatisticamente significativa, o sinal está em desacordo com a teoria
econômica.
Sendo assim, não se pode afirmar que existe uma elasticidade cruzada entre o gás
natural e o óleo diesel no curto prazo, apesar de ter sido observado anteriormente que no
longo prazo esses dois combustíveis são substitutos.
52
Óleo Combustível – Diesel
Embora os sinais deste modelo estejam de acordo com a teoria, não se pode tirar
conclusões a respeito da elasticidade preço do óleo combustível e da elasticidade
cruzada entre o óleo combustível e o óleo diesel, porque estas variáveis não são
estatisticamente significativas para o nível de significância de 10%.
Conclui-se, desta forma, que não se pode afirmar que o óleo combustível e o diesel são
bens substitutos no curto prazo e, por outro lado, pode-se dizer que a demanda por óleo
combustível é inelástica em relação à renda.
Assim como ocorreu com este modelo no longo prazo, também no curto prazo as
variáveis preço do óleo combustível e preço da gasolina não são estatisticamente
significativas no nível de significância de 10%.
Desta forma, não se pode chegar a conclusões a respeito da elasticidade preço do óleo
combustível e da elasticidade cruzada entre o óleo combustível e a gasolina.
53
5.3. Resumo dos Principais Resultados para o Nível Regional
Os resultados dos modelos para a região Centro-Oeste mostraram que a demanda por
álcool no longo prazo é inelástica. A elasticidade cruzada entre o diesel e o álcool, no
longo prazo, indicou que esses combustíveis são complementares.
Com relação à demanda por gás natural, todos os modelos, tanto de curto quanto de
longo prazo, mostraram que a demanda é inelástica em relação ao preço e elástica em
relação à renda.
Além disso, observou-se que o óleo combustível é um substituto para o gás natural no
longo prazo, contrariando as evidências do setor de energia. Na prática, o volume de
óleo combustível vem apresentando um declínio e sendo substituído pelo gás natural,
por este apresentar um menor risco ambiental.
Na região Nordeste, os resultados mostraram que a demanda por álcool é elástica em
relação ao preço, tanto nos modelos de curto prazo quanto nos de longo prazo. O
segundo semestre de 2004 apresentou um aumento no preço do álcool da região
Nordeste e, conseqüentemente, uma queda no volume consumido desse combustível.
Com respeito ao gás natural, observou-se que a demanda por esse combustível é
inelástica com relação ao preço e à renda, tanto no curto quanto no longo prazo. A
região Nordeste vem apresentando taxas de crescimento positivas de venda de gás
natural.
Na região Norte, a demanda por álcool se mostrou elástica em relação ao preço e
inelástica em relação à renda, tanto nos modelos de curto prazo quanto nos modelos de
longo prazo. Os consumidores dessa região são muito sensíveis a variações no preço do
álcool. A elasticidade cruzada entre o diesel e o álcool mostrou que esses dois
combustíveis são complementares, tanto no curto quanto no longo prazo.
Com relação ao GLP, a demanda é inelástica em relação ao preço, tanto no curto quanto
no longo prazo. Além disso, a elasticidade cruzada entre esse combustível e o gás
natural evidenciou que eles são complementares no curto prazo, para essa região.
Na região Sudeste, a demanda por álcool é inelástica em relação ao preço e à renda,
tanto no curto quanto no longo prazo. Os consumidores dessa região se mostram muito
pouco sensíveis a variações no preço desse combustível e na renda.
Em relação à demanda por gás natural nessa região, esta se apresenta inelástica no que
se refere ao preço e à renda, tanto nos modelos de curto prazo quanto nos modelos de
54
longo prazo. Já com relação ao óleo combustível, a demanda por esse combustível é
inelástica em relação ao preço, tanto no curto quanto no longo prazo.
Por fim, na região Sul a demanda por álcool é inelástica em relação ao preço nos
modelos de curto e longo prazos.
A demanda por GLP é inelástica em relação ao preço e à renda no modelo de longo
prazo. Também nesse modelo de longo prazo, o diesel e o óleo combustível se
apresentaram como combustíveis substitutos do gás natural. Dos modelos de curto prazo
não se pôde tirar conclusões, porque estes, provavelmente, não estavam bem
especificados.
Com relação ao óleo combustível, a demanda por esse combustível se mostrou
inelástica em relação ao preço e elástica em relação à renda, nos modelos de longo
prazo.
55
5.4. Resultados Detalhados para o Nível Regional
Nível 1a Diferença
Variáveis
ADF a KPSS c ADF a KPSS c
Preço Álcool 0.409 0.657 -4.163 0.045
Preço Óleo Diesel 0.529 0.862 -3.355 0.226
Preço Gasolina 0.998 0.893 -3.626 0.112
Preço GLP 1.247 0.691 -3.732 0.254
Preço Gás Natural -0.504 0.158 -13.86 0.122
b
Preço Óleo Combustível -2.669 0.808 -5.556 0.239
Produção Industrial 1.265 0.753 -4.936 0.281
Volume Álcool 0.049 0.098 -9.741 0.066
Volume Óleo Diesel -0.761 0.153 -6.560 0.500
Volume Gasolina 0.752 0.678 -11.43 0.016
Volume GLP -0.041 0.130 -15.30 0.500
Volume Gás Natural -0.062 0.550 -6.797 0.304
Volume Óleo Combustível -0.802 0.580 -7.913 0.433
Teste ADF com Akaike Modificado a partir dos valores críticos apresentados em MacKinnon (1991):
a
Teste sem tendência e sem intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (-2.606 e -1.947)
b
Teste sem tendência e com intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (-3.555 e -2.916)
Teste KPSS:
c
Teste sem tendência e com intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (0.739 e 0.463)
56
Os resultados da tabela 11 mostram que, pelo teste ADF, não se pode rejeitar a hipótese
nula de presença de raiz unitária, nos níveis de significância de 1% e 5% para as
variáveis em nível. Portanto, pelo teste ADF, todas as variáveis são não-estacionárias,
embora o teste KPSS não apresente este resultado para as variáveis preço do gás natural,
volume do álcool, volume do óleo diesel e volume do GLP.
Para as variáveis em primeira diferença, os dois testes mostram que se deve rejeitar a
hipótese nula de presença de raiz unitária e que todas as variáveis são integradas de
ordem 1, ou seja, todas são I(1), nos níveis de significância de 1% e 5%.
O passo seguinte será o de testar a estacionariedade dos resíduos, lembrando que estes
devem ser estacionários ou I(0) e estimar as regressões de cointegração para verificar o
equilíbrio de longo prazo entre as variáveis.
A tabela 12 abaixo apresenta os resultados dos testes de estacionariedade dos resíduos.
57
Tabela 12 – Teste de Estacionariedade dos Resíduos – Região Centro-Oeste
Nível
Resíduos a
ADF KPSS b
Álcool – Óleo Combustível -4.985 0.039
Diesel – Álcool -5.331 0.242
Diesel – Gasolina -5.259 0.192
Diesel – GLP -5.259 0.203
Gasolina – Álcool -9.636 0.069
Gás Natural – Diesel -3.488 0.053
Gás Natural – GLP -3.449 0.056
Gás Natural – Óleo Combustível -3.415 0.049
Óleo Combustível – GLP -5.187 0.066
Teste ADF com Akaike Modificado a partir dos valores críticos apresentados em MacKinnon (1991):
a
Teste sem tendência e sem intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (-2.606 e -1.947)
Teste KPSS:
b
Teste sem tendência e com intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (0.739 e 0.463)
Pelos testes de estacionariedade dos resíduos, ADF e KPSS, deve-se rejeitar a hipótese
nula de existência de raiz unitária, nos níveis de significância de 1% e 5%. Sendo assim,
todos os resíduos são estacionários e, portanto, I(0) e cointegrados.
Os resultados dos modelos de cointegração para a região Centro-Oeste são apresentados
no Anexo J. Os modelos escolhidos são apresentados na tabela 13 abaixo.
58
Tabela 13 – Resultados das Regressões de Cointegração do Modelo Particular – Região Centro-Oeste
Variável Dependente
Vol_Álcool Vol_Diesel Vol_Diesel Vol_Diesel Vol_Gasol. Vol_GN Vol_GN Vol_GN Vol_OC
Variáveis
Constante 10.40 6.315 6.465 6.170 9.877 5.070 0.544 2.372 10.05
(1.810) (0.833) (0.826) (1.203) (0.585) (4.491) (6.475) (4.037) (1.780)
T -0.019 0.013 0.012 0.011 0.012 0.111 0.066 0.104 -0.018
(0.008) (0.005) (0.005) (0.005) (0.003) (0.027) (0.024) (0.022) (0.007)
t2 3.45E-04 -2.90E-04 -2.67E-04 -2.49E-04 -1.101E-04 -0.001 -0.001 -0.001 1.57E-04
(1.24E-04) (7.16E-05) (7.21E-05) (6.29E-05) (4.04E-05) (3.33E-04) (3.54E-04) (3.04E-04) (9.34E-05)
Pr_Álcool -0.816 0.106 0.184
(0.232) (0.136) (0.119)
Pr_Diesel -0.361 -0.312 -0.283 -1.517
(0.218) (0.386) (0.196) (0.851)
Pr_Gasolina 0.118 -0.881
(0.538) (0.265)
Pr_Gás Natural -0.371 -0.523 -0.406
(0.216) (0.207) (0.205)
Pr_Óleo Combustível 0.416 -0.908 0.276
(0.202) (0.437) (0.129)
Pr_GLP 0.106 0.266 -0.717
(0.279) (1.160) (0.340)
Produção Industrial 0.092 1.410 1.367 1.371 0.561 0.781 1.554 1.228 0.664
(0.387) (0.182) (0.176) (0.175) (0.129) (0.976) (0.957) (0.890) (0.250)
R2 Ajustado 0.228 0.672 0.669 0.669 0.639 0.555 0.526 0.565 0.510
Estatística Durbin-Watson 1.299 1.392 1.369 1.372 2.528 0.802 0.775 0.780 1.346
59
Os resultados apresentados na tabela 13 mostram que:
Diesel – Álcool
Na regressão com as tendências, as variáveis preço do diesel e preço do álcool não são
estatisticamente significativas no nível de significância de 10%. Considerando a
regressão com apenas a tendência linear, todas as variáveis são estatisticamente
significativas no nível de 10%.
No modelo em que todas as variáveis são significativas, os sinais das variáveis preço do
diesel e preço do álcool não estão de acordo com o esperado. O sinal do preço do diesel
está positivo, o que indica que ao aumentar o preço deste combustível, aumenta-se o seu
volume. Por outro lado, o preço do álcool é negativo, indicando que no longo prazo
esses dois combustíveis são complementares.
A demanda por diesel com relação à renda é elástica, ou seja, os consumidores se
mostram bastante sensíveis em relação a variações de renda.
60
Diesel – Gasolina
No modelo com as tendências, as variáveis preço do óleo diesel e preço da gasolina não
são estatisticamente significativas. Porém, ao se considerar apenas a tendência linear,
todas as variáveis se tornam significativas no nível de 10% de significância.
Os resultados desta regressão se assemelham bastante aos resultados da regressão
anterior entre o diesel e o álcool. Os sinais não estão de acordo com a teoria econômica,
em que o preço do diesel é positivo e o preço da gasolina é negativo. Esse resultado
sugere que, no longo prazo, o diesel e a gasolina são bens complementares.
A demanda por diesel com relação à renda é elástica, ou seja, os consumidores se
mostram bastante sensíveis em relação a variações de renda.
Diesel – GLP
As variáveis preço do óleo diesel e preço do GLP, no modelo com as tendências, não
são estatisticamente significativas no nível de significância de 10%. Elas se tornam
significativas somente na regressão que não inclui as tendências.
Nesta regressão, os sinais se encontram de acordo com teoria. À medida que o preço do
diesel aumenta, seu volume diminui. Assim como, ao aumentar a produção industrial, o
volume de diesel aumenta.
Pode-se afirmar que a demanda por óleo diesel é inelástica com relação ao preço e
elástica com relação à renda. Os consumidores se mostram muito pouco sensíveis com
relação a variações no preço e bastante sensíveis com relação a variações na renda.
Como o preço do GLP é positivo, pode-se afirmar que no longo prazo o diesel e o GLP
são combustíveis substitutos. No período analisado os volumes do diesel e do GLP
apresentam comportamentos semelhantes, mostrando-se estáveis ao longo do tempo.
Gasolina – Álcool
61
Deste modo, considerando o modelo com as tendências, pode-se afirmar que a demanda
por gasolina é inelástica com relação ao preço e à renda. A partir disso, pode-se supor
que a gasolina possui poucos substitutos próximos.
O sinal da variável preço da gasolina se apresenta de acordo com a teoria, na medida em
que, ao aumentar o preço da gasolina, o seu volume diminui.
Conclui-se, desta forma, que não existe elasticidade cruzada entre a gasolina e o álcool
no longo prazo, para a região Centro-Oeste.
62
relação a variações no preço, porém se mostram bastante sensíveis em relação a
variações na renda.
A elasticidade cruzada entre o gás natural e o GLP indica que os combustíveis são
substitutos no longo prazo. Ambos os combustíveis podem ser utilizados como
combustíveis industriais e a participação do GLP vem mantendo um crescimento nos
últimos anos.
63
Tabela 14 – Resultados dos Modelos de Correção de Erro – Região Centro-Oeste
Variável Dependente
Vol_Álcool Vol_Diesel Vol_Diesel Vol_Diesel Vol_Gasol. Vol_GN Vol_GN Vol_GN Vol_OC
Variáveis
Constante 0.011 0.003 0.003 0.003 0.006 -0.009 -0.023 0.006 -0.015
(0.020) (0.013) (0.013) (0.013) (0.007) (0.047) (0.046) (0.046) (0.015)
∆Pr_Álcool -0.451 0.009 0.135
(0.318) (0.189) (0.133)
∆Pr_Diesel -0.482 -0.272 -0.443 0.547
(0.393) (0.542) (0.460) (1.293)
∆Pr_Gasolina -0.322 -0.682
(0.653) (0.332)
∆Pr_Gás Natural -0.235 -0.157 -0.246
(0.110) (0.113) (0.114)
∆Pr_Óleo Combustível -0.262 -0.359 0.251
(0.322) (0.713) (0.228)
∆Pr_GLP -0.046 2.220 -0.003
(0.434) (1.268) (0.399)
∆Produção Industrial -0.157 1.164 1.174 1.162 0.383 2.136 2.516 2.160 0.487
(0.315) (0.196) (0.196) (0.195) (0.109) (0.727) (0.743) (0.708) (0.226)
Resid (-1) 0.677 1.326 0.331 0.332 0.667
(0.152) (0.139) (0.116) (0.118) (0.134)
R2 Ajustado 0.423 0.434 0.437 0.434 0.705 0.238 0.172 0.229 0.349
Estatística Durbin-Watson 2.084 1.986 2.003 1.982 2.334 1.551 1.789 1.539 1.808
64
A partir destes resultados, pode-se concluir que:
Diesel – Álcool
Diesel – Gasolina
Diesel – GLP
65
Gasolina – Álcool
66
Deste modo, não se pode tirar conclusões a partir deste modelo de curto prazo a respeito
da elasticidade preço do gás natural.
Levando-se em consideração que as variáveis preço do GLP e produção industrial são
significativas, pode-se afirmar que a elasticidade cruzada entre o gás natural e o GLP
indica que esses combustíveis são substitutos no curto prazo. De fato, ambos os
combustíveis são utilizados na indústria, porém tem-se observado o aumento no
consumo do gás natural em detrimento do GLP, em função da sua combustão limpa e
isenta de agentes poluidores.
Com relação à elasticidade renda, a demanda por gás natural é elástica, ou seja, os
consumidores são sensíveis em relação a variações na renda.
67
5.4.2. Região Nordeste
Nível 1a Diferença
Variáveis
ADF a KPSS c ADF a KPSS c
Preço Álcool 0.121 0.743 -2.425 0.057
Preço Óleo Diesel 0.424 0.849 -3.513 0.167
Preço Gasolina 1.397 0.895 -3.808 0.107
Preço GLP 1.140 0.753 -3.221 0.342
Preço Gás Natural -1.565 0.683 -1.886 0.500
b
Preço Óleo Combustível -2.395 0.879 -7.047 0.256
Produção Industrial 1.265 0.753 -4.936 0.281
Volume Álcool 0.603 0.666 -3.732 0.105
Volume Óleo Diesel -0.054 0.207 -10.04 0.038
Volume Gasolina 0.403 0.711 -11.24 0.047
Volume GLP -0.174 0.114 -13.51 0.181
Volume Gás Natural 0.884 0.714 -1.181 0.339
Volume Óleo Combustível 0.724 0.381 -11.82 0.029
Teste ADF com Akaike Modificado a partir dos valores críticos apresentados em MacKinnon (1991):
a
Teste sem tendência e sem intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (-2.606 e -1.947)
b
Teste sem tendência e com intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (-3.555 e -2.916)
Teste KPSS:
c
Teste sem tendência e com intercepto – Estatística do teste a 1% e a 5% (0.739 e 0.463)
Pelos resultados apresentados na tabela 15, observa-se que, para as variáveis no nível,
não se pode rejeitar a hipótese nula de existência de raiz unitária ou de não
estacionariedade das séries, pelo teste ADF, nos níveis de significância de 1% e 5%.
Pelo teste KPSS, todas as séries são não-estacionárias, com exceção do volume do óleo
diesel, do volume do GLP e do volume do óleo combustível.
Para as variáveis em primeira diferença, pode-se observar que, pelo teste ADF, todas as
variáveis são integradas de ordem 1 (I(1)), com exceção do preço do gás natural e do
68
volume do gás natural. Porém, pelo teste KPSS confirma-se a hipótese de que todas as
variáveis são I(1).
As próximas etapas são o teste de estacionariedade dos resíduos e a estimação da
regressão do modelo de cointegração, cujos resultados são apresentados nas tabelas 16 e
17, respectivamente. Os resultados de todos os modelos de cointegração para a região
Nordeste são apresentados no Anexo K.
A tabela 16 abaixo apresenta os resultados dos testes de estacionariedade dos resíduos.
Nível
Resíduos a
ADF KPSS b
Álcool – Diesel -5.055 0.063
Álcool – Gasolina -4.637 0.052
Álcool – Óleo Combustível -2.859 0.063
GLP – Diesel -8.115 0.500
Gás Natural – Diesel -3.668 0.074
Gás Natural – Óleo Combustível -3.198 0.086
Teste ADF com Akaike Modificado a partir dos valores críticos apresentados em MacKinnon (1991):
a
Teste sem tendência e sem intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (-2.606 e -1.947)
Teste KPSS:
b
Teste sem tendência e com intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (0.739 e 0.463)
Pelo teste ADF, rejeita-se a hipótese nula de existência de raiz unitária (resíduos não
estacionários), nos níveis de significância de 1% e 5%. Pelo teste KPSS, todos os
resíduos são estacionários, exceto o resíduo gerado na regressão entre os combustíveis
GLP e diesel. Entretanto, considera-se que todos os resíduos são I(0) e cointegrados.
Os modelos escolhidos são apresentados na tabela 17 abaixo.
69
Tabela 17 – Resultados das Regressões de Cointegração do Modelo Particular – Região Nordeste
Variável Dependente
Vol_Álcool Vol_Álcool Vol_Álcool Vol_GLP Vol_GN Vol_GN
Variáveis
70
Pode-se concluir, a partir dos resultados apresentados na tabela 17, que:
Álcool – Diesel
Álcool – Gasolina
71
Na região Nordeste, o resultado da elasticidade cruzada de longo prazo mostra que o
álcool e o óleo combustível são combustíveis substitutos.
GLP – Diesel
Neste modelo não puderam ser incluídas as tendências, porque estas não se
apresentaram estatisticamente significativas no nível de 10% de significância.
No modelo sem as tendências, a variável preço do diesel não é significativa para o
mesmo nível de significância. Desta forma, não se pode tirar conclusões a respeito da
elasticidade cruzada entre o GLP e o diesel no longo prazo.
Os sinais do preço do GLP e da produção industrial estão de acordo com o esperado. A
demanda por GLP é inelástica em relação ao preço e à renda, isto é, os consumidores se
mostram muito pouco sensíveis a variações no preço e na renda.
72
A demanda por gás natural é inelástica em relação ao preço e à renda. Com relação à
elasticidade cruzada, o resultado de longo prazo mostra que o gás natural e o óleo
combustível são combustíveis substitutos na região Nordeste.
73
Tabela 18 – Resultados dos Modelos de Correção de Erro – Região Nordeste
Variável Dependente
Vol_Álcool Vol_Álcool Vol_Álcool Vol_GLP Vol_GN Vol_GN
Variáveis
74
Conclui-se, a partir dos resultados da tabela 18 que:
Álcool – Diesel
Neste modelo, todas as variáveis são estatisticamente significativas para o nível de 10%
de significância.
Os sinais apresentados estão de acordo com o esperado. A demanda por álcool no curto
prazo é elástica em relação ao preço e inelástica em relação à renda. Ou seja, na região
Nordeste os consumidores se mostram muito sensíveis em relação ao preço e muito
pouco sensíveis em relação a variações na renda.
Os principais produtores de álcool da região Nordeste são os estados de Alagoas e
Pernambuco, sendo que na última safra (2005/2006), Alagoas produziu cerca de 24,57%
e Pernambuco 23,96% do total de álcool produzido na região Norte-Nordeste. Os preços
praticados nesses dois estados são superiores aos preços praticados no estado de São
Paulo, que é o maior produtor nacional de álcool. O segundo semestre de 2004
apresentou um aumento no preço do álcool e, conseqüentemente, uma queda
significativa no volume consumido deste combustível.
A elasticidade cruzada entre o álcool e o diesel mostra que esses dois combustíveis são
substitutos no curto prazo.
Foi feita a inclusão do resíduo, porque no modelo de longo prazo todas as variáveis
eram estatisticamente significativas. O coeficiente deste resíduo estabelece que 0,646%
da discrepância entre o valor de curto e de longo prazo, ou de equilíbrio, é corrigida a
cada ano.
Álcool – Gasolina
Neste modelo, todas as variáveis são estatisticamente significativas para o nível de 10%
de significância, com exceção da variável produção industrial.
Os sinais se apresentam de acordo com o esperado. A demanda do álcool é elástica em
relação ao preço e não se pode concluir a respeito da elasticidade renda, já que a
variável produção industrial não é significativa.
A elasticidade cruzada entre o álcool e a gasolina mostra que os combustíveis são
substitutos no curto prazo na região Nordeste. Neste caso, o álcool só não é
75
recomendado para os estados do Piauí e de Sergipe, porque nesses estados o álcool
custa mais do que 70% do litro da gasolina.
Foi feita a inclusão do resíduo, porque no modelo de longo prazo todas as variáveis
eram estatisticamente significativas. O coeficiente deste resíduo estabelece que 0,534%
da discrepância entre o valor de curto e de longo prazo, ou de equilíbrio, é corrigida a
cada ano.
GLP – Diesel
Neste modelo, todas as variáveis são estatisticamente significativas para o nível de 10%
de significância, com exceção da variável preço do diesel.
Os sinais das variáveis preço do GLP e produção industrial estão de acordo com o
esperado. A demanda por GLP, no curto prazo, é inelástica em relação ao preço e em
relação à renda.
Com relação à elasticidade cruzada entre o GLP e o diesel, não se pode tirar conclusões
para a região Nordeste, porque a variável preço do diesel não é significativa.
76
vêm aumentando seu consumo de gás natural a taxas superiores às do crescimento
médio da região.
Neste modelo, todas as variáveis são estatisticamente significativas para o nível de 10%
de significância, com exceção da variável preço do óleo combustível.
O sinal da variável preço do gás natural não se apresenta de acordo com o esperado.
Assim como no modelo anterior, neste modelo a demanda por gás natural em relação ao
preço também é inelástica. Com relação à elasticidade renda, a demanda por gás natural
é inelástica em relação à renda.
Não se pode tirar conclusões a respeito da elasticidade cruzada entre o gás natural e o
óleo combustível, no modelo de curto prazo para a região Nordeste, porque a variável
preço do óleo combustível não é significativa.
77
5.4.3. Região Norte
Nível 1a Diferença
Variáveis
ADF a KPSS c ADF a KPSS c
Preço Álcool 0.714 0.732 -2.393 0.060
Preço Óleo Diesel 0.620 0.861 -4.107 0.206
Preço Gasolina 1.247 0.908 -3.679 0.123
Preço GLP 1.304 0.601 -3.998 0.616
b
Preço Gás Natural -2.268 0.803 -11.76 0.101
Preço Óleo Combustível -3.523 0.834 -14.24 0.244
Produção Industrial 1.265 0.753 -4.936 0.281
Volume Álcool 0.022 0.133 -3.985 0.053
Volume Óleo Diesel 1.326 0.679 -3.282 0.051
Volume Gasolina 1.304 0.835 -10.60 0.033
Volume GLP -0.169 0.217 -14.49 0.295
Volume Gás Natural 0.339 0.652 -9.627 0.255
Volume Óleo Combustível 0.814 0.392 -9.828 0.500
Teste ADF com Akaike Modificado a partir dos valores críticos apresentados em MacKinnon (1991):
a
Teste sem tendência e sem intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (-2.606 e -1.947)
b
Teste sem tendência e com intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (-3.555 e -2.916)
Teste KPSS:
c
Teste sem tendência e com intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (0.739 e 0.463)
78
Com relação às variáveis em primeira diferença, pode-se observar que, pelo teste ADF,
todas as variáveis são integradas de ordem 1 ou I(1), porém pelo teste KPSS apenas a
variável preço do GLP não é integrada de ordem 1.
O próximo passo será testar a estacionariedade dos resíduos e, em seguida, estimar as
regressões do modelo de cointegração. Os resultados desta etapa para a região Norte
encontram-se no Anexo L.
A tabela 20 abaixo apresenta os resultados dos testes de estacionariedade dos resíduos.
Nível
Resíduos a
ADF KPSS b
Álcool – Gasolina -1.786 0.110
Álcool – Óleo Combustível -3.041 0.110
Diesel – Álcool -2.898 0.062
Diesel – Gasolina -4.912 0.065
Diesel – GLP -5.650 0.053
GLP – Gás Natural -8.782 0.115
Teste ADF com Akaike Modificado a partir dos valores críticos apresentados em MacKinnon (1991):
a
Teste sem tendência e sem intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (-2.606 e -1.947)
Teste KPSS:
b
Teste sem tendência e com intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (0.739 e 0.463)
Pelo teste ADF, rejeita-se a hipótese nula de não-estacionariedade dos resíduos, com
exceção do resíduo obtido a partir da regressão entre o álcool e a gasolina, para os
níveis de significância de 1% e 5%. Porém, pelo teste KPSS, todos os resíduos são
estacionários e, portanto I(0), para os mesmos níveis de significância.
Os resultados dos melhores modelos de longo prazo da região Norte estão na tabela 21
abaixo.
79
Tabela 21 – Resultados das Regressões de Cointegração do Modelo Particular – Região Norte
Variável Dependente
Vol_Álcool Vol_Álcool Vol_Diesel Vol_Diesel Vol_Diesel Vol_GLP
Variáveis
80
A partir dos resultados apresentados na tabela 21, conclui-se que:
Álcool – Gasolina
No modelo que inclui apenas a tendência linear, todas as variáveis são estatisticamente
significativas no nível de 10% de significância, com exceção da variável produção
industrial.
Os sinais estão de acordo com o esperado. A demanda por álcool, no longo prazo, é
elástica em relação ao preço e inelástica em relação à renda. Isso evidencia que os
consumidores da região Norte se mostram muito sensíveis a variações no preço e pouco
sensíveis a variações na renda.
Pelo resultado apresentado, no longo prazo o álcool e a gasolina são combustíveis
substitutos.
Neste modelo não foram incluídas as tendências, linear e quadrática, porque elas não
são estatisticamente significativas. Deste modo, o modelo considerado não inclui as
tendências e nele apenas a variável produção industrial não é estatisticamente
significativa no nível de significância de 10%.
Os sinais se apresentam de acordo com o esperado, sendo que um aumento no preço do
álcool leva a uma diminuição do volume consumido.
A demanda por álcool, no longo prazo, é inelástica em relação ao preço e não se pode
fazer qualquer afirmação a respeito da elasticidade renda. A elasticidade cruzada entre o
álcool e o óleo combustível mostra que os combustíveis são substitutos na região Norte.
Diesel – Álcool
Neste modelo que inclui apenas a tendência linear, todas as variáveis são
estatisticamente significativas no nível de significância de 10%.
O sinal do preço do diesel está em desacordo com o esperado. A demanda por diesel, no
longo prazo, é inelástica em relação ao preço e elástica em relação à renda. A
inelasticidade preço do diesel leva a supor que este combustível possui poucos
substitutos próximos.
81
A elasticidade cruzada entre o diesel e o álcool sugere que esses dois combustíveis são
complementares no longo prazo.
Diesel – Gasolina
Diesel – GLP
Neste modelo não foram incluídas as tendências, porque elas não são estatisticamente
significativas. Sendo assim, no modelo sem as tendências, todas as variáveis são
estatisticamente significativas no nível de 10% de significância, com exceção da
variável preço do gás natural.
82
Os sinais das variáveis preço do GLP e produção industrial estão de acordo com o
esperado. A demanda por GLP é inelástica tanto com relação ao preço como em relação
à renda, ou seja, os consumidores são muito pouco sensíveis a qualquer variação no
preço e na renda.
Com relação à elasticidade cruzada entre o GLP e o gás natural, não se pode tirar
conclusões para a região Norte, porque a variável preço do gás natural não é
significativa.
83
Tabela 22 – Resultados dos Modelos de Correção de Erro – Região Norte
Variável Dependente
Vol_Álcool Vol_Álcool Vol_Diesel Vol_Diesel Vol_Diesel Vol_GLP
Variáveis
84
A partir dos resultados da tabela 22, conclui-se que:
Álcool – Gasolina
Neste modelo de curto prazo, todas as variáveis não são estatisticamente significativas
no nível de significância de 10%, exceto a produção industrial e o resíduo.
Desta maneira, não se pode tirar conclusões a respeito da elasticidade preço do álcool e
da elasticidade cruzada entre o álcool e o óleo combustível, para a região Norte.
Diesel – Álcool
85
Com relação à elasticidade cruzada entre o diesel e o álcool, conclui-se, a partir deste
resultado, que o diesel e o álcool são combustíveis complementares, no curto prazo,
para a região Norte.
O resíduo foi incluído neste modelo porque na regressão de curto prazo todas as
variáveis eram significativas. Ele estabelece que, aproximadamente, 0,627% da
discrepância entre o valor efetivo e o valor de longo prazo, ou de equilíbrio, é corrigida
a cada ano.
Diesel – Gasolina
Neste modelo de curto prazo, todas as variáveis não são estatisticamente significativas
no nível de significância de 10%, exceto a produção industrial.
Desta maneira, não se pode tirar conclusões a respeito da elasticidade preço do diesel e
da elasticidade cruzada entre o diesel e a gasolina, para a região Norte.
Diesel – GLP
Neste modelo de curto prazo, todas as variáveis não são estatisticamente significativas
no nível de significância de 10%, exceto a produção industrial e o resíduo.
De maneira análoga ao modelo anterior, não se pode tirar conclusões a respeito da
elasticidade preço do diesel e da elasticidade cruzada entre o diesel e o GLP, para a
região Norte.
86
5.4.4. Região Sudeste
Nível 1a Diferença
Variáveis
ADF a KPSS c ADF a KPSS c
Preço Álcool -0.617 0.445 -3.073 0.046
Preço Óleo Diesel 0.327 0.862 -4.109 0.216
Preço Gasolina 1.261 0.865 -4.053 0.087
Preço GLP 1.735 0.771 -3.360 0.226
Preço Gás Natural -1.419 0.667 -12.92 0.500
b
Preço Óleo Combustível -2.495 0.730 -5.679 0.226
Produção Industrial 1.265 0.753 -4.936 0.281
Volume Álcool 1.433 0.681 -2.609 0.056
Volume Óleo Diesel 0.354 0.206 -9.156 0.036
Volume Gasolina -0.063 0.126 -12.18 0.099
Volume GLP -0.742 0.221 -12.79 0.037
Volume Gás Natural 2.689 0.928 -13.66 0.128
Volume Óleo Combustível -1.463 0.923 -10.77 0.201
Teste ADF com Akaike Modificado a partir dos valores críticos apresentados em MacKinnon (1991):
a
Teste sem tendência e sem intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (-2.606 e -1.947)
b
Teste sem tendência e com intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (-3.555 e -2.916)
Teste KPSS:
c
Teste sem tendência e com intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (0.739 e 0.463)
Pelo teste ADF, a hipótese nula de não estacionariedade não pode ser rejeitada, nos
níveis de significância de 1% e 5%. Sendo assim, as variáveis em nível são não-
estacionárias. Pelo teste KPSS, a hipótese nula de estacionariedade deve ser rejeitada
para todas as variáveis, com exceção do preço do álcool, do volume do óleo diesel, do
volume da gasolina e do volume do GLP.
Para as variáveis em primeira diferença, pelo teste ADF, deve-se rejeitar a hipótese nula
de existência de raiz unitária, nos níveis de significância de 1% e 5%. Portanto, pode-se
87
considerar que todas as variáveis são integradas de ordem 1 (I(1)). Pelo teste KPSS, a
única exceção de série não integrada de ordem 1 é o preço do gás natural.
O próximo passo será fazer o teste de estacionariedade dos resíduos, cujos resultados
estão apresentados na tabela 24.
Nível
Resíduos a
ADF KPSS b
Álcool – Gasolina -2.884 0.045
Diesel – Álcool -4.563 0.061
Diesel – Gasolina -3.085 0.075
Gás Natural – Diesel -2.007 0.052
Gás Natural – GLP -2.264 0.076
Gás Natural – Óleo Combustível -4.431 0.033
Óleo Combustível – Álcool -2.505 0.081
Óleo Combustível – Diesel -2.910 0.076
Óleo Combustível – Gasolina -2.602 0.075
Teste ADF com Akaike Modificado a partir dos valores críticos apresentados em MacKinnon (1991):
a
Teste sem tendência e sem intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (-2.606 e -1.947)
Teste KPSS:
b
Teste sem tendência e com intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (0.739 e 0.463)
88
Tabela 25 – Resultados das Regressões de Cointegração do Modelo Particular – Região Sudeste
Variável Dependente
Vol_Álcool Vol_Diesel Vol_Diesel Vol_GN Vol_GN Vol_GN Vol_OC Vol_OC Vol_OC
Variáveis
Constante 10.98 8.863 8.890 10.52 11.38 11.12 9.191 7.254 7.877
(1.532) (0.389) (0.385) (0.654) (1.348) (0.561) (0.904) (0.823) (0.933)
T -0.009 -0.002 -0.002 0.020 0.025 0.020 -0.032 -0.040 -0.031
(0.007) (0.001) (0.001) (0.004) (0.004) (0.003) (0.004) (0.004) (0.004)
t2 3.53E-04 -2.15E-04 -2.49E-04 -2.02E-04 2.57E-04 2.88E-04 1.99E-04
(9.82E-05) (4.71E-05) (5.83E-05) (4.44E-05) (6.27E-04) (5.04E-05) (5.83E-05)
Pr_Álcool -0.857 -0.050 -0.046
(0.275) (0.044) (0.101)
Pr_Diesel -0.011 0.079 0.271 0.790
(0.069) (0.113) (0.127) (0.218)
Pr_Gasolina 1.017 -0.254 0.597
(0.693) (0.183) (0.317)
Pr_Gás Natural 0.072 0.167 0.075
(0.076) (0.087) (0.066)
Pr_Óleo Combustível 0.184 0.015 -0.331 -0.179
(0.055) (0.089) (0.108) (0.111)
Pr_GLP -0.070
(0.284)
Produção Industrial 0.130 1.150 1.173 0.534 0.421 0.434 0.830 1.202 1.016
(0.340) (0.085) (0.080) (0.141) (0.148) (0.125) (0.193) (0.173) (0.178)
R2 Ajustado 0.664 0.835 0.837 0.939 0.933 0.946 0.914 0.932 0.919
Estatística Durbin-Watson 0.831 2.122 2.126 1.669 1.331 1.918 1.035 1.109 0.973
89
A partir dos resultados apresentados na tabela 25, conclui-se que:
Álcool – Gasolina
Diesel – Álcool
Nesta regressão, que considera apenas a tendência linear, as variáveis preço do diesel e
preço do álcool não são estatisticamente significativas no nível de 10% de significância.
Na equação que não considera as tendências, apenas a variável preço do álcool não é
significativa.
Considerando esta equação sem as tendências, os sinais das variáveis preço do diesel e
produção industrial estão de acordo com o esperado. A demanda por diesel é inelástica
em relação ao preço e elástica em relação à renda.
Com relação à elasticidade cruzada de longo prazo, não se pode fazer afirmações, já que
a variável preço do álcool não é significativa.
Diesel – Gasolina
Nesta regressão, que considera apenas a tendência linear, as variáveis preço do diesel e
preço da gasolina não são estatisticamente significativas no nível de 10% de
significância. Retirando as tendências da equação, a variável preço do diesel permanece
sendo não-significativa.
90
Desta forma, não se pode tirar conclusões a respeito deste modelo de longo prazo para a
região Sudeste.
91
O sinal do preço do gás natural não está de acordo com o sugerido pela teoria
econômica. Segundo os resultados apresentados, a demanda por gás natural é inelástica
em relação ao preço e à renda.
O resultado da elasticidade cruzada indica que o gás natural e o óleo combustível são
combustíveis substitutos no longo prazo, para a região Sudeste.
92
Óleo Combustível – Gasolina
93
Tabela 26 – Resultados dos Modelos de Correção de Erro – Região Sudeste
Variável Dependente
Vol_Álcool Vol_Diesel Vol_Diesel Vol_GN Vol_GN Vol_GN Vol_OC Vol_OC Vol_OC
Variáveis
Constante 0.010 0.003 0.003 0.020 0.018 0.013 -0.018 -0.028 -0.023
(0.018) (0.008) (0.008) (0.011) (0.010) (0.010) (0.011) (0.009) (0.011)
∆Pr_Álcool -0.845 -0.047 -0.064
(0.302) (0.103) (0.147)
∆Pr_Diesel -0.315 -0.222 -0.661 0.826
(0.225) (0.389) (0.317) (0.258)
∆Pr_Gasolina 0.824 -0.185 0.828
(0.766) (0.452) (0.370)
∆Pr_Gás Natural 0.274 0.281 0.205
(0.072) (0.068) (0.066)
∆Pr_Óleo Combustível -0.086 -0.231 -0.313 -0.379
(0.134) (0.146) (0.118) (0.145)
∆Pr_GLP -0.945
(0.349)
∆Produção Industrial 0.267 1.029 1.049 0.153 0.149 0.303 0.965 1.043 1.003
(0.283) (0.115) (0.120) (0.177) (0.168) (0.169) (0.170) (0.136) (0.159)
Resid (-1) 0.627
(0.127)
R2 Ajustado 0.136 0.646 0.646 0.289 0.327 0.232 0.397 0.628 0.451
Estatística Durbin-Watson 2.568 3.054 3.052 2.601 2.675 2.652 1.830 1.414 1.926
94
A partir dos resultados da tabela 26, conclui-se que:
Álcool – Gasolina
No modelo de curto prazo, as variáveis preço da gasolina e produção industrial não são
estatisticamente significativas no nível de significância de 10%.
Pode-se dizer que a demanda por álcool no curto prazo é inelástica em relação ao preço.
No Sudeste é mais caro usar álcool em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, onde os
preços estão bem perto do limite estipulado (até 70% do litro da gasolina). No Espírito
Santo, a relação de preços está em 67%.
Com relação à elasticidade renda e à elasticidade cruzada, não se pode tirar conclusões,
porque as variáveis preço da gasolina e produção industrial não são significativas no
modelo de curto prazo para a região Sudeste.
Diesel – Álcool
Diesel – Gasolina
95
O sinal da variável preço do gás natural não está de acordo com o esperado. A demanda
por gás natural, no curto prazo, é inelástica com relação ao preço. No caso da
elasticidade renda, nada se pode afirmar devido ao fato de não ser significativa a
variável produção industrial.
O resultado da elasticidade cruzada entre o gás natural e o diesel indica que os
combustíveis são complementares no curto prazo, para a região Sudeste.
Observa-se um aumento no volume do gás natural disponível na região Sudeste, que se
dá em função do aumento da produção deste combustível.
96
Óleo Combustível – Álcool
97
5.4.5. Região Sul
Nível 1a Diferença
Variáveis
ADF a KPSS c ADF a KPSS c
Preço Álcool -0.690 0.623 -3.019 0.045
Preço Óleo Diesel 0.330 0.860 -4.195 0.243
Preço Gasolina 1.107 0.862 -3.852 0.107
Preço GLP 2.219 0.873 -4.644 0.339
Preço Gás Natural -0.444 0.112 -11.97 0.118
b
Preço Óleo Combustível -2.776 0.749 -6.645 0.320
Produção Industrial 1.265 0.753 -4.936 0.281
Volume Álcool 0.371 0.457 -10.81 0.059
Volume Óleo Diesel -0.203 0.165 -8.218 0.350
Volume Gasolina 0.246 0.723 -11.99 0.028
Volume GLP -0.032 0.029 -3.487 0.036
Volume Gás Natural 1.574 0.946 -10.80 0.276
Volume Óleo Combustível -1.020 0.860 -3.915 0.041
Teste ADF com Akaike Modificado a partir dos valores críticos apresentados em MacKinnon (1991):
a
Teste sem tendência e sem intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (-2.606 e -1.947)
b
Teste sem tendência e com intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (-3.555 e -2.916)
Teste KPSS:
c
Teste sem tendência e com intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (0.739 e 0.463)
Pelo teste ADF, para as variáveis em nível, aceita-se a hipótese nula de existência de
raiz unitária e de não-estacionariedade, nos níveis de significância de 1% e 5%. Pelo
teste KPSS, rejeita-se a hipótese nula de estacionariedade, exceto para as variáveis
preço do gás natural, volume do álcool, volume do óleo diesel e volume do GLP. Sendo
assim, considera-se todas as variáveis como sendo não-estacionárias.
98
Para as variáveis em primeira diferença, para os dois testes, rejeita-se a hipótese nula de
não-estacionariedade e, conseqüentemente, elas são integradas de ordem 1 ou I(1), para
os mesmos níveis de significância.
O próximo passo será fazer o teste de estacionariedade dos resíduos, cujos resultados
estão apresentados na tabela 28.
Nível
Resíduos a
ADF KPSS b
Álcool – Diesel -3.204 0.086
Álcool – Gasolina -3.146 0.094
Álcool – Óleo Combustível -3.611 0.065
GLP – Gás Natural -3.407 0.047
Gás Natural – Diesel -5.526 0.040
Gás Natural – Óleo Combustível -5.717 0.047
Óleo Combustível – Diesel -3.666 0.032
Óleo Combustível – Gasolina -3.755 0.034
Óleo Combustível – GLP -3.564 0.048
Teste ADF com Akaike Modificado a partir dos valores críticos apresentados em MacKinnon (1991):
a
Teste sem tendência e sem intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (-2.606 e -1.947)
Teste KPSS:
b
Teste sem tendência e com intercepto - Estatística do teste a 1% e a 5% (0.739 e 0.463)
Pelos testes ADF e KPSS, todos os resíduos das regressões são estacionários, nos níveis
de significância de 1% e 5%, significando, portanto, que eles são integrados de ordem 0
ou I(0) e cointegrados.
Os resultados da próxima etapa da metodologia encontram-se no Anexo N, que consiste
no modelo de cointegração. Os modelos escolhidos são apresentados na tabela 29.
99
Tabela 29 – Resultados das Regressões de Cointegração do Modelo Particular – Região Sul
Variável Dependente
Vol_Álcool Vol_Álcool Vol_Álcool Vol_GLP Vol_GN Vol_GN Vol_OC Vol_OC Vol_OC
Variáveis
Constante 10.13 9.996 9.380 7.767 5.632 6.335 6.050 5.967 4.888
(1.275) (1.296) (1.371) (0.941) (1.448) (1.311) (0.959) (1.067) (1.629)
T 0.007 0.008 0.024 -0.003 0.010 0.011 -0.038 -0.033 -0.041
(0.003) (0.003) (0.007) (0.001) (0.004) (0.002) (0.005) (0.005) (0.006)
t2 -2.49E-04 2.91E-04 2.19E-04 3.57E-04
(1.14E-04) (6.70E-05) (8.35E-05) (7.29E-05)
Pr_Álcool -0.808 -0.850 -0.469
(0.161) (0.208) (0.173)
Pr_Diesel 0.390 0.315 0.595
(0.204) (0.214) (0.264)
Pr_Gasolina 0.570 0.683
(0.414) (0.365)
Pr_Gás Natural 0.048 -0.154 -0.153
(0.049) (0.121) (0.113)
Pr_Óleo Combustível -0.178 0.232 -0.048 4.46E-04 0.199
(0.161) (0.112) (0.165) (0.168) (0.097)
Pr_GLP 0.007 0.573
(0.172) (0.337)
Produção Industrial 0.188 0.152 0.299 0.941 1.111 0.994 1.169 1.108 1.063
(0.278) (0.286) (0.288) (0.130) (0.307) (0.282) (0.198) (0.195) (0.189)
R2 Ajustado 0.521 0.505 0.530 0.523 0.818 0.825 0.864 0.860 0.858
Estatística Durbin-Watson 1.165 1.151 1.263 1.560 1.489 1.544 0.859 0.882 0.864
100
A partir dos resultados apresentados na tabela 29, conclui-se que:
Álcool – Diesel
No modelo que inclui apenas a tendência linear, todas as variáveis são estatisticamente
significativas no nível de 10% de significância, exceto a variável produção industrial.
Os sinais das variáveis se apresentam de acordo com o sugerido pela teoria econômica.
À medida em que se aumenta o preço do álcool, o volume demandado por este
combustível diminui. Observa-se que, no longo prazo, a demanda por álcool é inelástica
em relação ao preço. Com respeito à elasticidade renda, não se pode tirar conclusões, já
que a variável produção industrial não é significativa.
O resultado da elasticidade cruzada entre o álcool e o diesel mostra que, no longo prazo,
os dois combustíveis são substitutos na região Sul.
Álcool – Gasolina
101
A elasticidade cruzada entre o álcool e o óleo combustível indica que os combustíveis
são substitutos.
Na equação que considera a tendência linear, as variáveis preço do GLP e preço do gás
natural não são estatisticamente significativas no nível de significância de 10%. Ao ser
retirada a tendência, todas as variáveis passam a ser significativas.
Nesta equação o sinal está de acordo com o esperado. A demanda por GLP, no longo
prazo, é inelástica em relação ao preço e à renda. Pode-se concluir que o GLP possui
poucos substitutos próximos.
A elasticidade cruzada entre o GLP e o gás natural mostra que os combustíveis são
substitutos, no longo prazo, na região Sul.
Na equação que considera a tendência linear, as variáveis preço do gás natural e preço
do diesel não são estatisticamente significativas no nível de significância de 10%. Ao
ser retirada a tendência, todas as variáveis passam a ser significativas.
Considerando a equação sem as tendências, os sinais apresentados estão de acordo com
o sugerido pela teoria econômica. A demanda por gás natural é inelástica em relação ao
preço e elástica em relação à renda, no longo prazo, para o modelo da região Sul.
Como o sinal da variável preço do diesel é positivo, pode-se concluir que o gás natural e
o diesel são combustíveis substitutos no longo prazo.
Na equação que considera a tendência linear, a variável preço do gás natural não é
estatisticamente significativa no nível de 10% de significância. Retirando a tendência,
todas as variáveis passam a ser significativas no mesmo nível de significância.
Os sinais desta equação estão de acordo com o esperado. A demanda por gás natural é
inelástica em relação ao preço e elástica em relação à renda. Os consumidores se
mostram muito pouco sensíveis a variações no preço do gás natural.
102
O resultado da elasticidade cruzada entre o gás natural e o óleo combustível mostra os
combustíveis são substitutos no longo prazo, na região Sul.
Como ocorreu no modelo anterior, também neste modelo, na equação que considera as
tendências linear e quadrática, a variável preço do óleo combustível não é
estatisticamente significativa no nível de significância de 10%. Retirando a tendência
quadrática, todas as variáveis passam a ser significativas no mesmo nível de
significância.
Os sinais estão de acordo com o sugerido pela teoria econômica. A demanda por óleo
combustível, no longo prazo, é inelástica em relação ao preço e elástica em relação à
renda.
No longo prazo, o resultado da elasticidade cruzada entre o óleo combustível e a
gasolina mostra que os combustíveis são substitutos na região Sul.
103
preço e elástica em relação à renda, o que confirma os resultados dos dois modelos
acima.
A elasticidade cruzada entre o óleo combustível e o GLP indica que os combustíveis são
substitutos no longo prazo na região Sul.
104
Tabela 30 – Resultados dos Modelos de Correção de Erro – Região Sul
Variável Dependente
Vol_Álcool Vol_Álcool Vol_Álcool Vol_GLP Vol_GN Vol_GN Vol_OC Vol_OC Vol_OC
Variáveis
Constante -0.008 -0.002 0.014 0.002 0.007 0.005 -0.018 -0.015 -0.016
(0.015) (0.017) (0.017) (0.010) (0.024) (0.022) (0.011) (0.010) (0.009)
∆Pr_Álcool -0.845 -1.259 -0.766
(0.241) (0.316) (0.257)
∆Pr_Diesel 1.098 0.157 0.246
(0.427) (0.611) (0.296)
∆Pr_Gasolina 1.218 0.127
(0.690) (0.362)
∆Pr_Gás Natural 0.062 -0.024 -0.013
(0.048) (0.108) (0.107)
∆Pr_Óleo Combustível -0.466 0.252 -0.118 -0.097 -0.084
(0.245) (0.307) (0.150) (0.158) (0.125)
∆Pr_GLP -0.331 0.320
(0.304) (0.276)
∆Produção Industrial 0.221 0.356 0.475 0.751 1.074 1.013 1.091 1.060 1.167
(0.238) (0.272) (0.273) (0.169) (0.388) (0.375) (0.164) (0.160) (0.145)
Resid (-1) 0.622 0.430
(0.145) (0.119)
R2 Ajustado 0.493 0.268 0.275 0.370 0.099 0.110 0.448 0.442 0.559
Estatística Durbin-Watson 2.018 2.528 2.326 2.926 2.750 2.755 2.268 2.258 1.855
105
A partir dos resultados da tabela 30, conclui-se que:
Álcool – Diesel
Álcool – Gasolina
106
Álcool – Óleo Combustível
Como ocorreu no modelo anterior, também neste modelo todas as variáveis não são
estatisticamente significativas, com exceção da variável produção industrial.
Desta forma, também neste caso não se pode fazer inferências com relação ao modelo
de curto prazo entre o gás natural e o óleo combustível na região Sul.
107
Óleo Combustível – Diesel
Neste modelo, todas as variáveis não são estatisticamente significativas no nível de 10%
de significância.
Sendo assim, nada se pode afirmar a respeito da elasticidade preço e da elasticidade
cruzada entre o óleo combustível e o diesel, no modelo de curto prazo da região Sul.
Assim como ocorreu no modelo anterior, também neste modelo todas as variáveis não
são estatisticamente significativas no nível de significância de 10%.
Deste modo, não se pode tirar conclusões a respeito deste modelo de demanda de curto
prazo entre os combustíveis óleo combustível e gasolina da região Sul.
108
6. Conclusões e Análises das Implicações
109
dos consumidores com relação a variações no preço do álcool pode ser explicada pelo
fato de ser o Nordeste a região com a mais baixa renda per capita e maior nível de
pobreza do país. Por sua vez, a demanda por gás natural é inelástica em relação ao preço
e à renda, no curto prazo e no longo prazo. A indústria ainda é o segmento que mais
consome gás natural na região Nordeste. Depois dela vêm os setores automotivos e de
geração de energia. Cabe ressaltar que existe uma demanda reprimida na região
Nordeste e o estado mais crítico é o da Bahia.
A Região Norte tem priorizado a oferta e a redistribuição de energia para seus
estados. O Pará, por exemplo, concluiu em 1999 a linha Tramoeste, que leva a energia
de Tucuruí, no rio Tocantins, até o oeste paraense. No Amazonas, como a planície da
bacia amazônica inviabiliza a construção de hidrelétricas, o estado investe no gás
natural. Os maiores consumidores são as geradoras de energia elétrica, que passam a
utilizar o gás natural em substituição ao óleo diesel para movimentar as turbinas de suas
termelétricas. Na Bacia do Rio Solimões existe uma grande reserva de gás natural, entre
os rios Urucu e Juruá.
Com base nos resultados obtidos da região Norte, verifica-se que a demanda por álcool
é elástica em relação ao preço, tanto no longo prazo quanto no curto prazo. No caso do
óleo diesel, a demanda por este combustível também é inelástica no longo prazo sem
possibilidade de conclusões para o curto prazo. Finalmente, com relação ao GLP a
demanda é inelástica tanto no curto quanto no longo prazo. Isso mostra que os
consumidores são muito pouco sensíveis a variações no preço desses combustíveis,
mantidas todas as outras variáveis constantes.
Os resultados da elasticidade cruzada sugerem que o álcool e o óleo diesel são
combustíveis complementares no longo prazo e que no curto prazo a gasolina é um
combustível substituto do álcool. De fato, em alguns estados do Norte é mais vantajoso
utilizar a gasolina como combustível automotivo, em função de seu preço ser inferior a
70% do preço do álcool.
A região Sudeste, devido ao seu relevo planáltico, tem grande potencial
hidrelétrico. Em relação à produção de álcool, a maior representatividade na produção
está no estado de São Paulo, superando a marca de 60% do total da produção nacional
da safra referente a 2005/2006.
Os resultados apresentados para a região Sudeste mostram que a demanda pelos
combustíveis analisados é inelástica em relação ao preço, tanto no curto quanto no
longo prazo, sempre que as variáveis preço desses mesmos combustíveis são
110
significativas. A pouca sensibilidade dos consumidores com relação a variações no
preço do álcool pode ser explicada pelo fato de ser mais vantajoso para os consumidores
do Sudeste utilizarem este combustível em detrimento da gasolina, por ser o preço do
álcool inferior ao da gasolina na maioria dos estados, principalmente no estado de São
Paulo. Isto comprova o crescimento das vendas do álcool, que aumentaram 24,5% entre
2000 e 2005, segundo dados da ANP. Este crescimento se manteve no ano de 2006. Já
em relação à gasolina C, a participação do estado de São Paulo no total comercializado
na região Sudeste caiu entre 2000 e 2005, passando de 61% para 59%.
Cabe ressaltar o significativo aumento de vendas que o gás natural vem apresentando na
região Sudeste, superiores às observadas no Brasil. As reservas de gás natural brasileiras
estão concentradas no mar (77%), principalmente na região Sudeste (67%), nas Bacias
de Campos, Espírito Santo e Santos, próximas dos grandes centros consumidores (São
Paulo e Rio de Janeiro). Este fato comprova a inelasticidade da demanda por este
combustível, em relação ao preço e à renda, obtida nos modelos, mostrando, cada vez
mais, a importância do aumento da participação do gás natural na matriz energética
brasileira.
A região Sul possui grande potencial hidrelétrico, destacando-se a usina de Itaipu,
no rio Paraná, na fronteira com o Paraguai - a maior do continente e uma das três
maiores do mundo.
Os resultados da região Sul mostram que a demanda por álcool, GLP, gás natural e óleo
combustível é inelástica em relação ao preço e em relação à renda, nos modelos de
longo prazo. Dos modelos de curto prazo, por não estarem bem especificados, não se
pôde tirar conclusões.
O gás natural se apresenta como um substituto do GLP, no modelo de longo prazo da
região Sul. Nessa região, o gás natural tem apresentado um significativo crescimento
das vendas, juntamente com a região Sudeste, e sendo utilizado como substituto do GLP
como combustível industrial.
Os resultados dos modelos para o Brasil levam a concluir que a demanda por
álcool é inelástica em relação ao preço e à renda, tanto no curto quanto no longo prazo.
Isso evidencia o fato de que os consumidores se mostram pouco sensíveis a variações no
preço, mantendo todos os outros fatores constantes. O aumento da demanda por álcool
pode ser explicado pelo aumento substancial da frota de veículos bicombustíveis. No
ano de 2006, as vendas de veículos leves flex fuel chegaram a 77,1% do total até o mês
de outubro, ante 50,2% em 2005. Em 2005 e 2006, 2 milhões de veículos
111
bicombustíveis entraram no mercado interno. Ao aumento do mercado interno do álcool
somou-se também a expansão das vendas externas. As exportações brasileiras de álcool
saltaram de 706 mil m3 em 2003 para 2,2 milhões de m3 em 2004 e para 2,6 milhões de
m3 em 2005.
Os resultados da análise da elasticidade cruzada entre o álcool e os demais combustíveis
utilizados no setor de transportes mostram que estes combustíveis são substitutos tanto
no curto quanto no longo prazo. A partir do limite de 70% do preço da gasolina, será
mais vantajoso para o consumidor utilizar este combustível em detrimento do álcool.
Como a tendência de preço e demanda por álcool hidratado é de alta, este combustível
pode ser substituído pela gasolina, caso ele atinja o percentual anteriormente definido.
Os resultados dos modelos para o gás natural no Brasil mostraram que a demanda por
este combustível é inelástica com relação ao preço e à renda, tanto no curto quanto no
longo prazo.
No que diz respeito à elasticidade cruzada, pode-se observar que o gás natural e o óleo
diesel são substitutos no longo prazo; com o GLP, o gás natural é complementar no
curto e longo prazos. Essa complementaridade entre o gás natural e o GLP pode ser
explicada pelo fato de o gás natural também poder ser utilizado na cocção de alimentos,
embora o uso do GLP para esse fim seja mais largamente conhecido.
Com respeito ao comportamento do óleo combustível, observa-se que a demanda por
este combustível no Brasil é inelástica em relação ao preço e à renda no longo prazo e
que não foi possível tirar conclusões a partir dos modelos de curto prazo, porque,
provavelmente, estes não estavam bem especificados.
O que se pode afirmar do óleo combustível é que ele vem sendo substituído, em larga
escala, pelo gás natural, principalmente em função de o gás natural ter um preço inferior
ao do óleo combustível; favorece a melhoria da qualidade dos produtos produzidos por
certos segmentos industriais, como cerâmica e vidro; e porque não se precisa estocar o
gás natural.
Com o intuito de responder às questões levantadas no início desta pesquisa e com base
nos resultados obtidos, observa-se que o Brasil possui grandes diferenças regionais no
que diz respeito à questão energética. Diante disso, é salutar a definição de políticas que
levem em consideração o perfil energético de cada região brasileira e que incentivem o
uso do gás natural, principalmente no setor industrial da economia, visto que a demanda
por este combustível vem crescendo em todas as regiões brasileiras, que são notáveis as
vantagens apresentadas por este combustível e que os consumidores se mostram muito
112
pouco sensíveis a oscilações no preço do gás natural, conforme observado em todos os
modelos analisados.
Para incentivar o uso do gás natural, a sua maior inserção na matriz energética brasileira
e a diminuição da dependência de fontes energéticas externas, é fundamental o aumento
dos investimentos nos sistemas de transporte do combustível (gasodutos e
compressores) e um planejamento, de longo prazo, da demanda por gás natural em
níveis regional e federal.
Finalmente, como sugestões para futuras pesquisas, podem ser listados os seguintes
pontos:
Expansão da análise não só por regiões brasileiras como também por setores da
economia: energético, industrial, transportes, comercial e agropecuário;
Extensão da análise a fontes renováveis de energia (eletricidade, carvão, lenha,
produtos da cana-de-açúcar), dada a importância dessas fontes na matriz energética
brasileira, para o cálculo da elasticidade cruzada entre esses combustíveis;
Aperfeiçoamento da metodologia utilizada, como por exemplo, utilização do
método de cointegração para dados em painel, para os modelos desagregados por
regiões geográficas.
113
7. Bibliografia
BALESTRA, PIETRO & NERLOVE, MARC. Pooling Cross Section and Time Series
Data in the Estimation of a Dynamic Model: The Demand for Natural Gas.
Econometrica. Chicago; v. 34, n. 3, p. 585-612. Julho de 1966.
114
BERNSTEIN, MARK A. & GRIFFIN, JAMES. Regional Differences the Price-
Elasticity of Demand for Energy, Santa Monica. California: RAND, CA 90407-
2138. 2005.
115
GOLDEMBERG, JOSÉ & MOREIRA JOSÉ R. Política Energética no Brasil. Scielo
Brazil. São Paulo: v. 19, n. 55. Setembro de 2005. Disponível em: www.scielo.br.
Acesso em: janeiro de 2007.
LIU, BEN-CHIEH. Natural Gás Price Elasticities: Variations by Region and by Sector
in the USA. Energy Economics. EUA: v. 5, n. 3, p. 195-201. Julho de 1983.
116
PETROBRAS. Relatório Anual 2005. Disponível em: www.petrobras.com.br. Acesso
em: dezembro de 2006.
117
Anexo A
Preço (2003) % do
Ano
R$ valor real (mil) PIB
1980 37.424.830 3,86
1981 41.322.407 4,46
1982 34.666.901 3,71
1983 40.918.547 4,51
1984 38.465.646 4,02
1985 50.644.270 4,91
1986 49.032.381 4,42
1987 46.766.120 4,07
1988 52.330.649 4,56
1989 41.415.434 3,50
1990 43.358.457 3,83
1991 37.955.320 3,32
1992 45.771.726 4,02
1993 52.569.297 4,40
1994 44.027.581 3,48
1995 36.592.846 2,78
1996 34.513.912 2,55
1997 34.301.165 2,46
1998 38.538.472 2,76
1999 53.786.718 3,82
2000 69.990.484 4,76
2001 79.344.243 5,33
2002 92.379.533 6,08
2003 104.716.211 6,91
Fonte: IBGE, 2004 e Petrobras, 1997.
118
Anexo B
X dY
Sabe-se que a elasticidade é dada por: . . Sendo assim, tem-se que:
Y dX
1
Pi dVi Pi 0 1 1 2 9 Pi e 0 1 Pi 1 Pj 2 Z 9 e
1 . 1 e 1 Pi Pj Z e
Vi dPi Vi e 0 Pi 1 Pj 2 Z 9 e
1 1
Pi 1 Pi 1 Pi 1
1
1
1
Pi Pi
1
Pj dVi Pj 0 1 2 1 9 Pj e 0 Pi 1 2 Pj 2 Z 9 e
2 . 2 e Pi 2 Pj Z e
Vi dPj Vi e 0 Pi 1 Pj 2 Z 9 e
2 1
Pj 2 Pj 2 Pj 2
2
2
2
Pj Pj
E a elasticidade renda é:
Z dVi Z 0 1 2 9 1 Ze 0 Pi 1 Pj 2 9 Z 9 1e
9 . 9 e Pi Pj 9 Z e
Vi dZ Vi e 0 Pi 1 Pj 2 Z 9 e
Z 9 Z 9 1 9 Z 9
9
Z 9 Z 9
119
Anexo C
Variável Dependente
Vol_Álcool Vol_Diesel Vol_Gasolina
Variáveis
Constante 7.311 11.77 13.29 10.70 9.827 9.673 12.50 13.45 13.45
(1.402) (1.535) (1.514) (0.360) (0.455) (0.455) (0.589) (0.741) (0.796)
t 0.016 -0.010 -0.003 0.004 0.003 0.004
(0.004) (0.009) (0.001) (0.004) (0.002) (0.005)
t2 4.15E-04 -9.59E-05 -1.18E-06
(1.41E-04) (5.64E-05) (7.39E-05)
Pr_Gás Natural -0.004 -0.021 -0.071
(0.101) (0.094) (0.097)
Pr_Diesel -0.208 -0.430 0.920 0.201 0.212 -0.018 -0.110 -0.157 -0.161
(0.353) (0.301) (0.536) (0.168) (0.156) (0.204) (0.148) (0.146) (0.282)
Pr_Gasolina 1.762 0.084 -1.608 -0.353 -0.130 0.266 0.366 0.009 0.014
(0.782) (0.756) (0.906) (0.230) (0.228) (0.323) (0.328) (0.365) (0.476)
Pr_Álcool -0.737 -0.395 -0.441 0.005 -0.020 -0.042 -0.135 -0.062 -0.062
(0.271) (0.241) (0.224) (0.078) (0.073) (0.073) (0.114) (0.116) (0.118)
Pr_Óleo Combustível -0.075 -0.079 -0.068
(0.056) (0.052) (0.052)
Pr_GLP -0.173 1.98E-04 -0.175
(0.200) (0.196) (0.218)
Produção Industrial 0.940 0.152 0.063 0.985 1.120 1.110 0.377 0.209 0.210
(0.297) (0.304) (0.284) (0.078) (0.087) (0.085) (0.125) (0.147) (0.149)
R2 Ajustado 0.451 0.609 0.664 0.811 0.836 0.842 0.207 0.253 0.237
Estatística Durbin-Watson 0.582 0.981 1.128 1.961 2.221 2.266 1.995 2.349 2.350
120
Anexo C
Variável Dependente
Vol_GLP Vol_Gás Natural Vol_Óleo Combustível
Variáveis
Constante 10.92 10.40 10.16 9.905 11.36 12.49 13.07 10.94 10.22
(0.430) (0.543) (0.556) (0.654) (0.775) (0.546) (0.672) (0.714) (0.644)
t -0.002 -0.007 0.005 0.031 -0.008 -0.024
(0.001) (0.004) (0.002) (0.004) (0.002) (0.004)
t2 6.97E-05 -3.28E-04 2.09E-04
(4.45E-05) (4.37E-05) (5.15E-05)
Pr_Gás Natural -0.162 -0.196 -0.123 0.536 0.633 0.290 -0.334 -0.475 -0.256
(0.123) (0.123) (0.130) (0.187) (0.176) (0.128) (0.192) (0.162) (0.150)
Pr_Diesel -0.148 -0.037 -0.049 0.173 -0.137 -0.083 -0.225 0.226 0.192
(0.132) (0.149) (0.146) (0.200) (0.212) (0.144) (0.206) (0.195) (0.170)
Pr_Óleo Combustível 0.030 0.015 0.025 0.018 0.062 0.010 0.074 0.011 0.044
(0.066) (0.066) (0.065) (0.100) (0.094) (0.064) (0.103) (0.086) (0.075)
Pr_GLP 0.167 0.293 0.457 0.274 -0.075 -0.847 -0.666 -0.156 0.337
(0.249) (0.259) (0.276) (0.379) (0.370) (0.271) (0.390) (0.341) (0.319)
Produção Industrial 0.559 0.645 0.702 0.897 0.660 0.388 0.064 0.410 0.584
(0.093) (0.107) (0.111) (0.141) (0.152) (0.110) (0.145) (0.140) (0.129)
R2 Ajustado 0.495 0.509 0.524 0.906 0.920 0.963 0.814 0.872 0.904
Estatística Durbin-Watson 2.203 2.165 2.336 0.917 0.966 1.869 1.527 1.771 2.002
121
Anexo D
Variável Dependente
Vol_Álcool Vol_Diesel Vol_Gasolina
Variáveis
Constante 9.468 9.130 9.133 5.605 5.358 6.025 8.706 9.890 9.889
(1.505) (1.785) (1.684) (1.391) (1.367) (1.284) (0.577) (0.603) (0.591)
t -0.002 -0.029 -0.005 0.011 0.005 0.012
(0.004) (0.011) (0.003) (0.006) (0.001) (0.004)
t2 3.95E-04 -2.45E-04 -9.02E-05
(1.50E-04) (8.35E-05) (5.28E-05)
Pr_Gás Natural -0.033 -0.060 -0.037
(0.043) (0.045) (0.042)
Pr_Diesel -1.254 -1.274 0.036 0.150 0.391 -0.232 0.321 0.389 0.090
(0.635) (0.643) (0.785) (0.418) (0.431) (0.451) (0.243) (0.217) (0.276)
Pr_Gasolina 3.055 3.260 2.263 -2.048 -1.432 -0.577 -0.522 -1.238 -1.010
(1.254) (1.387) (1.363) (0.711) (0.776) (0.775) (0.481) (0.469) (0.479)
Pr_Álcool -1.129 -1.158 -1.407 0.246 0.127 0.197 0.031 0.134 0.191
(0.340) (0.353) (0.346) (0.192) (0.199) (0.185) (0.130) (0.119) (0.121)
Pr_Óleo Combustível 0.293 0.183 0.097
(0.141) (0.151) (0.143)
Pr_GLP 0.636 0.374 0.127
(0.291) (0.320) (0.308)
Produção Industrial -0.123 -0.072 0.067 1.395 1.542 1.453 0.785 0.604 0.573
(0.375) (0.405) (0.386) (0.204) (0.216) (0.202) (0.144) (0.137) (0.135)
R2 Ajustado 0.208 0.194 0.283 0.578 0.597 0.656 0.516 0.617 0.632
Estatística Durbin-Watson 1.261 1.273 1.274 1.147 1.258 1.386 1.902 2.280 2.505
122
Anexo D
Variável Dependente
Vol_GLP Vol_Gás Natural Vol_Óleo Combustível
Variáveis
Constante 9.854 9.872 9.405 -15.57 -14.62 -5.749 11.59 11.31 10.14
(0.648) (0.657) (0.707) (6.629) (6.497) (6.446) (1.741) (1.692) (1.826)
t 4.75E-04 -0.004 0.024 0.105 -0.007 -0.018
(0.001) (0.003) (0.013) (0.027) (0.003) (0.008)
t2 6.02E-05 -0.001 1.51E-04
(3.73E-05) (3.40E-04) (9.62E-05)
Pr_Gás Natural 0.021 0.024 0.018 -0.555 -0.381 -0.266 0.095 0.044 0.029
(0.022) (0.024) (0.024) (0.223) (0.238) (0.218) (0.058) (0.062) (0.062)
Pr_Diesel 0.041 -0.008 0.016 0.480 -2.027 -2.488 -0.677 0.053 0.114
(0.117) (0.183) (0.180) (1.194) (1.808) (1.643) (0.314) (0.471) (0.465)
Pr_Óleo Combustível -0.089 -0.081 -0.071 -0.703 -0.299 -0.480 0.315 0.198 0.222
(0.071) (0.076) (0.074) (0.730) (0.747) (0.679) (0.192) (0.195) (0.192)
Pr_GLP -0.104 -0.076 0.013 3.389 4.830 3.144 -0.580 -0.999 -0.776
(0.143) (0.165) (0.172) (1.465) (1.637) (1.564) (0.385) (0.426) (0.443)
Produção Industrial 0.371 0.350 0.393 2.851 1.745 0.912 0.254 0.576 0.687
(0.086) (0.106) (0.108) (0.878) (1.052) (0.984) (0.231) (0.274) (0.279)
R2 Ajustado 0.264 0.250 0.275 0.468 0.492 0.584 0.444 0.478 0.493
Estatística Durbin-Watson 2.170 2.228 2.346 0.674 0.666 0.792 1.206 1.302 1.325
123
Anexo E
Variável Dependente
Vol_Álcool Vol_Diesel Vol_Gasolina
Variáveis
Constante 6.543 9.936 9.496 11.51 11.69 11.94 10.47 11.88 11.88
(1.209) (1.267) (0.891) (1.251) (1.330) (1.323) (0.636) (0.719) (0.728)
t 0.014 -0.021 0.001 0.010 0.006 0.006
(0.003) (0.005) (0.002) (0.007) (0.002) (0.004)
t2 5.64E-04 1.52E-04 -2.79E-07
(7.95E-05) (1.02E-04) (6.49E-05)
Pr_Gás Natural 0.133 0.138 0.122
(0.128) (0.130) (0.129)
Pr_Diesel -0.818 -0.938 1.647 0.446 0.434 0.236 0.275 0.226 0.224
(0.544) (0.460) (0.487) (0.392) (0.397) (0.413) (0.286) (0.261) (0.398)
Pr_Gasolina 3.312 2.286 -0.734 0.001 -0.037 0.522 0.067 -0.358 -0.356
(0.807) (0.719) (0.660) (0.459) (0.472) (0.598) (0.425) (0.408) (0.539)
Pr_Álcool -1.212 -1.206 -1.408 -0.360 -0.362 -0.373 -0.284 -0.281 -0.281
(0.314) (0.266) (0.189) (0.146) (0.148) (0.146) (0.165) (0.151) (0.154)
Pr_Óleo Combustível -0.105 -0.108 -0.233
(0.120) (0.121) (0.146)
Pr_GLP -0.490 -0.493 -0.701
(0.238) (0.240) (0.275)
Produção Industrial 0.381 -0.250 0.237 0.710 0.678 0.671 0.431 0.169 0.169
(0.279) (0.274) (0.204) (0.151) (0.170) (0.168) (0.147) (0.155) (0.167)
R2 Ajustado 0.573 0.695 0.850 0.442 0.432 0.447 0.319 0.434 0.422
Estatística Durbin-Watson 0.596 0.775 1.262 1.160 1.158 1.220 1.554 1.868 1.868
124
Anexo E
Variável Dependente
Vol_GLP Vol_Gás Natural Vol_Óleo Combustível
Variáveis
Constante 10.05 10.45 10.43 10.68 12.74 12.85 8.741 9.146 9.203
(0.908) (0.965) (0.968) (1.509) (1.381) (1.176) (3.315) (3.571) (3.589)
t 0.001 -0.002 0.007 0.027 0.001 0.012
(0.001) (0.004) (0.002) (0.005) (0.004) (0.015)
t2 5.26E-05 -3.09E-04 -1.62E-04
(5.86E-05) (7.12E-05) (2.17E-04)
Pr_Gás Natural 0.089 0.110 0.144 0.215 0.327 0.132 -0.173 -0.151 -0.253
(0.080) (0.081) (0.089) (0.132) (0.116) (0.109) (0.290) (0.301) (0.332)
Pr_Diesel 0.066 -0.023 -0.099 -0.649 -1.117 -0.670 0.559 0.467 0.701
(0.110) (0.133) (0.158) (0.182) (0.191) (0.192) (0.400) (0.493) (0.587)
Pr_Óleo Combustível -0.137 -0.140 -0.093 0.475 0.461 0.186 -0.285 -0.288 -0.432
(0.086) (0.085) (0.100) (0.142) (0.122) (0.122) (0.312) (0.315) (0.371)
Pr_GLP -0.284 -0.291 -0.224 0.364 0.328 -0.061 0.540 0.533 0.329
(0.176) (-0.176) (0.191) (0.293) (0.251) (0.232) (0.643) (0.650) (0.708)
Produção Industrial 0.678 0.603 0.583 0.183 -0.208 -0.090 -0.029 -0.106 -0.044
(0.099) (0.118) (0.120) (0.164) (0.168) (0.146) (0.361) (0.435) (0.445)
R2 Ajustado 0.520 0.524 0.522 0.719 0.793 0.850 0.032 0.014 0.004
Estatística Durbin-Watson 2.162 2.167 2.235 0.844 1.275 1.638 1.997 2.016 2.011
125
Anexo F
Variável Dependente
Vol_Álcool Vol_Diesel Vol_Gasolina
Variáveis
126
Anexo F
Variável Dependente
Vol_GLP Vol_Gás Natural Vol_Óleo Combustível
Variáveis
Constante 9.929 9.934 9.466 9.304 9.409 14.10 10.88 10.94 6.907
(0.670) (0.677) (0.938) (2.012) (1.934) (2.501) (1.380) (1.342) (1.657)
t 0.001 -0.002 0.012 0.041 0.007 -0.019
(0.002) (0.004) (0.005) (0.012) (0.004) (0.008)
t2 5.17E-05 -0.001 4.46E-04
(7.13E-05) (1.90E-04) (1.26E-04)
Pr_Gás Natural -0.029 -0.033 -0.028 0.082 -0.004 -0.058 0.086 0.034 0.081
(0.024) (0.028) (0.029) (0.072) (0.080) (0.077) (0.050) (0.055) (0.051)
Pr_Diesel 0.063 0.022 -0.034 0.105 -0.756 -0.197 -0.092 -0.614 -1.095
(0.101) (0.169) (0.186) (0.302) (0.482) (0.497) (0.207) (0.335) (0.329)
Pr_Óleo Combustível 0.011 0.012 0.013 0.096 0.114 0.099 0.007 0.018 0.031
(0.062) (0.063) (0.063) (0.187) (0.180) (0.169) (0.128) (0.125) (0.112)
Pr_GLP -0.312 -0.284 -0.139 0.225 0.806 -0.640 0.245 0.598 1.844
(0.119) (0.151) (0.250) (0.357) (0.431) (0.668) (0.245) (0.299) (0.442)
Produção Industrial 0.392 0.370 0.379 0.038 -0.413 -0.499 -0.039 -0.314 -0.239
(0.105) (0.127) (0.128) (0.314) (0.363) (0.342) (0.215) (0.252) (0.227)
R2 Ajustado 0.285 0.271 0.264 0.270 0.326 0.407 0.072 0.123 0.296
Estatística Durbin-Watson 2.295 2.308 2.376 1.365 1.408 1.546 1.376 1.370 1.689
127
Anexo G
Variável Dependente
Vol_Álcool Vol_Diesel Vol_Gasolina
Variáveis
Constante 7.601 10.53 10.53 9.258 8.728 8.290 12.21 12.70 12.77
(1.464) (1.421) (1.441) (0.800) (0.823) (0.851) (0.576) (0.643) (0.642)
t 0.015 0.014 -0.002 -0.007 0.003 -0.003
(0.003) (0.011) (0.001) (0.003) (0.002) (0.005)
t2 1.10E-05 8.07E-05 8.30E-05
(1.52E-04) (4.92E-05) (6.79E-05)
Pr_Gás Natural -0.002 -0.019 -0.023
(0.053) (0.052) (0.051)
Pr_Diesel -2.096 -2.246 -2.201 0.020 0.156 0.370 -0.130 -0.155 0.186
(0.544) (0.467) (0.783) (0.188) (0.196) (0.232) (0.214) (0.211) (0.349)
Pr_Gasolina 6.072 4.348 4.292 -0.435 -0.239 -0.607 0.060 -0.230 -0.646
(1.175) (1.081) (1.334) (0.307) (0.315) (0.382) (0.462) (0.489) (0.594)
Pr_Álcool -1.399 -1.012 -1.014 0.040 -0.010 -0.009 -0.004 0.061 0.049
(0.285) (0.259) (0.263) (0.073) (0.075) (0.074) (0.112) (0.117) (0.117)
Pr_Óleo Combustível 0.023 -0.033 -0.023
(0.052) (0.058) (0.058)
Pr_GLP 0.010 0.003 0.152
(0.178) (0.173) (0.193)
Produção Industrial 0.277 -0.174 -0.169 1.109 1.193 1.235 0.337 0.261 0.301
(0.358) (0.323) (0.335) (0.093) (0.100) (0.101) (0.141) (0.146) (0.149)
R2 Ajustado 0.607 0.712 0.706 0.813 0.824 0.830 0.102 0.130 0.139
Estatística Durbin-Watson 0.978 1.095 1.091 1.943 2.121 2.360 2.163 2.287 2.296
128
Anexo G
Variável Dependente
Vol_GLP Vol_Gás Natural Vol_Óleo Combustível
Variáveis
Constante 10.31 9.642 8.862 8.159 10.33 13.46 18.66 12.57 10.30
(0.864) (0.934) (1.054) (1.424) (1.392) (1.301) (2.296) (1.428) (1.503)
t -0.002 -0.007 0.007 0.025 -0.021 -0.033
(0.001) (0.003) (0.002) (0.004) (0.002) (0.004)
t2 6.37E-05 2.55E-04 1.85E-04
(4.18E-05) (5.16E-05) (5.97E-05)
Pr_Gás Natural 0.030 0.006 0.007 0.087 0.167 0.159 0.223 -0.001 0.004
(0.064) (0.065) (0.064) (0.106) (0.096) (0.079) (0.171) (0.099) (0.091)
Pr_Diesel -0.344 -0.126 -0.150 0.590 -0.124 -0.028 -0.855 1.142 1.073
(0.107) (0.166) (0.164) (0.176) (0.247) (0.203) (0.284) (0.253) (0.234)
Pr_Óleo Combustível 0.045 -0.015 -0.009 0.070 0.266 0.245 0.206 -0.343 -0.328
(0.065) (0.073) (0.072) (0.107) (0.108) (0.089) (0.172) (0.111) (0.102)
Pr_GLP 0.108 0.112 0.304 0.243 0.230 -0.541 -1.464 -1.426 -0.868
(0.206) (0.202) (0.236) (0.340) (0.301) (0.291) (0.548) (0.309) (0.337)
Produção Industrial 0.558 0.683 0.728 0.920 0.507 0.328 -0.156 1.000 1.130
(0.090) (0.115) (0.117) (0.148) (0.172) (0.145) (0.239) (0.176) (0.167)
R2 Ajustado 0.494 0.513 0.526 0.901 0.922 0.948 0.776 0.929 0.940
Estatística Durbin-Watson 2.176 2.192 2.373 1.366 1.412 1.850 0.799 1.337 1.392
129
Anexo H
Variável Dependente
Vol_Álcool Vol_Diesel Vol_Gasolina
Variáveis
Constante 8.535 10.26 10.09 9.562 8.905 9.111 11.60 12.95 13.00
(1.142) (1.292) (1.327) (1.114) (1.319) (1.296) (0.718) (0.783) (0.807)
t 0.007 0.013 -0.002 0.009 0.005 0.004
(0.003) (0.010) (0.002) (0.006) (0.002) (0.006)
t2 -9.17E-05 -1.58E-04 2.69E-05
(1.41E-04) (9.08E-05) (8.59E-05)
Pr_Gás Natural 0.003 -0.021 0.008
(0.054) (0.059) (0.060)
Pr_Diesel 0.873 0.693 0.288 -0.269 -0.140 -0.572 0.486 0.346 0.465
(0.486) (0.468) (0.781) (0.364) (0.390) (0.455) (0.305) (0.284) (0.475)
Pr_Gasolina -0.370 -0.671 -0.210 -0.627 -0.591 0.147 -0.769 -1.004 -1.139
(0.971) (0.932) (1.176) (0.526) (0.528) (0.669) (0.610) (0.565) (0.715)
Pr_Álcool -0.686 -0.688 -0.658 0.200 0.200 0.212 0.109 0.107 0.099
(0.244) (0.233) (0.238) (0.133) (0.133) (0.130) (0.154) (0.141) (0.145)
Pr_Óleo Combustível 0.236 0.182 0.078
(0.106) (0.121) (0.132)
Pr_GLP 0.144 0.173 0.009
(0.274) (0.276) (0.286)
Produção Industrial 0.584 0.240 0.214 0.845 0.950 0.909 0.356 0.087 0.095
(0.266) (0.289) (0.293) (0.139) (0.179) (0.177) (0.167) (0.175) (0.178)
R2 Ajustado 0.466 0.516 0.510 0.460 0.459 0.482 0.201 0.327 0.314
Estatística Durbin-Watson 1.010 1.190 1.235 1.610 1.580 1.556 1.798 2.205 2.195
130
Anexo H
Variável Dependente
Vol_GLP Vol_Gás Natural Vol_Óleo Combustível
Variáveis
Constante 7.493 6.756 6.423 5.384 9.851 10.72 13.91 7.862 5.343
(0.912) (1.080) (1.174) (2.276) (2.467) (2.675) (1.999) (1.782) (1.685)
t -0.002 -0.005 0.013 0.021 -0.018 -0.039
(0.002) (0.004) (0.004) (0.009) (0.003) (0.006)
t2 4.07E-05 -1.06E-04 3.08E-04
(5.45E-05) (1.24E-04) (7.83E-05)
Pr_Gás Natural 0.106 0.078 0.069 -0.310 -0.139 -0.115 0.340 0.109 0.042
(0.047) (0.052) (0.054) (0.118) (0.119) (0.123) (0.104) (0.086) (0.077)
Pr_Diesel -0.320 -0.128 -0.169 1.138 -0.023 0.083 -0.820 0.752 0.443
(0.146) (0.211) (0.219) (0.365) (0.482) (0.499) (0.320) (0.348) (0.314)
Pr_Gasolina
Pr_Álcool
Pr_Óleo Combustível -0.002 -0.072 -0.031 -0.026 0.393 0.286 0.235 -0.332 -0.023
(0.089) (0.104) (0.118) (0.222) (0.238) (0.269) (0.195) (0.172) (0.170)
Pr_GLP 0.303 0.327 0.418 -0.673 -0.821 -1.057 -0.609 -0.409 0.274
(0.235) (0.235) (0.265) (0.587) (0.536) (0.604) (0.516) (0.387) (0.380)
Produção Industrial 0.805 0.932 0.949 1.605 0.836 0.791 -0.025 1.016 1.145
(0.108) (0.148) (0.150) (0.269) (0.337) (0.342) (0.237) (0.243) (0.215)
R2 Ajustado 0.538 0.544 0.539 0.792 0.828 0.827 0.674 0.818 0.861
Estatística Durbin-Watson 1.776 1.789 1.865 1.449 1.624 1.628 0.775 0.702 0.869
131
Anexo I
Variável Dependente
Vol_Álcool Vol_Álcool
Variáveis
Pr_GLP
132
Anexo I
Variável Dependente
Vol_Gás Natural Vol_Gás Natural Vol_Óleo Combustível
Variáveis
Constante 10.04 11.07 11.41 9.956 11.21 12.35 14.53 10.42 11.15
(0.616) (0.663) (0.511) (0.651) (0.700) (0.497) (1.027) (0.763) (0.606)
t 0.005 0.025 0.005 0.031 -0.011 -0.023
(0.002) (0.004) (0.001) (0.004) (0.001) (0.002)
t2 -2.68E-04 -3.28E-04 2.22E-04
(4.49E-05) (4.27E-05) (3.86E-05)
Pr_Gás Natural 0.617 0.603 0.140 0.711 0.633 0.247
(0.150) (0.139) (0.132) (0.137) (0.127) (0.100)
Pr_Diesel 0.224 -0.033 -0.039
(0.133) (0.150) (0.115)
Pr_Álcool -0.263 0.136 -0.053
(0.128) (0.089) (0.076)
Pr_Óleo Combustível -0.250 -0.100 0.078
(0.101) (0.063) (0.058)
Pr_GLP 0.339 -0.190 -0.858
(0.302) (0.317) (0.232)
Produção Industrial 0.932 0.699 0.459 0.928 0.704 0.406 -0.298 0.630 0.513
(0.127) (0.140) (0.114) (0.132) (0.137) (0.101) (0.217) (0.165) (0.130)
R2 Ajustado 0.909 0.922 0.954 0.906 0.922 0.964 0.553 0.836 0.901
Estatística Durbin-Watson 0.915 0.922 1.510 0.958 0.919 1.836 0.745 1.188 1.885
133
Anexo I
Variável Dependente
Vol_Óleo Combustível Vol_Óleo Combustível Vol_Óleo Combustível
Variáveis
Constante 13.59 11.56 10.61 14.54 10.20 10.79 12.46 11.21 10.97
(0.691) (0.734) (0.589) (0.836) (0.852) (0.673) (0.681) (0.568) (0.507)
t -0.008 -0.025 -0.013 -0.023 -0.007 -0.021
(0.002) (0.003) (0.002) (0.002) (0.001) (0.004)
t2 2.28E-04 2.08E-04 1.84E-04
(3.90E-05) (3.65E-05) (4.82E-05)
Pr_Gás Natural -0.823 -0.435 -0.102
(0.102) (0.103) (0.126)
Pr_Diesel -0.873 -0.251 0.143
(0.118) (0.168) (0.147)
Pr_Gasolina -0.907 0.334 0.049
(0.184) (0.218) (0.178)
Pr_Óleo Combustível 0.196 0.051 0.005 -0.062 -0.101 0.044 0.054 0.083 0.071
(0.093) (0.085) (0.066) (0.089) (0.063) (0.056) (0.072) (0.056) (0.050)
Produção Industrial -0.036 0.398 0.623 -0.167 0.641 0.580 -0.051 0.349 0.517
(0.149) (0.157) (0.128) (0.176) (0.169) (0.132) (0.142) (0.129) (0.123)
R2 Ajustado 0.770 0.835 0.902 0.674 0.836 0.900 0.789 0.874 0.901
Estatística Durbin-Watson 1.296 1.216 1.860 0.893 1.140 1.859 1.563 1.740 1.926
134
Anexo J
Variável Dependente
Vol_Álcool Vol_Diesel Vol_Diesel
Variáveis
Constante 8.976 9.676 10.40 8.080 6.238 6.315 7.859 6.301 6.465
(1.606) (1.909) (1.810) (0.893) (0.955) (0.833) (0.791) (0.925) (0.826)
t 0.002 -0.019 -0.008 0.013 -0.006 0.012
(0.003) (0.008) (0.002) (0.005) (0.002) (0.005)
t2 3.45E-04 -2.90E-04 -2.67E-04
(1.24E-04) (7.16E-05) (7.21E-05)
Pr_Álcool -0.500 -0.566 -0.816 -0.270 -0.216 0.106
(0.205) (0.228) (0.232) (0.139) (0.126) (0.136)
Pr_Diesel -0.071 0.302 -0.361 0.692 0.716 -0.312
(0.142) (0.165) (0.218) (0.321) (0.301) (0.386)
Pr_Gasolina -1.551 -1.048 0.118
(0.486) (0.489) (0.538)
Pr_Óleo Combustível 0.124 0.075 0.416
(0.155) (0.171) (0.202)
Pr_GLP
Produção Industrial 0.330 0.170 0.092 1.049 1.450 1.410 1.264 1.549 1.367
(0.337) (0.412) (0.387) (0.195) (0.208) (0.182) (0.171) (0.190) (0.176)
R2 Ajustado 0.132 0.123 0.228 0.468 0.569 0.672 0.525 0.583 0.669
Estatística Durbin-Watson 1.100 1.081 1.299 0.849 1.131 1.392 0.967 1.164 1.369
135
Anexo J
Variável Dependente
Vol_Diesel Vol_Gasolina Vol_Gás Natural
Variáveis
Constante 4.395 4.090 6.171 8.672 9.801 9.877 -2.206 -0.453 5.070
(1.313) (1.233) (1.203) (0.580) (0.615) (0.585) (4.067) (4.916) (4.491)
t -0.006 0.011 0.005 0.012 0.008 0.111
(0.002) (0.005) (0.001) (0.003) (0.012) (0.027)
t2 -2.49E-04 -1.01E-04 -0.001
(6.29E-05) (4.04E-05) (3.33E-04)
Pr_Álcool -0.048 0.034 0.184
(0.117) (0.108) (0.119)
Pr_Diesel -0.676 -0.175 -0.283 1.073 0.634 -1.517
(0.144) (0.221) (0.196) (0.345) (0.766) (0.851)
Pr_Gasolina 0.067 -0.501 -0.881
(0.180) (0.229) (0.265)
Pr_Gás Natural -0.651 -0.608 -0.371
(0.228) (0.239) (0.216)
Pr_GLP 0.840 0.517 0.106
(0.292) (0.296) (0.279)
Produção Industrial 1.263 1.555 1.371 0.730 0.545 0.561 2.390 2.021 0.781
(0.174) (0.193) (0.175) (0.139) (0.136) (0.129) (0.891) (1.064) (0.976)
R2 Ajustado 0.509 0.571 0.669 0.509 0.600 0.639 0.421 0.414 0.555
Estatística Durbin-Watson 0.965 1.172 1.372 1.927 2.230 2.528 0.673 0.658 0.802
136
Anexo J
Variável Dependente
Vol_Gás Natural Vol_Gás Natural Vol_Óleo Combustível
Variáveis
Constante -11.23 -8.366 0.544 -2.360 0.791 2.372 13.24 11.33 10.05
(3.500) (5.850) (6.475) (4.350) (4.697) (4.037) (1.674) (1.641) (1.780)
t 0.004 0.066 0.015 0.104 -0.007 -0.018
(0.007) (0.024) (0.009) (0.022) (0.002) (0.007)
t2 -0.001 -0.001 1.57E-04
(3.54E-04) (3.04E-04) (9.34E-05)
Pr_Óleo Combustível 0.663 0.097 -0.908 0.011 0.239 0.276
(0.263) (0.433) (0.437) (0.120) (0.130) (0.129)
Pr_Gás Natural -0.581 -0.572 -0.523 -0.637 -0.562 -0.406
(0.216) (0.218) (0.207) (0.235) (0.235) (0.205)
Pr_GLP 2.653 2.254 0.266 -1.109 -0.997 -0.717
(0.665) (0.934) (1.160) (0.328) (0.302) (0.340)
Produção Industrial 2.509 2.163 1.554 2.540 1.785 1.228 0.190 0.565 0.664
(0.799) (0.984) (0.957) (0.933) (1.029) (0.890) (0.239) (0.247) (0.250)
R2 Ajustado 0.476 0.469 0.526 0.387 0.406 0.565 0.394 0.492 0.510
Estatística Durbin-Watson 0.681 0.686 0.775 0.654 0.633 0.780 1.133 1.326 1.346
137
Anexo K
Variável Dependente
Vol_Álcool Vol_Álcool Vol_Álcool
Variáveis
Constante 6.426 10.61 9.413 6.825 10.17 9.471 5.934 10.08 10.70
(1.387) (1.360) (0.891) (1.210) (1.301) (0.984) (1.740) (1.367) (1.083)
t 0.017 -0.018 0.013 -0.008 0.021 -0.013
(0.003) (0.005) (0.003) (0.004) (0.003) (0.007)
t2 0.001 3.63E-04 4.88E-04
(6.10E-05) (5.82E-05) (8.77E-05)
Pr_Álcool -0.855 -0.983 -1.430 -1.309 -1.317 -1.250 0.011 -0.663 -0.879
(0.347) (0.279) (0.188) (0.312) (0.268) (0.202) (0.262) (0.209) (0.169)
Pr_Diesel 1.111 0.235 1.166
(0.313) (0.300) (0.224)
Pr_Gasolina 2.261 1.110 1.251
(0.410) (0.443) (0.334)
Pr_Óleo Combustível 0.212 -0.243 0.342
(0.170) (0.137) (0.151)
Produção Industrial 0.768 -0.149 0.169 0.437 -0.170 0.002 0.890 -0.068 -0.080
(0.301) (0.296) (0.195) (0.280) (0.279) (0.212) (0.366) (0.293) (0.231)
R2 Ajustado 0.438 0.638 0.849 0.562 0.675 0.817 0.317 0.656 0.786
Estatística Durbin-Watson 0.370 0.617 1.225 0.497 0.647 1.103 0.435 0.665 1.180
138
Anexo K
Variável Dependente
Vol_GLP Vol_Gás Natural Vol_Gás Natural
Variáveis
Constante 10.24 10.40 9.903 10.48 12.60 11.97 10.88 11.05 10.68
(0.499) (0.553) (0.728) (0.825) (0.931) (0.650) (0.806) (0.847) (0.600)
t 0.001 -0.003 0.007 0.031 0.001 0.032
(0.001) (0.003) (0.002) (0.003) (0.002) (0.005)
t2 5.24E-05 -3.67E-04 -4.29E-04
(4.99E-05) (4.97E-05) (6.05E-05)
Pr_Gás Natural 0.398 0.503 0.068 0.205 0.208 -0.099
(0.113) (0.105) (0.094) (0.104) (0.104) (0.085)
Pr_Diesel -0.043 -0.095 -0.114 -0.014 -0.540 -0.452
(0.066) (0.100) (0.101) (0.120) (0.178) (0.124)
Pr_Gasolina
139
Anexo L
Variável Dependente
Vol_Álcool Vol_Álcool Vol_Diesel
Variáveis
Constante 7.986 6.616 6.361 6.646 8.019 8.026 7.123 7.828 7.865
(1.062) (1.309) (1.311) (1.421) (1.745) (1.749) (0.643) (0.760) (0.765)
t -0.005 -0.012 0.005 -0.001 0.003 0.006
(0.003) (0.006) (0.003) (0.008) (0.002) (0.004)
t2 1.03E-04 9.54E-05 -4.30E-05
(7.52E-05) (1.07E-04) (5.50E-05)
Pr_Álcool -1.740 -1.700 -1.716 -0.600 -0.826 -0.839 -0.447 -0.491 -0.438
(0.262) (0.258) (0.256) (0.208) (0.267) (0.268) (0.156) (0.156) (0.170)
Pr_Diesel 0.443 0.320 0.224
(0.133) (0.150) (0.194)
Pr_Gasolina 2.306 2.770 2.917
(0.366) (0.449) (0.458)
Pr_Óleo Combustível 0.301 0.254 0.316
(0.129) (0.132) (0.149)
Produção Industrial -0.113 0.127 0.175 0.456 0.160 0.175 1.166 1.015 1.001
(0.251) (0.282) (0.282) (0.298) (0.370) (0.371) (0.138) (0.163) (0.164)
R2 Ajustado 0.498 0.517 0.526 0.189 0.202 0.198 0.767 0.775 0.773
Estatística Durbin-Watson 1.254 1.268 1.319 1.010 1.015 1.110 1.178 1.177 1.183
140
Anexo L
Variável Dependente
Vol_Diesel Vol_Diesel Vol_GLP
Variáveis
Constante 6.326 6.778 6.891 6.852 6.921 10.23 9.525 9.842 9.461
(0.634) (0.797) (0.765) (0.847) (0.858) (1.093) (0.495) (0.586) (0.771)
t 0.002 0.011 0.002 0.020 0.001 -0.002
(0.002) (0.005) (0.002) (0.005) (0.001) (0.004)
t2 -1.47E-04 -3.44E-04 4.79E-05
(6.39E-05) (8.31E-05) (6.28E-05)
Pr_Álcool
141
Anexo M
Variável Dependente
Vol_Álcool Vol_Diesel Vol_Diesel
Variáveis
Constante 8.320 11.05 10.98 9.304 8.863 8.866 9.331 8.890 8.931
(1.641) (1.708) (1.532) (0.360) (0.389) (0.391) (0.330) (0.385) (0.380)
t 0.014 -0.009 -0.002 -0.004 -0.002 -0.006
(0.004) (0.007) (0.001) (0.003) (0.001) (0.003)
t2 3.53E-04 2.83E-05 6.44E-05
(9.82E-05) (3.41E-05) (4.05E-05)
Pr_Álcool -0.827 -0.435 -0.857 -0.040 -0.050 -0.081
(0.274) (0.277) (0.275) (0.046) (0.044) (0.058)
Pr_Diesel -0.138 -0.011 0.053 0.014 0.079 0.351
(0.047) (0.069) (0.104) (0.112) (0.113) (0.204)
Pr_Gasolina 1.826 -0.037 1.017 -0.317 -0.254 -0.607
(0.461) (0.701) (0.693) (0.186) (0.183) (0.286)
Produção Industrial 0.594 0.201 0.130 1.053 1.150 1.152 1.083 1.173 1.210
(0.394) (0.378) (0.340) (0.079) (0.085) (0.086) (0.069) (0.080) (0.082)
R2 Ajustado 0.498 0.582 0.664 0.819 0.835 0.834 0.826 0.837 0.842
Estatística Durbin-Watson 0.576 0.679 0.831 1.828 2.122 2.178 1.897 2.126 2.279
142
Anexo M
Variável Dependente
Vol_Gás Natural Vol_Gás Natural Vol_Gás Natural
Variáveis
Constante 8.908 10.10 10.52 3.163 8.349 11.38 9.428 11.03 11.12
(0.670) (0.767) (0.654) (1.223) (1.333) (1.348) (0.799) (0.663) (0.561)
t 0.005 0.020 0.008 0.025 0.007 0.020
(0.002) (0.004) (0.001) (0.004) (0.001) (0.003)
t2 -2.15E-04 -2.49E-04 -2.02E-04
(4.71E-05) (5.83E-05) (4.44E-05)
Pr_Gás Natural 0.130 0.186 0.072 0.116 0.166 0.167 0.288 0.195 0.075
(0.088) (0.085) (0.076) (0.128) (0.101) (0.087) (0.092) (0.072) (0.066)
Pr_Diesel 0.743 0.419 0.271
(0.090) (0.146) (0.127)
Pr_Óleo Combustível 0.437 0.249 0.184
(0.071) (0.062) (0.055)
Pr_GLP 1.503 0.630 -0.070
(0.281) (0.270) (0.284)
Produção Industrial 0.928 0.682 0.534 1.143 0.621 0.421 0.940 0.521 0.434
(0.144) (0.163) (0.141) (0.170) (0.163) (0.148) (0.169) (0.146) (0.125)
R2 Ajustado 0.903 0.914 0.939 0.854 0.910 0.933 0.869 0.924 0.946
Estatística Durbin-Watson 1.299 1.245 1.669 1.223 1.242 1.331 1.164 1.349 1.918
143
Anexo M
Variável Dependente
Vol_Óleo Combustível Vol_Óleo Combustível Vol_Óleo Combustível
Variáveis
Constante 13.72 8.331 9.191 13.35 8.043 7.254 13.88 7.165 7.877
(1.569) (1.012) (0.904) (1.175) (1.040) (0.823) (1.314) (1.004) (0.933)
t -0.017 -0.032 -0.020 -0.040 -0.021 -0.031
(0.002) (0.004) (0.002) (0.004) (0.002) (0.004)
t2 2.57E-04 2.88E-04 1.99E-04
(6.27E-05) (5.04E-05) (5.83E-05)
Pr_Álcool -0.215 0.151 -0.046
(0.172) (0.102) (0.101)
Pr_Diesel -1.229 0.490 0.790
(0.238) (0.271) (0.218)
Pr_Gasolina -1.373 1.036 0.597
(0.372) (0.320) (0.317)
Pr_Óleo Combustível -0.577 -0.212 0.015 0.151 -0.368 -0.331 -0.147 -0.399 -0.179
(0.131) (0.081) (0.089) (0.179) (0.138) (0.108) (0.169) (0.100) (0.111)
Pr_GLP
Produção Industrial -0.304 0.960 0.830 -0.090 0.996 1.202 -0.108 1.069 1.016
(0.330) (0.219) (0.193) (0.249) (0.218) (0.173) (0.274) (0.195) (0.178)
R2 Ajustado 0.633 0.886 0.914 0.753 0.888 0.932 0.702 0.902 0.919
Estatística Durbin-Watson 0.515 0.760 1.035 0.734 0.680 1.109 0.654 0.772 0.973
144
Anexo N
Variável Dependente
Vol_Álcool Vol_Álcool Vol_Álcool
Variáveis
Constante 8.504 10.13 10.03 7.991 9.996 9.969 7.282 10.33 9.380
(1.130) (1.275) (1.280) (1.126) (1.296) (1.277) (1.256) (1.350) (1.371)
t 0.007 0.014 0.008 0.016 0.009 0.024
(0.003) (0.008) (0.003) (0.006) (0.002) (0.007)
t2 -1.07E-04 -1.33E-04 -2.49E-04
(1.11E-04) (8.44E-05) (1.14E-04)
Pr_Álcool -0.754 -0.808 -0.677 -0.896 -0.850 -0.669 -0.368 -0.684 -0.469
(0.167) (0.161) (0.211) (0.219) (0.208) (0.234) (0.140) (0.147) (0.173)
Pr_Diesel 0.699 0.390 0.161
(0.166) (0.204) (0.314)
Pr_Gasolina 1.268 0.570 0.187
(0.342) (0.414) (0.474)
Pr_Óleo Combustível 0.236 0.094 -0.178
(0.112) (0.105) (0.161)
Produção Industrial 0.547 0.188 0.199 0.512 0.152 0.189 0.855 0.161 0.299
(0.246) (0.278) (0.279) (0.268) (0.286) (0.283) (0.263) (0.291) (0.288)
R2 Ajustado 0.475 0.521 0.520 0.442 0.505 0.519 0.347 0.494 0.530
Estatística Durbin-Watson 1.005 1.165 1.239 0.995 1.151 1.254 1.069 1.215 1.263
145
Anexo N
Variável Dependente
Vol_GLP Vol_Gás Natural Vol_Gás Natural
Variáveis
Constante 9.947 7.767 6.842 3.267 5.632 5.976 3.615 6.335 6.348
(0.483) (0.941) (1.147) (1.226) (1.448) (1.530) (1.388) (1.311) (1.331)
t -0.003 -0.008 0.010 0.015 0.011 0.011
(0.001) (0.004) (0.004) (0.009) (0.002) (0.008)
t2 6.54E-05 -7.44E-05 -1.11E-05
(4.74E-05) (1.03E-04) (1.12E-04)
Pr_Gás Natural 0.084 0.048 0.035 -0.295 -0.154 -0.129 -0.318 -0.153 -0.150
(0.050) (0.049) (0.050) (0.116) (0.121) (0.126) (0.127) (0.113) (0.118)
Pr_Diesel 0.836 0.315 0.203
(0.099) (0.214) (0.264)
Pr_Óleo Combustível 0.623 0.232 0.221
(0.087) (0.112) (0.155)
Pr_GLP -0.377 0.007 0.210
(0.098) (0.172) (0.225)
Produção Industrial 0.742 0.941 1.002 1.599 1.111 1.035 1.625 0.994 0.989
(0.113) (0.130) (0.136) (0.264) (0.307) (0.326) (0.293) (0.282) (0.289)
R2 Ajustado 0.466 0.523 0.532 0.795 0.818 0.816 0.755 0.825 0.822
Estatística Durbin-Watson 1.313 1.560 1.697 1.432 1.489 1.492 1.260 1.544 1.542
146
Anexo N
Variável Dependente
Vol_Óleo Combustível Vol_Óleo Combustível Vol_Óleo Combustível
Variáveis
Constante 11.46 5.833 6.050 11.75 4.917 5.967 16.54 7.560 4.888
(1.237) (1.119) (0.959) (1.357) (1.048) (1.067) (1.971) (1.860) (1.629)
t -0.020 -0.038 -0.021 -0.033 -0.015 -0.041
(0.003) (0.005) (0.002) (0.005) (0.002) (0.006)
t2 2.91E-04 2.19E-04 3.57E-04
(6.70E-05) (8.35E-05) (7.29E-05)
Pr_Álcool
147