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Índice
Capítulo I: Introdução:..............................................................................................................1
1.1. Contextualização..........................................................................................................1
1.1. Objetivos......................................................................................................................2
1.1.1. Geral:........................................................................................................................2
1.1.2. Específicos:...............................................................................................................2
1.2. Metodologia.................................................................................................................2
Capítulo II: Revisão da Literatura.............................................................................................3
2.1. Enquadramento Conceptual:.............................................................................................3
A responsabilidade civil da Administração Publica...................................................................3
1.2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA RESPONSABILIDADE CIVIL.......................................................4
1.3 ESPÉCIES DA RESPONSABILIDADE CIVIL..............................................................................5
1.3 RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJECTIVA E OBJECTIVA..........................................................6
1.4 RESPONSABILIDADE CIVIL CONTRATUAL E EXTRACONTRATUAL........................................6
1.5 PRESSUPOSTOS GERAIS DA RESPONSABILIDADE CIVIL.......................................................7
1.6 CONDUTA...........................................................................................................................8
1.7. DANO.................................................................................................................................9
1.8 NEXO DE CAUSALIDADE....................................................................................................11
1.9. CULPA..............................................................................................................................11
1.14. PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA...............................12
Capítulo III: Conclusão............................................................................................................13
3.1. Referências Bibliográficas................................................................................................14
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Capítulo I: Introdução:
Na época do absolutismo o Estado não respondia pelos actos danosos que seus
funcionários causassem as vítimas, entretanto, com o advento da Revolução Francesa
tem-se uma queda no autoritarismo monárquico e a população começa uma forma de
repressão aos desmandos do rei. Diante disto surgem diplomas que instituíam
responsabilidade ao Estado devido aos prejuízos causados, mediante o pagamento de
indemnização a vítima. A partir daí o Estado sai da posição de completamente
irresponsável civilmente e avança para a fase da Responsabilidade Subjectiva até chegar
à fase da Responsabilidade Objectiva.
1.1. Contextualização
“A noção da responsabilidade pode ser haurida da própria origem da palavra, que vem
do latim respondere, responder a alguma coisa, ou seja, a necessidade que existe de
responsabilizar alguém pelos seus actos danosos. Essa imposição estabelecida pelo meio
social regrado, através dos integrantes da sociedade humana, de impor a todos o dever
de responder por seus actos, traduz a própria noção de justiça existente no grupo social
estratificado. Revela-se, pois, como algo inarredável da natureza humana”
1.1. Objetivos
1.1.1. Geral:
1.2. Metodologia
Quanto a técnica foi usada a documentação indireta que é constituída pelas técnicas
documental e bibliográfica:
De acordo com Rui Stoco A ideia de responsabilidade civil está relacionada à noção de
não prejudicar outro. A responsabilidade pode ser definida como a aplicação de medidas
que obriguem alguém a reparar o dano causado a outrem em razão de sua acção ou
omissão.
“No direito actual, a tendência é de não deixar a vítima de actos ilícitos sem
ressarcimento, de forma a restaurar seu equilíbrio moral e patrimonial O lesionamento a
elementos integrantes da esfera jurídica alheia acarreta ao agente a necessidade de
reparação dos danos provocados. É a responsabilidade civil, ou obrigação de
indemnizar, que compele o causador a arcar com as consequências advindas da acção
violadora, ressarcindo os prejuízos de ordem moral ou patrimonial, decorrente de facto
ilícito próprio, ou de outrem a ele relacionado”.
“A responsabilidade Civil do Estado como define com acurácia Celso António Bandeira
de Melo entende-se por responsabilidade Civil do Estado como a obrigação do Estado
que lhe incumbe de reparar economicamente os danos lesivos à esfera juridicamente
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Com o passar do tempo a aplicação desta pena, entretanto, passou a ser marcada pela
intervenção do poder público, que poderia permiti-la ou proibi-la.
regulando o caso concreto. Nas palavras de Alvino Lima, esta fase “é a reacção contra a
vingança privada, que é assim abolida e substituída pela composição obrigatória”
Esta legislação destacou-se por trazer a substituição da multa fixa por uma pena
proporcional ao dano causado.
O intitulado dammun injúria datum, regulado por esta lei, definia o delito praticado por
alguém que prejudicasse a outrem, injustificadamente, por dolo ou culpa, tanto física
como materialmente.
Denomina-se responsabilidade civil subjectiva aquela causada por conduta culposa lato
sensu, que envolve a culpa stricto sensu e o dolo. A culpa (stricto sensu) caracteriza-se
quando o agente causador do dano praticar o acto com negligência ou imprudência. Já o
dolo é a vontade conscientemente dirigida à produção do resultado ilícito.
Os actos ilícitos são aqueles que contrariam o ordenamento jurídico lesando o direito
subjectivo de alguém. É ele que faz nascer à obrigação de reparar o dano e que é
imposto pelo ordenamento jurídico.
O Código Civil Moçambicano estabelece a definição de factos ilícito em seu artigo 483:
“Aquele que, com dolo ou mera culpa, violar ilicitamente o direito de outrem ou
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1. Que haja um facto (uma acção ou omissão humana, ou um facto humano, mas
independente da vontade, ou ainda um facto da natureza), que seja antijurídico, isto é,
que não seja permitido pelo Direito, em si mesmo ou nas suas consequências;
2.Que o facto possa ser imputado a alguém, seja por dever a actuação culposa da pessoa,
seja por simplesmente ter acontecido no decurso de uma actividade realizada no
interesse dela;
4. Que tais danos possam ser juridicamente considerados como causados pelo acto ou
facto praticado, embora em casos excepcionais seja suficiente que o dano constitua risco
próprio da actividade do responsável, sem propriamente ter sido causado por esta.
1.6 CONDUTA
próprio agente ou de terceiro, ou o fato de animal ou coisa inanimada, que cause dano a
outrem, gerando o dever de satisfazer os direitos do lesado.”
1.7. DANO
“O acto ilícito nunca será aquilo que os penalistas chamam de crime de mera conduta;
será sempre um delito material, com resultado de dano. Sem dano pode haver
responsabilidade penal, mas não há responsabilidade civil. Indemnização sem dano
importaria enriquecimento ilícito; enriquecimento sem causa para quem a recebesse e
pena para quem a pagasse, porquanto o objectivo da indemnização, sabemos todos, é
reparar o prejuízo sofrido pela vítima, reintegrá-la ao estado em que se encontrava antes
da prática do ato ilícito. E, se a vítima não sofreu nenhum prejuízo, a toda evidência,
não haverá o que ressarcir. Daí a afirmação, comum a praticamente todos os autores, de
que o dano é não somente o fato constitutivo mas, também, determinante do dever de
indemnizar”
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Segundo Maria Helena Diniz “o dano pode ser definido como a lesão (diminuição ou
destruição) que, devido a um certo evento, sofre uma pessoa, contra a sua vontade, em
qualquer bem ou interesse jurídico, patrimonial ou moral.
Cabe citar Agostinho Alvim: “pode-se dizer que o dano ora produz o efeito de diminuir
o património do credor, ora o de impedir-lhe o aumento, ou acrescentamento, pela
cessação de lucros, que poderia esperar.”
O dano emergente consiste no efectivo prejuízo suportado pela vítima, ou seja, o que ela
efectivamente perdeu em razão da lesão. É o dano que vem à tona de imediato, em razão
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1.9. CULPA
apelação, que julgado pelo tribunal Supremo declarou nula Sentença do Tribunal
Judicial, nascendo, daí, toda responsabilidade do Estado.
Portanto, não seria possível falar deste magnífico tema sem abordar sobre a
responsabilidade civil e os seus pressupostos gerais.
BITTAR, Carlos Alberto. Curso de direito civil. 1ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 1994.