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DE HERANÇA E DE SUA

ADMINISTRAÇÃO
Por: Karla Karoline Soares Dalto
1 - HERANÇA COMO UM TODO
UNITÁRIO
Art. 1.791. A herança defere-se como um
todo unitário, ainda que vários sejam os
herdeiros.
Parágrafo único. Até a partilha, o direito dos
co-herdeiros, quanto à propriedade e
posse da herança, será indivisível, e
regular-se-á pelas normas relativas ao
condomínio.
1 - HERANÇA COMO UM TODO
UNITÁRIO
• Antes da partilha, nenhum herdeiro tem a
propriedade/posse exclusiva. É a partilha
que individualiza e determina os bens que
cabem a cada herdeiro. (art. 2.023,
CC/02).

• A herança, é bem, classificada entre as


universalidades de direito (art. 91, CC/02),
não se confunde com o acervo
hereditário.
2 - INDIVISIBILIDADE DO
DIREITO DOS COERDEIROS
• Cada um dos herdeiros têm os mesmo
direitos e deveres em relação ao todo,
não cabendo a nenhum deles direitos e
deveres sobre um ou mais bens
determinados.

• A indivisibilidade diz respeito ao domínio e


à posse dos bens hereditários.
2 - INDIVISIBILIDADE DO
DIREITO DOS COERDEIROS
• Em razão da indivisibilidade o coerdeiro
somente pode alienar o ceder sua quota ideal,
não lhe sendo permitido transferir a 3º, parte
certa e determinada do acervo.

Art. 1.793, § 3o Ineficaz é a disposição, sem


prévia autorização do juiz da sucessão, por
qualquer herdeiro, de bem componente do
acervo hereditário, pendente a indivisibilidade.
2 - INDIVISIBILIDADE DO
DIREITO DOS COERDEIROS
• Segundo Clóvis Beviláqua, pela indivisibilidade,
“qualquer herdeiro pode reclamar de terceiro,
estranho à herança, a totalidade dos bens. Um
herdeiro não pode pedir de outro a entrega da
totalidade da herança, porque ambos têm direito
igual (...) O inventariante (...) tem a faculdade de
usar das ações possessórias contra estranhos,
ou contra herdeiros (...) assim como o herdeiro
pode acionar o estranho à herança pela
totalidade dela, na sua qualidade de
condômino”.
• Ver artigos 1.825 e 1.827 – Petição de herança;
3 - RESPONSABILIDADE DOS
HERDEIROS
Art. 1.792. O herdeiro não responde por encargos
superiores às forças da herança; incumbe-lhe,
porém, a prova do excesso, salvo se houver
inventário que a escuse, demostrando o valor
dos bens herdados.

Benefício do inventário – não se opera, desde


logo, a confusão de patrimônios, de modo que o
herdeiro só aceitará a sucessão que lhe é
devolvida se, após o inventário, verificar que o
ativo supera o ativo.
3 - RESPONSABILIDADE DOS
HERDEIROS
• Se o passivo do inventário for superior ao
ativo, forma-se um concurso de
credores, quando se instaura um
procedimento de declaração de
insolvência (CPC arts. 748 e 991, VII),
incumbindo ao inventariante requere-la.

• Para que o herdeiro não responda pelas


dívidas deve provar o excesso.
4 - CESSÃO DE DIREITOS
Art. 1.793. O direito à sucessão aberta, bem como o
quinhão de que disponha o co-herdeiro, pode ser objeto
de cessão por escritura pública.
§ 1o Os direitos, conferidos ao herdeiro em conseqüência
de substituição ou de direito de acrescer, presumem-se
não abrangidos pela cessão feita anteriormente.
§ 2o É ineficaz a cessão, pelo co-herdeiro, de seu direito
hereditário sobre qualquer bem da herança considerado
singularmente.
§ 3o Ineficaz é a disposição, sem prévia autorização do juiz
da sucessão, por qualquer herdeiro, de bem
componente do acervo hereditário, pendente a
indivisibilidade.
4.1 - CESSÃO DE DIREITOS
HEREDITÁRIOS - CONCEITO
• Transferência que o herdeiro legítimo ou
testamentário faz a outrem de todo o
seu quinhão ou de parte dele que lhe
compete após a abertura da sucessão e
antes da partilha.

• A cessão pode ser feita ainda que o


inventário não tenha sido aberto.
4.1 - CESSÃO DE DIREITOS
HEREDITÁRIOS - CONCEITO
• A cessão de direitos hereditários é
negócio jurídico translativo inter vivos,
pois só pode ser celebrado depois da
abertura da sucessão. Não poderá ocorrer
depois de julgada a partilha, pois o
quinhão de cada um já está determinado.

• Pode ser gratuita (doação) ou onerosa


(venda)
4.2 - CESSÃO DE DIREITOS
HEREDITÁRIOS – FORMA E
OBJETO
• O direito à sucessão aberta é considerada
um bem imóvel (art. 80, II, CC/02) – por
isso a exigência que a cessão se dê por
escritura pública, com outorga uxória ou
autorização marital (art. 1.647, I e 166,
IV). Não importa se os bens deixados
sejam móveis.
4.2 - CESSÃO DE DIREITOS
HEREDITÁRIOS – FORMA E
OBJETO
• O cedente deve ser capaz de alienar, sendo nula se
envolve interesses de herdeiro incapaz, sem
assistência, tendo ainda sido efetivada por instrumento
particular;

• O cessionário recebe a herança no estado em que se


encontra, assumindo o lugar como se herdeiro fosse,
ficando sub-rogado em todos os direitos e obrigações;

• Dado o caráter aleatório, não responde o cedente por


evicção;
4.2 - CESSÃO DE DIREITOS
HEREDITÁRIOS – FORMA E
OBJETO
• A cessão abrange, em princípio, apenas
os direitos hereditários havidos até a data
da sua realização; nada impede que as
partes estabelecem regra oposta.
4.2 - CESSÃO DE DIREITOS
HEREDITÁRIOS – FORMA E
OBJETO
• O §3° não trata da hipótese de cessão da quota
parte, mas da cessão de um bem determinado
com se legado fosse, daí ser ineficaz tal
disposição. (pode ser feito se houver acordo
entre os coerdeiros, descontando a cessão da
quota do cedente);

• Não se confunde com a venda de determinado


bem feito pelo próprio espólio para pagamento
de suas contas, suportada por todos herdeiros;
4.3 - CESSÃO DE DIREITOS
HEREDITÁRIOS – DIREITO DE
PREFERÊNCIA DO COERDEIRO
Art. 1.794. O co-herdeiro não poderá ceder
a sua quota hereditária a pessoa estranha
à sucessão, se outro co-herdeiro a quiser,
tanto por tanto.

MOTIVO: Aplicação das normas relativas ao


condomínio – art. 1.791, parágrafo único.
4.3 - CESSÃO DE DIREITOS
HEREDITÁRIOS – DIREITO DE
PREFERÊNCIA DO COERDEIRO
Art. 1.795. O co-herdeiro, a quem não se der
conhecimento da cessão, poderá, depositado o
preço, haver para si a quota cedida a estranho,
se o requerer até cento e oitenta dias após a
transmissão.
Parágrafo único. Sendo vários os co-herdeiros a
exercer a preferência, entre eles se distribuirá o
quinhão cedido, na proporção das respectivas
quotas hereditárias.
4.3 - CESSÃO DE DIREITOS
HEREDITÁRIOS – DIREITO DE
PREFERÊNCIA DO COERDEIRO
• PRAZO = 180 dias contado da data que
teve ciência da alienação (Resp 71.731-
SP, STJ) – decadencial;

• Não existe preferência se:


• A cessão for gratuita; (“tanto por tanto”)
• A cessão mesmo onerosa for dada a
outro coerdeiro.
5 - ABERTURA DO INVENTÁRIO
Art. 1.796. No prazo de trinta dias, a contar
da abertura da sucessão, instaurar-se-á
inventário do patrimônio hereditário,
perante o juízo competente no lugar da
sucessão, para fins de liquidação e,
quando for o caso, de partilha da herança.
5 - ABERTURA DO INVENTÁRIO
Art. 983. O processo de inventário e
partilha deve ser aberto dentro de 60
(sessenta) dias a contar da abertura da
sucessão, ultimando-se nos 12 (doze)
meses subseqüentes, podendo o juiz
prorrogar tais prazos, de ofício ou a
requerimento de parte.
(Redação dada pela Lei nº 11.441, de 2007).
5 - ABERTURA DO INVENTÁRIO
• Inobservância do prazo = sanção fiscal
(multa sobre o ITCMD);

• SÚMULA 542, STF – Não é


inconstitucional a multa instituída pelo
Estado-membro, como sanção pelo
retardamento do início ou da ultimação
do inventário.
5 - ABERTURA DO INVENTÁRIO
• Documentos:
- Certidão de óbito;
- Procuração;
- Documentos pessoais do de cujus e dos
herdeiros (inclusive do cônjuge dos
casados);
- Registro de bens;
- Testamento (se houver)
5 - ABERTURA DO INVENTÁRIO
• Se os legitimados (art. 987 e 988 CPC),
não iniciarem o inventário no prazo de 60
dias, poderá o juiz mandar instaurar de
ofício.
5.1 - ABERTURA DO INVENTÁRIO
FORO COMPETENTE

• Já estudado – lugar do último domicílio do


de cujus (CC, art. 1795; CPC art. 96).
5.2 - ABERTURA DO INVENTÁRIO
ADMINISTRADOR PROVISÓRIO
Art. 1.797. Até o compromisso do inventariante, a
administração da herança caberá, sucessivamente:
I - ao cônjuge ou companheiro, se com o outro convivia ao
tempo da abertura da sucessão;
II - ao herdeiro que estiver na posse e administração dos
bens, e, se houver mais de um nessas condições, ao
mais velho;
III - ao testamenteiro;
IV - a pessoa de confiança do juiz, na falta ou escusa das
indicadas nos incisos antecedentes, ou quando tiverem
de ser afastadas por motivo grave levado ao
conhecimento do juiz.
5.2 - ABERTURA DO INVENTÁRIO
ADMINISTRADOR PROVISÓRIO
• O administrador provisório é aquele que
está na posse da herança, representa
ativa e passivamente o espólio e é
obrigado a trazer ao acervo os frutos que
desde a abertura da sucessão percebeu,
tendo o direito de reembolso das
despesas necessárias e úteis que fez e
responde pelo dano a que, por dolo ou
culpa,der causa (art. 986, CPC)
5.2 - ABERTURA DO INVENTÁRIO
ADMINISTRADOR PROVISÓRIO

• O administrador provisório pode ser


substituído pelo juiz, ou ainda assumir a
posição de inventariante, observando-se o
art. 990, CPC.
5.3 - ABERTURA DO INVENTÁRIO
NOMEAÇÃO DO INVENTARIANTE
• INVENTARIANTE: Pessoa que tem por função
administrar os bens do espólio, sendo seu
representante legal;

• NATUREZA: Munus.

• REQUISITOS: Pessoas capazes que não


tenham interesses contrários aos do espólio.
5.3 - ABERTURA DO INVENTÁRIO
NOMEAÇÃO DO INVENTARIANTE
• MOMENTO DA NOMEAÇÃO: Ao despachar a
inicial de abertura, o juiz nomeia o inventariante
que presta compromisso e em 20 dias as
primeiras declarações;

• As declarações prestadas – presumem-se


verdadeiras. Apurando-se, no entanto,
falsidades ou ocultação de bens, incidem-se as
penas dos sonegados ou do crime de
apropriação indébita, conforme o caso.
5.3 - ABERTURA DO INVENTÁRIO
NOMEAÇÃO DO INVENTARIANTE
• ORDEM PREFERENCIAL (art. 990, CPC)

Art. 990. O juiz nomeará inventariante:


I - o cônjuge sobrevivente casado sob o regime de comunhão, desde
que estivesse convivendo com o outro ao tempo da morte deste;
II - o herdeiro que se achar na posse e administração do espólio, se não
houver cônjuge supérstite ou este não puder ser nomeado;
III - qualquer herdeiro, nenhum estando na posse e administração do
espólio;
IV - o testamenteiro, se Ihe foi confiada a administração do espólio ou
toda a herança estiver distribuída em legados;
V - o inventariante judicial, se houver;
Vl - pessoa estranha idônea, onde não houver inventariante judicial.
Parágrafo único. O inventariante, intimado da nomeação, prestará,
dentro de 5 (cinco) dias, o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o cargo.
5.3 - ABERTURA DO INVENTÁRIO
NOMEAÇÃO DO INVENTARIANTE

• STJ – “A ordem de nomeação do inventariante


insculpida no art. 990 do CPC deve ser
rigorosamente observada, excetuando-se as
hipóteses em que o magistrado tenha fundadas
razões para desconsiderá-la, com o fim de evitar
tumultos processuais desnecessários ou mesmo
a sonegação de bens, como no caso, em face
da patente litigiosidade existente entre as
partes”
5.3 - ABERTURA DO INVENTÁRIO
NOMEAÇÃO DO INVENTARIANTE
• A inventariança defere-se:
1°) Ao cônjuge sobrevivente, desde que:
c) Estivesse convivendo com o outro ao tempo
da morte;
d) Casado no regime de comunhão de bens
(parcial ou total – STJ).

OBS: Se o regime for o de separação de bens, o


cônjuge poderá pleitear a investidura na
condição de herdeiro necessário (art. 1845
CC, c/c art. 990, I, CPC)
5.3 - ABERTURA DO INVENTÁRIO
NOMEAÇÃO DO INVENTARIANTE

• O companheiro desfruta da mesma


preferência que o cônjuge, em face da CF
– art. 226, §3°, c/c art. 1.790 e 1.797, II,
CC.
5.3 - ABERTURA DO INVENTÁRIO
NOMEAÇÃO DO INVENTARIANTE
2°) Defere-se ao herdeiro que se achar na
posse e administração dos bens.
Caso mais de um herdeiro estiver nessa
situação, defere-se ao mais velho
(analogia ao art. 1.797, II, CC);

3°) Defere-se a qualquer dos herdeiros,


caso nenhum se encontre na situação
apontada anteriormente;
5.3 - ABERTURA DO INVENTÁRIO
NOMEAÇÃO DO INVENTARIANTE

OBS: O herdeiro menor não pode ser


nomeado inventariante, nem por meio de
tutor, salvo se não houver outro herdeiro,
pode o encargo ser exercido por seu
representante legal
5.3 - ABERTURA DO INVENTÁRIO
NOMEAÇÃO DO INVENTARIANTE
4°) Defere-se ao testamenteiro se:
b) lhe foi atribuída a posse e administração dos bens, ou;
c) A herança tenha sida toda distribuída em legados.

OBS: ainda que o testador tenha determinado o contrário,


o herdeiro necessário precede o testamenteiro na
inventariança, e este, por sua vez, precede aos
colaterais.
Se o testamenteiro é particular sem a posse e
administração da herança, só caberá sua convocação
após todos os herdeiros legítimos, necessários e
colaterais.
5.3 - ABERTURA DO INVENTÁRIO
NOMEAÇÃO DO INVENTARIANTE
5°) Defere-se ao inventariante judicial – figura em
desuso;

6°) Defere-se a pessoa idônea nomeada pelo juiz,


que desempenhará todas as funções inerentes
à inventariança, exceto representar ativa ou
passivamente o espólio (art. 12, §1°, CPC –
ao que caberá aos herdeiros e sucessores);
Essa pessoa fará jus a uma remuneração
(analogia ao art. 1.987, CC/02 – vintena do
testamenteiro)
5.4 - ABERTURA DO INVENTÁRIO
FUNÇÕES DO INVENTARIANTE
Art. 991. Incumbe ao inventariante:
I - representar o espólio ativa e passivamente, em juízo ou fora dele,
observando-se, quanto ao dativo, o disposto no art. 12, § 1o;
II - administrar o espólio, velando-lhe os bens com a mesma diligência
como se seus fossem;
III - prestar as primeiras e últimas declarações pessoalmente ou por
procurador com poderes especiais;
IV - exibir em cartório, a qualquer tempo, para exame das partes, os
documentos relativos ao espólio;
V - juntar aos autos certidão do testamento, se houver;
Vl - trazer à colação os bens recebidos pelo herdeiro ausente,
renunciante ou excluído;
Vll - prestar contas de sua gestão ao deixar o cargo ou sempre que o
juiz Ihe determinar;
Vlll - requerer a declaração de insolvência (art. 748).
5.4 - ABERTURA DO INVENTÁRIO
FUNÇÕES DO INVENTARIANTE
Art. 992. Incumbe ainda ao inventariante,
ouvidos os interessados e com
autorização do juiz:
I - alienar bens de qualquer espécie;
II - transigir em juízo ou fora dele;
III - pagar dívidas do espólio;
IV - fazer as despesas necessárias com a
conservação e o melhoramento dos bens
do espólio.
5.4 - ABERTURA DO INVENTÁRIO
FUNÇÕES DO INVENTARIANTE

Art. 993. Dentro de 20 (vinte) dias, contados da data em que prestou o


compromisso, fará o inventariante as primeiras declarações, das
quais se lavrará termo circunstanciado. No termo, assinado pelo
juiz, escrivão e inventariante, serão exarados:
(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
I - o nome, estado, idade e domicílio do autor da herança, dia e lugar
em que faleceu e bem ainda se deixou testamento;
(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
II - o nome, estado, idade e residência dos herdeiros e, havendo
cônjuge supérstite, o regime de bens do casamento;
(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
III - a qualidade dos herdeiros e o grau de seu parentesco com o
inventariado; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
IV - a relação completa e individuada de todos os bens do espólio e
dos alheios que nele forem encontrados, descrevendo-se:
(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
5.4 - ABERTURA DO INVENTÁRIO
FUNÇÕES DO INVENTARIANTE
a) os imóveis, com as suas especificações, nomeadamente local em que se encontram,
extensão da área, limites, confrontações, benfeitorias, origem dos títulos, números
das transcrições aquisitivas e ônus que os gravam;
(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
b) os móveis, com os sinais característicos;
(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
c) os semoventes, seu número, espécies, marcas e sinais distintivos;
(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
d) o dinheiro, as jóias, os objetos de ouro e prata, e as pedras preciosas, declarando-se-
lhes especificadamente a qualidade, o peso e a importância;
(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
e) os títulos da dívida pública, bem como as ações, cotas e títulos de sociedade,
mencionando-se-lhes o número, o valor e a data;
(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
f) as dívidas ativas e passivas, indicando-se-lhes as datas, títulos, origem da obrigação,
bem como os nomes dos credores e dos devedores;
(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
g) direitos e ações; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
h) o valor corrente de cada um dos bens do espólio.
(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
5.4 - ABERTURA DO INVENTÁRIO
FUNÇÕES DO INVENTARIANTE
Parágrafo único. O juiz determinará que se proceda:
(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
I - ao balanço do estabelecimento, se o autor da herança
era comerciante em nome individual;
(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
II - a apuração de haveres, se o autor da herança era sócio
de sociedade que não anônima.
(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
Art. 994. Só se pode argüir de sonegação ao inventariante
depois de encerrada a descrição dos bens, com a
declaração, por ele feita, de não existirem outros por
inventariar.
5.5 - ABERTURA DO INVENTÁRIO
REMOÇÃO DO INVENTARIANTE
Art. 995. O inventariante será removido:
I - se não prestar, no prazo legal, as primeiras e as últimas
declarações;
II - se não der ao inventário andamento regular, suscitando dúvidas
infundadas ou praticando atos meramente protelatórios;
III - se, por culpa sua, se deteriorarem, forem dilapidados ou sofrerem
dano bens do espólio;
IV - se não defender o espólio nas ações em que for citado, deixar de
cobrar dívidas ativas ou não promover as medidas necessárias
para evitar o perecimento de direitos;
V - se não prestar contas ou as que prestar não forem julgadas boas;
Vl - se sonegar, ocultar ou desviar bens do espólio.

Segundo o STF a enumeração é meramente exemplificativa.


5.5 - ABERTURA DO INVENTÁRIO
REMOÇÃO DO INVENTARIANTE
Art. 996. Requerida a remoção com fundamento em
qualquer dos números do artigo antecedente, será
intimado o inventariante para, no prazo de 5 (cinco) dias,
defender-se e produzir provas.
Parágrafo único. O incidente da remoção correrá em
apenso aos autos do inventário.
Art. 997. Decorrido o prazo com a defesa do inventariante
ou sem ela, o juiz decidirá. Se remover o inventariante,
nomeará outro, observada a ordem estabelecida no art.
990.
Art. 998. O inventariante removido entregará
imediatamente ao substituto os bens do espólio;
deixando de fazê-lo, será compelido mediante mandado
de busca e apreensão, ou de emissão na posse,
conforme se tratar de bem móvel ou imóvel.

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