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Resumo seculo XVIII

O século XVIII foi o último século da Idade Moderna e o primeiro da Idade Contemporânea e
ficou conhecido como o Século das Luzes.
As ideias iluministas promovidas na Europa pelos filósofos espalharam-se pelo mundo e
inspiraram revoluções como a Revolução Francesa em 1789.
O iluminismo foi um movimento cultural da elite intelectual europeia que procurou
mobilizar o poder da razão, a fim de reformar a sociedade e o conhecimento herdado da
tradição medieval.
Buscava um conhecimento apurado da natureza, com o objetivo de torná-la útil ao homem
moderno e progressista, promoveu o intercâmbio intelectual e criticou a intolerância da
Igreja e do Estado.
Os pensadores iluministas tinham como ideal a extensão dos princípios do conhecimento
crítico a todos os campos do mundo humano. Supunham poder contribuir para o progresso
da humanidade e para a superação da tirania e superstição que diziam ser o legado da Idade
Média.

No século XVIII desenvolveu-se na Europa um novo movimento cultural assente na crença


nas capacidades do homem esclarecido pelas luzes da razão e do saber. O século XVIII é, por
isso, considerado como o século das luzes e os pensadores desta época são chamados
dos poderes, com a consequente limitação do poder régio. O poder legislativo (isto é, o
poder de fazer as leis) deveria ser atribuído a um Parlamento cujos deputados fossem
eleitos pelos cidadãos; ao rei e aos seus ministros ficaria reservado, exclusivamente, o poder
executivo, isto é, o poder de aplicar as leis; o poder judicial (o poder de julgar quem não
cumpre as leis) pertenceria a juízes independentes dos outros poderes. As ideias iluministas
ganharam rapidamente adeptos.
Para a sua difusão muito contribuiu, entre outras obras, a Enciclopédia,e também os jornais
que, nesta altura, começavam a circular com maior frequência e constituíram um poderoso
veículo para a formação da opinião pública. Do mesmo modo, os cafés e as reuniões sociais
nos salões da nobreza e da burguesia tornaram-se importantes locais de difusão das ideias.
Na segunda metade do século XVIII, alguns monarcas absolutos foram sensíveis às críticas
dos filósofos iluministas e levaram a cabo reformas tendentes a promover o progresso e o
desenvolvimento cultural, eram os déspotas iluminados do despotismo esclarecido
promovendo o progresso e o desenvolvimento cultural mas defendendo o princípio “tudo
pelo povo, mas sem o povo”.
O despotismo esclarecido não satisfaz os iluministas cujas críticas e ideias continuam a
espalhar-se e irão estar na base das revoluções liberais que marcam este século.

Tecinica agricula
Na Inglaterra, nos séculos XVII e XVIII, a nobreza rural britânica foi alargando as suas
propriedades através da aquisição de terras comunais ou de terrenos pertencentes a
pequenos proprietários arruinados. Essas propriedades começaram a ser vedadas,
transformando-se assim em campos fechados, as enclosures, destinadas principalmente à
criação de gado. Introduziram novas culturas, como as da batata e da beterraba, obras de
drenagem de pântanos e técnicas revolucionárias:
- Selecção de boas sementes e de animais reprodutores;
- Introdução de um sistema quadrienal de rotação de culturas, que permitiu dispensar o
pousio.
A melhor alimentação, aliada à melhoria das condições de higiene e a alguns progressos da
medicina fizeram com que diminuísse significativamente a mortalidade, sobretudo a
mortalidade infantil. Deste modo, deu-se um acentuado crescimento demográfico.
Uma importante consequência desta autêntica revolução demográfica foi o crescimento
urbano. Muitas cidades tornaram-se grandes pólos de atracção para as populações rurais,
tanto mais que as mudanças introduzidas na agricultura permitiam dispensar mão-de-obra,
provocando o êxodo rural.
À medida que a indústria se ia mecanizando, surgiam as fábricas. Mais importantes ainda
que as alterações da paisagem foram as consequências sociais de todo este processo. A
produção fabril mecanizada, ou maquinofactura, fez do Homem um instrumento da
máquina. O trabalhador deixava de ser um artesão especializado, para se tornar um
operário, isto é, um trabalhador sem qualificação, que vivia exclusivamente do seu salário.

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