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Numa reação de óxido-redução que ocorra espontaneamente, os elétrons são transferidos de uma espécie química com menor potencial de redução para
outra com maior potencial de redução. Portanto, se calcularmos a diferença de potencial para esse processo, chegaremos a um valor positivo.Reação de
óxido-redução espontânea:
Reação de óxido-redução não-espontânea:
Veja os cálculos:
O ferro na presença de água isenta de ar (ausência de gás oxigênio) ou na presença de ar seco (ausência de umidade) praticamente não enferruja
(ausência de corrosão). Contudo, o que ocorre normalmente é o ferro ficar exposto à água contendo oxigênio dissolvido, e é aí que está o problema.As
equações a seguir representam o que acontece na corrosão do ferro (ou do aço, uma liga de ferro com um pouco de carbono) na presença de água que
contenha oxigênio dissolvido ou na presença de ar úmido.
A ferrugem, que pode ser encarada como uma mistura de Fe(OH) 2 e Fe(OH)3, ao ser formada na superfície do ferro ou do aço, solta-se em flocos,
deixando o ferro novamente exposto e sujeito à oxidação.Um procedimento possível para proteger o ferro da corrosão em ambientes nos quais esteja
exposto à água e ao gás oxigênio é a galvanização. Galvanizar o ferro ou o aço consiste em revesti-los com zinco metálico (como se fosse uma fina
película de tinta) para evitar sua corrosão. O zinco foi escolhido por ser um redutor mais forte que o ferro. Vejamos:
O zinco reveste a superfície do ferro como se fosse uma camada de tinta, impedindo seu contato com o ar úmido ou com a água que contém oxigênio.
Esse zinco também atua, diante do ferro, como se fosse o ânodo de uma pilha.Se o ferro galvanizado fosse “riscado” e exposto ao ar e à umidade, ele
estaria sujeito a ser oxidado a Fe2+. Este seria imediatamente reduzido a Fe pelo zinco, impedindo o aparecimento da ferrugem.
Porém, como o zinco tem mais facilidade para se oxidar que o ferro (pois tem menor potencial de redução), ele tende a se oxidar preferencialmente,
mesmo que o ferro esteja exposto. Em outras palavras, se a película protetora de zinco for danificada e o ferro estiver exposto, o zinco atuará como metal
de sacrifício, ou seja, um metal propositalmente colocado em contato com o ferro para que seja oxidado em lugar dele, preservando-o.
Oxirredução
Oxirredução é um fenômeno químico no qual temos a produção de energia elétrica a partir da ocorrência de oxidação e redução de
espécies químicas.
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Oxirredução é uma reação química em que há a ocorrência de oxidação e redução de átomos de substâncias (espécie
química) presentes no processo.
Oxidação: É a perda de elétrons por parte de um átomo de uma espécie química.
Redução: É o ganho de elétrons por parte de um átomo de uma espécie química.
Assim, durante uma reação de oxirredução, os elétrons transitam da espécie que os perde em direção à espécie que vai
recebê-los, o que resulta na formação de uma corrente elétrica (energia elétrica).
Agente redutor e agente oxidante
A espécie química que sofre o fenômeno da oxidação é denominada de agente redutor, e a espécie que sofre o fenômeno da
redução é chamada de agente oxidante.
A determinação do agente oxidante e do agente redutor de uma reação de oxirredução é feita a partir da variação
do NOX (quantidade de elétrons perdida ou recebida) de cada átomo das espécies químicas presentes na reação. Veja:
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Oxidação: causa aumento do NOX;
Redução: causa diminuição do NOX.
Veja a variação do NOX dos átomos nas espécies químicas da equação abaixo:
O Ferro sofreu oxidação porque seu NOX aumentou de 0 para +3 do reagente para o produto;
O gás Cloro (Cl2) sofreu redução porque seu NOX diminuiu de 0 para -1 do reagente para o produto.
Alguns aspectos muito estudados a partir da oxirredução são:
Corrosão de metais
Número de oxidação (NOX)
Balanceamento de reações de oxirredução
Proteção dos metais contra a corrosão
Confira os textos dispostos mais abaixo para ampliar ainda mais seus conhecimentos sobre a Oxirredução. Bons estudos!
A ferrugem é um aspecto visual da ocorrência de uma reação de oxirredução
Em todos esses casos ocorreu que o metal oxidou-se, isto é, perdeu elétrons,
enquanto outra espécie química, como o oxigênio (O 2) do ar, sofreu redução
(ganhou os elétrons), causando a oxidação do metal.
Todos os metais sofrem corrosão, com exceção apenas do ouro e da platina. No
entanto, no caso de alguns metais, essa corrosão é menos violenta porque os
compostos formados funcionam como uma espécie de proteção. Por exemplo, no
caso da prata mencionada, a película preta que acaba servindo como proteção é o
sulfeto de prata (Ag2S), que se forma em contato com o oxigênio do ar e com a
poluição atmosférica (que envolve compostos do enxofre):
4Ag(s) + O2(g) + 2S2-(aq) + 4H+(aq) → 2Ag2S(s) +2H2O(?)
Essa camada insolúvel de sulfeto de prata tem coloração azulada ou ligeiramente
violácea e, com o tempo, vai ficando preta.
Bem, visto que o ferro possui potencial de oxidação maior que o do oxigênio, ele
perde elétrons, ocorrendo a seguinte reação anódica:
Fe (s) → Fe2+ + 2 e-
Existem vários processos de redução que podem ocorrer, mas o da água é o mais
significativo:
A maresia e o contato direto com a água do mar aceleram o processo de corrosão e tornam o navio enferrujado
No texto Corrosão dos metais, foi mostrado o quanto de prejuízo econômico a oxidação dos metais, principalmente do ferro,
causa para a sociedade em geral, bem como os perigos relacionados. Por isso, os cientistas passaram a desenvolver algumas
técnicas eficazes para combater a corrosão dos metais, veja as principais:
1- Proteção catódica:
Visto que a formação da ferrugem inicia-se em virtude da oxidação do ferro (Fe (s) → Fe2+ + 2 e-) em contato com o ar úmido,
uma das técnicas de proteção do ferro consiste em reverter essa oxidação. Para tal, um eletrodo de sacrifício ou metal de
sacrifício é colocado em contato com o objeto feito de ferro ou de aço. Esse metal deve possuir um potencial de oxidação
maior que o do ferro para, assim, oxidar-se no lugar dele (daí o nome “eletrodo de sacrifício”), fornecendo elétrons para
quaisquer íons Fe2+ que se formarem, voltando a ser ferro metálico.
Para entender melhor, vejamos um exemplo: O magnésio possui potencial de redução menor que o do ferro, conforme mostra
as suas semirreações de redução abaixo:
2- Revestimentos:
No cotidiano, é muito comum o uso do zarcão para revestir peças metálicas, tais como portões, grades, janelas, entre outros.
O zarcão é uma tinta constituída de uma suspensão oleosa de tetróxido de chumbo (Pb 3O4), que adere bem ao metal porque é
um óxido insolúvel. Sua função é simplesmente impedir o contato do ferro com o oxigênio do ar. Se essa película protetora for
riscada ou sofrer desgaste com o tempo, o ferro irá se oxidar, por isso a necessidade de manutenção constante.
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Quando se necessita de uma proteção mais eficaz, podem-se usar revestimentos de polímeros. Outro exemplo são
as folhas de flandres, isto é, as latas usadas como embalagens, que são constituídas de uma lâmina de aço coberta de
estanho na parte do interior da lata.
O estanho é mais resistente à corrosão que o aço, ou seja, é menos reativo que o ferro, e ele ainda é revestido por outra
camada de um óxido ou de um polímero, porque o ácido cítrico dos alimentos pode atacar o estanho. Mas se a lata for
amassada, o ferro e o estanho ficarão em contato com o alimento, sendo que o ferro irá oxidar-se primeiro. Por isso, ao
comprar alimentos enlatados, tome muito cuidado para que a lata não esteja amassada.
Alguns óxidos, como o óxido de crômio (III) e o óxido de ferro (III), são usados para revestir peças metálicas e fornecem
proteção porque são impermeáveis ao oxigênio e à água.
A galvanoplastia ou eletrodeposição metálica é uma técnica em que se reveste uma peça metálica com outro metal mais
nobre, que é menos reativo e menos propenso à corrosão. Isso é feito por se colocar a peça que se deseja revestir como
cátodo (polo negativo) em um circuito de eletrólise. Abaixo temos um esquema de uma douração, isto é, uma galvanoplastia
em que se reveste um objeto metálico de ouro. Veja que no ânodo o ouro sofre oxidação, formando os íons Au 3+ que migram
para o cátodo, cobrindo a peça metálica:
Quando se recobre uma peça de ferro ou de aço com zinco, constitui-se um processo denominado de galvanização, que você
poderá ver em detalhes no texto abaixo:
- Galvanização.
3- Uso de ligas metálicas especiais:
O aço inoxidável é uma liga metálica especial feita de 74% de aço, 18% de cromo e 8% de níquel, que possui como
propriedade principal o fato de não enferrujar. Os metais cromo e níquel formam óxidos insolúveis que protegem o aço do
oxigênio e da umidade do ar.
Essa liga é usada na produção de utensílios domésticos, como panelas e talheres, bem como em equipamentos para indústria,
construção civil, peças de carro, entre outros. Porém, além de caro, a sua aplicação também é limitada.
Parafusos revestidos de zinco para proteger da corrosão – processo denominado galvanização