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Abertura de empresa 

em Recife- Burocracia
-Escolha a natureza jurídica do seu negócio
Para escolher a natureza jurídica do seu negócio será necessário conversar
com um contador. Por meio de uma análise da perspectiva de faturamento
mensal, a atividade que a empresa exercerá e se terá sócios, ele definirá a
melhor natureza para a empresa.

É fundamental enquadrar sua empresa de forma adequada, pois isso


impactará nos tipos e valores de tributos que você pagará. Veja abaixo
algumas opções:

 Microempreendedor individual (MEI)

O Microempreendedor Individual (MEI) é uma empresa constituída por


uma pessoa que deseja se formalizar como pequeno
empresário trabalhando por conta própria.

Com isso, o profissional liberal pode abrir empresa no próprio nome e


atuar de forma regularizada perante o Governo.

O regime surgiu com a Lei Complementar nº 128/08 e sua proposta é de


formalizar trabalhadores autônomos e empreendedores individuais.

Vale lembrar que para ser MEI é necessário ter um faturamento máximo
de até R$ 81 mil por ano.

 Empresário Individual

Uma única pessoa constitui a empresa, cujo nome empresarial deve ser
composto por seu nome civil, completo ou abreviado.

É a pessoa física titular da empresa podendo constituir apenas uma em seu


nome. O faturamento anual do empresário individual pode chegar até
R$360 mil.

 Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli)

Empresa formada por somente uma pessoa, onde o capital pertence


unicamente ao titular.

No EIRELI, há separação jurídica entre os bens pessoais e os negócios do


empreendedor. Além disso, o empreendedor responde na Justiça como
empresa e não como pessoa física.
Para abrir uma Eireli, o empreendedor precisará declarar uma capital social
de até 100 salários mínimos. Lembrando que neste caso não há limite de
faturamento.

 Sociedade Limitada Unipessoal

Por meio dessa modalidade, o empresário pode abrir uma empresa sem
sócio. Além disso, não precisa de um capital mínimo e não terá seu
patrimônio pessoal comprometido em caso de prejuízo da empresa.

 Sociedade Limitada

É aquela que reúne dois ou mais sócios a fim de explorar atividades de


produção ou circulação de bens e serviços. Inclui-se toda empresa que
contribui com moeda para formação de capital social e realização da
constituição empresarial. A Sociedade Limitada também possui separação
jurídica dos bens.

 Sociedade Anônima

Todas as empresas que não atribuem seu capital social a um nome


específico, mas sim divide em ações. Essas ações podem ser
transacionadas livremente. Neste caso, não é necessário nenhum contrato
social ou outro ato oficial como nas sociedades limitadas.

 Sociedade Simples (SS)

Exploram atividades de prestação de serviços decorrentes de atividades


intelectuais e de cooperativa. Ou seja, os sócios não exercem nenhuma
atividade voltada ao comércio, e sim desempenhar suas profissões.
Exemplo: contadores, advogados, cooperativas e representações
comerciais.

Defina o regime tributário ideal para o negócio


No Brasil, há três regimes tributários disponíveis. A escolha deverá ser
feita com uma consulta com um contador, pois ele saberá definir o regime
mais adequado para determinado tipo de empresa. As opções disponíveis
são:

 Simples Nacional

“O Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança


e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro
de 2006”. O Simples Nacional conta com uma porcentagem de imposto de
4%.

 Lucro Presumido

O Portal Tributário explica que o “Lucro Presumido é uma forma de


tributação simplificada para determinação da base de cálculo do Imposto
de Renda – IRPJ, e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido – CSLL
das pessoas jurídicas”. O regime conta com uma porcentagem de
arrecadação de imposto de 16%.

 Lucro Real

“Lucro Real é a regra geral para a apuração do Imposto de Renda (IRPJ) e


da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) da pessoa jurídica. Ao
mesmo tempo em que é o “regime geral” também é o mais complexo.
Neste regime, o imposto de renda é determinado a partir do lucro contábil,
apurado pela pessoa jurídica, acrescido de ajustes (positivos e negativos)
requeridos pela legislação fiscal”, explica o portal tributário.

Defina o nome da sua empresa


Após escolher o nome da empresa, o empreendedor ir à Junta
Comercial para realizar uma pesquisa e verificar se, de fato, o nome está
disponível.

A solicitação é feita por meio de um formulário fornecido pela Junta no


qual o empreendedor poderá verificar a disponibilidade de três nomes.

Caso um esteja disponível, será necessário realizar registro da marca no


Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

É relevante destacar que, dependendo do tipo jurídico da empresa, o


nome comercial poderá ser registrado de três maneiras:

Firma individual: nome comercial é o mesmo nome do proprietário e pode,


ou não, a especificação da atividade. Exemplo: Luan Dias Engenharia.

Denominação: nome da empresa que consta a atividade e o tipo jurídico.


Exemplo: Luan Dias Engenharia LTDA.

Razão social: utilização dos nomes dos sócios. Exemplo: Silva e Dias LTDA.

Viabilidade com a prefeitura


Antes de emitir o CNPJ, será necessário fazer a viabilidade com a
prefeitura. Isso significa que será necessário informar a atividade que será
realizada, apresentar o IPTU do local onde a atividade será exercida. Com
isso, é possível verificar se o local tem condições para receber as
atividades da empresa. O processo pode ser feito no site da prefeitura.

Desenvolva e registre o contrato social


O contrato social e como uma certidão de nascimento da empresa. É o
item mais importante no processo de abertura de um negócio. Ele definirá
todas as obrigações e direitos da empresa.

Diante disso, segundo o Código Civil, o empreendedor precisará definir no


desenvolvimento do contrato social os seguintes itens: interesse das
partes, finalidade e objetivo do negócio, descrição do tipo de sociedade e
como será definida as cotas.

Além disso, o contrato deverá conter a assinatura de um advogado para


que tenha validade. Após o desenvolvimento do documento, será
necessário ir a Junta Comercial para registrar o mesmo. Será necessário
ainda apresentar alguns documentos, como:

 Contrato Social ou Declaração de Empresa Individual – assinado em


três vias;  
 cópia autenticada do RG e CPF dos sócios;      
 Requerimento Padrão (Capa da Junta) em uma via; cópia
autenticada do RG do elaborador do contrato; 
 cópia autenticada da OAB, quando necessário; 
 pagamento das guias através de GRP e DARF.

Após o registro na Junta Comercial, o empreendedor terá o número de


identificação de registro da empresa (NIRE) que deverá ser fixada no
contrato. Além disso, também já terá o CNPJ.

Abrir uma conta bancária jurídica


O empreendedor precisará obrigatoriamente abrir uma conta bancária
jurídica. O declarado deverá ser depositado nesta conta. É importante
destacar que ele só poderá ser utilizado para uso da empresa.

Inscrição municipal
A inscrição municipal será necessária para conquistar o Cadastro de
Contribuintes Mobiliários (CCM) e senha web. Eles são ideias para liberar
emissão de nota.
Cadastro na Caixa economia
Este passo é obrigatório para todas as empresas. Isso porque a empresa
precisará depositar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviços (FGTS)
sobre a remuneração paga aos seus empregados.

Faça o cadastro na previdência social


A previdência social define que “todas as pessoas físicas ou jurídicas,
consideradas ou equiparadas como empresas pela legislação
previdenciária, estão obrigadas a matrícula, que se caracteriza como o ato
de cadastramento para identificação do contribuinte na SRP (Secretaria da
Receita Previdenciária)”.

Diante disso, o empreendedor precisará cadastrar sua empresa. O


processo pode ser feito pela internet ou nas agências da previdência
social. Isso deve ser feito em um prazo de até 30 dias após a emissão no
CNPJ.

Faça a inscrição estadual


Empresas que exercem atividades de indústria ou comércio precisam
emitir a inscrição estadual. O processo é realizado na Secretaria de
Fazenda do Estado e permite que a empresa se cadastre como
contribuinte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS).

É preciso mencionar que em muitas cidades a inscrição pode ser feita


junto com a do alvará de funcionamento. Caso não seja o caso da sua
cidade, você precisará reunir os seguintes documentos para emitir a
inscrição:

 Comprovante de endereços dos sócios, cópia autenticada ou


origina;
 Certidão de casamento e cópia autenticada do RG e CPF do cônjuge
e filhos menores;
 Cópia autenticada do contrato de locação do imóvel ou escritura
pública do imóvel; – quando for o caso;
 RG e CPF dos sócios;
 Cópia do alvará de licença;
 Cópia do contrato social; Cópia do CNPJ.

Obtenha o alvará de funcionamento


O alvará de funcionamento é o documento que permite que uma
empresa desempenhe suas atividades em determinado local.
O alvará é emitido pela Prefeitura, Administração Regional ou Secretaria
Municipal da Fazenda. Os documentos necessários para obter o alvará de
funcionamento são: 

 Planta do imóvel onde você pretende abrir seu negócio;


 Cópia do recibo do IPTU pago;
 CPF e RG, originais ou cópias, da pessoa responsável pelo negócio;
 Cadastro do Contribuinte Mobiliário, ou CCM, obtido na Secretaria
das Finanças;
 O Setor, Quadra e Lote – também chamado de SQL – do imóvel;
 Declaração de atividade: para que você usará o imóvel e qual área
será destinada aos consumidores;
 Certificado de conclusão de imóvel recém-construído.

Emita o alvará sanitário


Toda empresa que produz, manipula, comercializa ou transporta produtos
e serviços que tenham influência na saúde humana, precisam do alvará
sanitário.

O documento tem como objetivo determinar que uma empresa atua


atendendo todas as exigências da Agência Nacional de Vigilância e Saúde
(ANVISA).

O alvará sanitário deve ser solicitado na Secretaria Municipal de Saúde.


Para isso, será necessário reunir os seguintes documentos: cópia do
contrato social, cópia do CNPJ e cópia do atestado de viabilidade
(aprovado na consulta comercial).

As principais dúvidas sobre abrir empresa em Recife


Agora que você já conhece todo o processo necessário para abrir empresa,
é possível que tenha surgindo algumas dúvidas. Diante disso, decidimos
responder as mais comuns:

Quanto tempo demora para abrir empresa em Recife?


Assim que toda a documentação for acertada, as informações são enviadas
para a Receita Federal e a Junta Comercial e é iniciado o processo de
abertura. A aprovação leva de 3 a 5 dias úteis após o envio, significando
que você já terá o número do CNPJ. Porém, para emitir notas, é
necessário realizar um cadastro na Rede Simples.

Porém, para abrir empresa, é necessário também realizar a Análise Prévia


da Viabilidade de Localização. Essa análise é feita para determinar se a
empresa pode ou não utilizar determinado imóvel para determinado
comércio.

Algumas pessoas escolhem um local que desejam se instalar, investem


nesse imóvel, e só depois descobrem que não podem atuar ali.

É muito tempo e dinheiro perdido, sendo que se contassem com o apoio


de um profissional ligado nessa área, evitariam esse transtorno. Por isso,
não se esqueça de fazer o pedido de Análise Prévia de Viabilidade do local.

Quanto custa abrir empresa em Recife?


Saiba que o valor dependerá muito do escritório de contabilidade e da
cidade na qual está localizado. No entanto, é interessante destacar que o
valor pode variar de zero a R$1.200.

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