Você está na página 1de 20

© 2021, dos autores e organizadores

Equipe Editorial
Bruno Prado Santos
Clarissa Galvão Bengtson
Douglas Henrique Perez Pino (Editor)
Jéssica Veloso Morito
Paula Sayuri Yanagiwara
Rebeca Aparecida Mega

Ficha catalográfica elaborada pelo DePT da Biblioteca Comunitária da UFSCar

L979p Luzes sobre as Estratégias Pedagógicas com Tecnologias Digitais


: uma visão propositiva / organizadores: Daniel Mill, Glauber
Santiago. — São Carlos : SEaD-UFSCar, 2021.
352 p.

ISBN: 978-65-86891-21-8

1. Tecnologias digitais. 2.. Prática pedagógica. 3. Docência.4.


Educação e tecnologias. 5. Educação a distância. 6. Grupo
Horizonte-UFSCar. I. Título.
CDD: 374.4 (20a)
CDU: 371

Contato:
Grupo Horizonte – Universidade Federal de São Carlos
Rod. Washington Luiz, s/n – Área Norte, AT3, sala 52
CEP: 13.565-905 – São Carlos/SP
Telefone: (16) 3306-6556 | (16) 99645-9628 (WhatsApp)
E-mail: edutec@ead.ufscar.br
SUMÁRIO

1 Apontamentos propositivos sobre estratégias pedagógicas com


tecnologias digitais: uma introdução ao tema. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Glauber Santiago e Daniel Mill

2 Práticas Pedagógicas com Tecnologias Digitais: reflexões propositivas. . . . 21


Daniel Mill e Braian Veloso

3 Proposições sobre Educação, Tecnologias e Paulo Freire. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51


Braian Veloso

4 Linguagem cinematográfica e audiovisual em contexto educativo . . . . . . . . . . . . 73


José António Moreira

5 Audiovisual e suas aplicações pedagógicas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89


Alan Victor Pimenta A. P. Costa

6 Aplicações pedagógicas da televisão, web-TV e videocast. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111


Glauber Santiago e Camila Dias de Oliveira

7 Reflexões sobre o rádio, web-rádio e podcast e sua aplicação pedagógica . . . 123


Alecir Carvalho, Cleder Tadeu Silva e Daniel Mill

8 Planejamento e organização de animações para educação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139


Paulo Roberto Montanaro

9 Produção de animações para educação: proposições e sugestões. . . . . . . . . 161


Paulo Roberto Montanaro

10 Programação computacional para educadores: apontamentos introdutórios. . . . 181


Glauber Santiago e Camila Dias de Oliveira

11 Apontamentos sobre os jogos digitais e suas aplicações pedagógicas . . . . . . 189


Paulo Roberto Montanaro

12 Internet, redes sociais e educação: notas e proposições pedagógicas . . . . . . . . . 205


Ian R. Mazzeu e Yasmin Pereira dos Santos

13 Ferramentas de produtividade em nuvem no contexto educacional:


apontamentos práticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 227
Glauber Santiago e Rafaela Sabino
14 Geotecnologias e sua aplicação pedagógica: reflexões propositivas. . . . . 293
Fernando Luiz de Paula Santil, Claudionor Ribeiro da Silva e Daniel Mill

15 Produção musical no contexto educacional: aplicações pedagógicas . . . 315


Glauber Santiago e Asami Sasaki

Sobre os organizadores da coletânea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 339


Sobre os autores da coletânea. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 341
Conheça um pouco do trabalho do Grupo Horizonte. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 347
1

Apontamentos propositivos sobre


estratégias pedagógicas com tecnologias
digitais:
uma introdução ao tema1
Glauber Santiago
Daniel Mill

Direcionando as luzes para a relação entre educação e tecnologias

Desde meados do século XX, com o advento da eletrônica e em seguida


das tecnologias digitais, a curva de possibilidades de uso dessas ferramen-
tas tem sido exponencial. Um processo que, de modo intenso e acelerado,
nos levou em poucas décadas a milhares de possibilidades tecnológicas
digitais para processos educacionais. Todavia, tem sido desafiador e dile-
mático explorar efetivamente a inovação tecnológica no contexto do en-
sino-aprendizagem, especialmente considerando o papel do professor na
cultura digital, sua formação, seus saberes, suas condições de trabalho etc.
Assim, entre vantagens e limitações das tecnologias digitais de informação
e comunicação (TDIC), importa ainda mais voltar a atenção aos sujeitos en-
volvidos nesse processo: professores, estudantes, pais, gestores etc. Espe-
cialmente os sujeitos da ação docente e da aprendizagem são importantes

1 Os textos desta coletânea são resultantes de materiais didáticos elaborados para uso
exclusivo do curso de especialização em Educação e Tecnologias (multi-habilitações),
ofertado pelo Grupo Horizonte (Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Inovação em
Educação, Tecnologias e Linguagens) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Saiba mais sobre o curso: https://edutec.ead.ufscar.br.
8 | Luzes sobre as Estratégias Pedagógicas com Tecnologias Digitais: uma visão propositiva

na reflexão sobre o desenho de estratégias pedagógicas mais relevantes


qualitativamente.
Nesse cenário, ganham destaque o desenvolvimento e a aplicação de
estratégias pedagógicas com tecnologias digitais, considerando a complexi-
dade da prática docente e a aprendizagem ativa dos estudantes. É com esta
proposta, de destacar a possibilidade e importância das estratégias peda-
gógicas no contexto da cultura digital, que esta coletânea busca contribuir.
Numa perspectiva propositiva, os textos aqui reunidos abordam reflexões e
encaminhamentos elementares para a criação e aplicação de práticas peda-
gógicas com as TDIC. Observa-se que a obra contribui, portanto, em termos
de qualidade e foco dos conteúdos, reflexões mais propositivas, atenção ao
ensino e à aprendizagem, bem como pela atualidade das discussões.
Sabe-se que a incorporação de tecnologias no contexto educacional
não é questão recente. Desde que existe educação há também esforço
didático-pedagógico para a melhoria da aprendizagem significativa (mes-
mo que, historicamente, algumas abordagens ou teorias possam estar
mais voltadas ao professor ou ao conteúdo do que ao estudante). De todo
modo, é seguro afirmar que sempre houve preocupação com a melhor
comunicação do conteúdo e entre professor e alunos, seja por meio da
oralidade, escrita ou outras dinâmicas de interação. Percebe-se que o
ensino-aprendizagem de cada época explora as possibilidades tecnoló-
gicas então disponíveis: escrita, papel, lápis, linguagem, carteiras, livros
didáticos, escola, régua, tabuada, microscópio, laboratórios, compasso,
quadro-verde, giz, música, jogos, reprografia, mimeógrafo etc. Numa fase
posterior, com a emergência das tecnologias eletrônicas, agregam-se o
retroprojetor, a fita magnética (cassete e VHS), toca-fitas, videocassete, te-
levisão, rádio, entre outras tecnologias analógicas. Com o advento da cul-
tura digital, outras tecnologias de suporte da informação e comunicação
passam a protagonizar ou permear o ensino-aprendizagem, muitas vezes
atualizando aquelas já existentes para o formato digital, tais como: proje-
tor multimídia, computador, internet, audiovisual, jogos, celulares, entre
diversas ferramentas e artefatos capazes de facilitar a aprendizagem do
estudante, por um lado, e a ação docente, por outro.
Como já dito, percebe-se que a relação entre educação e tecnologias não
é recente, não configurando um dilema ou desafio típico da cultura digital. Por
isso, consideramos centrar a atenção no uso pedagógico dessas tecnologias
e não especificamente no seu aspecto técnico. Há tempos, diversos autores
Apontamentos propositivos sobre estratégias pedagógicas com tecnologias digitais: uma... | 9

estudam e discutem essa questão, destacando elementos essenciais do pon-


to de vista do ensino (professor), da aprendizagem (estudante) e da media-
ção técnico-pedagógica entre docente, conteúdo e educando. Podemos
destacar, entre outros, os trabalhos de: Sancho (1998), Litwin (2001), Moran,
Masetto e Behrens (2003), Niess (2005), Mishra e Koehler (2006), Kenski (2008),
Mill (2013, 2018), Mizukami (2014), Ferreira, Rosado e Carvalho (2017), Mattar
(2017), Selwyn (2017), Mill et al. (2018, 2020) – além de autores que fomentaram
reflexões sobre a incorporação de tecnologias no ensino-aprendizagem, tais
como Lévy (1993, 2000), Prensky (2001), Delors (2003, 2005), Castells (2003),
Papadopoulos (2005), Coll (2013), entre outros muitos.
Um dos aspectos essenciais destacados pelos autores diz respeito aos sa-
beres do professor para ensinar, especialmente nessa época de cultura digital.
Autores da área de formação de professores (SHULMAN, 1986; NÓVOA, 1995;
PIMENTA, 1997; PERRENOUD, 1999; MIZUKAMI, 2004; VEIGA, 2006; ROLDÃO,
2007; ZEICHNER, 2008; MARCELO, 2009; TARDIF, 2012; IMBERNÓN, 2011;
D’ÁVILA; VEIGA, 2012; e outros), mais dedicados especificamente à questão
da aprendizagem da docência, tratam de uma base do conhecimento para
ensinar, envolvendo conhecimentos do conteúdo, conhecimentos pedagó-
gicos e conhecimentos pedagógicos de conteúdo (SHULMAN, 1986, 2005;
MIZUKAMI, 2004). Se considerada no contexto das tecnologias digitais, essa
discussão da organização dos conhecimentos que o docente deve ter para
ensinar passa pelo que Koehler e Mishra denominaram por TPACK (conhe-
cimento tecnológico pedagógico de conteúdo), conforme apresentado na
Figura 1 (KOEHLER; MISHRA, 2009; MISHRA; KOEHLER, 2006).
Observa-se que, basicamente, Koehler e Mishra (2009) agregam o
conhecimento de tecnologias à base de conhecimento dos professores.
Baseada na noção de "conhecer para decidir", a reflexão do TPACK su-
gere ao professor explorar as várias tecnologias disponíveis para elaborar
melhores propostas pedagógicas. Parte-se do princípio de que o conhe-
cimento das possibilidades tecnológicas influencia e é influenciado pelos
conhecimentos "pedagógico", "do conteúdo" e "pedagógico do conteú-
do", sendo maior, portanto, a qualidade das estratégias pedagógicas para
ensinar determinado conteúdo quando o docente conhece diversas possi-
bilidades tecnológicas disponíveis. Outros autores – como Jamani e Figg
(2013), Mizukami (2014), Rossit, Mill e Corrêa (2018) e Mesa (2019) – também
contribuem para o entendimento dessa noção de TPACK e sua aplicação
na formação de professores.
10 | Luzes sobre as Estratégias Pedagógicas com Tecnologias Digitais: uma visão propositiva

Figura 1 Proposta TPACK2 de aprendizagem da docência na cultura digital.


Fonte: Koehler e Mishra (2009, p. 63).

Com base na Figura 1, podemos exemplificar os quatro domínios de co-


nhecimento docente relacionados às tecnologias (Quadro 1).

2 A sigla TPACK refere-se ao termo inglês Technological Pedagogical Content Knowledge,


livremente traduzido para o português como Conhecimento Tecnológico Pedagógico
de Conteúdo.
Apontamentos propositivos sobre estratégias pedagógicas com tecnologias digitais: uma... | 11

Quadro 1 Tipos de conhecimento docente envolvendo tecnologias.


Tipos de
Descrição Exemplos
conhecimento
Conhecimento São conhecimentos Saber usar a internet, saber usar um
Tecnológico específicos sobre cada software específico, saber utilizar
(TK) tecnologia. um equipamento etc.
Para um professor de música, conhecer
tecnologias relacionadas à construção de
São conhecimentos sobre instrumentos, à reprodução e gravação do
Conhecimento
tecnologias relacionadas som etc.
Tecnológico do
ao conteúdo trabalhado Para um professor de Física, conhecer a
Conteúdo (TCK)
pelo professor. tecnologia relacionada à construção de
um experimento, conhecer um software de
simulação de determinado conceito etc.
Saber usar adequadamente: um simulador
virtual para ensinar conceitos da física ou
São conhecimentos
matemática; o microscópio para ensinar
relacionados ao uso peda-
conteúdos da biologia ou química; o pro-
Conhecimento gógico das possibilidades
jetor multimídia para explanar uma teoria;
Tecnológico tecnológicas, ao potencial
um ambiente virtual (Moodle, Google
Pedagógico dessas ferramentas para
Classroom etc.) para organizar o conteúdo
(TPK) facilitar o entendimento
e atividades de interação; um software de
de determinado conteúdo
HQ (história em quadrinhos) para compor
pelo estudante.
histórias e narrativas com conteúdos desti-
nados a crianças etc.
Saber criar e explorar as vantagens de um
São conhecimentos
ambiente virtual de aprendizagem para sua
advindos da confluência
Conhecimento turma, como o Moodle; saber criar uma
dos três tipos anteriores,
Tecnológico aula presencial utilizando jogos ou audiovi-
ou seja, conhecer a opera-
Pedagógico sual ou outros recursos tecnológicos; saber
cionalidade didática entre
do Conteúdo criar uma oficina com robótica pedagógica
os conteúdos, pessoas e
(TPACK) ou atividade maker3 com abordagem
tecnologias no processo
Steam4 para melhoria da aprendizagem
educacional.
dos estudantes.

Fonte: elaboração própria, com base em Koehler e Mishra (2009) e em Mishra e Koehler
(2006).

3 A abordagem ou "Movimento Maker" refere-se à ideia de "mão na massa" ou "faça


você mesmo" como forma de estímulo às atividades práticas e manuais para fomento
ao maior engajamento e envolvimento do estudante nas atividades e aulas.
4 A abordagem Steam é um acrônimo para Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e
Matemática (em inglês Science, Technology, Engineering, Arts e Mathematics) que
busca potencializar experiências de aprendizagem dos estudantes partindo da inte-
gração dessas disciplinas ou áreas do conhecimento, de modo a aumentar o interesse
e envolvimento nas atividades, de modo colaborativo e como protagonistas da própria
aprendizagem.
12 | Luzes sobre as Estratégias Pedagógicas com Tecnologias Digitais: uma visão propositiva

Conforme apresenta o Quadro 1, mantém-se na cultura digital o gran-


de desafio de conhecer as várias possibilidades tecnológicas e saber es-
colher aquelas mais adequadas aos objetivos pedagógicos do professor.
Ou seja, a elaboração de boas estratégias pedagógicas sempre repre-
sentou e vai continuar representando um grande desafio aos educado-
res preocupados com a melhoria na aprendizagem dos estudantes, mas
importa ressaltar que esse será sempre um desafio humano. São sujeitos
que desenvolvem propostas pedagógicas, que aprendem, que intera-
gem e convivem. As tecnologias (analógicas ou digitais) apresentam-se
no contexto de ensino-aprendizagem como suporte de informações,
como mediadoras entre sujeitos, como possibilidade de fomentar melho-
res formas de construção do conhecimento por estudantes e professores.
Todavia, neste cenário de cultura digital experimentado na atualidade,
com inúmeras ferramentas digitais para comunicação, interação, simula-
ção e convivência humana, resta aos educadores incorporar às atividades
escolares possíveis vantagens de vivências cotidianas dos estudantes –
especialmente se considerarmos argumentos de autores como Prenski
(2001), Tapscott (2010) e Mill, Oliveira e Falcão (2018) de que temos neste
século XXI uma geração digital (nativos, imigrantes e colonizadores).
É nesse sentido que encontram eco as contribuições desta coletânea.
São textos propositivos que exploram diferentes possibilidades de uso
pedagógico de tecnologias audiovisuais, virtuais, digitais etc. Isto é, na
perspectiva do professor e da elaboração de estratégias pedagógicas com
tecnologias digitais, este livro está composto de 14 reflexões propositivas
(além deste capítulo introdutório), fomentando ideias de ensino-aprendi-
zagem com algumas tecnologias. Na próxima seção, apresentamos breve-
mente cada um dos capítulos da coletânea.

Apresentação dos textos da coletânea


Podemos agrupar os capítulos do livro em pequenos blocos, mas
eles se complementam num plano mais geral. São discussões e reflexões
sobre aspectos do audiovisual (aplicação pedagógica de animações, rá-
dio e web-rádio, TV e web-TV, cinema), programação para educadores,
uso de ferramentas da internet e dos jogos, entre outras tecnologias,
para o desenvolvimento e aplicação de conteúdos de diferentes áreas ou
disciplinas.
Apontamentos propositivos sobre estratégias pedagógicas com tecnologias digitais: uma... | 13

A coletânea é iniciada pelo capítulo "Práticas Pedagógicas com Tecno-


logias Digitais: reflexões propositivas", em que Daniel Mill e Braian Veloso
propõem uma perspectiva prática para analisar a atividade pedagógica
docente no contexto da cultura digital. Primeiro é feito um movimento de
categorização de ferramentas e tecnologias digitais para uso pedagógico,
como as ferramentas para atividades mão na massa, os recursos de audio-
visual, a realidade virtual, a realidade aumentada, os jogos e games para
educação, as ferramentas em nuvem, as histórias em quadrinhos (HQ), as
redes sociais, os sites com exercícios e atividades de revisão, os softwares
de gestão do ensino-aprendizagem, dentre outras possibilidades de agru-
pamento das muitas ferramentas pedagógicas disponíveis no contexto
da cultura digital. Os autores também disponibilizam algumas amostras de
práticas pedagógicas com tecnologias digitais e, por fim, as analisam na
perspectiva da abordagem da aprendizagem ativa.
O texto seguinte, "Proposições sobre Educação, Tecnologias e Paulo
Freire", de autoria de Braian Veloso, propõe-se a estabelecer intersecções
possíveis entre a educação, as tecnologias digitais e a pedagogia freiriana.
Para tanto, o autor resgata alguns conceitos importantes da teoria de Pau-
lo Freire, como autonomia, saber de experiência feito, diálogo, educação
permanente, dentre outros. Depois de constituídos os alicerces teóricos, a
reflexão volta-se às possíveis relações entre um processo de ensino-apren-
dizagem permeado por recursos tecnológicos e alguns dos postuladores da
pedagogia freiriana. Apresenta-se, então, a abordagem ativa, como terreno
fértil para empreender propostas pedagógicas que lancem mão das contri-
buições de Paulo Freire e das tecnologias digitais.
O quarto capítulo tem como título "Linguagem cinematográfica e au-
diovisual em contexto educativo", no qual José António Moreira analisa a
linguagem audiovisual e o seu potencial para enriquecer ambientes edu-
cativos, apresentando uma proposta de modelo pedagógico para desen-
volvimento de atividades de aprendizagem centradas na "desconstrução"
de imagens em movimento. O propósito é compreender e analisar a es-
trutura e as principais fases de uma atividade em função desse modelo de
aprendizagem centrado na "desconstrução" de imagens em movimento,
evidenciando as características essenciais da linguagem audiovisual e o
seu grande potencial de melhoria do ensino-aprendizagem.
Alan Victor Pimenta A. P. Costa apresenta, no capítulo "Audiovisual e
suas aplicações pedagógicas", possibilidades de expressão emergentes,
14 | Luzes sobre as Estratégias Pedagógicas com Tecnologias Digitais: uma visão propositiva

explorando a noção de autonomia e criatividade no ensinar e no aprender


com audiovisual. O texto trata da concepção e produção audiovisual e ani-
mações de caráter didático, articulando as tecnologias digitais com o au-
diovisual. São apresentadas ferramentas simples de autoria para produção
audiovisual, de modo a fomentar práticas de criação de audiovisual. O autor
introduz a crítica à instrumentalização pedagógica do audiovisual, propondo
possibilidades de reflexão e produção audiovisual em espaços de aprendi-
zagem como suporte de emancipação intelectual, política e estética. Dessa
forma, o texto considera diferentes modalidades de expressão da linguagem
audiovisual (artes do "cinema", do "vídeo" etc.) para a reflexão sobre o lugar
do espectador e de sua potência criadora a partir dos recursos audiovisuais
como instrumentos pedagógicos.
Glauber Santiago e Camila Dias de Oliveira, autores do capítulo "Apli-
cações pedagógicas da televisão, web-TV e videocast", exploram as possi-
bilidades educacionais dos recursos relacionados à web-TV e ao videocast.
Além de definir e caracterizar os termos TV, web-TV e videocast, o texto
apresenta exemplos de uso prático no contexto educacional. Na reflexão, os
autores propõem a aplicação dessas tecnologias em sala de aula, além de
incentivar o desenvolvimento de um videocast educacional.
O sétimo capítulo, "Reflexões sobre o rádio, web-rádio e podcast e sua
aplicação pedagógica", dos autores Alecir Carvalho, Cleder Tadeu Silva e
Daniel Mill, discute a relação entre o rádio e a educação no Brasil, buscando
evidenciar os principais fundamentos da utilização pedagógica do web-rádio
por meio de atividades teórico-práticas. Na reflexão, é apresentada a distin-
ção entre o rádio convencional e o web-rádio, a estruturação operacional de
uma web-rádio com finalidades educativas e a distinção entre as web-rádios
e os podcasts. Assim, o texto centra atenção nas possibilidades pedagó-
gicas do web-rádio, indicando projetos e experiências com web-rádio nas
escolas, destacando aspectos de planejamento, produção, gerenciamento
e transmissão para web-rádios educativas e podcast.
Paulo Roberto Montanaro contribui com dois textos para a coletânea
com foco nas animações na perspectiva do audiovisual. Como o título já
adianta, o capítulo "Planejamento e organização de animações para educa-
ção" aborda a concepção de materiais pedagógicos baseados em animação.
O autor apresenta conceitos gerais sobre o tema, indicando os recursos tec-
nológicos, materiais e infraestrutura relacionados à produção de animações
para fins educacionais, além de apontar os recursos humanos geralmente
Apontamentos propositivos sobre estratégias pedagógicas com tecnologias digitais: uma... | 15

envolvidos no processo. De modo propositivo, o texto faz uma introdução


aos conceitos de roteirização, projeto e produção de animações, sugerindo
possibilidades de aplicação de animações em sala de aula.
No texto seguinte, "Produção de animações para educação: proposi-
ções e sugestões", Paulo Roberto Montanaro complementa a discussão do
capítulo anterior, buscando melhor compreensão das características peda-
gógicas essenciais das animações, indicando e avaliando as potencialidades
específicas do uso de animações no ensino-aprendizagem. Nesse sentido, o
autor introduz algumas ferramentas autorais de uso simples e prático para a
elaboração de animações e propõe estratégias para elaboração e produção
de roteiro para esse tipo de mídia. Portanto, a proposta da reflexão é com-
preender o papel das animações no planejamento pedagógico, partindo de
um movimento prático simplificado de produção, finalização e distribuição
de animações de forma independente.
Sob o título "Programação computacional para educadores: apontamen-
tos introdutórios", Glauber Santiago e Camila Dias de Oliveira apresentam
conceitos relacionados à linguagem de programação Scratch e analisam pro-
postas para o seu uso no âmbito educacional. Além disso, tratam das noções
de computação criativa e aprendizagem baseada em design. O propósito do
texto é estimular educadores a utilizarem a programação no ensino-aprendi-
zagem, envolvendo os estudantes na construção do próprio conhecimento,
incentivando a criatividade, a inovação e o pensamento crítico.
No décimo primeiro capítulo, "Apontamentos sobre os jogos digitais e
suas aplicações pedagógicas", Paulo Roberto Montanaro aborda as novas
possibilidades de expressão, autonomia e criatividade no ensinar e no
aprender com jogos e aplicativos digitais. O texto também apresenta alguns
aspectos sobre a concepção e produção de jogos, bem como aplicativos
digitais de caráter didático relacionados, introduzindo elementos da relação
entre tecnologias informáticas, jogos e ferramentas de autoria para produ-
ção de jogos e aplicativos digitais correlatos.
Em seguida temos o texto de Ian R. Mazzeu e Yasmin Pereira dos Santos,
"Internet, redes sociais e educação: notas e proposições pedagógicas", em
que os autores apresentam aspectos da inserção da internet nos processos
educacionais, destacando as possibilidades de interação e criação coleti-
va na web. Os autores destacam o processo de concepção e produção de
propostas pedagógicas envolvendo redes sociais e outros recursos da inter-
net, visando o planejamento de ações práticas aplicadas ao cotidiano dos
16 | Luzes sobre as Estratégias Pedagógicas com Tecnologias Digitais: uma visão propositiva

ambientes de aprendizagem. Entre os objetivos do texto, propõe-se refletir


criticamente a respeito da inserção da internet nos processos educacionais,
buscando identificar implicações (vantagens e problemas) do uso de redes
sociais em processos de ensino-aprendizagem.
"Ferramentas de produtividade em nuvem no contexto educacional:
apontamentos práticos" é um capítulo dos autores Glauber Santiago e Ra-
faela Sabino, com proposição prática voltada àqueles usuários iniciantes na
criação, de modo colaborativo e em nuvem (on-line), de formulários, textos,
figuras, apresentações e sites, entre outras atividades. Na discussão, os auto-
res propõem formas de utilizar pedagogicamente essas ferramentas on-line,
seja no processo de criação das ferramentas ou no seu uso como produto
para outras ações de ensino-aprendizagem.
A penúltima reflexão da coletânea traz o título "Geotecnologias e sua
aplicação pedagógica: reflexões propositivas", sob autoria de Fernando Luiz
de Paula Santil, Claudionor Ribeiro da Silva e Daniel Mill. Os autores fazem
uma discussão sobre o papel das tecnologias digitais no processo de simpli-
ficação das geotecnologias e intensificação do seu uso no cotidiano, inclusi-
ve no contexto educacional. Além da definição e caracterização das geotec-
nologias, o texto busca elementos para responder à seguinte questão: como
podemos explorar ferramentas relacionadas às geotecnologias no processo
de ensino-aprendizagem? Com os avanços tecnológicos, de modo interdis-
ciplinar (geografia, cartografia, computação, entre algumas engenharias e
outras áreas do conhecimento), esses recursos apresentam certa facilidade
de uso, possibilitando interessantes alternativas aos professores, estudan-
tes, pais e outros envolvidos no processo educacional de crianças e jovens,
especialmente para compreensão do meio em que vivemos, tendo a nós
próprios e a nossa percepção dos fatos como referência para compreender
o mundo, auxiliando nas análises geoespaciais. Ou seja, se bem exploradas
podem ser ferramentas muito ricas para o ensino-aprendizagem em diferen-
tes situações, níveis de formação, faixas etárias etc.
Finalmente, temos o texto "Produção musical no contexto educacional:
aplicações pedagógicas", de autoria de Glauber Santiago e Asami Sasaki.
O capítulo aborda aspectos musicais e tecnológicos envolvidos da produ-
ção musical, o uso criativo de recursos on-line para uma produção musical
elementar e a aplicação pedagógica de produções musicais simples. Com
foco na docência da educação básica, a reflexão considera usuários leigos
ou iniciantes no campo musical e incentiva a utilização de alguns recursos
Apontamentos propositivos sobre estratégias pedagógicas com tecnologias digitais: uma... | 17

tecnológicos ligados à produção musical como meio ou como finalidade edu-


cativa. De maneira simples e propositiva, os autores dão familiaridade básica
ao leigo sobre a teoria musical, como estratégia para o desenvolvimento de
atividades com tecnologias relacionadas à música, para o uso criativo desses
recursos tecnológicos musicais elementares por professores e estudantes.

Então, um convite à leitura


Foi feita uma apresentação geral da obra, destacando um leque de
possibilidades tecnológicas e de estratégias pedagógicas para que leito-
res envolvidos com a educação busquem melhores caminhos para o de-
senvolvimento de atividades em sala de aula com a utilização de TDIC.
Embora sejam apenas sugestões, acreditamos que as reflexões presentes
nesta obra dão ao educador boas pistas de como fomentar um melhor
domínio sobre as tecnologias disponíveis atualmente, de modo a propor-
cionar aprendizagem ativa e significativa aos seus estudantes. Resta então
um convite ao leitor, para se aprofundar na proposta dos demais capítu-
los deste livro. Certamente encontrarão contribuições nas suas linhas e
entrelinhas.

Referências
CASTELLS, M. A galáxia da internet. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.
COLL, C. El currículo escolar en el marco de la nueva ecología del aprendizaje. Aula de inno-
vación educativa, n. 219, p. 31-36, 2013. Disponível em: http://diposit.ub.edu/dspace/bitstre-
am/2445/53975/1/627963.pdf. Acesso em: 17 out. 2019.
D’ÁVILA, C. M.; VEIGA, I. P. A. (org.). Didática e docência na educação superior: implicações para a
formação de professores. Campinas: Papirus, 2012.
DELORS, J. (org.). A Educação para o Século XXI: questões e perspectivas. Porto Alegre: Artmed,
2005.
DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir. 2. ed. Brasília: MEC/Unesco, 2003.
FERREIRA, G. M. S.; ROSADO, L. A. S.; CARVALHO, J. S. (org.). Educação e tecnologia: abordagens
críticas. Rio de Janeiro: Unesa, 2017.
IMBERNÓN, F. Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. 9. ed.
São Paulo: Cortez, 2011.
JAMANI, K. J.; FIGG, C. The TPACK-in-practice workshop approach: A shift from learning the tool
to learning about technology-enhanced teaching. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON E-
-LEARNING, 8., 2013, Cidade do Cabo. Proceedings... Cidade do Cabo: Curran Associates, 2013.
KENSKI, V. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas: Papirus, 2008.
KOEHLER, M.; MISHRA, P. What is technological pedagogical content knowledge (TPACK)? Con-
temporary issues in technology and teacher education, v. 9, n. 1, p. 60-70, 2009.
18 | Luzes sobre as Estratégias Pedagógicas com Tecnologias Digitais: uma visão propositiva

LÉVY, P. A Inteligência Coletiva: por uma Antropologia do Ciberespaço. 3. ed. São Paulo: Edições
Loyola, 2000.
LÉVY, P. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Rio de
Janeiro: Editora 34, 1993.
LITWIN, E. (org.). Tecnologia educacional: política, histórias e propostas. Porto Alegre: Artmed,
2001.
MARCELO, C. Desenvolvimento profissional docente: passado e futuro. Ciências da Educação, n.
8, p. 7-22, 2009.
MATTAR, J. Metodologias Ativas para a educação presencial blended e a distância. São Paulo:
Artesanato Educacional, 2017.
MESA, E. G. P. Moodle en la docencia universitaria: incidencia del modelo Tpack – caso Uptc. In:
CONGRESO INTERNACIONAL DE INVESTIGACIÓN Y PEDAGOGÍA, 5., 2019, Tunja. Anais... Tunja:
UPTC, 2019.
MILL, D. (org.). Dicionário Crítico de Educação e Tecnologias e de Educação a Distância. Campinas:
Papirus, 2018.
MILL, D. (org.). Escritos sobre educação: desafios e possibilidades para ensinar e aprender com as
tecnologias emergentes. São Paulo: Paulus, 2013.
MILL, D.; OLIVEIRA, O.; FALCÃO, P. Geração digital e educação (verbete). In: MILL, D. (org.). Di-
cionário Crítico de Educação e Tecnologias e de Educação a Distância. Campinas: Papirus, 2018.
p. 290-294.
MILL, D.; REALI, A. (org.). Educação a Distância e Tecnologias Digitais: reflexões sobre sujeitos,
saberes, contextos e processos. São Carlos: EdUFSCar, 2014. 198 p.
MILL, D.; SANTIAGO, G.; SANTOS, M.; PINO, D. (org.). Educação e Tecnologias: reflexões e contri-
buições teórico-práticas. São Paulo: Artesanato Educacional, 2018. 198 p.
MILL, D.; VELOSO, B.; SANTIAGO, G.; SANTOS, M. (org.). Escritos sobre Educação e Tecnologias:
entre provocações, percepções e vivências. São Paulo: Artesanato Educacional, 2020. 225 p.
MISHRA, P.; KOEHLER, M. Technological Pedagogical Content Knowledge: A framework for tea-
cher knowledge. Teachers College Record, v. 108, n. 6, p. 1017-1054, 2006.
MIZUKAMI, M. G. N. Aprendizagem da docência: algumas contribuições de L. S. Shulman. Revista
do Centro de Educação, Santa Maria, v. 29, n. 2, p. 1-11, 2004. Disponível em: http://coralx.ufsm.br/
revce/revce/2004/02/a3.htm. Acesso em: 09 mar. 2012.
MIZUKAMI, M. G. Formadores de professores e educação a distância: algumas aprendizagens. In:
MILL, D.; REALI, A. (org.). Educação a Distância e Tecnologias Digitais: reflexões sobre sujeitos,
saberes, contextos e processos. São Carlos: EdUFSCar, 2014. p. 149-171.
MORAN, J. M.; MASETTO, M. T.; BEHRENS, M. A. Novas tecnologias e mediação pedagógica.
Campinas: Papirus, 2003.
NIESS, M. L. Preparing teachers to teach science and mathematics with technology: Developing a
technology pedagogical content knowledge. Teaching and teacher education, v. 21, n. 5, p. 509-
523, 2005.
NÓVOA, A. Profissão Professor. Porto: Porto, 1995.
PAPADOPOULOS, G. S. Aprender para o Século XXI. In: DELORS, J. (org.). A Educação para o
Século XXI: questões e perspectivas. Porto Alegre: Artmed, 2005.
PERRENOUD, P. Formar professores em contextos sociais em mudança. Prática reflexiva e partici-
pação crítica. Revista Brasileira de Educação [on-line], v. 1, n. 12, p. 5-21, set./dez. 1999. Disponível
em: http://educa.fcc.org.br/pdf/rbedu/n12/n12a02.pdf. Acesso em: 20 jul. 2013.
PIMENTA, S. G. Formação de professores: saberes da docência e identidade do professor. Nuan-
ces, Presidente Prudente, v. 3, p. 5-14, set. 1997.
PRENSKY, M. Digital Natives, Digital Immigrants. On the Horizon, Bradford, v. 9, n. 5, p. 2-6, out.
2001.
Apontamentos propositivos sobre estratégias pedagógicas com tecnologias digitais: uma... | 19

ROLDÃO, M. do C. Função docente: natureza e construção do conhecimento profissional. Revista


Brasileira de Educação, v. 12, n. 34, jan./abr. 2007. Disponível em: www.scielo.br/pdf/rbedu/v12n34/
a08v1234.pdf. Acesso: 29 set. 2019.
ROSSIT, F.; MILL, D.; CORRÊA, A. TPACK: Technological Pedagogical Content Knowledge (verbe-
te). In: MILL, D. (org.). Dicionário Crítico de Educação e Tecnologias e de Educação a Distância.
Campinas: Papirus, 2018. p. 642-646.
SANCHO, J. M. (org.). Para uma tecnologia educacional. Porto Alegre: Artmed, 1998.
SELWYN, N. Educação e Tecnologia: questões críticas. Tradução de Giselle M. S. Ferreira. In: FER-
REIRA, G. M. S.; ROSADO, L. A. S.; CARVALHO, J. S. (org.). Educação e tecnologia: abordagens
críticas. Rio de Janeiro: Unesa, 2017.
SHULMAN, L. S. Conocimiento y enseñanza: fundamentos de la nueva reforma. Profesorado: Re-
vista de currículum y formación del profesorado, Granada, v. 9, n. 2, p. 1-28, 2005. Disponível em:
https://recyt.fecyt.es/index.php/profesorado/article/view/42675/47994. Acesso em: 31 maio 2020.
SHULMAN, L. S. Those who understand: knowledge growth in teaching. Educational Researcher
[on-line], v. 15, n. 2, p. 4-14, 1986. Disponível em: https://pdfs.semanticscholar.org/f29d/a5d8c806
102b060e7669f67b5f9a55d8f7c4.pdf. Acesso em: 31 maio 2020.
TAPSCOTT, D. A hora da geração digital. Rio de Janeiro: Agir Negócios, 2010.
TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. 13. ed. Petrópolis: Vozes, 2012.
VEIGA, I. P. A. (org.). Lições de didática. Campinas: Papirus, 2006.
ZEICHNER, K. M. Uma análise crítica sobre a "reflexão" como conceito estruturante na formação
docente. Educação e Sociedade, Campinas, v. 29, n. 103, p. 535-554, maio/ago. 2008. Disponível
em: www.scielo.br/pdf/es/v29n103/12.pdf. Acesso em: 31 maio 2020.
Conheça um pouco do trabalho do Grupo Horizonte | 271

Conheça um pouco mais sobre as ações e projetos do Grupo Horizonte:

Curso de Especialização em Educação e Tecnologias (EduTec)

O Curso de Especialização em Educação e Tecnologias (EduTec)


é uma proposta de formação flexível, integrada e híbrida, com múltiplas
habilitações. O EduTec possibilita ao egresso a formação especializada nas
seguintes habilitações:
• Design Instrucional (Projeto e Desenho Pedagógico)
• Docência na Educação a Distância
• Formação de Professores na cultura digital
• Gestão da Educação a Distância
• Jogos e Gamificação na Educação
• Metodologias ativas e aprendizagem
• Produção e Uso de Tecnologias para Educação
• Recursos de Mídias na Educação
O estudante pode escolher uma ou mais dessas habilitações para realizar
concomitantemente ou sequencialmente. Conheça a proposta!

:. Saiba mais em: https://edutec.ead.ufscar.br/

CIET:EnPED (Congresso Internacional de Educação e Tecnologias /


Encontro de Pesquisadores em Educação a Distância)

O CIET:EnPED (Congresso Internacional de Educação e


Tecnologias / Encontro de Pesquisadores em Educação
a Distância) é um evento que deseja ser uma rica oportunidade de discus-
sões, reflexões e trocas de experiências sobre a temática. Desde 2012, o
evento é organizado em duas etapas: uma virtual (com 15 dias de duração,
realizada em ambiente virtual) e outra presencial (na UFSCar, com duração

Você também pode gostar