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Como avaliar a estabilidade global da

estrutura?
No Eberick, a estabilidade global da estrutura pode ser avaliada de maneiras diversas, a
depender do tipo de informação que o usuário deseja obter. Esta avaliação é importante
pois permite que o usuário tome medidas direcionadas para melhorar a performance da
estrutura neste quesito, conforme expõe o artigo Como enrijecer uma estrutura deslocá-
vel?. O item 15.4.2 da NBR 6118:2014 permite classificar as estruturas da seguinte
maneira:

• Estruturas de nós fixos - γz ≤ 1.1: os efeitos globais de 2ª ordem são


desprezíveis e podem ser desconsiderados (inferiores a 10% dos respectivos
esforços de 1ª ordem). Nessas estruturas, permite-se considerar apenas os
efeitos locais de 2ª ordem;
• Estruturas de nós móveis - γz >1.1: os efeitos globais de 2ª ordem são
importantes (superiores a 10% dos respectivos esforços de 1ª ordem). Nessas
estruturas, deve-se obrigatoriamente considerar tanto os esforços de 2ª ordem
globais como os locais.

Coeficiente γz

Assim, a NBR 6118:2014 apresenta dois critérios para que se classifique a estrutura
quanto a deslocabilidade de seus nós: o Parâmetro α (item 15.5.2) e o coeficiente γz, que
é apresentado no item 15.5.3. O parâmetro α, em teoria, somente poderia ser adotado em
estruturas reticuladas simétricas. Como é comum que estruturas sejam assimétricas
(tanto geometricamente como na questão relacionada à vinculação entre elementos ou
carregamentos aplicados na estrutura), na maioria dos casos este parâmetro não é ade-
quado para analisar os efeitos de segunda ordem global em estruturas. No que diz res-
peito ao coeficiente γz, seu uso é indicado para edificação de mais de quatro pavimentos,
seguindo o processo exposto no artigo Como é calculado o coeficiente Gama-Z?

Coeficiente pΔ
Tendo determinado o valor do γz da estrutura, esta pode ser considerada como de nós
móveis. Conforme FRANCO (1985), no caso de uma estrutura de nós móveis, é necessária
uma análise de todo o conjunto, que leve em conta tanto a não-linearidade geométrica
quanto física. Não se pode, em princípio, considerar cada pilar isoladamente, como no
caso das estruturas de nós fixos; no entanto, é possível, para estruturas regulares e den-
tro de certos limites, a adoção de métodos aproximados (como o Processo P-Delta) que
permitam esse tipo de consideração. No Eberick é possível calcular os efeitos de 2ª
ordem em estruturas através do processo P-Delta. Por sua vez, este pode ser habilitado
ou desabilitado através do menu Configurações- Análise - Utilizar o processo P-Delta.
Para mais informações sobre como este cálculo é realizado no Eberick, recomendamos a
leitura do artigo Como é calculado o coeficiente p-Delta?

Análise visual

É importante destacar que, além desses indicadores, há ainda outras maneiras para ave-
riguar a performance do edifício nesse quesito. Estas, apesar de indiretas, podem forne-
cer uma visualização gráfica mais apurada, auxiliando o projetista a identificar pontos
críticos e determinar alterações voltadas a esses pontos. Para efetuar a análise global da
estrutura de um edifício, pode-se avaliar os seguintes parâmetros.

• Verificação visual da deformação da estrutura: a deformada da


estrutura pode ser visualizada através do Pórtico Unifilar 3D, acessível em
"Estrutura - Pórtico", no item "Elástico-Deslocamentos". Essa ferramenta
possibilita visualizar comportamento geral da estrutura e identificar os
elementos que estejam com maiores deslocamentos. No caso abaixo, por
exemplo, pode ser necessário enrijecer a região da torre da caixa d'água.

ImagemA.jpg

• Verificação dos deslocamentos dos pilares do topo da estrutura: os


deslocamentos dos pilares no topo da estrutura podem ser acessados da janela
de dimensionamento dos pilares do último pavimento, no menu Pilares -
Deslocamentos. Com essa ferramenta, será possível obter informações para a
escolha da melhor posição para se atribuir maior rigidez à estrutura, caso
necessário.

Imagemb.jpg

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