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DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
RECIFE/PE
2016
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROPSIQUIATRIA E CIÊNCIAS DO
COMPORTAMENTO
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
RECIFE/PE
2016
Catalogação na fonte:
Bibliotecária Liliane Campos Gonzaga de Noronha, CRB4-1702
Dissertação apresentada ao
Programa de Pós- Graduação em
Neuropsiquiatria e Ciência do
Comportamento da Universidade
Federal de Pernambuco, para
obtenção de Título de Mestre em
Neuropsiquiatria e Ciência do
Comportamento.
Aprovado em 16 de agosto de 2016.
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Hugo André de Lima Martins
(Examinador Externo/ UFPE)
Inicio meus agradecimentos por DEUS, que permitiu que tudo isso
acontecesse, ао longo da minha vida, е não somente nestes anos como
Mestranda, mas que em todos os momentos é o maior Mestre que alguém
pode conhecer.
A meus avós, especialmente meu Avô Valderico Ribeiro Ribas que
sempre acreditou em mim e me fez ter a oportunidade de ter sonhos e realizá-
los e minha Avó Maria dos Anjos Danôa Ribas, que me instruiu desde
pequena, me incentivando nos estudos, mostrando-me que sem ele não seria
nada na vida; meu infinito agradecimento.
À minha Mãe Valéria Ribas que sempre acreditou em minha capacidade
e me achava A MELHOR de todas, mesmo não sendo. Isso só me fortaleceu e
me fez tentar não ser A MELHOR, mas a fazer o melhor de mim. Obrigada
pelo amor incondicional!
A meu querido esposo, Igor Muniz, por ser tão importante na minha
vida. Sempre a meu lado, me pondo para cima e me fazendo acreditar que
posso mais que imagino. Devido a seu companheirismo, amizade, paciência,
compreensão, apoio, alegria e amor, este trabalho pôde ser concretizado.
Obrigada por ter feito do meu sonho o nosso sonho!
A Meu Tio Valdenilson Ribas, que sem ele não teria procurado o mundo
acadêmico, através de seus estímulos e força incansável de me mostrar que o
melhor caminho para se vencer na vida é através da luta diária, e que tudo é
possível para aqueles que lutam por seus sonhos.
A Solange Martins, que desde o início me ajudou incansavelmente,
tendo paciência e me orientando nessa jornada, me ajudou a realizar este
sonho.
Aos meus Orientadores Professora Doutora Sandra Lopes e Professor
Doutor Hugo André de Lima Martins, pela oportunidade e honra em tê-los
como mestres dessa incrível jornada, pelo suporte no pouco tempo que lhes
coube e por suas correções e incentivos.
A Meus Mestres Professora Izaura Muniz e Professor Rogério Antunes,
por sua paciência em minha ausência nessa jornada e por acreditarem no meu
sonho me proporcionando a oportunidade de realizá-lo tranquilamente.
Aos amigos Ionara Mendes, Rafael Arthur, Andréia Cristina, Maryanna
Beltrão companheiros de vida е irmãos na amizade que fazem parte da minha
formação е que tiveram muita paciência na minha ausência. Obrigada pela
amizade.
A minha amada Família que
investiu com abnegação e muito amor
na minha educação.
“As doenças são os resultados não só dos nossos atos, mas também dos
nossos pensamentos”.
Mahatma Gandhi
(1869-1948)
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................14
2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 17
2.1 Migrânea ............................................................................................................. 18
2.2 Teoria do Esquema ............................................................................................. 19
2.3 Esquemas Iniciais Desadaptativos ...................................................................... 23
3 HIPÓTESES ........................................................................................................... 27
4 OBJETIVOS:.......................................................................................................... 30
4.1 Geral:................................................................................................................... 30
4.2 Específico ............................................................................................................ 30
5 SUJEITOS E MÉTODOS ....................................................................................... 31
5.1 Desenho do Estudo ............................................................................................. 32
5.2 Local do Estudo ................................................................................................... 32
5.3 População do Estudo .......................................................................................... 32
5.4 Amostragem dos Sujeitos.................................................................................... 32
5.4.1 Critérios e Procedimentos para Seleção dos Sujeitos................................ 33
5.4.1.1 Questionário dos Esquemas Iniciais Desadaptativos (YSQ-S3) ............. 34
6 TRATAMENTO ESTATÍSTICO .............................................................................. 37
7 RESULTADOS ....................................................................................................... 39
8 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 46
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 54
REFERÊNCIAS.........................................................................................................56
ANEXO A- Aprovação do Comitê de Ética................................................................66
ANEXO B- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)............................71
ANEXO C- Questionário dos EID’S (YSQ-S3)......................................................74
RESUMO
SM – Sensório Motor
EO – Estágio Operatório
TE – Terapia do Esquema
CC – Crença Central
CN – Crença Nuclear
CI – Crença Intermediária
1 INTRODUÇÃO
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1 INTRODUÇÃO
Um dos principais objetivos do profissional da área de saúde é aliviar ou
extinguir dores agudas e/ou crônicas dos pacientes. Contudo, mesmo diante do
uso adequado de algumas técnicas, as diferentes formas de expressão da
sensação da dor entre os indivíduos, ainda parece ser um grande desafio para
a interpretação da eficácia do processo de cura, dificultando até a percepção
do término do tratamento (FLEMING-MCDONNELL et al., 2010).
Do ponto de vista fisiológico, o conhecimento sobre a diferença entre os
circuitos periféricos e centrais da dor parece, apenas, dar subsídio para o
entendimento das diferenças entre as percepções das dores agudas e crônicas
respectivamente (BASBAUM; JESSEL, 2003).
Na periférica, ocorre liberação de substâncias como a bradicinina,
prostaglandinas, leucotrienos, substância P, serotonina e acetilcolina. Essas
substâncias atuam em populações diferentes de neurônios, reduzindo o limiar
de ativação dos nociceptores (LEITE et al., 2012).
Na sensibilização central, os neurônios do corno dorsal têm suas
respostas aumentadas, após estimulação repetida de fibras C, que liberam
glutamato e estimulam os receptores do tipo N-metil-D-aspartato (NMDA)
nestes mesmos neurônios até atingir o tálamo (BASBAUM; JESSEL, 2003).
O entendimento do mecanismo de fisiopatogenia da dor supracitado
parece ainda não explicar as diferentes respostas que envolvem a intensidade
da reação a dores que perpassam por um mesmo circuito em diversos
pacientes, permitindo-se observar um sujeito com dor aguda que pouco se
manifesta e outro sujeito que demonstra a sensação de dor acompanhada de
muito sofrimento, expresso por gritos retumbantes (KASHIKAR-ZUCK;
GOLDSCHNEIDER, 2010).
Assim, a grande problemática para quem atende pacientes com
migranea ainda parece envolver os diferentes comportamentos relativos às
sensações da intensidade da dor. Há achados na literatura (VLAEYEN;
LINTON 2000; WOBY et al., 2007), baseando-se no modelo cognitivo de medo,
advindo da necessidade de evitar a dor (RODRIGUES et al., 2012). Contudo, a
impressão que se tem, é que esta perspectiva ainda não responde à questão
de como ajudar esse paciente a minimizar seu sofrimento. Nesse contexto,
parece ser relevante entender a origem das diferentes expressões das
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2 REVISÃO DE LITERATURA
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2 REVISÃO DE LITERATURA:
2.1 MIGRÂNEA
A cefaleia é um sintoma preocupante para os profissionais da saúde e
familiares por ser um sinal indicativo de patologias potencialmente graves,
tendo como exemplo infecções do sistema nervoso central (SNC), hemorragias
intracranianas, tumores do encéfalo, hidrocefalia (ALENTORN et al., 2016;
WARD et al., 2001). É muito frequente na infância e na adolescência, podendo
ser dividida em primárias e secundárias. As primárias são aquelas que não
apresentam uma causa definida, enquanto que as secundárias são causadas
por patologias orgânicas específicas, de origem intracraniana, ou devido a
doenças sistêmicas (MARTINS et al., 2010).
A migrânea ou enxaqueca é caracterizada por manifestação álgica de
moderada a forte intensidade, sendo frequentemente incapacitante para o
indivíduo e suas atividades diárias, onde é acompanhada por sintomas de
náuseas e vômitos, em algumas vezes de manifestações neurológicas
transitórias (hemianopsia, parestesia, paresia, ataxia, que caracterizam a aura
enxaquecosa) e fotofobia e Fonofobia (MAIN et al., 1997).
É definida como cefalalgia primária, comumente pulsátil, unilateral,
moderada a grave, associada à fotofobia, agravada por esforços,
frequentemente causando náuseas ou vômitos, durando entre 4 a 72 horas
(OLESEN e STEINER, 2004). Na medida em que existe uma disfunção cortical
focal com duração menor que sessenta minutos a cefalalgia, então se designa
de migrânea com aura (LIPTON et al., 2004). Quando tais disfunções corticais
não acontecem, se designa a migrânea sem aura (IERUSALIMSCHY e
MOREIRA FILHO, 2002; OLESEN e STEINER, 2004).
As crises de migrânea podem ser desencadeadas por diversos fatores e,
na maioria das vezes, múltiplos para um mesmo paciente, como exemplo o
estresse, alterações hormonais (período ovulatório ou peri-menstrual,
menopausa e terapia de reposição hormonal), privação ou excesso de sono,
jejum prolongado, ingestão de determinados alimentos ou bebida alcoólica
(jejum prolongado ou ingestão de determinados alimentos, aditivos alimentares
ou excesso de bebida alcoólica) e esforço físico (ato sexual, tosse, espirro,
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3 HIPÓTESES
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3 HIPÓTESES:
4 OBJETIVOS
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4 OBJETIVOS:
4.1 GERAL:
4.2 ESPECÍFICOS:
4.2.1 Identificar:
4.2.2 Se há associação entre o grupo estudado (migrânea) com gênero
ou faixa etária;
4.2.3 Se há associação entre o grupo estudado (migrânea) com todos
os Esquemas Iniciais Desadaptativos separados por domínios (desconexão e
rejeição, autonomia prejudicada, limites prejudicados, orientação para o outro e
supervigilância e inibição).
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5 MATERIAIS E MÉTODOS
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5 SUJEITOS e MÉTODOS
(CONTROLE) (Migrânea)
n = 27 n = 38
(Masculino) (Feminino)
n = 19 n = 46
Nesse sentido, quando não são frutos de traumas, podem advir da falta
de uma comunicação adequada, sobretudo, durante o relacionamento com as
figuras parentais no início da vida, principalmente, se faltar: segurança básica,
afeiçoamento, autonomia, autoestima, autoexpressão e limites reais (YOUNG;
KLOSKO; WEISHAAR, 2003).
(YSQ-S1), duas versões reduzidas. Uma na língua inglesa com 75 itens (YSQ-
S2) e a outra validada por Pinto Gouveia, D. Rijo e M. C. Salvador em 2005
para a língua portuguesa com 90 itens (YSQ-S3), sendo que este último foi o
instrumento oficial de investigação deste estudo (RODRIGUES, 2015).
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6 TRATAMENTO ESTATÍSTICO
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6 TRATAMENTO ESTATÍSTICO:
7 RESULTADOS
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7 RESULTADOS
TOTAL 46/65
19/65
TOTAL 46/65
19/65
TOTAL 46/65
19/65
TOTAL 46/65
19/65
TOTAL 46/65
19/65
8 DISCUSSÃO
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8 DISCUSSÃO
Nesse sentido, essa descoberta de Hans Selye parece ser uma das
comprovações mais contundentes para essa relação entre o que se pensa e
suas consequências com o organismo, já que a presença de adrenalina ativa
glucagon, consequentemente, glicose e inibe a insulina, causa midríase,
taquicardia, entre outras reações (JOCA et al., 2003; SELYE, 1982).
Talvez, mais relevante do que é falado pelos pais aos filhos durante o
processo de educação, sejam suas atitudes (PASQUALI e A DE ARAÚJO,
2012). Diversos são os exemplos que podem nortear pais em suas criações,
sobretudo, se esses pais reconhecerem em si mesmos, possíveis falhas, não
no sentido de buscar culpados, até porque, a o sentimento de culpa pode
levar a depressão. Mas, no intuito de acertar na educação por meio da
ciência minimizando sofrimentos futuros (BARRETO, 1994).
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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9 CONSIDERAÇÕES FINAIS:
REFERÊNCIAS
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REFERÊNCIAS
BECK, A. T.; STEER, R. A. Manual for the Beck anxiety inventory. San
Antonio, TX: Psychological Corporation, 1990.
[No authors listed]. History and present status of the stress concept.
Handbook of stress, p. 7-17, 1982.
ANEXO - A
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68
69
70
71
ANEXO - B
72
Convidamos o (a) Sr. (a) para participar como voluntário (a) da pesquisa (Esquemas
Iniciais Desadaptativos na percepção da dor em pacientes com migrânea: um perfil
psicológico ou um indício de transtorno de personalidade?), que está sob a
responsabilidade do (a) pesquisador (a) (Ketlin Helenise dos Santos Ribas, Rua
Ibipituba, 149 IPSEP 51350095 – (81)996499828 e ketlin.ribas@yahoo.com.br
(inclusive ligações a cobrar). Também participam desta pesquisa os pesquisadores:(
Isaura Muniz e Andréia Cristina Pereira da Silva ) Telefones para contato: (81-
997260222 e 81-996276199) e está sob a orientação de: Dra. Sandra Lopes de Souza.
Telefone: (81-987402484), e-mail (sanlopesufpe@gmail.com).
Caso este Termo de Consentimento contenha informações que não lhe sejam
compreensível, as dúvidas podem ser tiradas com a pessoa que está lhe entrevistando e
apenas ao final, quando todos os esclarecimentos forem dados, caso concorde com a
realização do estudo pedimos que rubrique as folhas e assine ao final deste documento,
que está em duas vias, uma via lhe será entregue e a outra ficará com o pesquisador
responsável.
Caso não concorde, não haverá penalização, bem como será possível retirar o
consentimento a qualquer momento, também sem nenhuma penalidade.
INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA:
Descrição da pesquisa: Sua participação é voluntária e se dará por meio deste projeto
que tem como objetivo, avaliar a participação dos esquemas iniciais desadaptativos na
percepção da dor em pacientes com enxaqueca, através de três questionários que
ajudarão no processo de avaliação para a pesquisa, no qual só acontecerá em um só
encontro, aqui mesmo no consultório, com o propósito de ajudar de forma preventiva os
colegas da área de saúde no que se diz respeito à fila de espera e dos pacientes que se
encontram impossibilitados de exercer suas atividades diárias.
Sua identidade será tratada com padrões profissionais de sigilo. Os resultados dos
questionários da pesquisa, serão enviados para você, caso desejar. Seu nome ou o
material que indique a sua participação não será liberado sem a sua permissão. Você
não será identificado(a) em nenhuma publicação que possa resultar deste estudo.
RISCOS diretos para o voluntário: os procedimentos poderão trazer desconforto como
por exemplo: o constrangimento ao se submeter a responder perguntas relacionadas a
alguns sintomas e sensações de seu estado de saúde ou por se submeter à perguntas
pessoais. Como forma de amenizar esse desconforto, todos os procedimentos serão
realizados de forma individual e em ambiente previamente acordado.
BENEFÍCIOS : Não estão previstos benefícios diretos, entretanto como beneficio
indireto, ao ser feita a avaliação no Questionário que detectará os Esquemas Iniciais
Desadaptativos, o resultado final, possivelmente, contribuirá em investigação e futuras
sugestões que ajudem aos colaboradores em decisões que tragam melhores condições de
saúde física e mental para os portadores da migrânea, doença altamente limitante nas
atividades de vida diárias.
Nome: Assinatura:
Nome: Assinatura:
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ANEXO - C
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