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SUMÁRIO

1 NEGOCIAÇÃO............................................................................................ 4

1.1 Formas de abordagem ......................................................................... 4

1.2 Técnicas de negociação ....................................................................... 6

2 MARKETING PESSOAL ............................................................................. 8

2.1 Ética Profissional .................................................................................. 9

2.2 Etiqueta nas negociações .................................................................. 10

3 TENSÃO PÓS META ................................................................................ 11

4 COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS PARA IMPLEMENTAÇÃO DA


ESTRATÉGIA............................................................................................................ 14

5 PASSOS PARA UMA BOA NEGOCIAÇÃO .............................................. 16

5.1 Razões para fazer perguntas ............................................................. 20

6 VENDA-SE................................................................................................ 25

6.1 Pergunte certo .................................................................................... 26

7 Entenda as motivações dos seus clientes ................................................ 28

8 UTILIZANDO CENARIOS PARA FORTALECER OS RELACIONAMENTOS


29

9 OS CONFLITOS E AS NEGOCIAÇÕES................................................... 35

9.1 As Variáveis Básicas .......................................................................... 37

10 DECISÕES NAS ORGANIZAÇÕES ...................................................... 39

11 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ............................................. 41

11.1 Teoria do Comportamento do Consumidor ..................................... 42

11.2 Clientes: definição e sua satisfação ................................................ 45

11.3 Fatores que influenciam o comportamento de compra ................... 45

12 O Processo de Compra ......................................................................... 51

13 Comportamento do Consumidor e a Postura do Profissional de Vendas


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2
14 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 54

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1 NEGOCIAÇÃO

Fonte: www.blog.beview.com.br

Quem é seu cliente - Você já percebeu que um aspecto fundamental do


planejamento da negociação consiste na identificação de seu oponente: que tipo de
pessoa é ele? Quais seus hábitos de comportamento? Como isso se reflete em seu
estilo de negociar? Os psicólogos, em geral, e os psicólogos de vendas, em particular,
agrupam as pessoas, do ponto de vista da negociação e do relacionamento com os
outros, quanto a dois critérios: a atitude e o ritmo.
Quanto à atitude:
 Introvertidos: voltados para dentro de si e concentrados na tarefa
 Extrovertidos: voltados para o relacionamento, realizações e metas.
Quanto ao ritmo:
 Vagarosos: lentos, indiretos e ponderados.
 Dinâmicos: diretos, ágeis e ousados.

1.1 Formas de abordagem

Tipologias de pessoas: desinteressadas, monopolizadoras, caladas, pessimista


e protetora.

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Cases para dramatização: As situações abaixo serão dramatizadas, filmadas e
analisadas as formas corretas de ação pelo grupo.
 Desinteressado – o cliente entra na empresa para passar o tempo de sua hora de
almoço. Durante a abordagem do vendedor o cliente fica olhando para todos os
lados, falando ao celular, não questiona nada, limitando-se a ouvir. Ação do
vendedor: Deve Observar a direção do olhar do cliente iniciando o assunto de
vendas a partir daí, ou seja, observando a direção de sua atenção.
 Monopolizador – não dá chance para o vendedor falar, conta um caso sobre o
produto que não deu certo em voz alta, não dando chance para o vendedor falar.
Ação do vendedor: o vendedor deve começar concordando com a história
reforçando que devido a isto mesmo que a situação agora está da seguinte forma.
 Pessimistas – para todo posicionamento do vendedor ele responde com a
inviabilidade da proposta com situações negativas. Ação do vendedor: Afirmar ao
cliente que ele está percebendo que ele (o cliente) passou por situações
delicadas, mas que ele (vendedor) está ali para solucionar estes prováveis
problemas, e falar de sua sugestão a cada tema de pessimismo além de se
colocar à disposição a cada dúvida que tiver para ajudá-lo.
 Protetor – para tudo que a compradora fala a amiga dá uma versão para justifica-
la. Duas amigas vão à loja e a que não é a compradora justifica cada fala do
vendedor sempre para o lado do comprador (influenciadora de vendas). Ação do
vendedor: deve tratar a amiga como compradora também, ouvir seus argumentos
e esclarecer os pontos que forem levantados como objeção de vendas, ao término
de cada explicação deve perguntar também a amiga se para ela ficou clara a
explicação.
 Calado – pessoa tímida, envergonhada, fala baixo (quase sussurra) aparentando
medo e insegurança de perguntar as coisas. Ação do vendedor: O vendedor deve
falar baixo com ele também, uma vez que o cliente tímido não gosta que ninguém
saiba o que está acontecendo em sua conversa. Deve valorizar todas as
colocações deste cliente.
 Sociáveis: dinâmicos e extrovertidos: criativos, espontâneos, entusiastas,
amantes do risco. Ação do vendedor: seja criativo e entusiasta, mostre que a
solução que você lhe oferece contribui para melhorar sua imagem e prestígio.

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 Afáveis: vagarosos e extrovertidos: prestativos, complacentes, refletidos e
preocupados com os outros. Ação do vendedor: seja caloroso e sensível,
apresente sua solução como a melhor para ele e sua equipe e contribuindo para
melhorar o relacionamento entre pessoas e setores.
 Diretivos: dinâmicos e introvertidos: resolutos, controladores, empreendedores e
voltados para os resultados. Ação do vendedor: seja convincente e objetivo,
proponha soluções eficientes do ponto de vista de sua meta de controle e
comando, dê opções de escolha.
 Metódicos: vagarosos e introvertidos: lentos, detalhistas, perfeccionistas e
desconfiados. Ação do vendedor: seja planejador e perfeccionista, prepare-se
para responder minuciosamente a perguntas sobre detalhes de sua solução,
inclusive do acompanhamento posterior, use números e planilhas.

1.2 Técnicas de negociação

Pré-disposição: é a vitalidade indispensável para um vendedor. Não deve


aceitar um “não” como primeira resposta. As crianças consideradas como ótimas
vendedoras um “não” é insuficiente para interromper suas negociações que sabem
buscar em última instância outros tomadores de decisão, ficando atento a pessoas
que tem influência de venda. Sem ansiedade, raiva e ameaças e sim de maneira
amigável e com educação.
Preparação: é a antecipação lógica das ações do futuro que devem ter claro:
 Objetivos: o que deseja alcançar.
 Estratégias: como irá ser feito para conseguir
 Táticas: a operacionalização
 Perguntas fundamentais: Quem compra o meu produto? Porque
Compra? Quem consome? Como consome? Qual frequência de sua
compra? Quais argumentos adequados? Porque não compram?
Conhecimento: conhecer as características de seu público alvo, sua emoção,
os benefícios e características de seu produto adequadas ao cliente. Para isso é
necessário Ter conhecimentos abrangentes para ser um consultor do cliente.
Ressaltar os valores mais altos dos produtos e suas diferenciações com os demais do
mercado. Transforme informações em resultados. Elenque ou crie os benefícios de

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todas as característica de todos os produtos. Ofereça todas as possibilidades do
produto.
Confiança: o bom negociador precisa ter uma firmeza de propósitos
Saber ouvir: deve saber ficar calado e se concentrar no que o cliente está
dizendo, sem pensar em suas respostas apenas recebendo as informações
necessárias.
Saber perguntar: formular perguntas abertas, aquelas que não podem ser
respondidas com um simples “sim” ou “não” que propiciam um maior conhecimento
do cliente.
Paciência: é uma das melhores armas na negociação, não se deve Ter pressa
para que a negociação não fique somente neste negócio e sim como uma porta de
abertura. Sinta o que ele sente, e venda o que ele precisa. Acredite que sua empresa
tem o melhor produto, o melhor preço e os melhores motivos para seu cliente ser feliz.
Papel de “ator”: o cliente precisa sair com a sensação de que ganhou na
negociação. Massageie o ego de seu cliente, assim ele adorará negociar com você.
Tenha imaginação e seja criativo em seus argumentos. Sorria com os olhos, encante
com palavras inesperadas e cativantes, e compre seu produto antes de vendê-lo.
Espontaneidade: Manter a descontração, o comportamento informal sem cair
na vulgaridade, usando a presença de espírito.
Construa relacionamentos, trate seus clientes potencias como seus clientes
Vips. Valorize seu produto, exaltando os pontos positivos e nunca desqualificando a
concorrência.
Concessões: para fornecer concessões é importante colocar no condicional é
o fator de troca, barganha que se permite ceder de um lado para se conquistar do
outro, ou seja, cede no prazo de entrega e se ganha no prazo de pagamento.
Descontos: devem ser fornecidos apenas após as negociações iniciando-se
pelo mínimo percentual que possa ser fornecido.
Concorrência: Quem são eles? Quem são seus líderes? Quais seus pontos
fortes? Quais suas vantagens? Quais seus preços? Quais diferenças entre seu
produto e o deles? Como vencê-los? As respostas a estas perguntas são
fundamentais em uma negociação.

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Fechamento: em uma boa negociação deve tudo ser fechado em um contrato
definindo todas as bases dos acertos. Faça com que seus clientes sintam
cumplicidade em sua empresa.
Venda complementar: Todos os produtos têm seus complementares que
facilitam a vida do cliente ofereça! Em uma negociação nunca se deve sentir-se inibido
por achar que o cliente já comprou tudo. Mostre a diferença, faça com que seja
necessário os complementares em sua venda
Pós-venda: é o relacionamento que deve se manter com cliente mesmo após a
venda, é transformar produtos em serviços e clientes em fãs. Desta forma sua
negociação será bem facilitada no futuro.

2 MARKETING PESSOAL

Fonte: www.weeazy.com

Auto Promoção: Considere que o primeiro produto a ser vendido é você, deve
observar os seguintes passos:
Ter Conhecimento Global, adaptado a seu negócio e não de forma memorizada
e sim assimilada, ou seja habilidade em captar, analisar e sintetizar informações.
Não ser inadimplente: o profissional precisa ser íntegro e com fortes habilidades
Cartão de visita: deve sempre estar à mão e ser entregue a pessoa sem dobrar
sua pontinha
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Rede ativa/ não ativa: são as pessoas que se mantém em sua roda de amigos
e clientes potenciais, para aumentá-la deve-se frequentar eventos, palestras, cursos,
associações e entidades. Para ativar as pessoas que não estão em sua roda, ligue
convide para almoçar não somente para divulgar seu produto, ou quando necessitar
de lago desta pessoa.
Expor o conteúdo: procure dar palestras, seja profissionais ou em atividades
extraprofissionais com em entidades religiosas, sociedade de melhoramentos.
Mostre-se útil as pessoas que elas se lembrarão de você.
Bom humor: atitude positiva frente às pessoas é ingrediente importante na
conquista das pessoas. Escolha algo de bom a falar sobre os outros.
Falar de você: deixe as pessoas saberem de suas habilidades, mas com
naturalidade, utilize exemplos de alguns problemas e a forma como agiu, mas valorize
a forma de atuação dos demais também.
Cultive a autoconfiança: pessoas confiantes transmitem credibilidade
Interessar pelos outros: Descubra os interesses das pessoas, assuntos como
hobbies, internet, educação de filhos, sonhos de melhoria de vida, são mais fáceis de
serem aceitos pela maioria. Tome o cuidado de todos os assuntos que irá tratar
estejam atualizados, para não transmitir a mensagem de ser alguém desatualizado.
Leitura: é fundamental, enriquece seu vocabulário, agiliza seu raciocínio
expandindo sua sensibilidade.
Ter metas pessoais: estabeleça sempre onde pretende chegar e qual caminho
precisa traçar para chegar e as estratégias adequadas para alcançar os objetivos.
Observe uma pessoa que esteja ocupando no momento a posição que deseja
como ela se mantém em tal posição o que a faz perder terreno para que você possa
se precaver e não cometer os mesmos erros.

2.1 Ética Profissional

Integridade: argumentos enganosos, informações falsas, criar harmonia entre


os colegas e usar artimanhas que podem funcionar uma vez, mas que levam o seu
cliente para bem longe de você e o pior fará uma campanha negativa a seu respeito,
tirando toda sua confiabilidade do mercado. Melhor substituir por: persuasão,

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argumentos reais, conhecimento. O ideal é utilizar a verdade sem inventar qualidades
dos produtos
Credibilidade: é o segredo para vender várias vezes aos mesmos clientes
Atendimento pós-venda: reforça tudo que foi prometido ao cliente.

2.2 Etiqueta nas negociações

Postura: ela enobrece as vestimentas e sua apresentação. Cabeça erguida


transmite a sensação de pessoa arrogante, caída de pessoa insegura e triste.
Aposição adequada é de equilíbrio, olhando a frente.
Sentar-se: nunca se “jogue” a cadeira é típica de pessoa quem não está
levando a sério o outro comunicando cansaço, sentar-se à beira da cadeira de pressa.
O correto é sentar-se de leve e manter-se com as costas ereta. A cadeira nunca deve
ser arrastada e sim puxada segurando-a pelo assento.
Corpo: exercício físico ajuda a manter um ritmo harmônico tanto no caminhar,
como na expressão facial. Gesticular demais, ou falar muito alto pode incomodar o
cliente.
Sorriso bem cuidado: um sorriso natural expressivo acompanhado do brilho do
olhar necessita de dentes bem tratados e um hálito saudável.
Pele: faz parte de sua aparência, portanto deve ser hidratada, nutrida, beber
muita água ajuda nesta apresentação.
Cabelos: necessitam de cortes e cuidados com a higiene, pois é a moldura do
nosso rosto.
Trajes: os homens devem optar por camisas de tons claros e as brancas, as
meias de todas as cores exceto as brancas e de cores cítricas muito fortes. Para as
mulheres os trajes devem ser de tons pastéis e discretas, devem evitar decotes
ousados, saias curtas e excessos de maquiagem. Todos devem manter um bom corte
de cabelo pele e unhas bem tratadas. Os perfumes fortes devem ser evitados. Deve
escolher os tecidos adequados as estações.
Aniversários: para uma boa convivência lembre-se de cumprimentar os cliente
e colegas. O ideal é logo pela manhã, desta forma evita-se o risco do aniversariante
ligar antes de receber os cumprimentos.

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Use e abuse: das palavras como: “por favor”, “com licença” “obrigada”, “bom
dia”, “boa Tarde”, “boa noite”, “eu te ajudo”. Estas palavras abrem muitas portas e
conquistam muitas pessoas. Nunca diga “faz favor” ou “dá licença”. Os homens devem
dizer “obrigado” deixando a palavra “obrigada” para as mulheres.
Refeições de negócios: Não fique com os olhos sobre os alimentos o tempo
todo.

3 TENSÃO PÓS META

Fonte: www.empreendedormagnetico.com.br

Metas – Para estabelecer as metas é necessário conhecer:


 A realidade de mercado;
 O concorrente;
 O perfil/necessidade do cliente;
 A viabilidade econômica da região;
 Análise dos resultados obtidos nos últimos 2 anos;
 Metas com crescimento em vista do ano anterior;

SDA : Síndrome da Disneylândia Alcoólica

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 Quando não existe um planejamento e os vendedores não alimentam a
direção com informação esquematizada para a formação de metas, e as
mesmas estabelecidas em gabinete, sem pesquisa, ocorre à síndrome
da Disneylândia alcoólica, ou seja, vendedores recebem suas metas
sem questionamento e compreensão das mesmas o que resulta o que
chamamos na Disneylândia de faz de conta: “ os vendedores fazem de
conta que vão cumprir, saindo da reunião e continuando suas vidas
como se nada tivesse acontecido” e seus “líderes saem da reunião com
o seu dever cumprido fazendo de conta que acredita que todos vão se
esforçar para cumprir o estabelecido”

Vírus e remédios indicados


 Basílio Castelo Branco, em seu artigo TPM do vendedor aborda este tipo
de ocorrência de forma alegre e brincalhona, mas que nos leva a reflexão
e autoanálise, a partir desta proposta colocamos atitudes corretas como
medidas preventivas no estabelecimento de metas.

REMÉDIOS TIPOS DE “TPM” ATITUDES CORRETAS


Xarope Patetol Não entende o que está ESCLAREÇA – Pesquise, conheça sua
acontecendo empresa, seu cliente e analise o que lhe
solicitam sem receio de fazer as perguntas
necessárias para isto
Supositório Zumbi Cumpre uma rotina sem se importar ATUALIZE-SE – A dinâmica do mercado é
se os seus resultados são os extremamente rápida com novidades sendo
esperados geradas a cada segundo de nossa
existência profissional, Cheque seu
resultado, observe as estratégias que deram
certo, analise os pontos positivos dos
concorrentes que possam te ameaçar
Mostre a direção o caminho correto para
atingir as metas
Seja curioso, investigues.

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Elixir Milivradisso Encontra atalhos engavetando as TOME DECISÕES – Adiar decisões, deixar
decisões trabalhos incompletos, direciona os clientes
aos concorrentes, seja rápido, Dê respostas
rápidas.
No caso das metas estabelecidas, no meio
do caminho assessore sua liderança na
análise dos resultados.
Spray Minimum Faz o estritamente necessário COMPROMETA-SE – Vender hoje é algo
afinal o tempo é tão curto mais do que entregar ao cliente o que ele
pediu
O assessor de vendas deve conhecer de
MKT e como fazer seu produto mais
atraente e imprescindível na vida do cliente
Cápsulas antenol Demonstra que está entendendo, ENVOLVA-SE – Ir de um lado para o outro
que é dinâmico, porém sem sem planejamento, sem um objetivo, uma
consistência estratégia, não se envolvendo com o seu
produto de venda e as necessidades do
cliente e mercado, vai apenas cansá-lo
Diga a liderança o que o mercado precisa e
como precisa e em que prazo isto o ajudará
a receber as metas de forma mais adequada
As cotas de vendas devem ser vistas como
um desafio de superação, porém se
discordar delas negocie, dê seus
argumentos e sugestões, não fique feliz com
as cotas muito baixas que não te direcionam
ao crescimento e ajude a ajustar aquelas
que estiverem muito aquém das
possibilidades de mercado para que seja um
desafio coerente.
Injetável arranca-se Buscar outro emprego SE NÃO É O QUE TE AGRADA BUSQUE
NOVAS ALTERNATIVAS – Acredite em
você; Encante-se com o seu produto; Caso
contrário busque outro produto com o qual
irá se identificar.

As metas devem estar baseadas na parceria: necessidade da empresa,


mercado, clientes, porém antecipando o futuro, muitas vezes resistimos as cotas a

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nós colocadas, porque estabelecemos o futuro com as contingências do que ocorre
hoje. Ter sucesso no estabelecimento de metas requer:
 Saber o que se deseja
 Saber o que pode nos impedir
 Saber prever as modificações do mundo
 Saber fazer o produto ser necessário em qualquer ocasião
 Saber os obstáculos e traçar estratégia para neutralizá-los
 Tenha uma visão global
 Não se deixe surpreender por fatos inesperados

4 COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS PARA IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA

Fonte: www.goonoptica.com.br

 Conhecimento de processos do consumidor


 Conhecimento do centro e processo de compras do cliente
 Compreensão da concorrência
 Conhecimento dos processos da companhia
 Conhecimento das linhas básicas de produtos e sua aplicação
 Conhecimento dos custos associados aos processos do cliente e da empresa
 Capacidade de apresentação

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 Capacidade de negociação
 Capacidade de melhoria de processos
 Documentação de detalhes
 Comunicação

Existem, em termos de negociação, duas formas de se chegar a um acordo, ou


seja, uma decisão. Uma é a barganha de propostas. Outra é a solução de problemas.
A característica básica da barganha de propostas é que cada uma das partes defende
a sua proposta sem se preocupar em entender ou aprofundar o entendimento daquilo
que está sendo negociado.
Já na solução de problemas, os negociadores seguem as etapas do processo
decisório e de solução de problemas.
 Compreender a situação para só então buscar soluções.
 O acordo satisfaz aos interesses de ambos os negociadores.
 "Um acordo só é efetivamente bom quando os interesses de ambos os lados
são atendidos"
 Existe um processo de tomada de decisão compartilhada
 Levam em consideração mais dois fatores, que são: os aspectos psicológicos
e os dos relacionamento entre as partes envolvidas.
 São pessoas futuro orientadas que procuram soluções. Não ficam se
lamentando pelo que aconteceu. Aceitam o passado como um dado. Se o pneu
do carro furou, tratam de trocá-lo e não ficam vociferando contra o prego. Se a
luz apagou em função de pane no sistema elétrico, acendem uma vela e não
ficam praguejando contra a escuridão. Aceitam as informações desagradáveis
como um feedback, e assim, sabem que alguma coisa precisa ser feita para
corrigir algum desvio
 Obtenha parcerias com resultados mais efetivos e comprometimento das
pessoas na empresa
 Descreva a situação de forma adequada,
 Procure fatos e colete informações, necessárias para se definir
adequadamente a situação problema, ou seja, o que se está negociando;

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 Formule um número adequado de possibilidades, para depois tomar
decisão. Lembre-se: a melhor solução de que se dispõe é tão boa quanto a
melhor alternativa formulada;
 Acredite que toda solução pode Ter obstáculos: CONHÇA-OS
 Planeje adequadamente a implantação da decisão tomada, estabelecendo
mecanismos de controle.
 Considere que a negociação só acaba quando o acordo foi cumprido e
colocado em prática.

5 PASSOS PARA UMA BOA NEGOCIAÇÃO

Fonte: www.iqoption.com

1. Dê a si mesmo tempo para pensar.


2. Nunca responda até ter compreendido claramente a pergunta.
3. Reconheça que algumas perguntas não necessitam de resposta.
4. Podem ser dadas respostas que satisfaçam parte de uma pergunta e não
sua totalidade.
5. Um modo de evadir-se de uma pergunta é responder a uma pergunta que
não foi feita.
6. Algumas respostas podem ser adiadas usando-se a desculpa de
conhecimento incompleto ou falta de lembrança.

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7. Faça o oponente trabalhar por suas respostas. Leve-o a esclarecer a
pergunta.
8. Quando o outro lado interromper sua resposta, deixe-o fazer isso e ganhe
mais tempo.
9. Respostas corretas em negociação não são necessariamente boas
respostas. Podem parecer tolas. Não elabore e não fale nada mais do que o
necessário.
A arte de responder perguntas reside em saber o que dizer e o que não dizer.
Não reside em estar certo ou errado. Uma negociação não é uma sala de aulas.
Existem poucas respostas absolutas, do tipo “sim” ou “não”.

O RELACIONAMENTO
1. Como vai ser esta negociação? Conflitante? Dá para todo mundo
ganhar?
2. Qual tem sido a natureza do meu relacionamento com meu oponente no
passado, e como ela irá afetar as atuais negociações? E nossas
empresas, se dão bem?

OBJETIVOS
1. Baseado no que eu sei sobre meu cliente, quais serão suas principais
questões? Existe algum componente político em jogo?
2. Dados meus objetivos, suposições e informações sobre o cliente, qual
seria a melhor transação que eu poderia esperar desta negociação?
3. O que seria uma transação "justa e razoável"?
4. O que seria uma transação com limite de aceitação mínimo?
5. Qual seriam as questões mais importantes em risco nesta negociação?
6. Tenho toda a informação necessária em cada uma dessas questões?
Caso não, onde posso consegui-las?
7. Quais questões têm maior prioridade para mim? Quais têm menor
prioridade?
8. Quais questões são relacionadas e consequentemente são fáceis de
agrupar?

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ANÁLISE DO CLIENTE
1. Quais são as principais características do meu cliente?
2. Qual é a reputação e o estilo do meu cliente?
3. Há algo que eu precise aprender sobre o meu cliente ou sua posição,
para tornar esta negociação um sucesso?

VANTAGENS COMPETITIVAS
1. Quais são os pontos mais fortes em meus argumentos? Quais
vantagens tenho a meu favor?
2. Quais são os pontos mais fortes nos argumentos do meu concorrente?
Quais serão as vantagens a seu favor?
3. Que informações devo obter sobre a empresa do concorrente e como
consegui-las?
4. Qual é o ponto mais fraco na minha posição?
5. Nesta altura, será que eu desejo modificar meus objetivos de alguma
forma?
6. Qual a reputação e estilo de comportamento do concorrente? E de sua
empresa?

O PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO
1. Que tipo de estratégia eu pretendo usar nesta negociação?
(Primeiramente, qual tipo de tom ou clima eu pretendo estabelecer?)
2. O que eu tenho que levar o outro negociador a fazer para que esta
estratégia funcione?
3. Caso minha estratégia ou plano não funcione, qual é a minha opção de
recuo?

A NEGOCIAÇÃO INTERNA
1. Quais são os itens mais importantes para mim ao estabelecer a pauta
com meu oponente, ou seja, limites de tempo, como e quais itens serão
discutidos, etc.?
2. Quais pessoas (áreas) eu devo contatar internamente antes de iniciar a
negociação externa?

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3. Quais assuntos devem ser previamente negociados?
4. Quais são meus objetivos internos?
5. Quais os objetivos deles e suas preocupações?
6. O que podemos assumir por eles e quais são as suas limitações?
7. Que concessões de minha parte poderiam criar problemas internos? Em
que áreas? Em que grau?
8. Quais as necessidades do cliente e quais as minhas necessidades?
9. Que produtos e serviços espero oferecer como soluções para uma
negociação ganha-ganha?
10. Qual será minha primeira proposta?
11. Que perguntas farei para identificar as necessidades do cliente e obter
informações para apresentar as soluções adequadas?
12. Quais são meus objetivos tangíveis e intangíveis na negociação e quais
são os mais importantes?
13. Que tipo de concessões poderei fazer e quais pedirei em troca?
14. Quais os benefícios de minha solução para o cliente como pessoa
(estilo) e para sua empresa

Fonte: www.simulare.com.br

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Acrescente uma lista de perguntas que você gostaria de fazer a seu cliente,
bem como prepare as respostas para as perguntas mais difíceis que você acredite
que possam vir a fazer.

5.1 Razões para fazer perguntas

Uma técnica comum ao se vender produtos e serviços é fazer perguntas ao


cliente potencial (prospect). Perguntei a um grupo de vendedores quais as razões para
fazerem perguntas. Veja as respostas a seguir:

I) Para Obter Informações Sobre As Necessidades Do Cliente Potencial


Antes mesmo de iniciar o processo de vendas, você precisa de informações
sobre o cliente potencial. Precisa entender suas exigências, sentimentos, preferências
e as etapas do processo de compra. Precisa também de muitos fatos relevantes para
a aquisição, bem como saber quem está envolvido no processo de tomada de decisão.
A melhor forma de obter essas informações é fazer perguntas. A maioria dos
vendedores diria que coletar informações é a principal razão para questionarem, mas
existem 12 razões mais importantes.

II) Para Obter Feedback


Antes de você conseguir vender algo, é preciso realmente relacionar-se com o
cliente potencial. E existem diversos sinais que se pode usar como fontes de feedback
sobre o nível de rapport alcançado. Você pode ler a linguagem corporal. Ele se inclina
em sua direção? Seus olhos estão fechados? Existe um olhar de indiferença? Você
também pode enxergar a franqueza de suas respostas. Ele aponta suas necessidades
com descrições significativas, ou está ocultando informações? Além disso, você pode
usar perguntas para obter feedback sobre seu desempenho em termos de direção,
conteúdo e profundidade. Por exemplo, você pode fazer as seguintes perguntas ao
cliente potencial:
 Até que ponto esse recurso atende aos objetivos que você descreveu?
 Como você vê esse sistema funcionando em seu ambiente?
 Que outros recursos você pode ter que considerar diante de suas necessidades
específicas?

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III) Para Expressar Interesse Por Ele e Mostrar Que Nos Importamos
Desde a primeira tentativa de venda no mundo, ficou claro que as pessoas
adoram falar sobre si mesmas. Ao terem essa chance, podem falar para sempre, ou
pelo tempo que for necessário até que a venda se consume. Uma das melhores
formas de fazer as pessoas falarem sobre si mesmas é expressar interesse por elas
e por suas opiniões. E uma das melhores formas de expressar interesse é fazer
perguntas abertas, que permitam aos clientes potenciais compartilharem seus
pensamentos e ideias. Dentre as perguntas que você pode fazer encontram-se:
 Conte-me um pouco mais sobre o estilo de vida da sua família.
 Como você pretende utilizar o computador?
 Quais são algumas das situações nas quais você pretende usar esse serviço?

IV) Para Envolver Os Clientes Potenciais


Na Sua Apresentação Embora em uma situação ideal o cliente potencial esteja
lhe dando total atenção, na verdade existem muitas coisas ocorrendo o tempo todo -
a presença de objetos na sala, papéis espalhados, pensamentos na mente dele sobre
tarefas não concluídas e assim por diante. Com tanta concorrência, é possível que a
sua mensagem (e consequentemente sua oportunidade de venda) seja perdida. Esse
é outro motivo para salientar sua apresentação periodicamente com uma ou duas
perguntas. Assim que o cliente potencial começar a responder essas perguntas, você
torna a recuperar toda a sua atenção.

V) Para Identificar Semelhanças


Outro princípio de vendas bem aceito é que as pessoas gostam de comprar de
pessoas com as quais se sentem à vontade. Os prospects parecem desenvolver maior
senso de bem-estar com quem identificam semelhanças. Algumas vezes essas
semelhanças são muito óbvias: moramos na mesma comunidade, nossos filhos
frequentam a mesma escola, etc. Outras vezes dá trabalho encontrar esses elementos
comuns. Aqui também, as perguntas podem ser ferramentas úteis para fazer as
pessoas falarem sobre si mesmas e sobre seus interesses. Armado de informações,
você está na posição perfeita para identificar semelhanças entre o cliente potencial e
você, sua empresa e a dele, qual a proximidade de seus sistemas de valores e como
a sua abordagem se assemelha à dele, e assim por diante.

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VI) Para Cadenciar A Sua Apresentação
Um erro comum de vendas é se precipitar e fazer logo de cara a apresentação
padrão, tentando convencer esse cliente potencial não que ele pode viver sem o seu
produto. Afinal, você já fez essa apresentação a muitas pessoas em muitos contextos
diferentes. Então, depois de certo tempo, ela não é novidade nenhuma para você.
Entretanto, pode ser algo novo e inovador para seu cliente potencial (ou pelo menos
é assim que você gostaria que fosse). Uma ferramenta que você pode usar para
cadenciar sua apresentação e certificar-se de que não está se precipitando ou
omitindo detalhes importantes é fazer perguntas. Por exemplo:
 Como isso pode se aplicar à sua organização?
 Quais são as primeiras aplicações que podemos tentar?

Fonte: www.robertlobato.com

VII) Para Provar Que Você é Alguém Com Quem Ele Pode Contar
Quando seu produto ou serviço é complexo, ou quando o cliente potencial
considera ser esta compra uma decisão importante, confiança é um ingrediente
importante em uma venda de sucesso. Você quer que seu cliente potencial acredite
que você tem apenas o interesse dele em mente, e que você está totalmente
comprometido em atender suas necessidades. Em outras palavras, você é o tipo de
pessoa com quem ele se sente à vontade para falar sobre informações e ideias
confidenciais. Parte da construção da confiança está no tom de voz. E outra parte em
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suas perguntas. Faça perguntas que demonstrem genuíno interesse pelas respostas
do seu interlocutor.

VIII) Para Demonstrar Sua Especialidade


As perguntas são uma maneira de você demonstrar sua especialidade em sua
área. Muitas vezes, os vendedores sabem muito mais sobre o produto e sua aplicação
do que o comprador, e as pessoas gostam de comprar de pessoas inteligentes.
Fazendo perguntas detalhadas sobre o uso que o prospect fará do seu produto ou
serviço, é possível demonstrar quanto você sabe sobre sua aplicação. Caso você
queira demonstrar sua especialidade, faça perguntas altamente técnicas.

IX) Para Deixá-lo Mostrar sua Especialidade


Embora muitos clientes potenciais queiram que você demonstre o seu
conhecimento, eles querem que você admire o deles também. Fazer perguntas dá ao
cliente potencial uma oportunidade de ilustrar suas próprias habilidades e
conhecimento. Também lhe concede maior compreensão de como vender nessa
situação. Talvez você queira fazer perguntas como:
 Em sua indústria, parece haver uma tendência a dois sistemas de controle.
Você poderia explicar por que isso vem ocorrendo.
 Como você está planejando atender o grande número de pessoas que estão
mudando para a sua área?

X) Para Conduzi-lo Na Direção Que Você Quer


Para aqueles que veem a venda como uma atividade de manipulação,
acrescentamos essa razão para fazer perguntas. Se você sabe para onde está
tentando conduzir o cliente potencial (a comprar seu produto ou serviço, é claro) você
deve conseguir chegar lá através de uma série de perguntas. Cada vez que o cliente
potencial disser sim ou efetuar uma escolha, ele pode ter aumentado seu investimento
e portanto seu compromisso em comprar de você. Por exemplo: Ÿ Você quer este
armário em mogno ou nogueira?
 Quais dessas seis características se adequam melhor às suas
necessidades?

23
 Dentre essas três opções de investimentos, qual delas mais vai aproximá-
lo de suas metas de aposentadoria?

XI) Para Ajudá-lo a Articular Suas Próprias Necessidades


Outra valiosa utilidade das perguntas é ajudar o cliente potencial a articular as
suas próprias necessidades. Frequentemente ele terá alguma dificuldade de enxergar
como seu produto ou serviço pode realmente se encaixar no mundo dele. Essa
incerteza pode fazer com que ele adie a compra, às vezes indefinidamente. Então,
nós o ajudamos a superar sua própria inércia fazendo perguntas que permita-nos
visualizar como será depois da aquisição. Podemos perguntar:
 Quais são os primeiros passos que você adotará assim que adquirir esse
produto?
 Como você apresentará o uso desse serviço a outros?

XII) Para Ganhar Tempo


É comum durante o processo de vendas encontrar um comprador que faz
perguntas muito complexas e difíceis que acabam desafiando os limites do seu
conhecimento. Ao passo que o cliente potencial merece uma resposta, você também
precisa de algum tempo para pensar antes de responder. Dessa forma você pode
assegurar que está transmitindo a informação certa. A melhor forma de ganhar tempo
é responder à pergunta do cliente potencial com uma pergunta sua. Algumas
alternativas capazes de fazê-lo ganhar tempo são:
 Você poderia explicar melhor o que está pensando?
 É mesmo, e por que isso?

XIII) Para Encerrar


À medida que a venda progride, você colhe todos os tipos de sinais de compra
do cliente potencial. Entretanto, por alguma razão, ele continua hesitante em dizer
sim. Como qualquer vendedor pode lhe dizer, é hora da sentença final. Você oferece
uma série de alternativas que o força a aumentar seu compromisso em comprar de
você. E, ao fazer isso, você discretamente posiciona o contrato para que ele assine,
lhe entrega a caneta e fecha a venda

24
6 VENDA-SE1

Fonte: www.prosoft.com.br

Olhe à sua volta e veja se acha alguma coisa que não tenha sido resultado de
uma ação direta de compra e venda. Achou? Expanda o conceito de "coisa" para
serviços ou ideias e o conceito de "venda" para sugestão, sedução, insinuação e fica
mais difícil, não é?
Até as pessoas são o resultado de uma "venda". Seu pai teve que vender à sua
mãe a ideia de que ELE era a pessoa mais apropriada para fazer você. Ou pelo menos
teve que convencer a dama a fazer amor com ele (a não ser que a iniciativa tenha
sido da digna senhora, o que é irrelevante, já que nesse caso ELA teria feito a
venda…).
Tudo à nossa volta é resultado de uma ação de compra e venda.
Quanto melhor você souber vender, maiores serão as suas chances de
sucesso. Isso vale para "vender" a ideia de uma viagem à sua família, a sua imagem
numa entrevista de emprego, o seu conhecimento ao oferecer serviços profissionais,
o seu carro usado a um desconhecido e até para convencer os seus vizinhos de que
você é o melhor candidato a síndico (brincadeirinha, fuja dessa!).

1*Claudio V. Nasajon (Trecho do livro "Venda-se - Técnicas Vencedoras de Marketing e


Vendas para sua Vida Pessoa")
25
As técnicas de vendas e marketing usadas pelas empresas podem ser
aplicadas para educar seus filhos, conquistar um grande amor, obter melhores
acomodações em restaurantes e em muitíssimas ocasiões do dia-a-dia, nas quais a
transação não envolva necessariamente dinheiro, mas possa representar mais
prestígio, conforto e prazer.
Vender-se significa passar aos demais uma imagem positiva de si próprio,
salientando suas melhores virtudes, apresentando suas ideias com impacto, formando
opiniões favoráveis a seu respeito.
Em resumo, aprendendo a vender melhor seus produtos, seus serviços e suas
ideias, você obterá maior sucesso pessoal e profissional. Por isso, VENDA-SE!

6.1 Pergunte certo

Um dos principais conceitos de marketing é: você precisa saber o que seu


cliente quer para direcionar seus esforços no sentido de atender a esses desejos. Ora,
isso vale para vender produtos às pessoas – que, aliás, são o foco original do
marketing – mas também pode ser usado para identificar que argumentos usar numa
entrevista de emprego (onde VOCÊ é o produto) ou como negociar com sua esposa
aquela pescaria no fim de semana.
Se você souber o que o outro lado deseja, poderá adaptar seus argumentos e
suas ações no sentido de oferecer "coisas" que atendam a esses desejos – com boas
chances de sucesso.
Uma das formas mais diretas de obter informação é perguntando. Contudo,
existem muitas formas de perguntar e nem todas são eficientes para atingir esse
objetivo.
De forma geral, as perguntas são usadas para obter informação, mas, às vezes,
podem servir para outras finalidades. Por exemplo: Imagine o pai saindo de casa, na
porta do elevador, e seu filho (já atrasado para ir à escola) sentado no sofá vendo
televisão.
Ele diz: "Vamos?" Ora, isso não é uma pergunta, é um "desligue já essa
televisão e venha porque o elevador já chegou". Ele não está perguntando se o filho
quer ou não ir à aula, está? Aliás, neste caso, nem precisava perguntar coisa alguma.
Qualquer frase teria mais ou menos o mesmo sentido.

26
Outro uso heterodoxo para perguntas é quando você NÃO PRECISA SABER
A RESPOSTA, como no sarcasmo. Você não busca a informação. Apenas pergunta
para dizer alguma coisa (normalmente querendo brigar com alguém).
Por exemplo: Imagine que o marido chega tarde em casa e sua companheira
pergunta: "Por acaso você vai me dizer que estava trabalhando até esta hora?" A
pergunta é do tipo "fechada" – veremos adiante que é tecnicamente errada para obter
informação - mas neste caso não é exatamente "informação" o que ela deseja, certo?
Continue imaginando a cena anterior. O bom rapaz poderia responder com
outra pergunta: "O que é isso, agora você vai virar minha babá?" Embora as respostas
possíveis sejam SIM/NÃO, também neste caso ele NÃO QUER INFORMAÇÃO (muito
pelo contrário). Trata-se de um "vale tudo" para sair de uma situação embaraçosa…
As perguntas também podem conduzir o interlocutor para um determinado
objetivo e criar condições de "fechamento" que culminam com a venda da ideia,
produto ou serviço.
Tecnicamente, em vendas, as perguntas servem a três propósitos:
1. Obter informação;
2. Induzir conceitos no seu interlocutor; e
3.Conduzir a entrevista (conversa) para um objetivo predefinido.

Fonte: www.franchisebrasil.com

27
7 ENTENDA AS MOTIVAÇÕES DOS SEUS CLIENTES

Nos últimos dez anos, muitas empresas tornaram-se adeptas da arte do


gerenciamento das relações com o cliente. Foram coletadas e filtradas quantidades
gigantescas de dados sobre preferências e comportamentos, dividiram-se os
compradores em segmentos cada vez mais específicos e procurou-se revestir
produtos, serviços e marketing de uma linguagem de precisão cirúrgica. Contudo,
faltou algo muito importante: um cenário mais abrangente. Poucas empresas se
importaram em observar com atenção o contexto mais amplo em que os clientes
escolhem, compram e utilizam produtos e serviços. Preocupadas exageradamente em
acertar o foco de suas ofertas, acabaram se esquecendo de avaliar de que modo
esses produtos e serviços participam da vida real dos consumidores.
Consequentemente, não foram poucas as vezes em que as vendas poderiam ter sido
muito melhores, com ganhos significativos de lealdade por parte do consumidor para
com a empresa.
Tomemos um exemplo bem simples. Dois consumidores vão a uma grande loja
de departamentos com o propósito de comprar uma geladeira nova. Para o vendedor,
não há diferença entre um e outro cliente. Na verdade, porém, ambos estão ali por
motivos muito diferentes. O primeiro quer substituir a geladeira antiga, que parou de
funcionar no dia anterior. Seu objetivo é manter o sorvete congelado, por isso não
tenciona passar muito tempo examinando os vários modelos disponíveis. Já o
segundo procura uma geladeira para equipar a cozinha de sua casa nova. Por isso,
está disposto a passar o tempo que for preciso examinando os diversos recursos e
preços dos modelos antes de efetuar a compra.
Se o vendedor tratar esses dois clientes da mesma maneira, perderá uma
grande oportunidade. O primeiro cliente está muito mais preocupado com a rapidez
da entrega. Se o vendedor lhe garantir pronta entrega -- na mesma tarde --, ele não
hesitará em comprar a geladeira imediatamente, mesmo que para isso tenha de arcar
com um custo extra. O segundo consumidor não está preocupado com o prazo de
entrega, e sim com um atendimento que possa orientá-lo entre as várias opções à sua
escolha, o que permitirá ao vendedor estabelecer um contato mais demorado com ele.
Afinal de contas, esse cliente provavelmente voltará à procura de outros
eletrodomésticos para sua casa nova. Talvez a loja devesse considerar a

28
possibilidade de oferecer uma consultoria gratuita que lhe permitisse elaborar uma
planilha de compras centrada nos eletrodomésticos de que necessita, com prazos de
entrega previamente estabelecidos e um pequeno desconto no caso de uma compra
muito grande. No entanto, se a empresa desconhece a situação do cliente, só lhe
resta oferecer o mesmo tipo de serviço a todos indistintamente.
Batizei de "cenário do cliente" esse contexto mais amplo em que o consumidor
efetua suas compras. No caso da loja citada, por exemplo, o cenário em que se move
o primeiro consumidor pode ser chamado de "substituição de emergência"; o do
segundo, "casa a mobiliar". No momento em que a empresa procura elaborar
detalhadamente o entendimento dos cenários, acaba sempre descobrindo maneiras
criativas de expandir sua presença na vida dos consumidores: ajudando-os a
economizar tempo e a usar os produtos e serviços de modo mais eficaz, além de
atender a necessidades complementares que talvez nem sejam de sua competência.
Ao proporcionar tais benefícios, a empresa se torna um fornecedor extremamente
importante e cada vez mais indispensável para o cliente.
Pensar em termos de cenários sempre foi muito útil. Entretanto, com o advento
da internet, essa técnica tornou-se mais poderosa do que nunca. Uma vez que a
internet é capaz de personalizar as informações e as aplicações a um custo
relativamente baixo, fica muito mais fácil para as empresas ajudarem seus clientes a
se desincumbir de uma ampla gama de atividades. Trabalharei neste artigo com três
empresas completamente diferentes -- a fabricante de chips National Semiconductors,
a rede de supermercados Tesco e o portal eletrônico Buzzsaw.com -- e mostrarei de
que modo elas fazem dos cenários a peça central de suas estratégias de marketing,
guiando-se por eles na geração de valor e no uso da internet para fortalecer e
aprofundar seu relacionamento com o cliente.

8 UTILIZANDO CENARIOS PARA FORTALECER OS RELACIONAMENTOS

A National Semiconductors é uma das principais fornecedoras de microchips


analógicos e digitais com capacidade de processamento de som e imagem em
telefones móveis, aparelhos de DVD, centrais de cabo e outros equipamentos
eletrônicos. A empresa deu duro para construir um relacionamento de bases sólidas
com dois tipos de clientes: engenheiros de projetos e compradores corporativos. Os

29
primeiros são um público particularmente crítico. Embora não comprem diretamente
um volume grande de peças, as escolhas feitas por eles no início do processo de
desenvolvimento do produto determinam os componentes que, em última análise,
suas empresas ou sócios encarregados da fabricação deverão comprar. Nesse caso,
o volume de compras ultrapassa a casa dos milhões de dólares.

Fonte: www.empreendedorismorosa.com.br

Em 1994, Phil Gibson, vice-presidente da versão eletrônica da National


Semiconductors, montou um site na web para dar aos engenheiros de projetos as
informações de que precisavam sobre as linhas de produtos da empresa. O site foi
um sucesso. Gibson, porém, logo percebeu que seu potencial poderia ser ainda maior
se pudesse expandi-lo de modo que satisfizesse igualmente um espectro mais amplo
de necessidades dos engenheiros. No fim da década de 90, lançou uma campanha
ambiciosa cujo propósito era desenvolver uma compreensão mais aprofundada dos
cenários em que os engenheiros trabalhavam, criando ao mesmo tempo ferramentas
online que lhes dessem respaldo.
O plano concentrou-se inicialmente na elaboração de um sistema de fontes de
energia. Na engenharia de projetos, a pressão dos prazos é imensa e, não raro, a
última etapa do trabalho é quase sempre o módulo de fonte de energia. Gibson e sua
equipe descobriram que se fornecessem ferramentas de fácil utilização, capazes de

30
agilizar o projeto de fontes de energia, poderiam atrair para o site outros engenheiros
e influenciar suas escolhas.
Gibson montou uma equipe altamente capacitada com o objetivo de criar um
cenário de projetos voltado exclusivamente para as fontes de energia. O grupo,
composto de especialistas em marketing, aplicativos e web- design, reuniu-se com
engenheiros de diversas áreas para aprender com eles as tarefas peculiares à criação
das fontes. Por fim, resumiram suas descobertas em um cenário simples de quatro
pontos:
1. Escolha da peça
2. Criação do projeto
3. Análise do projeto (por meio de uma poderosa ferramenta de simulação)
4. Montagem do protótipo

Em seguida, a equipe desenvolveu uma série de aplicações online batizada de


"bancada eletrônica", cujo propósito era dar aos engenheiros todas as ferramentas
necessárias para trabalhar naquele cenário específico. Com isso, os clientes da
empresa podiam executar todo o processo no site da própria National Semiconductors
sem ter de recorrer a softwares especiais ou a sistemas caros.
O sistema funcionava da seguinte maneira: o engenheiro conectava-se à
bancada eletrônica, que lhe pedia imediatamente a especificação de todos os
parâmetros necessários para o desenvolvimento da fonte de energia desejada,
solicitando-lhe também que identificasse os principais componentes a serem
utilizados. O sistema gerava automaticamente os possíveis projetos juntamente com
especificações técnicas, listas de peças, preços e análises de custo-benefício
correspondentes. A seguir, o engenheiro filtrava os projetos até chegar a um que
aparentemente atendesse aos requisitos. Depois, submetia-o a uma simulação em
tempo real por meio de um software sofisticado licenciado pela National
Semiconductors e disponível em seu site. Com isso, era possível alterar o projeto e
submetê-lo à simulação tantas vezes quantas fossem necessárias, salvando em
seguida as informações numa pasta ou enviando links por e-mail a outros colegas,
para que pudessem também trabalhar com as simulações gravadas.
No momento em que um engenheiro optasse por um projeto final e decidisse
testá-lo, o sistema gerava uma lista de materiais necessários à criação do protótipo.

31
Essa lista de peças não se limitava apenas a componentes da National
Semiconductors. Ela incluía componentes de outros fabricantes. Havia até mesmo
links para prováveis distribuidores acompanhados dos respectivos preços. Uma vez
que o site da empresa estava diretamente conectado aos sistemas de estoque dos
distribuidores, bastava um simples clique de mouse para pedir a peça desejada.
Quando a equipe de Gibson pôs a bancada eletrônica no ar em 1999, ficou
decidido que seria cobrado dos engenheiros o uso do ferramental de simulação como
forma de ressarcimento pelo custo de licenciamento do software. Embora o site tenha
atraído um grande número de engenheiros, muitos recuaram quando o sistema pedia
que entrassem com o número do cartão de crédito. Gibson então mudou de estratégia
e franqueou o uso do simulador. Viu que a empresa poderia ganhar muito mais com
grandes volumes de encomendas de peças.

Fonte: www.gestaoporprocessos.com.br

A estratégia funcionou. Os engenheiros aprovaram a bancada eletrônica de


Gibson e a utilizaram no projeto de mais de 20 000 fontes de energia em seu primeiro
ano de funcionamento. Eles descobriram que podiam fazer em poucas horas o que
antes levava meses. Agora a tempo suficiente para examinar as alternativas -- algo
impossível no passado. Um único engenheiro analisou mais de 250 simulações para
o mesmo projeto, enquanto a maioria, antes, não ia além de cinco ou dez. Martin Volk,
cliente da divisão de telefones celulares da Motorola, observa que "com essas

32
ferramentas" ele passava "da ideia para o protótipo com uns poucos cliques. A
empresa pensou em todas as minhas necessidades -- do catálogo de peças às
simulações rápidas".
A reação entusiasmada dos usuários levou Gibson e sua equipe a explorar
outros cenários possíveis. Perguntaram então aos engenheiros que outras atividades
gostariam de ver incluídas no software para que os projetos pudessem ser concluídos
de modo mais eficiente. Eles responderam que gostariam de submeter o projeto a
simulações térmicas, já que poucos tinham acesso aos sofisticados sistemas exigidos
por esse tipo de teste. A empresa criou então a "bancada térmica", licenciando em
seguida um software de simulação avançadíssimo e disponibilizando-o gratuitamente
em seu site. Outros engenheiros solicitaram à empresa que os ajudasse no projeto de
circuitos, e não apenas com as fontes de energia dos telefones celulares. Esse pedido
resultou em um novo conjunto de cenários para engenheiros incumbidos do projeto
de aparelhos sem fio.
No segundo semestre de 2000, quando a empresa lançou seu ferramental de
bancada térmica e de telefonia sem fio, o site da empresa recebia 31 000 visitas por
dia, gerando 3 000 pedidos de compras ou consultas aos distribuidores. A maior parte
dos pedidos consistia em peças de amostra para protótipos. A empresa, porém,
contava com a possibilidade de que os projetos aprovados logo no início revertessem
em milhões de dólares em vendas. "Um soquete integrado da Nokia que atenda às
necessidades do projeto significa 40 milhões de unidades para nós", diz Gibson.
Transcorrido um ano e meio desde que a empresa começou a oferecer
gratuitamente seu ferramental baseado em cenários, a National Semiconductors sabe
que poupou a seus clientes uma média de 50 horas por projeto, o que representa uma
economia média de 3 000 dólares. Com isso, a economia total para o cliente foi de
mais de 135 milhões de dólares só em mão-de-obra. Esse tipo de retorno é um
incentivo e tanto para que os engenheiros continuem a utilizar os sites da empresa --
e é exatamente isso o que ocorre.
Há outros benefícios igualmente importantes para a National Semiconductors.
Ao monitorar cuidadosamente o tipo e a quantidade de projetos realizados por seus
clientes, ela pode prever com maior precisão o tipo e a quantidade de peças que terá
de produzir. Essas "dicas de compra", conforme a empresa as batizou, aumentam a
eficiência operacional da empresa.

33
As organizações, no século XXI, se viram obrigadas a estimularem melhor em
seus executivos algumas habilidades que no passado não eram requisitos para o êxito
no mundo empresarial. A ampliação dos horizontes, como globalização e a tecnologia
de informação, multiplicou nesse contexto, os conflitos, como decorrência, a
necessidade de parcerias, acordos e contratos, além de diversos conflitos, fazendo
da negociação uma habilidade necessária e pré-requisito ao executivo.
As negociações no ambiente empresarial passam a ter maior relevância e
complexibilidade em função dos interesses envolvidos que estão presentes nos
acordos diários celebrados, nas parcerias e contratos formalizados, e nos conflitos
solucionados, exigindo dos negociadores, habilidades básicas, para que sejam
eficazes e garantam relações duradouras.
A quantidade de interesses envolvidos em uma negociação, dentro ou entre
empresas, é evidente ao resgatar do passado o fato que a maioria das decisões era
tomada no topo da pirâmide das organizações e acatada por todos que se
encontravam na base. Nas últimas décadas, entretanto, algumas pessoas passaram
a depender cada vez de dezenas de indivíduos e organizações de que não se tem
controle direto, como exemplo: clientes, sócios, colegas de trabalho ou funcionários,
sendo necessária a negociação para obtenção do que se precisa. (Ury, 2005 apud Bvr
Bridge et al.,2005).
Caiu em desuso também, a negociação como instrumento exclusivo de
obtenção de vantagem, atendendo aos interesses de apenas um dos lados, pois a
necessidade de cooperação em razão das parcerias e contratos de longo prazo está
mais presente no ambiente de negócios. Ury (2005) destaca que “no século XXI , o
diferencial para competitividade resulta paradoxalmente, da habilidade de cooperar –
cooperar até mesmo com os concorrentes ou aqueles com quem eventualmente
tenhamos tido uma relação antagônica”.
Os argumentos são ferramentas poderosas para influenciarem seu oponente a
caminhar em sua direção para um acordo negociado. Certamente o conflito nunca se
restringe às partes sentadas à mesa de negociação. Existem por trás do pano, figuras
que influenciam o desenvolvimento da negociação. Certamente, como ilustram as
histórias das guerras percebemos que muitos dos generais tomavam decisões
considerando sua posição e interesse em relação a seus superiores e questões de
estado. Nos negócios, devemos sempre considerar além dos objetivos (por quê? para

34
quê?) também o eleitorado que será suscetível à força dos argumentos os colocados
durante a negociação (diretores, gerentes ou mesmo familiares), é preciso procurar
buscar a verdade que se esconde por baixo do pano - A Agenda Oculta – para fazer
valer a força do emprego de seus argumentos alavancando seu poder e influência no
processo de negociação. “Por isso devemos estabelecer o que é fundamental para o
negócio acordado e definir uma estrutura significativa para o conhecimento.” Fechar
um acordo onde as duas partes ganhem.
Da mesma forma na guerra pode-se ganhar e conquistar, mas conseguir a paz
depois é definitivamente, o que importa (Silveira, 2008). Segundo Silveira (2008),
Alexandre “o Grande”, entendia que, para construir um império era necessário
evidenciar que respeitava seus inimigos e convencer o povo conquistado de que sua
proposta era justa e nobre. Prova disso era que os macedônios por ele liderados eram
proibidos de fazer saques. No que diz respeito aos negócios, trata-se de convencer
seus clientes ou potencias clientes a abandonarem as antigas referências e comprar
nossos produtos ou serviços; de conhecê-los para entender suas necessidades e
desejos, estabelecendo vínculos afetivos que os façam propagar boca a boca a
mensagem da empresa.

9 OS CONFLITOS E AS NEGOCIAÇÕES

Fonte: www.ibegp.com.br

35
Os conflitos surgem na pré-história, potencialmente a partir da existência de
duas pessoas, em razão dos recursos escassos que eram disputados na época. O
conflito pode ser conceituado como resultado da diversidade caracterizada pelos
pensamentos, atitudes, crenças, percepções, bem como o sistema e estrutura social
(WEEKS, 1992).
Durante a década de noventa, autores como Hampton (1991), Hodgson (1996),
Weeks (1992) observaram ganhos mútuos, soluções criativas, enfim, aspectos
positivos a partir da solução de um conflito. Concluíram existir duas maneiras de se
proceder a conflitos: uma encarando-o como provedor de boas alternativas e
excelentes resultados (modo construtivo) e outra como algo depressivo, que deve ser
evitado (modo destrutivo).
Esses autores concluíram que muitos conflitos podem ser oportunidades de
crescimento mutuo, se desenvolvido e utilizado positivamente, com habilidades
construtivas, gerando oportunidades de aprendizado, por meio da adaptação das
diferenças, já que as diversidades são naturais na sociedade. Seguindo esses autores
Martinelli (2002, 262p.) destacou que o conflito pode trazer alternativas abertas de
pensamento e comportamento. Pode, também, levar a administrar a vida de maneira
que se utilizem as diferenças individuais para benefícios e crescimentos mútuos.
Nesse sentido, destaca que a melhor forma de se proceder à frente de um conflito é
negociá-lo.
A negociação, assim como os conflitos é inerente a vida, pois acompanha o ser
humano desde o nascimento e não apenas os conflitos é que são negociados, mas
também acordos, parcerias e contratos que se inserem no contexto das negociações
(CAVALCANTI, 2003a, 105p.).
Existe um grande número de definições sobre a arte de negociar, que variam
conforme o aspecto que os autores consideram mais relevante: o uso da informação,
do tempo e do poder, a importância da comunicação, a busca pelo acordo, a busca
por relações duradouras, a satisfação de necessidades, a solução de conflitos, entre
outros.
A negociação, portanto, deve ser conceituada de maneira geral como um
somatório dos aspectos acima delineados. A negociação é um processo que envolve
duas ou mais partes, baseado na comunicação, iniciado a partir de interesses comuns,
sejam afinidades ou conflitos, utilizando a informação, o tempo e o poder na busca

36
pelo acordo através de relações duradouras que satisfarão as necessidades de todos
os envolvidos (CAVALCANTI, 2003ª, 129p.).
A negociação como instrumento exclusivo de obtenção de vantagem, isto é,
sem visar à satisfação de todos os envolvidos, atendendo às necessidades de apenas
um dos lados, não se preocupando com a manutenção do relacionamento, trata-se de
uma visão ultrapassada, principalmente no ambiente atual que a cooperação é
catalisadora dos processos gerenciais.

9.1 As Variáveis Básicas

Cohen (1980) enuncia a presença de três variáveis básicas: poder, tempo e


informação, que condicionam o processo de negociação, independentemente de seu
objeto.
a) Poder
O poder é a capacidade que se tem de mudar a realidade e alcançar seus
objetivos através de uma característica pessoal ou circunstancial que lhe foi
favorecida conforme o objeto e o contexto da negociação. A concepção moderna
visando parcerias e ganhos mútuos, não dá espaço à conotação negativa de poder
durante a negociação como: dispor de força, exercer controle, autoridade. A parte
deve visar a uma relação duradoura para negociações futuras, usando o poder de
maneira positiva.
b) Tempo
O tempo é o ponto de apoio para projetar a negociação e, consequentemente,
a satisfação dos envolvidos. É fundamental na determinação do sucesso ou fracasso,
isto porque durante o processo de negociação aumenta a pressão à medida que se
esgota, culminando em concessões para realização de um acordo.
Em alguns casos, porém, as partes definirão os limites temporais durante o
processo, sendo visto como uma variável flexível. Em qualquer caso, as emoções das
partes devem ser controladas, não deixando a pressão de o tempo ser influência do
insucesso. E para não se chegar a resultados negativos, as decisões não deverão ser
precipitadamente tomadas.
Ressaltam-se características como: paciência, ponderação, tranquilidade,
perseverança e sensatez, presentes nas qualidades dos negociadores, já que as

37
concessões e os acordos bem feitos acontecem nos instantes finais da negociação,
sabendo avaliar os benefícios e prejuízos de se cumprir ou ultrapassar os prazos,
tendo flexibilidade de obedecer ou não o tempo limite.
c) Informação
A informação é identificada como o conhecimento prévio das partes antes de
iniciada a negociação. Com uma grande quantidade de informações, evitam-se falsas
expectativas e resultados inesperados.
O ponto chave para o sucesso da negociação é a busca das necessidades dos
envolvidos, valorizando-se qualidades como: saber ouvir, entender o que está sendo
omitido, além de observação de expressões faciais e corporais, que são também
importantes no desenvolvimento da negociação.
O bom negociador capta os fatores não verbais, interligando-os, usando um
terceiro ouvido e um terceiro olha para trazer informações valiosas, permitindo um
entendimento melhor do quadro geral.

Fonte: www.comunicabem.blogspot.com.br

Existem algumas situações de conflito e negociação que independente do


poder, da informação ou do tempo que se tem, torna-se imprescindível uma terceira
parte para se chegar a uma solução, pois são inúmeros os interesses envolvidos e as
partes não são capazes de concluir o processo visando ganhos mútuos sem seu
auxílio (MARTINELLI, 2002).

38
10 DECISÕES NAS ORGANIZAÇÕES

“A palavra decisão é formada por de (que em latim significa parar, extrair,


interromper) que se antepõe à palavra caedere (que significa cindir, cortar). Tomada
ao pé da letra, a palavra decisão significa parar de cortar ou deixar fluir”. (GOMES et
al., 2002). Assim, quando uma decisão precisa ser tomada, é fato que as pessoas se
encontram diante de problemas que possuem alternativas para solução ou
simplesmente uma alternativa de ação e outra não ação. Em quaisquer casos, a
intenção é solucionar o problema a partir da decisão tomada, isto é, ligando a definição
exposta, interromper o problema.
Shimizu (2001) esclarece que uma organização frequentemente se encontra
diante de problemas sérios de decisão e que apenas uma pessoa poderia analisá-los
para escolher a melhor alternativa de decisão de modo inteiramente formal. Em uma
organização, contudo, os problemas são amplos e complexos, envolvendo riscos e
incertezas, necessitando muitas vezes da opinião e participação de muitas pessoas,
em diversos níveis funcionais, estimulando a capacidade de negociação a partir da
interação entre elas.
O processo de tomada de decisão pode conceber a eleição da melhor
alternativa dentre as possíveis por parte de um centro decisor (indivíduo ou grupo de
indivíduos), sendo as decisões classificadas como: simples ou complexas, específicas
ou estratégicas, gerando consequências imediatas, de curto prazo, de longo prazo ou
uma combinação das formas anteriores (GOMES et al, 2002).

Decidir também pode ser definido como: processo de colher informações,


atribuir importância a elas, posteriormente buscar possíveis alternativas de
solução e, depois, fazer a escolha entre as alternativas; dar solução,
deliberar, tomar decisão (GOMES et al, 2002).

Para a organização ter apenas a “melhor decisão” no momento, não é a


alternativa mais interessante, mas conhecer as alternativas possíveis de decisão, pois
poderia se contentar com uma boa decisão dentro de suas possibilidades, ou com a
segunda melhor decisão (SHIMIZU, 2001). O autor chama essa análise de variação
das possibilidades em torno de uma decisão escolhida como uma análise de
sensibilidade das estratégias ou alternativas de decisão.

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Dentro das organizações, como visto, as decisões são complexas, pois quase
sempre devem atender a múltiplos objetivos, sendo difícil mensurar seus impactos de
forma clara.
É fato que a tomada de decisão, em si, obriga os indivíduos a usarem
parâmetros qualitativos, com forte característica subjetiva, ou parâmetros
quantitativos que são de mensuração mais fácil (MIETTINEN; PEKKA, 1999 apud
GOMES et al, 2002).
O processo de decisão pode ser elaborado a partir quatro conceitos: a quase
resolução do conflito, a minimização da incerteza e do risco, a busca de solução na
vizinhança, e a aprendizagem constante e adaptação da organização. Esses
conceitos representam a essência da teoria da tomada de decisão nas empresas
apresentada por Cyert e March em Shimizu (2001):

1.“Quase resolução do conflito entre os objetivos da organização”: esse


conceito é abordado pelo fato de que cada membro da empresa pode almejar
um objetivo diferente, gerando conflitos. A solução estaria em motivar os
indivíduos a considerarem apenas os objetivos essenciais, contínuos e
operativos, usando um raciocínio localizado e bem claro, observando uma à
sequência de prioridade dentro da organização.
2. “Minimização da incerteza e do risco”: as incertezas e o risco devem ser
minimizados por meio de ênfase na resposta rápida e no feedback em curto
prazo, evitando incertezas decorrentes dos eventos ou estratégias em longo
prazo.
3. “Busca de solução na vizinhança do objetivo principal”: foca que a busca
da solução de um problema na organização não deve ser aleatória ou
exaustiva, e sim orientada ao redor do objetivo principal do problema e das
possíveis soluções alternativas devem ser buscadas nas circunvizinhanças
das alternativas correntes. Contudo, se a solução não apresentar resultados
satisfatórios, a empresa buscará soluções mais complexas em áreas
distantes do problema original, em áreas vulneráveis da empresa.
4. “Aprendizagem constante e adaptação da organização”: revela o
comportamento adaptativo das organizações no decorrer do tempo. As
empresas, muitas vezes, mudam de objetivos, desviam suas atenções e
revisam procedimentos de busca de resolução de problemas baseadas em
suas experiências. Essa aprendizagem pode ocorrer de diversas formas
como: adaptação das regras ou dos focos de preferência ou atenção, em que
haverá a preferência por alguns critérios, em detrimento de outros, e a
adaptação nas regras de busca por solução que decorre do processo de
aprendizagem, baseado no sucesso ou falha, com as alternativas escolhidas
e devidamente experimentadas.
Independente do conceito adotado, os tomadores de decisão nas
organizações devem, ao longo do tempo, sentir se os processos de tomada
de decisão estão sendo efetivos ou devem ser combinados ou alterados. A
alteração deve ser feita, quando existe incompatibilidade entre os objetivos
almejados pela organização e os resultados obtidos a partir das decisões
tomadas, sendo necessário rever o processo. Nesse momento, podem surgir
conflitos e negociações, fato que também pode ser vivenciado no ambiente
de educação gerencial.

40
11 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

Fonte: www.flowof.com.br

O comportamento do consumidor é entendido, segundo Salomon (citado em


CUNHA, Karina, 2005) como “o estudo dos processos envolvidos quando indivíduos
ou grupos selecionam, compram usam ou dispõem de produtos, serviços, ideias ou
experiências para satisfazer necessidades e desejos.” Os estudos do comportamento
do Consumidor evoluíram ao longo dos anos, passando pela teoria da racionalidade
e econômica, teoria comportamental, teoria psicanalítica, teorias sociais e
antropológicas e teoria cognitivista.
Para uma empresa se sobressair e vencer a concorrência em um mercado tão
competitivo é necessário que entenda o seu cliente, o que se passa na sua mente,
suas necessidades e desejos.
Além das teorias, também são apresentados diversos fatores que influenciam
o cliente na tomada de decisão sobre a compra. É de grande importância entender o
processo de compra para entender tudo que compõe este comportamento do
consumidor. Quando o profissional de vendas busca o maior número de informações
do seu cliente e o entende, sabendo como ele reage, as chances de se tornar um
profissional de sucesso e reconhecido são infinitamente maiores.
Houve um tempo em que as empresas se contentavam com funcionários que
exibissem experiência e sólido conhecimento técnico. Com o ritmo de mudanças
41
aceleradas implantado pela globalização e pela era digital, elas passaram a buscar
quem combinasse a tal base de conhecimentos com a capacidade de aprender
continuamente, inclusive para os profissionais de vendas. E isso hoje já não basta.
Ele precisa exibir algo bem mais intangível: o comportamento adequado.
Personalidade, postura, engajamento e adesão aos valores da empresa viraram pré-
requisitos. Como Churchill e Peter (citado em CUNHA, Karina, 2005) afirmam, “as
pessoas de diferentes classes sociais tendem a fazer escolhas diferentes em relação
as suas roupas, decoração doméstica, uso do tempo de lazer, escolha dos meios de
comunicação e padrões de gastos e poupanças”.

11.1 Teoria do Comportamento do Consumidor

O comportamento do consumidor gira em torno de processos emocionais e


motivacionais, que se relacionam na obtenção de bens tangíveis e intangíveis,
produtos ou serviços. Segundo Salomon (citado em Pinheiro e outros, 2006), o
comportamento do consumidor é entendido como “o estudo dos processos envolvidos
quando indivíduos ou grupos selecionam, compram usam ou dispõe de produtos,
serviços, ideias ou experiências para satisfazer necessidades e desejos.” Pinheiro e
outros (2006) ressaltam que o comportamento do consumidor é uma área
interdisciplinar, envolvendo conceitos e ferramentas metodológicas de diferentes
áreas do conhecimento tais como: psicologia, economia, sociologia, antropologia
cultural, semiótica, demografia e história.
Os estudos do comportamento do Consumidor evoluíram desde a teoria da
racionalidade econômica até a teoria cognitivista conforme será abordado a seguir:
 TEORIA DA RACIONALIDADE ECONÔMICA: Segundo Pinheiro e outros
(2006) esta teoria relata um comportamento apoiado na racionalidade econômica, em
que o consumidor faz suas escolhas de consumo por uma busca de maior benefício
ao menor custo. Trouxe muitas contribuições ao longo da história principalmente no
que diz respeito ao uso de estimulo, o que auxilia os profissionais de vendas,
influenciando o comportamento de compra dos consumidores. Entretanto, apresenta
suas limitações: - É centrada nos efeitos de consumo de um bem e não permite a
compreensão dos processos psicológicos. - É de difícil mensuração. - Não leva em

42
consideração as diferenças individuais sociais e culturais que fazem parte do
comportamento de consumo.
A satisfação é dada a partir da renda disponível, segundo Kotler (1992) não
importa quão atraente seja um produto, as unidades adicionais lhe trarão uma
satisfação decrescente.

 TEORIA COMPORTAMENTAL: Segundo Pinheiro (2006) esta teoria enfatiza o


comportamento e suas relações com o meio ambiente do indivíduo. Tem como base
a psicologia, que contribui para a compreensão dos fatores cognitivos, motivacionais
e emocionais envolvidos no processo de decisão de compra. Tem como limitação, o
enfoque nos fatores ambientais e não leva em consideração o que acontece
internamente no indivíduo, entre a apresentação dos estímulos do marketing e a
consecução ou não do comportamento de compra.
Esta teoria é de grande importância para profissionais de vendas, que utilizam
de estímulos oferecidos aos consumidores para divulgar os produtos/serviços podem
perceber as Reações oferecidas ao cliente, quando Positiva aproximam o consumidor
do produto e quando Negativas há um afastamento deste produto.

 TEORIA PSICANALISTICA: Criada no final do século XIX e início do século XX


1856 – 1939, pelo neurologista austríaco Sigmund Freud. Segundo Pinheiro e outros
(2006) os comportamentos expressos no consciente são desejos localizados no
inconsciente, sendo que o consumidor projeta nos produtos os seus desejos,
expectativas, angústias e conflitos. A compra é uma maneira de dar vazão a esses
desejos. Para Cobra (1992) a implicação mais importante desta teoria é que os
compradores são motivados tanto por aspectos simbólicos como funcionais dos
produtos.
O conhecimento desta teoria é de suma importância para os profissionais de
vendas, pois relata que acontece “dentro da cabeça” do consumidor no ato da compra
e cabe a estes profissionais desenvolver estratégias para que os produtos criem
desejos inconscientes dos consumidores, estes que estão em busca da felicidade,
beleza, corpo ideal, do status e da aceitação social, e esses desejos fazem parte das
estratégias usadas pelos vendedores quando se precisa mergulhar na mente do
consumidor.

43
 TEORIAS SOCIAIS E ANTROPOLÓGICAS: Segundo Pinheiro e outros (2006)
o consumo como processo social, de acordo com os condicionamentos históricos,
sociais e culturais. Baseia-se nas vertentes marxistas e pesquisas sobre hábitos de
consumo nas sociedades contemporâneas. Este consumidor faz parte de uma
vertente crescente, exigente e consciente de seus direitos. A compra faz parte de um
processo social proporcionando uma referência para construção e definição para a
identidade social.
Assim, os profissionais de vendas têm que perceber que o consumo também é
um ato social, que vai definir o contexto social e cultural dos consumidores.

 TEORIA COGNITIVISTA: Iniciou-se a partir das pesquisas da psicologia


cognitiva norte americana (1950-1960). Segundo Pinheiro e outros (2006) o consumo
é resultante de um processamento de informações oriundas do indivíduo, da cultura e
do meio ambiente. O consumidor opta por diferentes produtos, sendo influenciado por
fatores cognitivos tais como percepção, motivação, aprendizagem, memória, atitudes,
valores e personalidade.

Fonte: www.comunicacaoetendencias.com.br

44
11.2 Clientes: definição e sua satisfação

Para uma empresa se sobressair e vencer a concorrência em um mercado tão


competitivo é necessário que ela entenda o seu cliente, o que se passa na sua mente,
suas necessidades e desejos. Os clientes são exigentes, sabem dos seus direitos,
exigem preços baixos e boa qualidade. Partindo da definição de Juran (citado em
Araújo Carneiro e Silva Pereira), apresenta cliente como qualquer pessoa que seja
impactada pelo produto ou processo, pode-se afirmar que o cliente é qualquer pessoa
que participe do processo, desde a sua concepção até o seu consumo. Popcorn
(citado em Araújo Carneiro e Silva Pereira) afirma que é imprescindível compreender
o que o cliente tem a dizer, é preciso analisar as respostas para que se obtenha o
melhor.
É necessário que as organizações façam pesquisas bem estruturadas e relate
o perfil dos clientes, os sentimentos, os impulsos que os levam a comprar este ou
aquele produto e os tipos de estratégias, produtos e serviços que serão aceitos ou
não, além das necessidades, dos medos e os benefícios que envolvem o estado de
espírito dos clientes, que influenciam na satisfação destes.
Segundo Kotler (1992) os profissionais em vendas procuram ajudar o
consumidor a encontrar a confirmação de sua escolha.
O cliente tendo necessidades, a organização interagida com todos os setores,
busca satisfazê-la, estando atenta às mudanças do mercado e da concorrência,
analisando seus pontos fortes e pontos fracos e assim, agir ou responder
rapidamente, com o objetivo de desenvolver consumidores satisfeitos

11.3 Fatores que influenciam o comportamento de compra

São vários os fatores que influenciam o cliente na tomada de decisão no


momento da compra, e eles podem ser tanto internos quanto externos. Alguns
pensadores consideram que no processo de compra do consumidor há influências
sociais e influências de situações. A seguir veremos a ideia de alguns autores em
relação ao consumismo, e a relação geradora deste envolvimento de compra.
Kotler (1998) define a área do comportamento do consumidor como indivíduos,
grupos e organizações selecionam, compras, usam e dispõem de bens, serviços,
ideias ou experiências para satisfazer as suas necessidades e desejos. O autor revela
45
que nunca foi tão simples entender o comportamento do consumidor, porque eles
podem declarar suas necessidades e desejos, mas agir de outra maneira, podem não
estar a par de suas motivações mais profundas, mas podem responder as influências
de última hora.
Cobra (1997), o consumismo estimulado pode então responder a comunicação
recebida através da percepção e da atitude favorável ou desfavorável à margem
recebida. Pode comprar ou não o produto ou serviço que lhe for oferecido, sendo
posteriormente leal ou não à marca comprada. Cada indivíduo recebe influência do
seu grupo de referência, como apresentaremos:

Fonte: Kotler (1998, p.163)

Fatores culturais: São os que mais influenciam os consumidores, de acordo


com Kotler (1998). Os fatores culturais se subdividem em três: cultura, subcultura e
classe social.
Cultura: Para Santos (citado em Medeiros Janine, 2006), cultura diz respeito ao
modo de se organizar a vida social, seus aspectos materiais, o modo de produzir para
sua sobrevivência e o modo de ver o mundo. Segundo o autor quando se discute
cultura, refere-se à humanidade e toda sua riqueza e sua forma de existência.
Segundo Kotler (1998) a cultura é o mais fundamental nos desejos e no
comportamento de uma pessoa. Já para Shiffman e Kanuk (citado em Pinheiros e
outros 2006) “é a soma total das crenças, valores e costumes, que servem para
direcionar o comportamento do consumidor e de determinada sociedade”. Dessa
forma os integrantes da sociedade vão adquirindo valores, percepções, preferências
e comportamento através da vida familiar e de outras instituições básicas, que acabam
interferindo em seus hábitos de consumo presente e futuro.

46
Subcultura: Kotler (1998) afirma que cada cultura consiste em subcultura
menores, as que fornecem identificação mais especifica e socialização para os seus
membros. As subculturas incluem as nacionalidades, religiões, grupos raciais e
regiões geográficas.
Classe Sociais: de acordo com Kotler (1998) “classes sociais são divisões
relativamente homogêneas e duradouras de uma sociedade, que são ordenadas
hierarquicamente e cujos membros compartilham valores, interesses e
comportamentos similares”. Nesse sentido, tendo-se por base Churchill e Petter
(citado em Medeiros Janine, 2006), a distribuição da população brasileira em classes
sociais, segundo o critério Brasil, dá-se em função de um sistema de população
baseada na posse de bens de consumo duráveis, instrução do chefe da família de
outros fatores, como a presença de empregados domésticos.
Fatores sociais: Tem como referência a família, papéis e posições sociais que
acabam por influenciar comportamento de compra.
Grupos de referências, para Churchill e Petter (citado em Medeiros Janine,
2006), “são aqueles grupos de pessoas que influenciam os pensamentos, os
sentimentos e os comportamentos do consumidor”. Kotler (1998) afirma que há grupos
de afinidades denominados “primário”, e os grupos de afinidades denominados
“secundários”. Os grupos primários são constituídos pela família, pelos amigos, pelos
vizinhos e pelos colegas de trabalho, com estes grupos a pessoa interage mais
continuamente e agem de maneira informal. Já os grupos secundários, são
constituídos por religiões, sindicatos e profissões, os quais tendem ser mais formais e
exigem interação menos contínua.
Da mesma forma, existem aqueles grupos repudiados, que, segundo os
mesmos autores são denominados grupos de negação. Ainda sobre os grupos de
referência, é importante ressaltar de que forma pode se dar a influência sobre os
consumidores.
Churchill e Petter (citado em Medeiros Janine, 2006) esclarecem que na
maioria dos casos os grupos de referência não dizem diretamente aos consumidores
o que fazer, mas são os consumidores que se deixam influenciar pela opinião do grupo
ou por se preocuparem com os sentimentos dos membros do grupo.
Conceitos dos grupos de referência:

47
Família: de acordo com Kotler (1998) “os membros da família constituem os
grupos primários de referência com maior influência”. Podem-se distinguir entre duas
famílias na vida dos compradores: a de orientação, que é formada pelos pais; e a de
procriação, por esposa e filhos.
Portanto para o profissional de vendas, torna-se fundamental descobrir os
papéis de cada membro na compra de determinado bem/serviço, o que pode ser a
chave para as empresas que querem permanecer competitivas no mercado.
Papéis e Posições Sociais: nos diferentes grupos sociais, nos quais as pessoas
participam ao longo de suas vidas, elas acabam assumindo papéis diferentes e
posições sociais. Neste sentido, é fato que as pessoas, como diz Kotler (1998),
escolhem produtos que indiquem seu papel e status na sociedade.
Churchill e Petter (citado em MEDEIROS, Janine, 2006) afirmam que as
pessoas de diferentes classes sociais tendem a fazer escolhas diferentes em relação
as suas roupas, decoração doméstica, uso do tempo de lazer, escolha dos meios de
comunicação e padrão de gastos e poupança.

Fonte: www.blog.penseavanti.com.br

Fatores Pessoais: Dizem respeito às características particulares das pessoas,


ou seja, momentos e vivências pelas quais um indivíduo está passando, os quais
acabam de interferir nos seus hábitos e nas suas decisões de consumo. Kotler (1998)
apresenta cinco elementos que constituem os fatores pessoais: idade e estágio do
ciclo de vida, ocupação, condições econômicas, estilo de vida e personalidade.

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a) Idade e Estágio do Ciclo: Salienta Kotler (1998), “que as necessidades das
pessoas modificam-se ao longo de suas vidas”. Nesse sentido, Churchill e Peter
(citado em MEDEIROS, Janine, 2006) comentam a existência de vida do ciclo de vida
familiar, isto e, “conjunto de estágios pelos quais as famílias passam e que influenciam
a capacidade de satisfazê-las"
b) Ocupação: diz respeito a profissão que o consumidor exerce. Por exemplo,
um presidente de uma grande empresa comparará ternos caros, passagens aéreas,
títulos de clube, um grande veleiro.
c) Condições Econômicas: renda disponível, poupança e patrimônio, condições
de crédito, atitudes em relação às despesas versus poupança. Eis de forma resumida,
os elementos que determinam as condições econômicas, as quais, tendo-se por base
afetam diretamente a escolha de produtos, Kotler (1998).
d) Estilo de Vida: é o padrão de vida expressa em termos de atividades,
interesses e opiniões. Segundo Kotler (1998), é possível que as empresas se
posicionem no mercado através de associações entre seus produtos e o estilo de vida
dos consumidores reais e potenciais dos mesmos.
e) Personalidade: cada ser humano possui uma personalidade distinta, que
influenciará seu comportamento de compra. Richers (citado em MEDEIROS, Janine,
2006) afirma que a “personalidade de um individua é composta de uma multiplicidade
de componentes que incluem valores, atitudes, crenças, motivos, intenções,
preferências, opiniões, preconceitos, interesses e normas culturais”. De acordo com
Kotler (1998), a personalidade é uma variável importante para a análise do
comportamento do consumidor. Contudo, é necessário classificar tipos de
personalidades e estabelecer correlações fortes entre certos tipos de personalidade e
escolha de produtos ou marca.
Fatores Psicológicos: Para que um consumidor tome a decisão de compra é
preciso que na sua mente se desenvolvam os seguintes estados: existência de uma
necessidade, consciência desta necessidade, conhecimento do objeto que a pode
satisfazer, desejo de satisfazê-la e decisão por determinado produto. Nesse sentido,
conforme Kotler (1998) existem quatro importantes fatores psicológicos que
influenciam as escolhas dos consumidores: motivação, percepção, aprendizagem,
crenças e atitudes.

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a) Motivação: de acordo com Kotler (1998) um motivo ou impulso é uma
necessidade que está que está pressionada suficientemente para levar uma pessoa
agir. Para Schiffman e Kanuc (citado em MEDEIROS, Janine, 2006), a motivação é a
força motriz interna dos indivíduos que os impele a ação, a qual é produzida por um
estado de tensão, que existe uma vez que há uma necessidade não satisfeita.
b) Percepção: Kotler (1998) diz que quando uma pessoa se encontra motivada,
está pronta para agir. Neste sentido, “percepção é a forma pela qual uma pessoa
seleciona, organiza e interpreta as informações para criar um quadro significativo do
mundo”. Schiffman e Kanuk (citado em MEDEIROS, Janine, 2006) definem percepção
como o “processo pelo qual um indivíduo seleciona, organiza e interpreta estímulos
visando a um quadro coerente do mundo.”
c) Aprendizagem: Segundo Kotler (1998) “aprendizagem são todas as
mudanças ocasionadas no comportamento de um indivíduo em função de suas
experiências”. Esta teoria ensina que pode desenvolver a demanda por um produto
associando-o impulsos usando sugestões motivadoras e fornecendo reforço positivo.
Richers (citado em MEDEIROS, Janine, 2006) “salienta que o homem é capaz de
aprender e alterar seus comportamentos através da ampla utilização de sua
experiência passada”. O autor ainda apresenta duas explicações psicológicas para a
natureza do aprendizado: a cognitiva (por meio da qual o indivíduo se conscientiza de
um estimulo) e a afetiva (que ocorre quando alguém começa a apreciar o estimulo
após tornar-se consciente dele.)
d) Crenças e atitudes: O homem, enquanto indivíduo, é dotado de razão e
personalidade única. Nesse sentido, segundo Kotler (1998) “crença é um pensamento
descritivo que uma pessoa sustenta sobre algo”. Quanto às atitudes, afirma que estas
colocam as pessoas numa estrutura mental de gostar ou desgostar de um objeto.

50
12 O PROCESSO DE COMPRA

Fonte: www.ispshop.com.br

Entender o processo de compra é essencial para entender tudo que compõe o


comportamento do consumidor. A partir do momento que o profissional de vendas
entende o cliente, sabendo como ele reage, fica mais fácil convencê-lo e assim vender
seu produto.
Portanto, o processo de compras se dá em cinco etapas:

1. Reconhecimento da necessidade: O consumidor só decide comprar um


produto ou serviço depois de perceber que ele tem necessidade de tal produto. Muitas
vezes é apenas necessidade de “status”, mas não deixa de ser necessidade. Então,
quando o profissional de vendas for divulgar um produto ou serviço, deve-se mostrar
ao consumidor o quanto o produto será útil para ele. Se a comunicação for boa, o
consumidor perceberá que tem necessidade pelo mesmo.
2. Busca de informações: Depois de perceber a necessidade, o consumidor
começa a buscar informações. É neste momento que ele fica sensível às propagandas
do produto/serviço.
3. Avaliação de alternativas: Depois de obtidas as informações, o
consumidor começa avaliar as opções que possuem o melhor custo benefício.

51
4. Decisão de compra: Avaliadas as alternativas e escolhida à melhor opção,
o consumidor faz a compra.
5. Avaliação pós-compra: Após a compra, o consumidor utiliza o produto e
faz avaliações de forma natural sobre o mesmo. Se satisfeito com a compra, o
consumidor provavelmente ajudará na divulgação do produto com o “Marketing boca-
a-boca”, se não, aquele produto jamais será consumido novamente por esse
consumidor, além de não indicar bem tal produto.

13 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E A POSTURA DO PROFISSIONAL


DE VENDAS

No mundo competitivo de hoje, mesmo em mercados limitados, onde o cliente


tem muitas opções de compra, o relacionamento cliente – fornecedor tende a se
constituir em importante variável do processo de decisão de compra. Investir no
relacionamento com os clientes é estratégia de todas as empresas, tendo em vista
que em mercados com produtos cada vez mais comoditizados, a qualidade do
atendimento ou do relacionamento tende a ser o diferencial de maior poder de
influência sobre a decisão de compra, portanto, sobre a tendência de fidelizar o cliente.
Nesse contexto os relacionamentos que as equipes de vendedores mantêm
com seus clientes têm importância supervalorizada. Ampliando essa corrente de
pensamento, O`Connor e Prior (citado em CUNHA, Karina, 2005) acreditam que no
mundo atual, vender é uma nova ciência apoiada em novos conhecimentos, os quais
podem ser resumidos na habilidade em criar e manter bons relacionamentos.
E para que o profissional de vendas consiga ter sucesso no momento de uma
venda, é necessário que ele conheça profundamente o comportamento do
consumidor, sendo que esse entendimento é algo que todas as organizações desejam
e devem alcançar, pois assim, o aumento nas vendas, bem como o nível de satisfação
do cliente, terá uma alavancagem mais que considerável.
Contudo, para se conseguir “cuidar” do cliente, é necessário que o profissional
de vendas possua algumas características, como:
 Credibilidade: credibilidade ou sua reputação é o que realmente o
profissional de venda deve ter no mundo dos negócios. Os clientes só

52
acreditarão no produto/serviço se o profissional mostrar ao consumidor que
ele pode crer, acreditar, que o produto lhe será útil, sendo de boa qualidade;
 Acessibilidade: acesso rápido e fácil ao sistema de serviços. O profissional
de vendas deve estar disponível para o cliente com facilidade;
 Confiabilidade: o profissional de vendas só deve prometer aquilo que possui
capacidade de cumprir, no tempo prometido e da maneira prometida,
passando confiança ao consumidor. Estudos de tendência de mercado
revelam que compradores têm valorizado, cada vez mais, em suas escolhas,
vendedores e parceiros que inspiram confiança.
 Excelência: os clientes acreditam que eles próprios sejam importantes e
excelentes, e querem trabalhar com excelentes empresas segundo Richard
(citado em CUNHA, Karina, 2005), ou seja, profissional deve ser eficiente e
eficaz, gerando assim, um atendimento excelente, conquistando plenamente
o cliente.
O vendedor deve saber identificar as motivações do cliente, uma vez que,
invariavelmente, denunciam a cadeia de valor associada ao produto ou serviço. Uma
venda bem sucedida ocorre quando seu produto corresponde às necessidades,
valores, e sentimentos do cliente. Experimentos comprovam que os vendedores
considerados hábeis profissionais são aqueles capazes de identificar e traduzir com
precisão as necessidades de seus clientes, associando-as, às características e
vantagens dos produtos e antecipando os benefícios que poderão usufruir.
O profissional de vendas deve usar de recursos pessoais, como: empatia,
paciência, audição atenciosa, persuasão e determinação, o supervendedor trabalha
como assistente de seus clientes, ajudando-os a encontrar soluções para problemas
e atender necessidades.
Peppers e Rogers (citado em CUNHA, Karina, 2005) defendem o alto grau de
determinação da qualidade do relacionamento para o sucesso dos negócios das
empresas, visto que são os relacionamentos que asseguram à organização a
continuidade das transações por longos períodos. O processo da venda passa a ter,
também, na qualidade da relação, um fator importante de sucesso.
Portanto, a melhor maneira de satisfazer e manter seus clientes é conhecer o
máximo possível sobre os mesmos. Daí vem a importância de se avaliar gostos,

53
hábitos, além dos históricos de compra dos clientes, estando a organização, sempre
atenta às necessidades e desejos da clientela, a fim de manter a lealdade da mesma.

14 BIBLIOGRAFIA

ARAUJO, Carneiro Araujo de; Silva Roberto Pereira - Reflexões sobre o Pensamento
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