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FÍGADO

Fígado - É uma víscera maciça, vinhosa e que apresenta uma superfície


externa lisa e seu parênquima é bastante friável

•A cor avermelhada ou vinhosa se deve a riqueza dos vasos sanguíneos aí


presentes e esses vasos com certeza na sua maioria são os capilares
sinusóides, e a fragilidade de seu parênquima o porquê dele ser tão friável é
porque sua sustentação é muito delicada, capsula é muito delicada e seu
parênquima ou seja sustentação é predominantemente feita de fibras
reticulares, único lugar onde temos maior quantidade de tec conjuntivo no
fígado é na sua raíz

Raíz do fígado - É onde há uma maior quantidade de um tecido conjuntivo


rico em fibras colágenas, dai essa coloração esbranquiçada

Vesícula biliar - Acoplada ao fígado e nessa região tem seu revestimento


externo em continuidade com a cápsula hepática

Introdução - Fígado Maior glândula e maior órgão interno que nós possuímos
e maior órgão interno que nós possuímos também

Funções - Produção de uma secreção exocrina (Bili) e para entender todas


as funções e produção da bili, preciso conhecer a estrutura histologica

Suprimento sanguíneo - Durante o processo digestório, o alimento vai


circular no interior do tubo digestório e nós sabemos que no processo de
absorção do processo digestivo tudo que for coletado
● Vai para a lâmina própria da parede intestinal onde nós temos
capilares e vênulas e essas vênulas presentes na parede da mucosa
intestinal, elas se reunem e vão formar vasos cada vez maiores
formando assim um plexo adjacente a parede do intestino que nós
chamamos de plexo mesentérico

Plexo mesentérico - Ele se reúne formando uma unica estrutura vascular,


calibrosa que nós chamamos de Veia porta

Veia porta - Essa veia porta se dirige á raíz do fígado levando um sangue
venoso com todo aquele conteúdo absorvido do processo digestivo

Sangue arterial - Juntamente com a veia porta vamos ter chegando nessa
região da raíz do fígado, o sangue arterial

Irrigação sanguínea do fígado - Temos a veia que ao chegar na raíz do fígado,


ela se ramifica formando uma árvore de pequenos vasos venosos,
juntamente com essas ramificações na veia porta, vamos ter o sangue
arterial chegando pela artéria hepática que também vai se ramificar
● Em sentido oposto á circulação do sangue arterial e venoso que estão
sendo distribuidos por todo fígado, vamos ter a Bili que foi produzida
pelas células hepáticas e que deverá ser conduzida até a visícula biliar

Árvore Biliar - Temos no fígado uma série de tubos que iniciam como tubos
microscópicos e que depois ficam macroscopicos e isso vai formar uma
verdadeira árvore biliar que se distribui em conjunto com os vasos
sanguíneos
● ramos da veia porta e ramos da artéria hepática, então esses tubos
biliares vão formar uma série de sistema de canais Intra-Hepáticos

Canais Intra-Hepáticos - Formando no final um único ducto hepático


chamado ducto hepático comum que se reúne com o
● ducto cístico proveniente da visícula biliar que forma o
● ducto colédoco e dessa forma a bili vai chegar até a papila duodenal
onde nós temos um esfincter (camada de músculo liso) que abre
quando há necessidade da bili chegar na luz do Duodeno

Variações anatômicas - Lembrando que nesse mesmo ponto anatomico na


maioria das pessoas existem variações anatomicas mas na maioria das
pessoas surge um outro canal proveniente do pâncreas que é o canal
pancreático

Processo digestivo pd- Durante o processo digestivo, quando estudamos o


duodeno a gente sabe que a secreção pancreática e a Bili vão chegar na luz
do Duodeno quando o alimento proveniente do estômago sofre o
esvaziamento gástrico, é lançado na luz do duodeno e através de estímulos
hormonais a vesícula biliar contrai e a secreção pancreática também vai ser
transportada e chegarão juntas na luz do Duodeno

ESTRUTURA DO FÍGADO

Cápsula hepática - O fígado tem um revestimento muito delicado que nós


chamamos de cápsula e está estruturalmente constituída por tecido
conjuntivo bem delicada, é uma camada delgada de tecido conjuntivo
Parênquima hepático - localizado, logo abaixo da cápsula hepática, e é o
órgão propriamente dito e esse parênquima hepático é constituído por
unidades, essas unidades nós chamamos de lóbulos hepáticos

Lóbulos hepático - Denominamos esse lóbulo hepático de unidade


morfológica, essas unidades tem uma configuração geométrica parecida
com o hexágono, onde vamos ter várias faces e vamos ter no centro uma
estrutura vascular e cada um desses lobos(são milhares) eles tem em sua
constituição várias células e nós chamamos essas células de hepatócitos

Hepatócito - É a célula hepática e os hepatocitos se dispõem lado a lado


formando fileiras ou placas, e essas placas ou fileiras de hepatócitos se
irradiam a partir do centro do lóbulo como se fosse um "aro de bicicleta"
essas placas se ramificam, se anastomosam, mas no conjunto vemos
panoramicamente, essa distribuição radiada a partir do centro do
hepatócitos
● Os hepatócitos são células epiteliais modificadas, são células que tem
um citoplasma amplo, núcleo central, arredondado, às vezes aparece 2
núcleos

Estruturas tubulares - Na quina, na estrutura nós temos estruturas


tubulares representadas na qual cada uma representa 2 estruturas
vasculares que são
- Ramo da artéria hepática
- Ramo da veia porta
- Ductos biliares
Bili - A bili é produzida pelos hepatócitos e ela vai ser lançada nessas quinas
onde estão os ductos biliares

Sangue - Em contrapartida, o sangue vindo lá da raíz do fígado pela veia


porta e pela artéria hepática que se ramificam dando origem a ramos
microscópicos que são arteríolas e vênulas, esse sangue chega exatamente
nessa posição ou seja na quina dos lóbulos hepáticos, o sangue arterial e o
sangue venoso são lançados entre os espaços existentes, entre as placas
de hepatócitos e eles se misturas

Trajeto do sangue - Esse trajeto do sangue tem um revestimento, tem toda


uma característica estrutural e isso caracteriza os vasos sanguíneos
capilares sinusóides

Veia centro lobular - No parênquima hepático em uma unidade hepática


(lóbulo hepático), elas apresentam no centro um Tubulo e em um corte
transversal esse tubulo é uma estrutura venosa, chamada veia centrolobular,
● a partir desse centro temos esse aspecto que lembra os "aros de
bicicleta" que são as placas dos hepatócitos,
● entre as placas dos hepatócitos nós temos a luz dos capilares
sinusóides, e na quinas dessas estruturas hexagonais temos aquela
tríade de túbulos

Espaço porta - É a região que fica mais ampla, na quina entre lóbulos
vizinhos é chamado de espaço porta, porque é uma área onde temos um
pouco mais de tecido conjuntivo e é onde nós encontramos a tríade portal
com
- Arteríola
- Vênula
- Ducto biliar

Estroma do fígado humano - Estroma é o tecido de sustentação daquele


dado órgão (tecido conjuntivo) e no fígado humano o estroma de tecido
conjuntivo é muito delicado e ele fica um pouco mais exuberante na região
que chamamos de espaço porta e oque mantem esse formado em "aro de
bicicleta" é a presença de fibras reticulares

Fibras reticulares - É um tipo de fibra colágena muito delicada que não é


corada por HE e sustenta as trabéculas de hepatócitos, sustenta a parede
dos capilares sinusóides e permite que isso tudo fique apoiado formando
configuração irradiada a partir do centro e esse aspecto lobular, visto que o
tecido conjuntivo vai ser um pouco mais evidente nessas regiões

Hepatócitos (histologia) - Os hepatócitos são células epiteliais modificadas,


são células que tem um citoplasma amplo, núcleo central, arredondado, às
vezes aparece 2 núcleos

Sangue arterial e venoso - O sangue arterial e venoso vão estar circulando na


luz dos capilares sinusoides e serão lançados na luz desse vaso delicado e
central que chamamos de veia centro lobular que na verdade a estrutura é de
uma vênulas porque nós temos apenas um revestimento delicado de Epitélio
pavimentoso simples compreendendo o endotélio que é o'que conseguimos
até com uma certa dificuldade
● Esse vaso ou seja a veia centro lobular está presente no centro de
todos os lóbulos hepáticos que depois vão se reunir formando um
sistema venoso que vai devolver o sangue que circulou no fígado para a
circulação sistêmica

Espaço porta(detalhado) - O espaço não é um espaço vazio e sim uma área


onde temos uma sustentação de tecido conjuntivo propriamente dito onde
encontramos a tríade portal

Tríade portal - É um vaso, na qual são 2 vasos sanguíneos e uma estrutura


pertencente à drenagem da Bili, falando do ramo da veia porta nós temos
● Vênulas - Tem como característica histológica, um revestimento quase
que exclusivamente só por endotélio, com célula achatada, que
basicamente é o único componente desse vaso, com seu endotélio
com sua membrana basal, uma parede muito fina e delicada

● Arteríola - Também temos um vaso sanguíneo, também com seu


endotélio que é essa célula achatada ou seja Epitélio pavimentoso
simples que logo se apoia em delicadas camadas de tecido muscular
liso, que no caso a arteríola é ramo da artéria hepática que entrou lá no
fígado distribuindo sangue

● Ducto biliar - Também faz parte tríade portal, se caracteriza por ter
uma luz revestida por um tecido epitelial cúbico simples, esse epitélio
também tem sua membrana basal e ele recebe a bili produzida por
essas células dentro do interior do lóbulo, a bili é transportada, chega
até o espaço porta, nesse ducto temos ainda um Ducto
intermédio(Ducto de hering) e tem um revestimento com células mais
delicadas, mais baixas do que as células do ducto biliar, esses ductos
vão se reunir formando um sistema de ductos cada vez maior que vai
formar o hepático comum que vai levar a Bili até a vesícula biliar, O
ducto biliar pode aparecer em outras sessões dentro do mesmo
espaço porta

● Capilar linfático ou ducto biliar linfático - É um vaso delicado com uma


célula endotelial, toda vez que eu tenho tecido conjuntivo, obviamente
eu tenho um líquido intersticial, um líquido tecidual, proveniente da
corrente sanguínea que nós chamamos de linfa que é coletado em
parte por um sistema linfático então está aí a presença de vasos
linfáticos nesse tecido conjuntivo

*O sangue venoso chega pelo ramo da veia porta e o sangue arterial chega
pelo ramo da artéria hepática e daqui para frente o sangue vai ser lançado
dentro do lóbulo

Capilares sinusóides - São vasos sanguíneos, microscópicos que tem um


trajeto sinuoso, uma parede muito delicada e descontínua, constituída
praticamente de células endoteliais e sua associação com essa parede
descontínua nós temos Células de Kupffer

Células de Kupffer - São células fagociticas que são macrofagos que nós
chamamos de células de Kupffer no caso específico do fígado, as células de
Kupffer são macrofagos que ai presentes ficam no caso de não ter
necessidade de fagocitose, só vamos ver os macrofagos com evidência se
tivemos analisando um fígado que esteja com alguma alteração, ou fígado
que tem necessidade de ter algum tipo de fagocititose, ai sim esse
macrofagos fica atividado a aí sim conseguimos identificar
● As células de Kupffer aparecem adjacente à parede do endotélio dos
capilares sinusóides e elas aparecem esporadicamente

Síntese protéica das células de Kupffer - Além de realizar a fogocitose


quando necessário, também podem sintetizar proteínas, uma parte das
proteínas produzidas pelo fígado são produzidas pela célula de Kupffer
● No processo de hemocaterese (retirada das hemácias desgastadas da
corrente sanguínea)pode ocorrer no caso de pacientes
esplenectomizados ( retirada cirúrgica do baço) isso pode ocorrer por
necessidade, paciente sofreu acidente, o baço rompeu e teve que
retirar por conta da hemorragia ou outro caso e quando isso ocorre, a
hemocaterese, tem que ser executada por alguém e aí entra em ação
as células de Kupffer que pode exercer essa função do baço

Bili concentrada dentro do fígado (caso clínico) - Isso pode ocorrer em


diversas situações, por um ex um cálculo da vesícula biliar, ele migrar pelo
ducto cístico, pelo colédoco e obstruir a passagem da bili e com isso a Bili
fica represada no fígado, isso pode ocorrer quando o paciente tem uma
hepatite, ou seja tem muitas causas da bili ficar retida e a bili

PRODUÇÃO DA BILI E SECREÇÃO ATÉ O ESPAÇO PORTA


Hepatócito (histologia) - É uma célula que tem várias faces, tem citoplasma
amplo, núcleo redondo centralizado, multiplas organelas em seu interior e a
célula tem um revestimento que é a membrana citoplasmáticas da celula e
ela tem em algumas faces da célula, ondulações e quando temos isso,
chamamos isso de microvilosidades, presente em algumas áreas no
revestimento dos hepatócito

Microvilosidades - Essas microvilosidades podem estar numa face do


hepatócito voltado para a corrente sanguínea

Espaço de Disse - É um espaço virtual que a gente identifica com muita


dificuldade dos cortes histologicos habituais a menos que haja alguma
alteração do fígado e esse espaço é um espaço compreendido entre as
microvilosidades do hepatócito e a parede do capilar sinusóide, então
imagine que esse hepatócitos faz parte de uma placa então eu teria outros
hepatócitos
● e eu tenho de um lado e de outro o capilar sinusóide, ou seja o sangue
tá passando dentro de um capilar e do outro lado também
● E esse caminho que o sangue percorre, tem uma parede que é a parede
do capilar sinusóide onde eu tenho representado a células endoteliais,
● Célula endotelial - É uma célula fusiforme, citoplasma delicadoz
membrana basal é descontinua desse Epitelio, a própria célula
também tem seu citoplasma todo descontinuo para facilitar o
intercâmbio entre correte sanguíneo e o citoplasma desse hepatócito,
para facilitar ainda mais esse intercâmbio a natureza criou esse
espaço de disse que fica(entre parede do capilar sinusóide e
membrana citoplasmática dessas células)
● Espaço de disse ou espaço perisinusoidal de disse - Nele podemos
encontrar algumas fibras delicadas, reticulares, encontramos esses
microvilos, do próprio hepatócito, fluído proveniente da corrente
sanguínea, células chamadas de células de ito

Células de Ito - Que são células armazenadoras de lipídes( Ex: vitamina A)


essas células tem importância muito grande nos processos de regeneração
do fígado mesmo na fisiopatologia de algumas situações patológicas como
por ex a fibrose hepática, instalação da cirrose

Canalículos Biliares - Nós sabemos que dentro da célula é produzida a Bili,


cada hepatócitos vai produzir uma Bili e a Bili tem que ir lá para vesícula
biliar, para chegar lá ela tem que ser coletada por um sistema de ductos e
esse sistema de ducto se inicia a nível ultra estrutural, se inicia entre
hepatócitos adjacentes e esses canais só possíveis serem visualizados por
microscopia eletrônica, uma das várias faces que o hepatócitos apresenta
em alguns momentos, ocorre uma invaginação da parede da célula que casa
com a invaginação do hepatócito adjacente de um lado e de outro formando
esse espaço chamado de canalículo biliar
● Os canalículos biliares se formam entre hepatócitos adjacentes e eles
então formam uma verdadeira rede canalicular que são as primeiras
estruturas coletoras da Bili, recebem a Bili que os hepatócitos
produzem e essa rede de canalículos leva essa Bili em direção ao
espaço porta onde está o ducto biliar
Canal de Hering - O canal intermediário entre a rede canalicular e o ducto
biliar é aquele ducto que tem revestimento, uma parede com epitélio cúbico
baixo que chamamos de canal ou canais de hering

Circulação da Bili(resumo) - A Bili é coletada pelos canalículos biliares,


● em seguida se dirige aos canais de hering que tem Epitélio cúbico
baixo com células pobres em organelas,

● esses ductos lançam a Bili no Ducto biliar que está no espaço porta
que tem revestimento cúbico simples e que externamente ficam em
meio á um tecido conjuntivo do próprio espaço porta,

● esses ductos biliares se reúnem formando os ductos hepáticos ou


Intra-Hepáticos

*Enquanto o sangue chega pela raíz do fígado e é distribuído por um sistema


de vasos venosos e artérias até a gente chegar às milhares de arteríola e
vênulas em vários espaços porta, a bili está fazendo trajeto oposto, está
sendo produzida pelos hepatócito e ela vai se dirigir aos espaços porta,
depois será lançada lá no ducto hepático comum -

Circulação a nível microscópicos no espaço porta - No espaço porta temos


vênulas e arteríola, e o sangue venoso e arterial serão lançados na luz dos
capilares sinusóides tem o trajeto dilatado e sinuoso e por fim esse sangue
chega no centro do lobo, essa circulação é lenta em função da sinuosidade
desses vasos, contamos também com o espaço de disse que retém parte
desse material proveniente da corrente sanguínea, facilitando o intercâmbio
dessas células, essas células vão metabolizar grande parte daquilo que
chega pela corrente sanguínea, 70% desse sangue é venoso, vem por esse
vaso que é venoso mas é aferente, isso é proveniente do plexo mesentérico
trazendo uma série de materiais para ser metabolizado pelo hepatócito,
então ai a necessidade do hepatócito interagir e metabolizar esses
produtos, esse material proveniente da absorção do processo digestivo,
enquanto o sangue tem essa circulação em direção ao centro do lóbulo, está
ai a veia centro lobular, a bili é lançada no sistema de canaliculos e essa
rede canalicular leva a bili em direção ao ducto biliar que está no espaço
porta

Centrífugo - É aquilo que foge do centro, ou seja quem tem circulação


centrífuga é a Bili

Centrípeta - É aquilo que vai para o centro, ou seja quem tem circulação
centrípeta é o sangue

● O sangue vai para um sentido e a bili vai para outro sentido

Funções do fígado - Por isso uma das grandes funções do fígado é


metabolizar, neutralizar, desintoxicar, várias situações podem levar a uma
descompensação da função hepática e comprometimento de toda
homeostasia, o fígado é considerado zelador do meio interno

Circulação sanguínea (resumo) - O sangue chega na raíz do órgão por uma


artéria e por uma veia
● 70% do sangue chega por esse vaso aferente que é a veia porta, 30%
pela artéria hepática, porque tem que ter obviamente sangue
oxigenado, rico em nutrientes para que o hepatócitos possa trabalhar e
exercer toda sua função, é uma célula muito versátil e multifuncional,
precisa de sangue arterial

● Esses dois vasos se distribuem, se ramificam, formam vasos


interlobulares

● A nível microscópicos, as arteríolas e vênulas que ficam no espaço


porta, vão lançar o sangue nos capilares sanguíneos sinusóides

● que estão dentro dos lóbulos hepáticos e a partir dessa circulação o


sangue se dirige ao

● centro do lóbulo, onde temos a veia centro lobular, onde essas veias
vão se reunir formando as veias hepáticas

Hepatócitos (síntese proteica) - O hepatócito é uma célula multifuncional e


para exercer essas multifunções, obviamente essa célula é rica em
organelas, quase todos os tipos de organelas, vamos encontrar dentro dessa
célula e vamos e algumas dessas funções são funções hepáticas
relacionadas a morfologia da célula que são as seguintes:

1.Armazenamento de glicose pelo hepatócito - Uma das funções dos


hepatócito é armazenamento de glicose que é proveniente da absorção
intestinal, ela será captada pelo hepatócito e Também pelas células
musculares e ficará armazenada na forma de glicogênio dentro do reticulo
endoplasmático liso
● E havendo necessidade esse glicogênio devolve a glicose para a
corrente sanguínea
● Então os hepatócitos armazenam glicose na forma de glicogênio

2. Síntese protéica - Outra função do hepatócito é síntese protéica porque


sabemos que estados de hipoproteinemia podem trazer algum tipo de
repercussão na nossa homeostasia, um ex seria o edema, então toda vez
que temos diminuição de proteínas circulantes vamos ter diminuição da
pressão coloidosmótica e isso vai propícia ou facilitar a formação do Edema
Uma outra questão é a Diátese hemorrágica

Diátese hemorrágica - É a predisposição que alguns pacientes têm de ter


hemorragia, um paciente que tem por exemplo uma cirrose, ele tá com uma
insuficiência hepática já avançada, esse paciente as vezes tem manchas na
pele, manchas rosas na pele, esse paciente também sangra a mucosa nasal,
sangra a gengiva, porque ele tem uma facilidade muito grande de fazer
hemorragia porque ele tem diminuição as vezes de fatores de coagulação,

Porque um paciente que tem doença hepática vai ter diminuição de proteínas
e fatores de coagulação? O hepatócito através do seu reticulo
endoplasmático rugoso pode sintetizar proteínas e ele realiza isso quando
ocorre a processo digestivo, ocorre a absorção intestinal e isso chega ao
fígado e quando chega os aminoácidos o hepatócitos captam os
aminoácidos da corrente sanguínea e em seu retículo endoplasmático
rugoso ele vai sintetizar proteínas e devolve essas proteínas para a corrente
sanguínea

Albumina, fibrinogênio, protrombina e lipoproteínas são exemplos de


componentes da cascata da coagulação então quando eu tenho alguma falta
de fibrinogênio e protrombina por ex eu vou ter problemas na coagulação,
então um paciente em um menor trauma pode ter um sangramento e ele não
estanca fisiologicamente aquelas hemorragias e muitas vezes ele perde o
hábito, dependendo da área e do vaso comprometido em determinada
situações, a albumina também é sintetizada e devolvida, então se o
hepatócito está doente, está comprometido por uma doença de base como
cirrose, o paciente vai ter diminuição das suas proteínas e vai fazer então
edema
● Vemos o edema examinando o paciente, ele incha, pode ficar em
anasarca que é o edema generalizado

3. Produção de ácidos biliares e bilirrubina pelo hepatócito- Primeiramente a


Bile tem vários componentes tem água, bilirrubina, ácidos biliares então
vamos ver esses processos

Ácidos biliares - Os ácidos biliares vem do sangue, dos capilares sinusóides,


o sangue chega trazendo ácidos biliares lá do intestino, então 90% dos
ácidos biliares presentes na Bile vem porque quando esse sangue chega no
fígado, ele capta esses ácidos e devolve para a bile pelos canalículos biliares
e esses ácidos se misturam com os outros componentes da Bile, e vai lá no
intestino novamente, visto que, a bile é lançada no duodeno e de novo chega
no intestino e ele é captado, então os ácidos biliares 90% fica recirculando e
parte desses ácidos biliares são sintetizados no próprio fígado, pelo retículo
endoplasmático liso, então existem enzimas que vão conjugar o ácido cólico
com glicina e a taurina formando novos ácidos biliares

Bilirrubina - A bilirrubina também está na corrente sanguínea, porque toda


hemácia tem vida média de 120 dias e essas hemácias velhas são retiradas
da circulação por um processo de fagocitose, executada pelos macrofagos e
isso é feito no baço, dessa forma ocorre a digestão dessas hemácias e
depois a digestão da hemoglobina para formação da bilirrubina e essa
bilirrubina fica na corrente sanguínea mas existem níveis aceitáveis de
Bilirrubina na corrente sanguínea, se tiver Bilirrubina em excesso, o paciente
vai ter a pele amarela, o olho amarelo vai ter uma situação de icterícia que
as pessoas da zona rural denominam de Tiriça
● Para saber se o paciente teve hepatite ou doença hepática se
pergunta o paciente se já teve algum caso de "tiriça" na família

Icterícia - São níveis aumentados desse pigmento que é a Bilirrubina na


corrente sanguínea e a causa da icterícia tem diversas causas como uma
pedrinha que obstrui as vias biliares, pode ser uma doença que alterou o
funcionamento do hepatócito dentre outras causas

Processo(resumo) - A Bilirrubina está na corrente sanguínea, é captada pelo


hepatócito, passa pelo espaço de disse, é conjugada e em seguida
transferida e todas essas etapas são importantes porque não basta saber
se o hepatócito está com alguma alteração ou não, é preciso conhecer os
problemas que podem surgir de acordo com uma dessas etapas e isso tem
uma série de doenças relacionadas
Cirrose macronodular - Cirrose significa que q viscera ficou endurecida e
macronodular significa que são várias estruturas elevadas de forma
arredondada que chamamos de nódulos,

Cirrose microscópica - Num corte histológico é possível ver que oque restou
no fígado está em algumas áreas arredondadas onde estão trabéculas de
hepatócitos permeadas por trajetos de capilares sinusóides mas aquela
arquitetura e silhueta hexagonal que o parênquima hepático tem não é
possível observar porque houve um dano na célula e a célula regenerou
porém formando uma estrutura não funcionante
● O hepatócito é uma célula de grande capacidade regenerativa,

● Só não será possível ter o fígado voltando a sua capacidade


regenerativa plena se o processo for crônico é oque acontece com as
hepatites crônicas como hepatite C e hepatite B e elas são mais
graves porque não é uma hepatite aguda que aconteceu e foi efêmera
a sua duração e foi autolimitada, se tem um processo que a virulência
do vírus faz com que vários processos continuem e a doença crônica
fica, o hepatócito fica regenerando mas não volta a sua arquitetura
normal, ele regenera de forma não funcionante e não regular e chega
num ponto onde ele não regenera e essas áreas são substituídas por
tecido conjuntivo fibroso e essa fibrose vai se conectar a outras áreas
de fibrose formando traves que aprisionam esses nódulos
regenerativos e aí vamos ter aquela cirrose macronodular

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