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Canabidiol vs.

Oxicodona: uma análise comparativa no


tratamento de dores crônicas

1
Isabella dos Santos Sampaio
2
Leila Mota Nascimento da Silva
Thassila Nogueira Pitanga 3

Resumo: A dor é a condição caracterizada pelas sensações desagradáveis estimuladas por


diferentes tipos de lesões, podendo ser classificada como fisiológicas ou crônicas. Na dor
crônica, as sensações dolorosas que persistem por um longo período de tempo, são
ocasionadas pela inflamação ou por lesões nas fibras nervosas, é uma patologia que traz
prejuízos não só para o paciente, mas também para o sistema de saúde. Os opióides são
prescritos para o tratamento da dor crônica, no entanto seu apanhado de consequências
negativas levaram os pesquisadores a busca por alternativas de tratamentos, uma delas é o
canabidiol (CBD). Dessa forma este trabalho possui como objetivo analisar as características
farmacológicas dos opióides (em especial, a Oxicodona) e o canabidiol, na intenção de sugerir
o CBD como forma de tratamento para a dor crônica, além de esclarecer informações acerca
de seu princípio ativo. Este é um trabalho de revisão narrativa, em que os 19 artigos utilizados
foram recolhidos das bases de dados PubMed e SciELO. A Oxicodona é um opioide de ação
analgésica utilizado no tratamento da dor; o canabidiol, um fitocanabinóide atuante em
múltiplos receptores, também possui propriedades analgésicas. Ambos fármacos são
associados a dependência, porém, em relação à Oxicodona, o CBD apresenta baixo potencial
de abuso, o que pode minimizar os riscos do vício durante o tratamento, tornando viável o uso
do canabidiol no tratamento da dor crônica.

Palavras-chave: Canabidiol; fisiopatologia da dor; dor crônica; Cannabis sativa medicinal;


Oxicodona; CBD;

1
Graduanda em Biomedicina da Universidade Católica do Salvador. E-mail: isabella.sampaio@ucsal.edu.br
2
Graduanda em Biomedicina da Universidade Católica do Salvador. E-mail: leilamota.silva@ucsal.edu.br
3
Docente e Pesquisadora do curso de Biomedicina da Universidade Católica do Salvador. E-mail: thassila.pitanga@pro.ucsal.br

Universidade Católica do Salvador | Anais da 23ª Semana de Mobilização Científica- SEMOC | 2020
1 INTRODUÇÃO

A dor é uma condição de difícil compreensão e multifatorial, sendo definida pela


International Association for the Study of Pain (IASP) como uma “experiência sensorial
e emocional desagradável, associada a uma lesão real ou descrita em tais termos”
(Kopf & Patel, 2010). Um estudo nos Estados Unidos da América mostrou que essa
condição afeta mais de 100 milhões de seus habitantes e que tem um custo anual de
mais de US$600 bilhões (Dzau e Pizzo, 2014). Quando aguda, possui uma estima
biológica de preservação da intangibilidade do indivíduo, pois é um sinal de alerta para
lesões no corpo. No entanto, a dor crônica não possui essa característica de
preservação do indivíduo, podendo causar incapacidade temporária ou permanente,
morbidade e elevados custos ao paciente e/ou ao sistema de saúde (Melo Cardoso,
2012).

Recursos farmacológicos, como opióides prescritos, vêm com uma


abundância de consequências negativas para a integridade física e mental do ser
humano que, consequentemente, causam a overdose (Chen, Hedegaard & Warner,
2014). Numa tentativa de sanar esse caos na saúde pública, pesquisadores vêm
encontrando alternativas medicamentosas para o tratamento da dor crônica. Uma
dessas alternativas é o canabidiol (CBD), um fitocanabinóide presente na cannabis,
também conhecida como maconha.

A maconha é uma planta trazida para o Brasil pelos escravos e o seu uso
disseminou-se rapidamente entre eles e nossos índios, que passaram a cultivá-la
(Carlini, 2006). Pelo mundo afora, ela tem sido usada medicinalmente para tratar
várias doenças, incluindo condições de dor (Hudson & Puvanenthirarajah, 2018) e
esses efeitos analgésicos foram experimentalmente demonstrados em animais e
humanos (Skaper & Di Marzo, 2012). A primeira referência descrita do uso da
maconha para fins medicinais foi no ano 2.727 a.C. pelo imperador chinês, Shen Neng
(Zuardi, 2006), que se beneficiava da maconha no tratamento de dores articulares.
Milênios após, vários estudos científicos têm comprovado a capacidade do CBD de
inibir os estímulos nocivos em diferentes estados de dor (Agarwal et. al.,2007).

Considerando a existência de pacientes dependentes de opióides e os riscos


de overdose, este trabalho considerou as vias de ação, aplicabilidade e efeitos

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colaterais descritos na literatura médica, a fim de sugerir a eficácia do CBD no
tratamento de dores crônicas, bem como desmistificar paradigmas existentes devido
ao perfil ilícito do princípio ativo canábico no Brasil.

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2 METODOLOGIA

Este artigo trata-se de uma revisão narrativa, o qual a coleta de dados foi feita
a partir da busca das palavras chaves associadas à Cannabis medicinal e a Oxicodona
em tratamento de dores crônicas. Os bancos de dados utilizados foram o PubMed,
Google Acadêmico/Google Scholar e o SciELO.

Os termos utilizados para essa pesquisa foram: canabidiol, uso terapêutico da


cannabis, dor crônica, tratamento fitoterápico; e seus correlatos em inglês:
cannabidiol, therapeutic use of cannabis sativa, chronic pain, phytotherapic treatment.

Para análise e discussão do presente artigo, utilizou-se da revisão bibliográfica


da literatura já existente, entre um período de 17 anos (2004 a 2018), encontrados em
artigos, revistas e livros e, sob o critério de exclusão, a ausência de resumo e
objetividade com o tema escolhido, restando 19 artigos.

Para obtenção dos dados, foi utilizado, primeiramente, uma leitura rápida dos
resumos dos artigos encontrados, para verificar abordavam temáticas interessantes à
pesquisa. Desse modo, foi possível responder as perguntas motivadoras do estudo,
que são:

1. Quais são os prós e contras de cada substância estudada neste artigo?

2. É viável o tratamento com canabidiol em pacientes com dor crônica?

Por fim, a análise de dados obtidos pode ser vista nos tópicos subsequentes.

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3 FISIOPATOLOGIA DA DOR CRÔNICA

Segundo Cunha (2015), “A dor crônica envolve alterações moleculares e


estruturais irreversíveis" - em que os diferentes sintomas apresentados, como a
irritabilidade e a perda de concentração, persistem no organismo por um longo período
de tempo (Kreling; Cruz; Pimenta, 2006), podendo ser classificado em inflamatória ou
neuropática (Melo Cardoso, 2012).

A dor inflamatória crônica está relacionada com a ativação e a sensibilização


de receptores específicos chamados de nociceptores. Os fatores inflamatórios
liberados pelo estímulo da lesão tecidual atuam nestes receptores que, ao serem
sensibilizados, convertem os estímulos químicos, térmicos e mecânicos da lesão em
estímulos elétricos para serem conduzidos pelo SNC até o córtex cerebral onde serão
identificados como dor (Rocha et. al., 2007). A cronicidade ocorre com a constância
da dor, (Hylands-White; Duarte; Raphael, 2016), como dito anteriormente.

Referente à dor neuropática, o sistema nervoso somatossensorial sofre danos


provocados por diferentes doenças ou lesões, de estímulo persistente. Dependendo
das manifestações clínicas, pode ser dividida entre periférica - quando a distribuição
da dor é identificada nos nervos periféricos; ou central - quando os nervos do sistema
nervoso central são atingidos. Porém, isso não significa que a localização da dor
realmente seja em um nervo ou ponto específico, mas, sim, em fibras nervosas
relacionadas com ao Sistema Nervoso Periférico ou ao Sistema Nervoso Central
(Treede et. al., 2007).

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4 FARMACODINÂMICA DA OXICODONA

Os opióides são analgésicos utilizados no tratamento da dor. Sua eficácia, no


entanto, está mais relacionada ao tratamento da dor aguda, enquanto que, na dor
crônica, o uso intenso de altas doses do opióides na intenção de cessar o seu
progresso, promove, não só a dependência a droga, como também, efeitos colaterais
prejudiciais à saúde (Davis e Mehta, 2016). Um exemplo dessa classe de analgésico
é a Oxicodona (Davis et. al., 2003).

Proveniente do alcaloide tebaína, a Oxicodona é um agonista seletivo para


receptores opióides acoplados à proteína G e sua ação analgésica é voltada para o
sistema nervoso central e periférico. É metabolizada no fígado em noroxicodona e
oximorfona, respectivamente. Pode ser administrada pelas vias oral, retal,
intramuscular, intravenosa, nasal, sublingual e intraespinhal. O tempo de meia vida da
administração oral não está associado à dose da Oxicodona e a sua biodisponibilidade
varia entre 60 e 87%. A via retal apresenta biodisponibilidade, tempo de meia vida,
distribuição e depuração semelhantes à via oral. Já a administração da Oxicodona
intramuscular apresenta efeito parecido com a morfina, por reduzir a produção de
Oxicodona no final da metabolização; na via intravenosa onde o tempo de meia vida
é semelhante ao da via oral, os efeitos são mais acentuados, já que a
biodisponibilidade é superior à todas supracitadas, com a capacidade de 100% de
biodisponibilidade (Davis et. al., 2003).

Em seu mecanismo de ação, a adenilatociclase é inibida e há a liberação de


neurotransmissores nociceptivos, fazendo com que a membrana neural se torne
hiperpolarizada e menos excitada pelos estímulos desses neurotransmissores
(Kinnunen et. al., 2019). "Os efeitos colaterais mais comuns são sonolência, tontura,
náuseas, vômitos, prurido, prisão de ventre e suor acompanhado de ondas de calor”
(Davis et al., 2003).

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5 CANABIDIOL NA FARMACOTERAPIA

“O canabidiol (CBD) é um fitocanabinóide constituinte da Cannabis sativa que não


possui os efeitos psicoativos do Tetrahidrocanabinol (THC)” (Blessing et. al., 2015). O
Canabidiol apresenta característica hidrofóbica e baixa solubilidade em fluidos do trato
gastrointestinal, o que acaba refletindo numa baixa absorção pela via oral. No entanto,
sua biodisponibilidade pode vir a aumentar, ao ser associada a alimentação rica em
lipídios.

O CBD é dissolvido e absorvido enquanto os lipídios sofrem ação dos ácidos


biliares. Pela via sublingual, pode alcançar a circulação sistêmica, mas com a
biodisponibilidade reduzida proporcionada pelas glândulas salivares situadas na
região sublingual. No metabolismo de primeira passagem, as principais enzimas
participantes são CYP2C19 e CYP3A4 do citocromo P450, em que a enzima
CYP2C19 produz metabólitos farmacologicamente ativos para que posteriormente
sejam modificados e inativados pela enzima CYP3A4.

Em sua depuração, 33% do canabidiol é excretado pelas fezes de forma íntegra,


enquanto que 16% dos metabólitos e do CBD inalterado é excretado pela urina
(Schaiquevich, 2020).

Os receptores endocanabinoides CB1 e CB2 são acoplados à proteína G.


Possuem ação inibitória sobre o adenilatociclase e ação estimulatória sobre a
MAPquinase. Presente no Sistema Nervoso Central e Periférico, o receptor CB1 é
responsável pela inibição de neurotransmissores, aminoácidos e outros receptores,
como o 5-hidroxitriptamina, também conhecida como serotonina, encarregada por
conduzir os impulsos nervosos. E o receptor CB2 está relacionado com o sistema
hematopoiético e ao sistema imunológico (Jensen et. al., 2015).

Apesar de apresentar baixa afinidade aos receptores CB1 e CB2, o canabidiol


possui efeito alostérico negativo nos receptores CB1 e positivo ao promover variações
no sistema dos endocanabinoides. Dependendo da via de administração, o canabidiol
pode interferir nos efeitos adversos, reduzindo as alterações do SNC e estimulando
os efeitos mais desejáveis, como por exemplo a analgesia (Romero-Sandoval et. al.,
2018), além de possuir afinidade com diferentes receptores, dentre eles o
receptor acoplado à proteína G e o receptor da glicina (Schoedel et. al., 2018).

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6 CANABIDIOL vs. OXICODONA

O canabidiol pode ser utilizado no tratamento da dor crônica. Um medicamento


ainda em fase experimental nos EUA conhecido como Nabiximol, é um spray
sublingual composto pelos canabinóides CBD e THC, ambos de diferentes
mecanismos de ação, mas que ao serem associados se tornam mais eficientes no
tratamento da dor. A redução da dor crônica e a melhora na condição de vida dos
portadores dessa patologia, são proporcionadas pelo medicamento de maneira
segura e satisfatória. No entanto, seus efeitos são temporários de modo que a melhora
no tratamento da dor, é estabelecida em um curto período de tempo (Jensen et. al.,
2015; Romero-Sandoval et. al., 2018).

Em relação a dependência do CBD, um estudo realizado com usuários de


polissubstâncias avaliou que o canabidiol possui baixo potencial de abuso e baixo
efeito eufórico em relação ao canabinóide THC (Schoedel et. al., 2018).

Com sua propriedade analgésica, A Oxicodona também produz efeitos favoráveis


em relação à dor crônica. Apesar de demonstrar uma redução significativa da dor e
de seus sintomas, os efeitos colaterais, como a náusea, podem estar presentes no
decorrer do tratamento. Como qualquer outro opioide, o uso indevido pode promover
a dependência (Kinnunen et. al., 2019). Uma outra forma de estimular o vício pela
Oxicodona é a manipulação física. Na intenção de obter um efeito diferente para o
qual foi formulada, o ato de quebrar ou dissolver a Oxicodona, contribui na alteração
de sua absorção, provocando o aumento de sua concentração plasmática e redução
no tempo de concentração. Foram criadas fórmulas para limitar os efeitos dessas
alterações, em que a composição é formada pela Oxicodona e seu antagonista, ou
por substâncias inativas que impedem a manipulação mecânica (Kinnunen et. al.,
2019).

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Embora o Canabidiol e a Oxicodona apresentem efeitos analgésicos


semelhantes no tratamento da dor crônica, ambas as drogas são frequentemente
relacionadas com a dependência. No entanto, somente a Oxicodona demonstra a
possibilidade de se tornar uma droga de uso abusivo. O CBD possui a mesma origem
que o THC, mas seu potencial para o abuso e os efeitos psicoativos é extremamente
baixo, quase nulo comparado ao THC. Em contrapartida, algumas precauções devem
ser tomadas quanto a indicação do uso da Oxicodona, pois ao ser utilizada de forma
indevida, problemas relacionados ao vício podem ser gerados.

Percebe-se que o canabidiol é uma forma eficiente de tratar as dores sem que
haja preocupações em correr o risco do vício, mesmo em usuários recorrentes de
múltiplas substâncias, ao considerar o potencial abusivo durante o tratamento, ou no
seu manuseio inadequado. No entanto, muito precisa ser estudado, entendido e
compreendido sobre o Canabidiol, procurando investigar suas múltiplas vias de
administração e sua farmacocinética e farmacodinâmica além de suas diferenças em
relação aos demais canabinóides, incentivando a mudança da percepção da
substância que atualmente vêm sendo desmistificada pela ciência como uma droga
de uso abusivo e, sim, como um medicamento de uso de baixo risco e fácil acesso.

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