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1 ABORDAGEM GERAL
Para iniciarmos os estudos sobre os gêneros textuais acadêmicos,
selecionados para as discussões em nossas aulas, partiremos da concepção de alguns
teóricos, que concentraram suas pesquisas no âmbito da linguística textual ou linguística
de texto, corrente linguística que teve o seu apogeu a partir da década de 60. Nesse
contexto, citaremos, o pensador russo Bakthin (1992) e Ingedore Koch (2006),
brasileira, falecida, recentemente e Marchuschi (2006), também, em memória, professor
da UFPE, linguista brasileiro renomado. Na concepção desses pesquisadores, a
linguagem, língua e fala, no seu processo natural, constituem o objeto de estudo da
linguística, conceituada, em geral, como a ciência que estuda a linguagem humana em
toda sua dimensão, seja escrita ou falada.
Segundo Bakhtin (1992), pensador russo, precursor das pesquisas atuais sobre gêneros
textuais:
“Todas as esferas da atividade humana, por mais variadas que sejam, estão
relacionadas à língua.” “Não é de surpreender que o caráter e os modos dessa
utilização sejam tão variados como as próprias esferas da atividade humana
[...].” “Tudo o que produzimos textualmente reflete as condições específicas e
as finalidades de cada uma dessas esferas, não só pelo conteúdo temático e
estilo verbal, mas também, e, sobre tudo, por sua construção composicional.”
(Apud, KOCK, 2006).
Desta forma, podem-se denominar GÊNEROS TEXTUAIS, como todas as nossas
produções ou práticas comunicativas, quer orais, quer escritas baseadas em
formas-padrão, relativamente estáveis, de estruturação de um todo. Um relatório,
por exemplo, é uma dessas práticas comunicativas de que fazemos uso em nossas
situações de comunicação tanto na escola, na academia, quanto nos trabalhos seculares,
bem como, o fichamento, o resumo acadêmico ou escolar, a resenha e um artigo
científico.
1.1 RELATÓRIO1
Os relatórios de pesquisa, assim como relatórios de outras atividades, não devem ser
confundidos com Memorial (outro gênero textual também bastante usado no âmbito da
academia). O relatório, além de se referir a um projeto ou a um período em particular,
visa pura e simplesmente a historiar seu desenvolvimento, muito mais no sentido de
apresentar os caminhos percorridos, de descrever as atividades realizadas e de apreciar
resultados – parciais ou finais – obtidos. Obviamente, deve sintetizar suas conclusões e
os resultados até então conseguidos, sem, no entanto, necessidade de conter análises e
reflexões mais desenvolvidas, como é o caso de Memorial.
Perfil do Relatório:
(a) inicia-se com a identificação do relatório (ou conforme ou modelo proposto), ou com
a identificação do relator;
(b) retomada dos objetivos;
(c) depois passa à descrição das atividades;
(d) às vezes pode ser encerrado com um cronograma ou programação das etapas da
continuidade da pesquisa (quando tratar de uma pesquisa);
(e) considerações finais e, assinatura do(s) redator(es) ou coordenador.
Quanto à estrutura, esta poderá se apresentar em formulários, próprios para esse fim, ou
se constituir de um texto continuado, contendo tópicos que caracterizem ou
identifiquem o gênero relatório.
1
REFERÊNCIAS (sobre relatório)
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICA. Informação e Documentação – artigo em
publicação periódica científica impressa. Rio de Janeiro: ABNT, 2003c.
MAIA, Fernando dos Santos; OLIVEIRA, Marcus Vinícius de Faria. Princípios Normas e Técnicas.
Natal: CEFET/RN, 2006.
SEVERINO, Joaquim Antônio. Metodologia de Trabalho Científico. 22. ed. rev. e ampl. São Paulo:
Cortez, 2002.
Manual de Normalização Bibliográfica para elaboração de Artigo Científico. Natal: UnP/RN,
2006.p.6.
MODELO DE RELATÓRIO2
RELATÓRIO DE ATIVIDADES
Nome:
Matrícula:
2 *
Há vários modelos de relatório, mas este deverá ser o modelo padrão para a realização dos relatórios de
leitura e/ou de viagem do Componente curricular “Análise e Expressão Textual, proposto para as turmas
dos cursos de LCI/BSI e BCT (Noturno/UFERSA-Angicos). Profa. MARIA DAS NEVES PEREIRA.
INÍCIO: TÉRMINO:
TOTAL DE HORAS:
Nesta parte deve constar as fontes ou referências que o auxiliaram na composição do relatório.
.
3.2 RESUMO (síntese com informações básicas da atividade, escrito com as próprias
palavras do relator), contendo 150 a 200 palavras). Num parágrafo único.
Datas (registro da Atividades (Identificação da parte da obra que foi lida, ou outra atividade,
sequência da comentários pessoais e ideações (se se tratar da leitura de obra) ou partes
leitura ou da distintas da tarefa realizada, seja uma viagem de estudo, participação de um
atividade) seminário, exibição de um filme ou relatório de pesquisa.
.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS/CONCLUSÃO
DATA:____/_____/_______.
1.2 FICHAMENTO3
3
FONTE BIBLIOGRÁFICA
HUHNE, L.M. Metodologia científica. 7a. ed. Rio de Janeiro: Agir, 2000. pp.64-65.
Ideação: colocação em destaque das novas ideias que surgiram durante a leitura
reflexiva.
OBSERVAÇÃO (1)
Medeiros (1991) propõe que o fichamento pode ser realizado pelo estudioso com
diferentes funções, das quais derivam variados tipos de fichas: ficha de indicação
bibliográfica; ficha de assunto; ficha de transcrição; ficha de resumo; ficha de
comentário. De acordo com esse autor, a ficha de resumo “apresenta uma síntese das
idéias do autor” (op. cit., p, 55). Essa definição, geralmente, confunde-se com a de
resumo que o mesmo autor oferece. Afinal, não fica claro se a síntese das ideias do
autor registra-se como um fichamento ou como um resumo.
ESTRUTURA DE FICHAMENTO
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
MODELO DE FICHAMENTO (1)
nevespereira@ufersa.edu.br