Edição 1.
429 - 27 de setembro a 3 de outubro de 2023
A influência do jornalismo
na comunicação corporativa
Jornalistas&Cia chega nesta nova primavera aos 28 anos de vida.
Uma trajetória iniciada lá atrás, em 1995, com uma página, que
era transmitida manualmente por fax para redações, assessorias e
agências de comunicação.
Nosso primeiro assinante do segmento das agências de comu-
nicação foi a Alcom, de Audálio Dantas, e o primeiro do segmento
das empresas, o Bradesco, que nos acompanha desde então, até
hoje. Já nosso primeiro patrocinador, com a marca no cabeçalho,
foi a Souza Cruz. E a primeira agência a patrocinar uma coluna – a
de notícias de assessoria de imprensa – a WN&P, de Walter Nori e
Monserrat Padilla. Tivemos também entre os pioneiros o Fastmail,
da Rose Campos, em permuta para a distribuição do informativo
pelo então moderno sistema de distribuição de faxes da empresa.
Nosso mais constante e antigo anunciante é a FSB Comunicação,
líder do setor, que nos acompanha com um banner desde a edição
500, ou seja, há 929 edições!
Se esse passado nos orgulha é porque nunca descuidamos do
presente e do futuro e sempre dedicamos nosso melhor esforço em
buscar entender e informar sobre o que se passa no ecossistema do
jornalismo e da comunicação corporativa, que, embora com suas
especificidades, conflitos e inclinações, são atores essenciais na
produção de conteúdos jornalísticos de interesse público.
Não por outra razão o tema por nós escolhido para a celebra-
ção desses 28 anos foi A influência do jornalismo na comunicação
corporativa e (por que não?)
da comunicação corporativa
no jornalismo, já que o elo co-
mum desses dois universos é o
profissional da informação, de
conteúdo.
Nos anos 1960 era raro en-
contrar um jornalista trabalhan-
do na comunicação de alguma
organização empresarial. Seis
décadas depois, nos anos 2020, o raro é encontrar a comunicação
corporativa de empresas, instituições e agências sem jornalista. O
que mudou desde então e por que os jornalistas transformaram o
modo de fazer comunicação corporativa no Brasil, criando – ainda
que sem qualquer planejamento ou estratégia – uma escola prati-
camente única no mundo?
Essa foi a pergunta que nos motivou a fazer o especial de Jorna-
listas&Cia, em seu 28º aniversário, sobre a influência do jornalismo
na comunicação corporativa brasileira. Nossa escola é única, dife-
rente, influente, respeitada, próspera, inovadora, criativa e tudo isso
é fruto de uma trajetória fortemente impactada pelos jornalistas e,
em decorrência, pelo jornalismo.
Quantas agências de comunicação do Brasil foram fundadas e
são dirigidas por jornalistas? Quantas áreas de comunicação cor-
porativa de empresas e de outras organizações públicas e privadas
são ou foram lideradas por jornalistas? Mesmo sem uma pesquisa
que mostre isso com precisão, não há dúvida de que a esmagadora
maioria tem jornalistas no comando.
Esse é um movimento que se iniciou de forma mais acentuada
nos anos 1970 e que nunca mais parou, fator que provocou um
impacto gigantesco no pensar e no fazer comunicação corporativa
no Brasil. Desde então, o jornalismo virou farol e espelho dessa área
que se apoiou fortemente em ética, transparência e veracidade,
sempre tendo o conteúdo como bem maior de todos os processos
de comunicação. As exceções, por claro, só justificam a regra – ali-
ás, regra que não está escrita em nenhuma pedra, mas na história
informal de uma atividade que tem crescido de forma substancial
e que hoje, no caso das agências, fatura cerca de R$ 5 bilhões e
emprega mais de 17 mil pessoas.
Esse foi o briefing para a editora contribuinte Maysa Penna, que
nele mergulhou e agora nos brinda com um belo relato e evidências
de uma tese que merece ser melhor estudada pelas universidades
brasileiras.
Eduardo Ribeiro e Wilson Baroncelli
28 anos
na melhor
companhia
O mundo era outro naquele já
distante 1995, ano em que surgiram
tanto a CDI como o Jornalistas&Cia.
Se não tínhamos smartphone, redes
sociais, e-mail, tínhamos um enorme
desejo de promover conexões.
As coisas mudaram, e o desejo
de comunicar com excelência se
manteve. O Jornalistas&Cia. seguiu
sendo um parceiro fundamental
nessa jornada de compartilhar
entre os stakeholders mensagens
estratégicas e de impacto.

Parabéns pelos
28 anos. Que as próximas
reinvenções nos mantenham
sempre à frente na arte
de comunicar – e que
preservem a paixão que nos
guia desde a fundação.

cdicom.com.br
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página 3

O mundo mudou, mas

o jornalismo continua
N
ão chame e relação com

ditando as regras
uma influenciadores
agência de (29,4%). Sim,
comunicação você entendeu
corporativa de certo: matérias na
assessoria de imprensa, respostas
imprensa. Na melhor a manifestações de
– e improvável leitores e almoços
− das hipóteses, de relacionamento
você estará com formadores
demonstrando que de opinião
Por Maysa Penna (*) (Fonte: Anuário
é um(a) velhinho(a)
que não se da Comunicação
atualizou. À exceção, talvez, de uma ou outra agência- Corporativa 2023). Aliás, segundo a pesquisa do Anuário, a
butique, toda conversa a respeito do ofício vai girar sobre chamada mídia espontânea responde especificamente por
multidisciplinaridade, desenvolvimento de competências 55,4% da demanda dos clientes das agências.
em tecnologia e maior compreensão das necessidades e Se os números não corroboram o discurso, o que
possibilidades de interação entre o cliente e os públicos acontece? Bem, trata-se simplesmente de um processo
de interesse. Isso para ficarmos apenas nos temas natural de evolução e adaptação às novas realidades
corriqueiros. provocadas pela transformação digital da sociedade.
O fato é que a expressão “assessoria de imprensa” Porque, na verdade, diferentemente do que aconteceu
provoca um certo tipo de calafrio em assessores de nos Estados Unidos (berço das relações públicas)
comunicação. Mas também é fato que, hoje, 70,6% da e na Inglaterra (referência europeia em RP), onde a
demanda dos clientes das agências é por relacionamento comunicação empresarial nasceu do PR, no Brasil, a
com a mídia, seguida de gestão de redes sociais (39,4%) comunicação corporativa tem suas raízes muito bem
fincadas na assessoria de imprensa e, a despeito das

Ciro Dias Reis inovações, continua, Influência, era a Casa da Imprensa; a Máquina Cohn &
até hoje, sendo Wolf, já foi a Máquina da Notícia; e a InPress Porter Novelli,
significativamente bem, é InPress até hoje.
influenciada pelo “Antigamente, os assessores de imprensa eram vistos
modus operandi pelos jornalistas como aqueles que não conseguiam se
jornalístico. firmar na profissão e tomavam um caminho alternativo.
Até pouco tempo Mas a verdade é que o olhar jornalístico deu um peso
atrás, as maiores muito grande à comunicação e a transformou numa área
agências de das mais importantes dentro das organizações”, afirma
comunicação traziam Ciro Dias Reis, fundador e CEO da Imagem Corporativa
bem gravado em suas e ex-presidente da Abracom (Associação Brasileira das
marcas o DNA do Agências de Comunicação).
jornalismo: a CDN – Grande parte do preconceito
The PR Power House, contra os assessores de
nasceu Companhia imprensa vinha da crença
de Notícias; a CDI de que eles dificultavam o
– Conteúdo Digital acesso às fontes, acredita

(*) Maysa S. Penna, jornalista e publicitária, construiu sua carreira no jornalismo econômico e na comunicação
corporativa praticamente em partes iguais, além de ter atuado em propaganda como redatora de criação.
Integrou o grupo de empresários de comunicação que fundou a Abracom e foi a primeira presidente do
Conselho de Ética da entidade. Atualmente dedica-se à produção de conteúdos para plataformas jornalísticas
e redes sociais e colabora com este J&Cia.

Alcides Ferreira, managing partner da Fato Relevante
e do Grupo Nexcom. “As próprias faculdades de
jornalismo incentivavam
esse preconceito, mas
felizmente essa visão já quase
não existe mais”, afirma.
Segundo ele, o papel do
assessor, seja jornalista, seja
RP ou de qualquer outra
formação, é o de facilitar
o acesso às informações
das organizações. “Nesse
trabalho, interesse público
está acima de tudo e isso é o
que aproxima o jornalismo da
comunicação corporativa”,
diz Alcides.
Antonio Salvador Silva,
fundador e presidente do
Alcides Ferreira
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Grupo CDI, é bastante
objetivo ao apontar a
grande contribuição
do jornalismo à
comunicação
empresarial: “Em uma
palavra, ética. O trabalho
jornalístico sofre uma
pressão enorme pela
preservação de uma
conduta ética acima
de qualquer suspeita. Antonio Salvador Silva
E os grandes nomes
do jornalismo e a grande quantidade de jornalistas que
migraram para a comunicação corporativa trouxeram para
a atividade essa marca”.
Mas, segundo ele, não é apenas de uma herança passada
que essa interseção se alimenta: “Neste momento, em que
somos potenciais criadores de conteúdo, a habilidade de
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contar histórias, intrínseca ao jornalismo, é uma forma Mesmo em momentos delicados, eles nos ouvem e
muito atual de se conectar com o público, transformar os emprestam seu prestígio à nossa comunicação porque
assuntos em storytelling. O jornalista conta histórias todos conhecem o trabalho sério que estamos fazendo”.
os dias”. Guilherme Barros, um dos jornalistas mais prestigiados
“Hoje, o jornalista, do País antes de abrir a sua GBR Comunicação, destaca
pra nós é um canal de que “a comunicação expandiu-se muito e isso obrigou
prestígio, porque ele as empresas a ampliarem suas áreas de comunicação,
é quem transmite as cada vez mais relevantes nos quadros hierárquicos. Não
nossas mensagens, é incomum jornalistas se tornarem CEOs”. Ele acredita
as mensagens dos que esse processo tende a se ampliar, uma vez que
nossos clientes”, as empresas precisam cada vez mais de especialistas
lembra Salvador. para essas áreas. “Por isso, vão buscar jornalistas para
“Com a relevância desempenhar essas funções. Porque uma agência
do jornalismo e tem um modelo de atuação muito semelhante ao de
dos jornalistas uma redação. O objeto principal de uma e de outra é a
na sociedade informação – esse é o foco do trabalho. A forma e os
encontramos a processos podem até ter diferenças, mas a essência do
ressonância positiva trabalho é a mesma”.
Guilherme Barros de que precisamos.

Por meio de 5 frentes de atuação:

Criamos IDEIAS
CORAJOSAS COMO
ESTRATÉGIA & ANALYTICS

que geram FAZEMOS CRIATIVIDADE, DESIGN

& CONTEÚDO DIGITAL
ISSO?
IMPACTO REAL RELAÇÕES PÚBLICAS
& MARKETING DE INFLUÊNCIA
para comunidades TRANSFORMAÇÃO ORGANIZACIONAL

e organizações. REPUTAÇÃO & LIDERANÇA

Juntos, somos o mais completo ecossistema

de comunicação no Brasil e no mundo.

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(11) 98415-0351
mcirino@webershandwick.com
 Pág.1

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página 7

apuração, a checagem,
a correção, tudo isso me
municiou a estar agora na
comunicação empresarial.

Olhar
Eu sei o que é notícia e o
que não é notícia, eu sei o
que é de interesse público

crítico
e o que não é de interesse
público, eu consigo
Claudia Vassallo
farejar notícia dentro do

faz a diferença
Claudia Vassallo, outro nome de peso no jornalismo,
CEO da Nova PR e ex-diretora de Redação de Exame, diz
acreditar que a comunicação corporativa e o jornalismo
são atividades diferentes, mas que existe uma interseção
muito grande entre elas: “O fato de eu ter trabalhado
numa redação onde a excelência era tudo, o rigor na
cliente, não é todo mundo que foi treinado para isso”.
Ciro concorda que as técnicas jornalísticas de trabalho
fortalecem e dão relevância à comunicação corporativa. “O
olhar crítico que os jornalistas são treinados a desenvolver,
por exemplo, conversa muito bem com a governança e o
compliance das organizações”, avalia.
“A influência do jornalismo na comunicação corporativa
transborda, por exemplo, no nosso jeito de lidar com
pautas na comunicação interna, com funcionários do
Banco, no nosso planejamento de ações integradas de

NESTE ANO,
A GBR PINTA OS 7
E O J&CIA,
28
Parabéns, Eduardo
Ribeiro e companhia!
 Educar para Transformar.
Digitalizar para Aproximar.
A Fundação Telefônica Vivo
contribui com o desenvolvimento
e a inclusão digital de educadores
e estudantes das escolas públicas
brasileiras.

Saiba mais
sobre a Fundação
Telefônica Vivo:

comunicação, na nossa forma de lidar com ações de
relações públicas em geral”, diz Giovanni Nobile, gerente
de Comunicação do Banco do Brasil. O BB tem, dentro
de sua Gerência de Comunicação, uma área específica
de assessoria de imprensa, entre outras atividades de RP,
na qual mantém jornalistas profissionais que já atuaram
em jornais, sites, revistas e
TVs. “Acreditamos que essa
experiência é importante
e olhamos com atenção
para isso em nossas
seleções internas para a
área de atendimento à
imprensa”. Claudia Vassallo
explica um pouco mais
a importância de ter
jornalistas nas duas pontas
da linha: “O jornalismo
Giovanni Nobile
tem uma linguagem
especifica, própria, e isso
O que é ser
uma agência
de sucesso?
Sem modismos, simplesmente,
uma agência que entrega.
Pág.1
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página 9
pode parecer banal
mas não é. Você tem
de conhecer essa
linguagem própria para
poder passar a sua
mensagem da melhor
forma possível, senão
fica parecendo uma
José Luiz Schiavoni
conversa de maluco”.
José Luiz Schiavoni, jornalista que abriu a sua S2 nos
anos 1980 e hoje é CEO da Weber Shandwick Brasil, além
de vice-presidente da Abracom (entidade que já presidiu),
dá um exemplo típico da diferença de tratamento que
a informação recebe quando não é trabalhada por um
jornalista: “Os releases americanos começam com ‘A
empresa x, líder mundial de xxx, com presença em xx
países e faturamento de x’ e só então vem o assunto
principal. Eu repito o tempo todo para a equipe: o lide está
no pé. Já no Brasil, conseguimos construir uma dinâmica
de comunicação muito baseada na dinâmica dos veículos”.
Atingir metas definidas com
o cliente (porque consegue
mensurar todas as ações de
comunicação).
Saber usar tecnologias
sem que elas substituam
a inteligência humana.
Conquistar clientes
que foram indicados por
outros clientes.
Conquistar espaços na alta direção
dos clientes que nunca outra agência
tinha conquistado.
Simplesmente, uma agência de sucesso.
www.lvba.com.br
Ir além é ter as
pessoas como
a nossa prioridade.
Para a Bayer, a aliança entre
tecnologia, sociedade e
diversidade, equidade e
inclusão é a forma correta
de fazer negócio: colocando
as pessoas no centro e a
ciência a serviço de uma
vida melhor. Melhor para
você, melhor para todos nós.

Se é Bayer, é bom.
 Pág.1

Edição 1.429
página 11

Sobre os
que “deve haver também
um compromisso ético. Um

pilares da
compromisso com as razões da
sociedade”.

ética e da
A fragmentação da mídia
nas diversas plataformas, a

transparência
transformação digital e os
novos comportamentos
sociais não eliminam essas
características, acredita o
jornalista e professor Wilson Wilson da Costa Bueno
da Costa Bueno. “Hoje,
gestão de conteúdo, produção de conteúdo, gestão
de relacionamento, todas essas atividades incluem os
jornalistas. Você tem site, blog, redes sociais, relatórios de
sustentabilidade, de compliance, então há a necessidade
de uma competência jornalística para produzir esses
Manuel Carlos Chaparro, um dos grandes pensadores da materiais”, afirma. “Além disso, os jornalistas são procurados
comunicação, hoje afastado por problemas de saúde, dizia para essas funções porque escrevem bem e escrevem
acreditar que o jornalista é um socializador de conteúdo. rápido”, complementa. Mas há, ainda, uma herança mais
Em entrevista à Agência Sergipe de Notícias, em 2007, ele rica legada à comunicação corporativa pelo jornalismo,
afirmou que, “como assessor de comunicação, o jornalista na opinião do professor: “A grande presença de jornalistas
trabalha na ponta do processo de socialização, no local na atividade de comunicação organizacional preserva a
onde os conteúdos são ideia de que o tom propagandístico da comunicação tem
gerados. O trabalho de ser atenuado”. Ele lembra ainda que o protagonismo
jornalístico é o mesmo, da governança e do compliance aumentou bastante
só que em vez de você a preocupação com a checagem e a precisão das
publicar a sua matéria informações.
no jornal irá arrumar Há duas décadas no setor automotivo, tido como
mecanismos para levar pioneiro da atividade de assessoria de imprensa no Brasil,
o seu conteúdo aos Nelson Silveira comandou a comunicação da GM aqui e
jornalistas ou publicar na na Europa e conhece bem as sutilezas de cada mercado.
internet”. E, para além da Mas o que há em comum em todos, segundo ele, é que
competência técnica a “a ética jornalística influencia o trabalho de comunicação
fim de obter os resultados empresarial, porque o sucesso da comunicação
Accor Anuncio ESG_SAIDA_freese.pdf
Manuel Carlos Chaparro 2desejados,
01/09/2023 ele alertava
12:12:48 corporativa está baseado em dois pilares: um da ética e

Compromisso
com você
e com o planeta

outro da transparência”.
A ética deve existir em
qualquer atividade, mas
a transparência é uma
característica marcante
do jornalismo. “E é com
a transparência que você
conquista a credibilidade”,
pontua Silveira.
Neste ponto é que a
comunicação se encontra
com o negócio das
Nelson Silveira
organizações de forma
Retomada da
importância
dos jornalistas
O mundo está mais complicado, as relações sociais
estão se transformando muito e a conquista de
credibilidade exige cada vez mais multidisciplinaridade
para utilizar com sucesso o leque amplo de ferramentas
de comunicação à disposição. “Atualmente, o nosso setor
emprega mais de 17 mil profissionais que contam com
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indissociável: ela constrói, cuida e protege a reputação.
O relatório The State of Corporate Reputation in 2020:
Everything Matters Now, de Weber Shandwick e KRC
Research, mostra que os executivos de empresas globais
atribuem um peso de 63% à reputação na formação do
valor de mercado de suas empresas. Na verdade, um
estudo da consultoria financeira AMO Strategic Advisors,
com empresas listadas nos 15 maiores mercados
financeiros do mundo, entre eles o Brasil, mostrou que
35,3% do valor de mercado das empresas é atribuído à
reputação das mesmas − no caso das empresas analisadas,
em 2019 a reputação somava um valor de US$ 16,7
trilhões.
formações diversas”,
informa Daniel Bruin, atual
presidente da Abracom.
“As nossas equipes têm
um grande número de
jornalistas, mas elas
são majoritariamente
multidisciplinares e
contam também com
profissionais de relações
públicas, comunicação
organizacional, marketing
digital, análise de dados,
designers, especialistas
em audiovisual, Daniel Bruin
sociólogos, comunicólogos, economistas, pesquisadores e
especialistas em conteúdo setorial. como meio ambiente,
financeiro, agronegócio, saúde, entre outros”.
Ainda assim, 51,8% dos profissionais das agências de
comunicação corporativa são jornalistas (Fonte: Anuário
da Comunicação Corporativa 2023), 12% relações públicas
 Pág.1

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e 7,6% publicitários. E mesmo em plataformas diferentes e de novos veículos de nicho, pequenos e formadores de
fragmentadas, a imprensa ainda é a fonte de informação opinião geridos e fundados por jornalistas, as relações
segura para grande parte da sociedade – vale dizer, dos com a mídia estão sendo retomadas como estratégia
stakeholders. De acordo com o Relatório sobre Notícias importante na comunicação corporativa.
Digitais de 2022 do Reuters Institute, 48% dos brasileiros “Também se começou a ver que a imprensa pauta o
confiam na imprensa, enquanto, na média global, a debate social”, continua Cesar. “No Brasil, nunca chegamos
confiança é de 42%. a um ponto de descrédito tão grande. Eu vi, lá fora, grandes
No entanto, essa confiança vem caindo nos últimos agências de comunicação que não tinham mais jornalistas
anos. Em 2003, a OAB divulgava um estudo realizado e isso dificultava o trabalho. Hoje os jornalistas estão de
pelo escritório Toledo & Associados segundo o qual as volta às agências, fazendo essa interlocução. Fico feliz de
instituições brasileiras mais confiáveis eram a Igreja (74%) ver isso, porque quando o jornalismo está enfraquecido
e a Imprensa (60%). Hoje, de acordo com pesquisa do isso é um grande problema para a sociedade”. O executivo
instituto Ipec, os meios de comunicação têm um índice destaca ainda que o relacionamento das empresas com
de confiabilidade de 56 pontos, enquanto o índice das a imprensa, mais do que uma opção estratégica de
empresas é de 62 pontos. comunicação, é uma forma de demonstrar respeito pela
Isso não significa que a mídia jornalística esteja perdendo sociedade: “Essa interlocução com o jornalismo sério,
importância. Nem que o modo de fazer jornalismo deixou de boa qualidade, é também uma prestação de contas,
de influenciar a comunicação corporativa. “Hoje temos mesmo que seja por parte de uma companhia privada de
uma volta das relações capital fechado”, completa Cesar.
com a mídia”, garante
Ricardo Cesar, CEO
Global da Ideal. “Hoje,
falar com jornalismo, no
PR internacional, é mais
relevante do que era há
oito ou dez anos. É um
movimento pendular e
dentro de um ambiente
fragmentado de muitos
mais veículos”. Segundo
ele, até pouco tempo havia
muito descrédito no poder
do jornalismo de formar
opinião pública, mas
Ricardo Cesar devido ao grande número

De onde viemos,
para onde vamos
Convencionou-se determinar que o começo de tudo
foi em 1906, nos Estados Unidos, quando o jornalista
Ivy Lee foi chamado a reverter uma crise de imagem
que se abatia sobre o milionário John Rockfeller e seus
empreendimentos. Inaugurava-se a atividade de Relações
Públicas, ou PR. Já em terras brasileiras, em 1909 o
presidente Nilo Peçanha criou a Seção de Publicações
e Biblioteca para integrar serviços de Atendimento,
Publicações, Informação e Propaganda. A finalidade
dessa seção era distribuir à imprensa notas e informações
sobre o Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio.
E como a dita seção também tinha o dever de editar o
Boletim do Ministério, criava-se o house organ.
Em 1914, a empresa canadense The Light and
PowerCo. Ltda. assumiu a concessão do serviço de
iluminação e transporte coletivo na cidade de São Paulo
e implantou o primeiro departamento interno com o
nome de Relações Públicas, cuja função era manter o
relacionamento da empresa com a imprensa e o governo.
Feliz aniversário, Jornalistas&Cia!
Sabe o que a B3 e o Jornalistas&CIA têm em comum?
Os dois se comprometem com a informação de qualidade.
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sobre o mercado financeiro, além de conteúdos isentos
sobre como começar a investir.
BORAI NVESTIR.83.COM.BR
Pág.1
Edição 1.429
página 17
Os sucessivos governos, por sua vez, aprimoravam o
trabalho de municiar a imprensa com as notícias de
seu interesse. Foi assim que em agosto de 1941, com a
benção do presidente Getulio Vargas e sob orientação
do Departamento de Imprensa e Propaganda do
governo (DIP), entrava no ar, pela primeira vez, a ação
de comunicação empresarial de maior repercussão na
história no Brasil: o Repórter Esso. Inicialmente no rádio,
e a partir de 1952 na televisão, o programa foi extinto
somente em 1970, durante a ditadura militar.
Mas na década de 1950 a campanha de propaganda
do governo Vargas O petróleo é nosso, que marcou
a descoberta de petróleo na Bahia, tornou-se um
grande incômodo para a Esso. Veio, então, outra ação
revolucionária: o Prêmio Esso de Reportagem, mais
tarde rebatizado de Prêmio Esso de Jornalismo, a mais
importante premiação do jornalismo brasileiro de todas
as épocas – há quem o equipare ao prestigiado Pulitzer
norte-americano. Concedido anualmente a jornalistas
e veículos de imprensa que se destacassem ao longo
do ano pelo trabalho jornalístico, o prêmio deixou de
existir em 2015 e até
hoje não encontrou
substituto. O setor de
pesquisa da Jornalistas
Editora, que publica
este J&Cia, audita 183
premiações diferentes
para o Ranking dos
+Premiados da
Imprensa Brasileira e,
segundo Fernando
Soares, coordenador
da pesquisa, cerca de
75% estão ligados a Fernando Soares
fEuoo$.2•:i-o -00111(·0:l-l'I.) Ov01.•••
[er
Transparência e compromisso
A comunicação é um importante meio de transformação para uma sociedade cada vez mais viável. Por isso,
a Hydro apoia o trabalho dos profissionais de imprensa, que acreditam que transparência e compromisso são
deveres fundamentais do nosso dia a dia. É assim que, juntos, continuamos fazendo a diferença onde atuamos!

hydro.com/brasil @hydronobrasil Norsk Hydro @hydronobrasil hydronobrasil

 Pág.1

Edição 1.429
página 19

alguma empresa nas redações”, nas palavras do próprio Chaparro. É da

ou entidade com mesma época a Unipress, dirigida por Alaor Barbosa e
fins lucrativos. Reginaldo Finotti, também muito focada nas publicações
Talvez seja a empresariais.
estratégia de RP A atividade já denotava tanta importância que em
mais copiada – e outubro de 1967, antes mesmo de surgirem as agências
nunca igualada especializadas, foi criada a Associação Brasileira de Editores
– do mercado de Revistas e Jornais de Empresa (Aberje), hoje Associação
de comunicação Brasileira de Comunicação Empresarial. “Temos uma
brasileiro. escola de comunicação corporativa, estendendo esse
No final dos conceito também às relações públicas, fortemente apoiada
anos 1960 e em conteúdo, mas um conteúdo substantivo, quase
durante a década jornalístico”, diz Ribeiro. Segundo ele, o predomínio dos
Eduardo Ribeiro de 1970, no jornalistas na atividade fez com que se tornasse comum
auge da ditadura a aplicação de conceitos e técnicas do jornalismo no
militar, a pauta política era praticamente inexistente na planejamento e ações das organizações. O que ficou − e
imprensa. E mesmo as demais editorias trabalhavam é, ainda hoje – muito claro no segmento de publicações
sob o controle rígido da censura. Muitas empresas de empresariais.
grande porte passaram a publicar seus próprios veículos
noticiosos, em geral revistas, para levantar temas de
seu interesse, com destaque para o setor automotivo.
Nosso editor, Eduardo Ribeiro, que também é diretor
da Mega Brasil, da Jornalistas Editora e do Grupo
Empresarial de Comunicação (Gecom), lembra que a
atividade cresceu tanto que, em 1969, o jornalista Carlos
Chaparro fundou com Gaudêncio Torquato a Proal,
primeira empresa no Brasil especializada na produção de
publicações empresariais. A Proal chegou a editar mais
de 50 publicações empresariais Idealizadas e produzidas
por jornalistas, e todas tinham o objetivo de fazer, nas
empresas, “o mesmo bom jornalismo que era praticado
Gaudêncio Torquato

Informação segura Pfizer: há 70 anos trabalhando por grandes

PP-UNP-BRA-3264

avanços que mudam as vidas dos brasileiros.

também salva vidas Para saber mais sobre

as nossas iniciativas
institucionais,
Na Pfizer, estamos comprometidos com a transformação do mundo. acesse o QR Code
ao lado.
Com ciência de ponta, inovamos para melhorar a saúde das pessoas.
Mas o nosso compromisso vai além dos avanços na medicina.
Acreditamos que a disseminação de informações seguras
e confiáveis também salva vidas.
Por isso, queremos reconhecer o trabalho de todos os comunicadores
que se dedicam a essa missão, seja nas redações ou dentro das corporações.
Parabéns, Jornalistas &Cia, por fortalecer a voz dos comunicadores de todo o País.
Com transparência, profissionalismo, protagonismo.
É uma honra fazer parte desses 28 anos de história!

Depois da
ditadura
Ainda segundo Ribeiro, foi a partir da década de 1980
que as empresas passaram a sentir forte necessidade de
se relacionar com a sociedade, preocupando-se com
a opinião pública – antes o relacionamento que mais
importava era institucional, com o governo e, por óbvio,
dispensava a intermediação da imprensa. Sentiam-se ali
os primeiros ares de redemocratização do País e para
acompanhar os novos tempos as empresas buscaram
jornalistas experientes para fazerem a interlocução com a
imprensa.
Sem relação de causa e efeito, mas certamente com
influência conjuntural no processo, a migração de
jornalistas das redações para as áreas de assessoria
também refletiu o enxugamento das redações iniciado
a partir da frustrada greve dos jornalistas em 1979
em São Paulo – é corrente que foi ali que os donos
das organizações jornalísticas descobriram que era
possível fazer jornal sem jornalistas, o que, feliz e
obviamente, não é verdade. Centenas de profissionais
foram demitidos por causa da greve e encontraram
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um mercado florescente nas assessorias de imprensa,
tanto dentro das empresas quanto nas agências que
começavam a nascer. “Naquela época as empresas
estavam terceirizando as atividades meio, o que incluiu
as assessorias de imprensa. Os profissionais que
trabalhavam dentro das empresas foram incentivados a
abrir suas próprias agências e passar a prestar o serviço
para clientes”, conta Edu Ribeiro.
Em 1984, durante o II Encontro Paulista de Jornalistas
em Assessoria de Imprensa e Publicações Empresariais,
surgiu a ideia da elaboração de um Manual de Assessoria
de Imprensa. A iniciativa foi encampada pela Federação
Nacional de Jornalistas, que editou o manual em 1985
e o lançou e 1986, em Brasília (ver outros detalhes mais
à frente). A quarta e última edição do manual, revista e
ampliada, foi publicada em 2007.
Nos anos 1990, o mercado de assessorias de imprensa
fervilhava, rivalizando com as agências de RP, num
movimento que nunca mais parou. No ano 2000, surgiu
a Associação Brasileira das Agências de Comunicação
(Abracom), consolidando um mercado cada vez mais
importante “mas, até certo ponto, ainda informal”, afirma
Edu Ribeiro, um dos principais articuladores do grupo de
56 empresários que fundou a entidade.
Esse mercado, composto atualmente por mais de
900 agências − no censo oficial realizado em 2021
por Abracom, Mega Brasil e este J&Cia, e que está
sendo refeito este ano, agora também com a adesão
do Grupo Empresarial de Comunicação (Gecom) −,
faturou em 2022, segundo o Anuário da Comunicação
Corporativa, quase R$ 5 bilhões e emprega, segundo
levantamento da Universidade Federal de Santa Catarina,
cerca de metade dos jornalistas formados no País. A
título de exemplo, dos 39 palestrantes do 26º Congresso
Mega Brasil de Comunicação, Inovação e Estratégias
Corporativas, em agosto de 2023, 17 eram jornalistas

e apenas cinco eram RPs. Da mesma forma, dos 12
profissionais contemplados com o Prêmio Aberje 2022,
seis eram jornalistas.
Um mercado em constante mudança, cujo grande
avanço hoje é representado pelas mídias proprietárias. “As
marcas são porta-vozes, mídias e produtoras de conteúdo,
tudo ao mesmo tempo, e isso não muda mais”, acredita
Edu Ribeiro. “Porque já não é tão necessário investir em
anúncios se você pode chegar diretamente nos seus
públicos com conteúdos de utilidade que favorecem as
marcas. Já houve ações como essas no passado e hoje
Nem tudo
foram
flores
nessa
trajetória Da equipe de J&Cia
Os profissionais mais antigos, que conhecem um pouco
melhor a história da comunicação corporativa no Brasil,
costumam dizer que a mãe das agências de comunicação,
aquela que deu efetivamente origem a esse mercado,
que hoje fatura cerca de R$ 5 bilhões por ano, como
mostrou o Anuário da Comunicação Corporativa deste
ano, editado pela Mega Brasil, foi uma empresa criada nos
anos 1960, mais exatamente em 1963, por dois outsiders,
que decidiram abrir no Brasil uma agência nos moldes
das agências americanas, então já muito bem sucedidas
na América do Norte. Essa agência chamava-se AAB
– Assessoria Administrativa do Brasil (o nome em nada
lembrava uma empresa de RP, mas com o tempo virou
Pág.1
Edição 1.429
página 22
isso se tornou uma praxe. Está no planejamento das
marcas”, diz nosso editor.
Se a procura por profissionais multidisciplinares e
multimídia dá a impressão de que o jornalismo está
perdendo espaço e influência na comunicação corporativa,
a verdade pode ser justamente o contrário. E os jornalistas
estarão conquistando cada vez mais importância com o
avanço das mídias proprietárias, do marketing de conteúdo
e de outras ferramentas que ainda vão surgir.
Mas esta já é uma outra história, que fica para uma
próxima vez.
apenas AAB) e os empreendedores, José Carlos Fonseca
Ferreira e José Rolim Valença, ambos já falecidos.
Ali trabalharam e aprenderam a atividade nomes como
Carlos Eduardo Mestieri, Vera Giangrande, Valentim
Lorenzetti, Antonio De Salvo, Lalá Aranha, para citar
apenas alguns, todos eles profissionais que viriam a se
destacar num mercado em que, até então, o jornalismo
e os jornalistas eram praticamente públicos de interesse
e não protagonistas da atividade. Deles, apenas Mestieri
ainda está vivo, sendo que a sua Mestieri PR (ex-Inform) é
hoje dirigida pela filha Roberta.
Quando o jogo começou a mudar, com a chegada dos
jornalistas para fazer assessoria de imprensa e publicações
empresariais, o mercado acabou passando por uma
espécie de racha, fruto do inconformismo dos RPs com a
“invasão jornalística à atividade”. Racha que chegou a ter
um enfrentamento institucional. De um lado estavam as
agências puro-sangue de RP, lideradas pelos pioneiros e
outros que vieram na esteira deles; de outro, as assessorias
de imprensa e agências produtoras de publicações,
lideradas por jornalistas que decidiram empreender.
E foi tão marcante essa migração de jornalistas para a
atividade de comunicação, seja diretamente nas áreas
de comunicação corporativa das empresas, seja criando
suas próprias agências ou mesmo como empregados
dos próprios colegas jornalistas, que ao final dos anos
1970 e início dos anos 1980 o Sindicato dos Jornalistas de
São Paulo decidiu criar uma Comissão de Assessoria de

Imprensa, para dar guarida e cuidar dos interesses dessa
massa de profissionais que tinha debandado das redações
em direção a um novo mundo profissional.
O movimento, também presente em outras regiões do
País, culminou com a realização de inúmeros encontros
regionais de assessores e do 1º Encontro Nacional dos
Jornalistas de Assessoria de Imprensa – Enjai, em 1984, em
Brasília. Ou seja, os jornalistas entraram para valer nesse
mercado, arregaçaram as mangas, empunharam suas
armas e foram à luta defender seu quinhão nesse universo,
sob visíveis protestos das lideranças mais ativas dos colegas
da área de relações públicas.
O estranhamento foi tamanho que ante a criação, pelos
RPs, da Associação Brasileira das Empresas de Relações
Públicas (Aberp), os jornalistas, sem deixar por menos,
criaram a Associação Nacional das
Empresas de Comunicação Empresarial
– Anece, com o seguinte detalhe: não
aceitavam em seus quadros empresas
dirigidas por relações públicas.
O início do entendimento deu-se
por volta de 1986, no lançamento do
Manual de Assessoria de Imprensa da
Fenaj, no Congresso Nacional, em
Brasília, em que dividiram o palco,
fumando uma espécie de cachimbo
da paz, os então presidentes da própria
Fenaj, Audálio Dantas, e do Conferp,
Vera Giangrande. Vera endossou, com
sua presença no evento e mesmo
formalmente, o documento produzido
pelos jornalistas, sinalizando claramente
– com a sabedoria que lhe era peculiar
– que o mercado era grande o suficiente
para absorver todos os profissionais. E
Informação transforma pessoas e
pessoas podem transformar o mundo
Acreditamos que a comunicação é uma poderosa
ferramenta para difundir nossos valores e engajar
pessoas em torno de um mesmo propósito: a criação
de um futuro melhor para as próximas gerações.
br.dow.com
Pág.1
Edição 1.429
página 23
que o ideal era que atuassem de forma integrada e em
cooperação e não de modo beligerante.
Passados quase 40 anos daquela data histórica, hoje
o segmento das agências e mesmo as áreas internas
de comunicação já não se importam com a formação
específica dos profissionais, buscando muito mais a
pluralidade, a diversidade e o talento do que diplomas
específicos. Resulta daí que hoje há profissionais
de inúmeras especialidades fazendo comunicação
corporativa, sob a forte influência dessa escola jornalística
que se apossou da atividade, legando um saber e um fazer
praticamente únicos no mundo.
Oficialmente, vale dizer, o mercado de relações públicas
é de acesso exclusivo aos profissionais formados na área e
uma das principais funções do Sistema Conferp/Conrerp
é exatamente a de fazer cumprir a lei,
inclusive mediante multas para os que
a desrespeitem. Mas as organizações
nunca aceitaram essa espécie de reserva
de mercado, optando, no caso de serem
acionadas e multadas, por alterar o perfil
de atuação da área e a denominação
dos cargos, para se verem livres de tal
imposição.
O assunto é polêmico e mesmo entre
os RPs há divisão entre os que defendem
o estrito cumprimento da lei e os que
defendem uma flexibilização da atividade,
para permitir que profissionais de outras
origens possam exercer atividades dentro
do espectro de RP, ainda que com
exigência de algum curso complementar
para habilitar os interessados.
A pauta, algo bem jornalístico, continua
atual.
 Pág.1

Edição 1.429
página 24
Últimas

+Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira

Votação no segundo turno já é a maior da história
da série +Admirados da Imprensa
Premiação recebe o apoio da Bayer e da Embaixada e Consulado dos Estados Unidos
n A votação no segundo turno Bayer e do apoio da Embaixada e Unibes Cultural, em São Paulo, a
do Prêmio +Admirados Jornalis- Consulado dos Estados Unidos. partir das 18h, além dos reconhe-
tas Negros e Negras da Imprensa u Estão na disputa do segun- cimentos aos TOP 50 Jornalistas,
Brasileira, iniciada em 21/9 e que do turno 132 profissionais e 41 aos campeões das cinco regiões iniciativa de Jornalistas&Cia, Neo
se estenderá até 5/10, já superou veículos, dos quais sairão os do País e aos veículos campeões Mondo, 1 Papo Reto e Rede JP
todas as já realizadas por este vencedores entre os profissionais − nas categorias Veículo Geral e de Jornalistas pela Diversidade
J&Cia ao longo dos últimos dez de redação (TOP 50), de imagem Veículos Liderados por Jornalis- na Comunicação.
anos, sendo a maior da história. – foto e vídeo (TOP 5), e os veí- tas Negros(as) −, haverá três ho- u Outras informações com
A premiação, que já contava culos gerais e veículos dirigidos menagens especiais: Decano do Eduardo Ribeiro (11-99689-
com patrocínio da Unilever e por jornalistas negros(as) (TOP 5). Jornalismo – Troféu Luiz Gama, 2230), Marcelle Chagas (21-
apoio institucional de ABI, Co- u Durante a cerimônia de pre- Revelação do Ano – Troféu Tim 97976-6321), Oscar Lopes Luiz
najira/Fenaj, Redemar e Unibes miação, marcada para 13 de Lopes e Personalidade do Ano – (11-98234-4344), Rosenildo Fer-
Cultural, recebeu esta semana novembro, uma semana antes Troféu Glória Maria. reira (11-98124-8348) e Vinícius
confirmação do patrocínio da do Dia da Consciência Negra, na u O prêmio, vale ressaltar, é uma Ribeiro (11-99244-6655).

STF adia julgamento de ação para barrar o assédio judicial a jornalistas

n Depois do voto da relatora
e presidente do STF, ministra
Rosa Weber, a Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI 7055),
ajuizada pela Abraji, teve seu jul-
gamento no plenário virtual inter-
rompido pelo pedido de vista do
processo feito pelo ministro Luís
Roberto Barroso. O julgamento
virtual que trata da ADI 7055 e da
ADI 6792, proposta pela ABI (As-
sociação Brasileira de Imprensa),
teve início em 22 de setembro.
u As entidades pedem que o
Supremo dê interpretação con-
forme à Constituição Federal a
dispositivos do Código Civil, do
Código de Processo Civil e da Lei
dos Juizados Especiais, de modo
a diminuir os danos causados
pelo assédio judicial contra a
imprensa. A Abraji destaca o uso
dos Juizados Especiais Cíveis
(JECs) para processar um jorna-
lista ou veículo de comunicação
a partir de diversas localidades,
mantendo o profissional “preso”
em uma teia de audiências.
u A Abraji e outras organizações
de defesa do jornalismo mani-
festaram a importância de o STF
sinalizar, através dessa decisão,
o jornalismo como instrumento
para a manutenção das institui-
ções democráticas. Em nota,
ressaltaram que a Corte deve
cumprir seu papel de combater
o assédio judicial e o uso abusivo
do direito de acesso à Justiça,
que têm sido usados para o silen-
ciamento e a censura a jornalistas
no país. (Saiba+)

CNN Brasil fecha parceria editorial com o NeoFeed

n A CNN Brasil anunciou uma
parceria editorial multiplatafor-
ma com o NeoFeed, plataforma
que é referência na cobertura de
negócios, finanças, economia e
inovação. Por meio da parceria,
o NeoFeed terá pílulas de vídeo
na grade da CNN e o jornalista
Carlos Sambrana, cofundador
da plataforma, um programa
de entrevistas com os grandes
nomes do mundo empresarial.
u Com a parceria, o NeoFeed
vai destacar em sua home page
as principais notícias da CNN,
e o site do canal vai gerar uma
área destacando o conteúdo do
NeoFeed. Também haverá uma
sinergia entre os dois veículos no
canal do NeoFeed no YouTube,
que foi reformulado e contará
com uma grade de programas
mais extensa.
Carlos Sambrana

São 75 anos em constante

movimento e transformação.
Fazendo do pioneirismo e da inovação diretrizes de negócio.
Conhecendo o(a) cliente e fidelizando para uma experiência de compra diferenciada.
Consolidando marcas como referências em seus segmentos.
Aprimorando, todos os dias, a operação em todos os seus pontos de contato.
Colocando cada um dos(as) clientes como centro das decisões.
Gerando valor para a sociedade e fazendo a diferença no varejo brasileiro.

Últimas
conitnuação -
Repórteres Sem Fronteiras lança relatório sobre
desafios do jornalismo na Amazônia
n A Repórteres Sem Fronteiras
(RSF) lançou o relatório Amazô-
nia: Jornalismo em Chamas, que
aborda os desafios e obstáculos
Project Oasis Global vai mapear mídia nativa digital no Brasil
n O Project Oasis Global, estudo
liderado pela SembraMedia so-
bre sustentabilidade e inovação
de organizações de jornalismo
nativas digitais, anunciou uma
nova fase que pretende incluir
novas regiões e veículos. Com
o apoio da Associação de Jorna-
lismo Digital (Ajor), o projeto vai
incluir pela primeira vez informa-
ções sobre veículos brasileiros
em seu diretório.
u A ideia é fortalecer os diretó-
rios de veículos de América do
Norte, Europa e América Latina,
com o mapeamento e análise
do jornalismo e da liberdade de
imprensa na região da Amazônia.
A ONG detectou 66 casos de
ataques à imprensa nos nove es-
de mais de 2,5 mil organizações
de notícias, de 68 países. A Sem-
braMedia atuará com o auxílio de
entidades parceiras,que incluem,
além da própria Ajor, a LION
Publishers (América do Norte)
e European Journalism Centre,
Media and Journalism Research
Center, Global Forum for Media
Development e International
Media Support (Europa). O pro-
jeto pretende também ampliar o
diretório formado por redações
de Ásia, África e Oriente Médio.
u No Brasil, a pesquisa será co-
ordenada pelo professor e con-
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Edição 1.429
página 25
tados da Amazônia Legal, entre 30
de junho de 2022 e 30 de junho
de 2023.
u O relatório destaca que os jor-
nalistas e os meios de comunica-
ção enfrentam desafios estruturais
específicos na Amazônia, como
a complexidade logística dos
deslocamentos, desigualdades
tecnológicas, dificuldades de
financiamento (especialmente o
jornalismo local e independente),
e interferência de poderes políti-
cos e econômicos no conteúdo
editorial.
u Entre os 66 casos de viola-
ções da liberdade de imprensa
registrados, 16 estavam ligados a
reportagens sobre agronegócio,
mineração, povos indígenas e
violações de direitos humanos. O
relatório explica que a região da
sultor Marcelo Fontoura, um dos
pesquisadores responsáveis pelo
Atlas da Notícia, que inclusive será
usado como base de dados para
mapear os veículos brasileiros.
Fontoura terá o apoio de pesqui-
sadores regionais. As entrevistas
serão aplicadas a partir de 9 de
outubro, e o primeiro relatório
global e a base de dados com-
pleta serão publicados em 2024.
u Para participar do projeto, é
necessário que o veículo seja
nativo digital, publique conteúdo
original e de interesse público,
tenha independência editorial e
Amazônia é um ambiente hostil
para jornalistas, com diversos ata-
ques e ameaças de indivíduos que
querem evitar que determinadas
informações sejam divulgadas.
Isso gera uma espécie de “auto-
censura” entre os jornalistas na
região, com o objetivo de evitar
ataques de representantes dos
poderes político e econômico,
“em um contexto marcado pela
ausência de uma política de pre-
venção, proteção e valorização do
jornalismo”, destaca a RSF.
u A ONG também destacou
como anunciantes acabam in-
terferindo editorialmente no jor-
nalismo praticado, e listou reco-
mendações para a criação de
um ambiente mais favorável para
o jornalismo na Amazônia. Leia o
relatório na íntegra.
seja transparente em relação aos
seus fundadores, funcionários
e políticas de financiamento.
Saiba mais sobre o Project Oasis
Global aqui e mande dúvidas ou
pedidos de inclusão de veículos
no programa para o e-mail pro-
jectoasis@ajor.org.br.
 Pág.1

Edição 1.429
página 26
Últimas conitnuação -

Money Report estreia na TV em outubro, no BM&C News

n A plataforma Money Report,
especializada na cobertura de
temas relacionados a economia,
política e o mundo de negócios,
fará sua estreia na televisão em 5
de outubro, em parceria com o
BM&C News, canal independente
com foco no mercado financeiro.
Fundado em 2017 por Aluizio
Falcão Filho e Cristina Falcão, o
Nacionais
Money Report passará a compor
a grade do BM&C com um pro-
grama semanal de entrevistas
conduzidas por Falcão, sempre
com três convidados especiais,
que também vão interagir entre
si. O programa irá ao ar às quin-
tas-feiras, a partir das 21 horas.
u Criado pelos jornalistas Paula
Moraes e Luiz Messici, o BM&C
News está há pouco mais de
dois anos no ar. Voltado para o
público investidor, o canal traz
notícias em tempo real, opinião
de especialistas e programação
24 horas, acumulando mais de
12 milhões de usuários únicos
em suas páginas na internet. O
BM&C está presente nas TVs a
cabo Vivo e Claro.

Ataques escolares, racismo, soluções e o papel do

jornalismo foram discutidos no 7° Congresso da Jeduca
n A Associação de Jornalistas
de Educação (Jeduca) realizou
em 18 e 19 de setembro o 7º
Congresso Internacional de
Jornalismo de Educação. Com
o tema central Que sociedade
queremos? O jornalismo de
educação no debate nacional,
o evento aconteceu na Funda-
ção Escola de Comércio Álvares
Penteado, em São Paulo.
u Este ano, especialistas dis-
cutiram em mesas e oficinas
métodos de cobertura para os
principais assuntos da educação,
como atentados, desigualdade
racial e a tecnologia em ambien-
tes escolares.
u Na mesa de abertura, Educação
antirracista: a voz preta na história,
mediada pela presidente da Jedu-
cottonbro studio
ca Renata Cafardo, Nikole Han-
nah-Jones e Tiago Rogero fala-
ram sobre inspirações e desafios
presentes na criação de projetos
que abordam a escravidão através
da perspectiva negra. Nikole, cria-
dora do The 1619 Project, do The
New York Times Magazine, expli-
cou a relação de estadunidenses
com temas como desigualdade,
segregação e racismo. Ela revelou
que não há tanto patriotismo para
pessoas negras devido ao passado
do País e que, apesar de alguns
terem a ilusão de democracia, o
legado da escravidão permanece
afetando atos políticos e sociais
nos EUA.
u Inspirado pela produção de
Nikole, Rogero, diretor da Abraji,
criou o Projeto Querino. Produ-
zido por uma equipe majorita-
riamente negra, mostra como
a escravidão privilegiou pessoas
brancas e marginalizou negras.
O profissional compartilhou que
foram necessários mais de dois
anos de pesquisa para sua reali-
zação. Além da surpresa pelo fe-
edback positivo, ele revelou que
pretende lançar um livro sobre o
tema, assim como preparar um
formato para ser implementado
nas escolas. (Veja detalhes das
demais mesas)

A Intel® valoriza profundamente o jornalismo como meio de mostrar como a inovação pode
ter um impacto positivo na sociedade. Seu compromisso com a liberdade de informação e a
busca contínua pela verdade desempenham um papel fundamental na construção de um
futuro mais brilhante e inspirador. Parabéns a toda a equipe do Jornalistas & Cia por seu
papel fundamental nesse percurso de transformação e informação.

Parabéns pelos 28 anos!

Mikhail Nilov

Nacionais
Dez instituições firmam acordo para ações contra ataques ao jornalismo
conitnuação -
n Dez instituições que atuam
em prol do livre exercício do
jornalismo, lideradas pelo Minis-
tério Público Federal, firmaram
parceria para acompanhar as
denúncias de violações à liber-
dade de imprensa em âmbito
nacional. Durante a cerimônia
de assinatura do Memorando
de Entendimento, em 21/9, na
sede da ABI, os dirigentes das
entidades realçaram o valor da
união de esforços.
u A mesa reuniu, pelo MPF, o
procurador federal dos Direi-
tos do Cidadão Carlos Alberto
Vilhena e o procurador da Re-
pública Júlio José Araújo Jú-
nior (Procuradoria Regional dos
Direitos do Cidadão/RJ), e, pela
ABI, o presidente Octavio Costa.
u A parceria prevê a criação de
Terra lança verticais sobre Educação e ESG
n O portal Terra lançou duas
novas verticais editoriais: EduCar,
que traz pautas sobre educação
e carreira, e Planeta, sobre ques-
tões relacionadas ao Environ-
mental Social Governance (ESG).
As novidades fazem parte do
processo de reposicionamento
do Terra, que nos últimos dois
anos remodelou 13 verticais
para alinhá-las aos 17 Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável
R7 e Placar firmam parceria de conteúdo e cobertura de eventos esportivos
n O portal R7 e a Revista Placar
firmaram parceria de conteúdo
com o objetivo de intensificar a
cobertura esportiva. O material
produzido pela Placar será dis-
ponibilizado no site do R7, in-
cluindo coberturas esportivas
mecanismos para efetivar direitos
à liberdade de expressão e o
direito à informação. Está pre-
vista, entre outras ações, uma
Araújo Júnior (esq.), Vilhena e Octavio Costa
(ODS) da ONU.
u A jornalista e produtora Adria-
na Farias integra o time da Plane-
ta, contribuindo com coberturas
e projetos especiais. A equipe da
vertical conta ainda com Diogo
Rodriguez, que assina a coluna
ao vivo e lances em tempo real.
u Para Sandro Santos, diretor
comercial da Placar, a parceria
será benéfica para os dois la-
dos: “A parceria entre os portais
é uma ótima opor tunidade
para as marcas, uma vez que a
Pág.1
Edição 1.429
página 27
central para receber denúncias
de assédio judicial contra jorna-
listas e outros ataques a comu-
nicadores, para garantir atuação
Me explica, com explicações
simples sobre as mudanças que
têm impacto direto nas transfor-
mações do planeta. A vertical
apresenta também a plataforma
Menos 1 Lixo, que mostra a
importância do tema educação
audiência do R7 poderá contar
com um conteúdo nobre sobre
o mundo do futebol. Já para
a Placar, poderemos contar
com um enorme crescimento
de audiência, uma vez que mi-
lhares de pessoas terão acesso
rápida do MPF, via Procuradorias
Regionais dos Direitos do Cida-
dão, em conjunto com outras
instituições.
u As instituições signatárias do
acordo de cooperação são:
Ministério Público Federal (MPF),
via Procuradoria Federal dos
Direitos do Cidadão; Associação
Brasileira de Jornalismo
Investigativo (Abraji); Associação
Brasileira de Imprensa (ABI);
Federação Nacional dos
J o r n a lis t as (Fe n a j); Fó r um
Nacional pela Democratização
d a Co m u n i c a ç ã o ( FN D C);
Instituto dos Advogados
Brasileiros (IAB); Intervozes –
Coletivo Brasil de Comunicação;
Instituto Tornavoz; Instituto
Vladimir Herzog; e Repórteres
Sem Fronteiras (RSF).
ambiental e sustentabilidade.
u Em EduCar, Cazé Pecini,
ex-Globo, Bandeirantes e MTV,
trará conteúdo exclusivo sobre
o Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem). A vertical tam-
bém trará a edtech Afrofile ao
time, com o objetivo de facilitar
o acesso à história e à cultura
afro-brasileira por meio de con-
teúdos em textos e vídeos que fi-
carão disponíveis no portal Terra.
diretamente ao nosso site. In-
clusive, essa parceria traz um
ganho enorme para agências
e marcas anunciantes, que
poderão se beneficiar desse
crescimento”.
 Pág.1

Edição 1.429
página 28
Nacionais

Pleito de inclusão do nome do Padre Landell de Moura no

conitnuação -

Bulevar do Rádio em São Paulo chega a quase 500 assinaturas

n O abaixo-assinado criado por
este J&Cia pleiteando a inclusão
do nome do Padre Roberto Landell
de Moura no Bulevar do Rádio,
iniciativa da Prefeitura e Secretaria
do Urbanismo e Licenciamento
de São Paulo, com apoio do
Sesc-SP e Itaú Cultural, já chegou
a quase 500 assinaturas, metade
da meta que estabelecemos para
encaminhá-lo aos organizadores e
financiadores do projeto.
u O Bulevar do Rádio é uma
iniciativa criada para homenagear
os 100 anos de rádio no Brasil e o
movimento criado por este J&Cia
busca que o projeto contemple
uma homenagem também ao
cientista Landell de Moura, pio-
neiro das telecomunicações e
inventor do rádio. Quanto mais
pelo Bulevar ser projetado na re-
gião da avenida Paulista, a mesma
onde Landell fez uma de suas
duas experiências pioneiras de
transmissão da voz humana e de
músicas pelo ar, sem uso de fios,
no final do Século XIX, demons-
tração acompanhada por dezenas
de pessoas e que contou com a
coberta da imprensa da época.
u Interessados em apoiar a ini-
ciativa podem também assinar o
manifesto, neste link.

Esta coluna é de responsabilidade da Jornalistas Pretos – Rede de Jornalistas pela Diversidade na Comunicação
R
E
D À margem da representação: o jornalismo explora a
E imagem, mas ignora a voz de crianças negras
A representação de crianças negras no jornalismo
brasileiro é cercada por estereótipos negativos, que

EM AÇÃO
contribuem para perpetuar no imaginário popular a
associação de pessoas negras a violência, pobreza
e crime. Embora existam imagens positivas, elas
são publicadas e reproduzidas em menor número
Faça parte da nossa rede: se comparadas a de crianças brancas. Conheça o
jornalistaspretos@gmail.com trabalho do coletivo Colo, que observou uma dis-
paridade preocupante na representação de crianças
negras nos meios de comunicação. Enquanto a voz
das crianças quase não aparece em revistas, jornais
e televisão, a imagem delas é amplamente explo-
rada. Leia a matéria completa no site da Rede JP.
A Rede JP é uma rede de jornalistas negros, indígenas e periféricos do Brasil e do exterior focados em tornar a comunicação social mais diversa e
representativa em toda a sua estrutura. Atuamos com os pilares de representatividade, educação e oportunidade. Conheça o nosso banco de talentos e
acesse as nossas redes: @RedeJP | Linktree.

Construir vínculos e inspirar as pessoas: é para isso que existimos.

 Até sábado, ainda dá!
Inscrições encerram-se
no próximo dia 30 de setembro

31 categorias distribuídas
em três verticais
Grandes Agências
Agências-Butique
Organizações Empresariais e Públicas
Organizações do Ano
E mais: Grande Agência
Cases Regionais do Ano Agência-Butique
Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul Organização Empresarial e Pública

Cases Nacionais do Ano Prêmio Especial Decio Paes Manso de

Grande Agência Contribuição à Comunicação Corporativa
Agência-Butique Instituição homenageada: Associação Brasileira de
Organizações Empresariais e Públicas Comunicação Empresarial (Aberje)

Inscrições: https://www.jatobapr.com.br/jatoba-2023
Informações:
Bruna Valim (brunavalim@megabrasil.com.br e 11-97852-9239)
Clara Francisco (clarafrancisco@megabrasil.com.br e 11-98843-0304).

Momento “emocionante e assustador”:
o que diz nova pesquisa da LSE sobre
IA generativa no jornalismo
Se alguém ainda tem dúvidas
sobre a entrada da inteligência
artificial generativa na imprensa,
uma nova pesquisa feita pela
iniciativa JournalismIA da Lon-
don School of Economics (LSE)
chega para sepultá-las de vez:
apenas 1% dos representantes
de mais de 100 empresas jor-
nalísticas de 46 países disseram
que ainda não testaram as fer-
ramentas.
O mesmo percentual não
acredita que a IA generativa
traga oportunidades para o
jornalismo, contra 73% que dis-
cordam dessa opinião − menos
do que os 85% que experimen-
taram a tecnologia.
Isso sugere que parte deles
ainda não se convenceu total-
mente, o que pode estar rela-
cionado ao desconhecimento
sobre as aplicações e medo dos
riscos. No entanto, mais de 7 em
cada 10 entrevistados acreditam
nas oportunidades.
São exemplos de como a IA
pode ajudar o jornalismo e a
sociedade se for incorporada
às redações.
Desigualdades
Norte x Sul global
No entanto, esse reino dos
céus pode não estar ao alcance
de todos. A adoção da tecno-
logia no jornalismo tende a ser
menos universal do que muitos
sonhariam, outra impressão
revelada pelo estudo.
Embora as redações enfren-
tem desafios relacionados à in-
tegração da IA em todo o mun-
do, eles se demonstraram mais
pronunciados para as que estão
no chamado Sul Global, segun-
do a pesquisa.
Os entrevistados destacaram
O relatório é um mergulho
no universo de incertezas que
rondam a adoção da inteli-
gência artificial em todos os
setores, incluindo em RP, como
demonstrou a edição especial
do MediaTalks sobre o tema.
No jornalismo, as implicações
se relacionam diretamente com
a atividade-fim: informar com
precisão e isenção.
Como a IA está sendo
usada nas redações
Algumas revelações confir-
mam o que outros estudos mos-
traram. Os principais usos da IA
generativa são em produção
de conteúdo (90%), distribuição
(80%) e apuração (75%).
Serviços de transcrição de
áudio para texto e de tradução
automática como Otter, Colibri
e Whisper foram os mais citados,
ainda que com as habituais re-
clamações de traduções impre-
cisas, sobretudo quando o áudio
desafios linguísticos, infraestru-
turais e políticos. Observaram
como os benefícios sociais e
econômicos da IA tendem a se
concentrar geograficamente no
Norte Global, onde existem in-
fraestruturas melhores e acesso
mais fácil aos recursos.
Mira Yaseen, pesquisadora
principal do estudo, descreve a
disparidade global da IA como
“uma faca de dois gumes”. Ela
aponta que os benefícios eco-
nômicos e sociais da IA estão
concentrados no Norte Global
e os seus danos afetam des-
proporcionalmente o Sul Glo-
bal (por exemplo, preconceito
algorítmico), exacerbando as
desigualdades. “Se quisermos
realmente nos beneficiar da IA
de forma equitativa no jornalis-
Pág.1
Edição 1.429
página 30
é de uma pessoa com sotaque.
Por outro lado, relatos da
ajuda da IA para fact-checking
mostram que é preciso ir além
das queixas sobre alucinações
do ChatGPT ou do Bard e olhar
a metade meio cheia do copo.
Aplicações NLP (Natural Lan-
guage Processing) estão sendo
empregadas para coletar fatos e es-
mo, é imperativo que adotemos
um enquadramento consciente
do poder do desenvolvimento e
adoção global da IA, um aspecto
que está frequentemente ausen-
te nos debates”, disse.
Mudanças “emocionantes
e assustadoras”
O jornalista Charlie Beckett,
diretor da iniciativa da LSE, não
coloca panos-quentes sobre os
riscos da tecnologia para a mí-
dia. Ele acha que as mudanças
trazidas pela IA ao jornalismo
são “emocionantes e assusta-
doras”. E admite que a pesquisa
confirma a percepção de que
as ferramentas de IA generativa
são “uma ameaça potencial à
integridade da informação e dos
meios de comunicação”.
De Londres,
Luciana Gurgel
tatísticas oficiais a fim de confirmar
declarações ou anúncios. Outro
uso é a busca reversa para conferir
se uma imagem foi manipulada.
Desde, é claro, que não sejam
bem usadas e incorporadas aos
processos, ele ressalta. Cum-
prindo-se essa premissa, diz
Beckett, elas oferecem «uma
oportunidade incrível para tor-
nar o jornalismo mais eficiente,
eficaz e confiável».
O professor, que fez carreira
em redações até criar o centro
de estudos, em 2019, diz que a
pesquisa é um retrato fascinante
da imprensa em um momento
crucial de sua história.
Leia mais sobre a pesquisa em
MediaTalks.
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MediaTalks em sua caixa
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conitnuação - MediaTalks
Esta semana em MediaTalks
Traição à pátria − Depois de
passar a presidência atacando
a imprensa, Donald Trump deu
sinais de que pretende endurecer
o jogo ainda mais se voltar ao
cargo, prometendo abrir um pro-
cesso contra a Comcast, dona da
NBC News, por traição ao país.
As declarações foram feitas no
domingo (24/9) em uma série de
posts na conta do ex-presidente
na Truth Social, rede que ele
fundou em 2022. A Casa Branca
reagiu em nota oficial, na qual
Biden afirma que a liberdade de
imprensa é um direito constitu-
cional fundamental e que os pre-
sidentes devem sempre defender
as liberdades dos americanos e
nunca pisá-las para fins políticos
egoístas, pequenos e perigosos.
TV do Irã − A Iran Internatio-
nal TV retomou em 25/9 suas
transmissões a partir de Londres
depois de ter sido obrigada a
transferir as operações para os
EUA diante de ameaças contra
a sua equipe atribuídas pelas
autoridades da Grã-Bretanha ao
governo do Irã, na sequência
dos protestos contra a morte da
jovem curda Mahsa Amini. Com
sede em Londres, a rede é o
principal canal independente de
notícias 24 horas por dia, 7 dias
por semana, assistido por um
público de mais de 30 milhões
de pessoas, entre a população
iraniana e a diáspora global. O
antigo estúdio no Chiswick Park
não será mais usado. A rede
funcionará em novas instala-
ções mais protegidas na região
norte da capital britânica, sob
orientação de segurança por
parte da Scotland Yard (a polícia
metropolitana de Londres).
Desinformação climática − Um
novo relatório publicado semana
em Nova York colocou o Twitter,
recentemente rebatizado para X,
como a com rede social com as
piores práticas para combater
a proliferação de desinforma-
ção climática entre as cinco
pesquisadas: Meta (Facebook
e Instagram), Pinterest, YouTu-
be, TikTok e Twitter/X. Intitulado
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Climate of Misinformation (Clima
de Desinformação, em tradução
livre), o documento classificou
a plataforma de Elon Musk como
a pior dentre cinco gigantes
do setor − apontadas como
“cúmplices” na disseminação
de negação da crise climática.
De autoria da Climate Action
Against Disinformation (CAAD,
ou Ação Climática Contra a
Desinformação), a iniciativa
visa medir os resultados das
promessas das big techs para
enfrentar o problema nos anos
recentes e apontar os buracos
nesse combate.
Libertado no Paquistão − Após
quatro meses desaparecido
em circunstâncias misteriosas
e mantido incomunicável, o
jornalista de T V e youtuber
Imran Riaz Khan, do Paquistão,
foi libertado em 25/9, segundo
informaram a polícia de Sialkot e
seu advogado, que postou uma
foto no Twitter/X. O jornalista
não tem parentesco com o líder
político de oposição Imran Khan,
mas defendeu-o publicamente
e se tornou um dos alvos da
repressão aos protestos pela sua
prisão, em maio. O advogado
Mian Ali Ashfan disse que a de-
mora em conseguir a liberdade
do jornalista deveu-se ao judiciá-
rio fraco e à constituição ineficaz
do Paquistão.
A portas fechadas − Mantida
na prisão desde setembro de
2021, quando foi capturada antes
de deixar a China a fim de estudar
no Reino Unido, a jornalista e
ativista Sophia Huang Xuequin
começou a ser julgada em 22/9
pelo crime de “incitar subversão”,
junto com o defensor de direitos
trabalhistas Wang Jianbing. Ela
ficou conhecida como a princi-
pal face do movimento #MeToo
na China, realizando campanhas
e prestando assistência a vítimas
de agressão e assédio sexual.
A Anistia Internacional e outras
ONG emitiram uma declaração
conjunta exigindo que as autori-
dades libertem os dois e retirem
as acusações contra eles.

Comunicação Corporativa
Prêmio Jatobá PR 2023
Inscrições encerram-se à meia noite deste sábado (30/9)
Cases terão cinco dias adicionais, até a meia noite de 5 de outubro, para serem incluídos na plataforma.
Festa de premiação está marcada para 5 de dezembro no Renaissance Hotel, em São Paulo
n As inscrições à edição 2023
do Prêmio Jatobá PR encer-
ram-se neste próximo sábado,
30 de setembro, à meia noite,
e a partir desse horário já não
será mais possível participar da
premiação neste ano. Os organi-
zadores, no entanto, em função
do acúmulo de projetos que
estão sendo inscritos nos últimos
dias, estenderão em cinco dias,
até 5 de outubro, o prazo para o
upload dos cases na plataforma
da premiação.
Internacional
n Amanda Scarpeti iniciou em
julho nova jornada profissional,
porém no exterior, mais espe-
cificamente em Vancouver, no
Canadá, contratada pela em-
presa de moda Frank And Oak,
no cargo de brand ambassador.
Ela foi por dois anos e quatro
meses, até junho, da RPMA
Comunicação, onde por último
ocupou o cargo de consultora
sênior.
Amanda Scarpeti
u Vale lembrar que a premiação
conta com três verticais e 31
categorias, dez delas exclusivas
para grandes agências, outras
dez exclusivas para as agências-
-butique e dez exclusivas para as
organizações privadas e públicas,
além de uma Internacional, aber-
ta a todos os participantes.
u Os cases serão submetidos a
um júri integrado por quase 60
profissionais entre 9 e 24 de ou-
tubro e no dia 30 do mesmo mês
o GECOM – Grupo Empresarial
Espírito Santo
n Isabel Cristina Raupp Pimen-
tel acaba de assumir a Diretoria
de Comunicação e Relações
Governamentais da Interfarma.
Vem de uma jornada de quase
cinco anos como assessora-
-chefe da Anvisa, período que
compreendeu todo o ciclo da
pandemia da Covid-19. Antes,
esteve também, por dois anos e
meio, na Secretaria de Saúde do
Estado do Espírito Santo.
Isabel Cristina Raupp Pimentel
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Edição 1.429
página 32
de Comunicação anunciará as megabrasil.com.br e 11-98843-
shortlists com os finalistas que 0304).
disputarão os troféus de cam-
peões e os prêmios especiais de
Cases do Ano, Cases Regionais
do Ano e Organizações do Ano.
u A festa de premiação está
marcada para o dia 5 de dezem-
bro no Renaissance Hotel, em
São Paulo.
u Outras informações com
Bruna Valim (brunavalim@mega-
brasil.com.br e 11-97852-9239) e
Clara Francisco (clarafrancisco@
Rio de Janeiro Na WayCarbon, Flávia reporta-
n Flávia Ribeiro, que atua há 16 -se diretamente ao CEO Felipe
de seus 25 anos de experiência Bittencourt, um dos sócios-fun-
profissional com temas ligados dadores.
a Sustentabilidade e à agenda n Sara Paixão deixou a Rede
ESG para grandes indústrias e Globo em agosto, após pouco
varejo, é desde fevereiro a head mais de quatro anos e meio
de comunicação e marketing da de casa. Nesse período atuou
WayCarbon. Entre suas respon- como assessora de comuni-
sabilidades está a assessoria de cação de vários projetos da
imprensa, atendida pela BRSA, emissora.
sob direção de Márcia Becker.
Sara Paixão
Flávia Ribeiro
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Edição 1.429
página 33
Corporativa

São Paulo
Tato Carbonaro assume Comunicação e
conitnuação - Comunicação

Relações Institucionais do Museu do Ipiranga

n Tato Carbonaro foi anuncia-
do pelo Conselho Curador do
Museu Paulista, órgão máximo
de gestão responsável pela en-
Tato Carbonaro tidade, como seu novo diretor
de Comunicação e Relações
Institucionais. Também foram
anunciados para o board da
instituição Mário Mazzilli, conse-
lheiro do MAM e da Cinemateca
Brasileira, como diretor-geral;
e Rogério Effori, administrador
de empresas e gestor cultural,
como diretor Administrativo e
Financeiro.

Claudia Tozetto assume

nova área no Google
n Claudia Tozetto, que em
agosto completou cinco anos
de Google, assumiu novas res-
ponsabilidades na empresa. Até
então gerente de RP e Comuni-
cação, ela foi promovida a head
de Comunicação e RP para Ads,
Commerce e Payments. Antes
Claudia Tozetto do Google, fez carreira nas
redações, em veículos como
Estadão, Veja.com e iG.
E mais...
n Alexandre Correia Lolo Junior,
ex-Vira, que atuou por um ano e
três meses na NR7, como exe-
cutivo de atendimento, deixou
a agência em agosto passado. Alexandre Correia Lolo Junior

agenciavirta

22 Anos de
mercado

COMUNICAÇÃO Reputação e

ESTRATÉGICA
Relações com
a Imprensa Inteligência

E CONEXÕES
INTELIGENTES Conteúdo
Análises
Estratégicas

Marketing Monitoramento
Digital de Mídia
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página 34
Corporativa
conitnuação - Comunicação

Beatriz Bueno Catalina De Vera Fabiana Andrade Gustavo Carvalho

n Beatriz Bueno, gerente de
marketing digital, deixou a PwC,
em que atuou por sete anos e
meio, até agosto, e assumiu a
Gerência de Marketing Digital
da Divisão Vascular para Canadá
e América Latina da Abbott. Ela
também já esteve em Imagem
Corporativa e Burson-Marsteller.
n Catalina De Vera integrou-se
em agosto ao time da Néctar Co-
municação, na função de analis-
ta sênior para o cliente Tetra Pak.
Antes, foi do time de executivos
da Edelman por pouco mais de
dois anos e meio.
n Fabiana Andrade, que passou
rapidamente pela Loures (ver
J&Cia 1.428), já está em nova
jornada, contratada pela Aviareps
para cuidar da assessoria do
Brand USA.
n Gustavo Carvalho, que foi de
Fato Relevante e AtitudeCom,
está atualmente na JeffreyGroup,
contratado para o atendimento
das contas de aviação da agên-
cia – Airbus e American Airlines.
n Kátia Silva, ex-Planin, Race e
Edelman, começou em junho
como coordenadora de PR na
Prestige Assessoria de Comu-
nicação. Kátia Silva

n Marcel Andrade deixou a Lou-
res Consultoria, em que esteve
por um ano e dois meses, até ju-
nho, e começou como assessor
de imprensa sênior na Approach,
para o atendimento da Enel.
n Matheus Thomaz Rossi está
desde março em nova jornada,
como analista júnior na SPMJ Co-
municação. Foi anteriormente de
Seven PR e Grupo Trama Reputale.
Marcel Andrade n Melissa Adamo Rossi come-
çou em junho como gerente de
relações públicas da Fala Criativa,
do Grupo Fala. Foi contratada
para ser a responsável pela ope-
ração do time de atendimento
nas atividades de RP, assessoria
de imprensa, eventos, estratégias
com influenciadores, ativações
e experiências de marca. Esteve
anteriormente como gerente de
comunicação e branding na Cely
− Influencer Marketing Startup
e também integrou o board da
Epic People Brasil.
n Pedro Cochi integrou-se em
julho ao time da Ideal, como
analista financeiro júnior. Che-
ga após jornada de quase três
anos e meio como assistente
administrativo na Wunderman
Thompson Brasil.
n Renata Grieco, atendimento
sênior na Weber Shandwick por
pouco mais de dois anos, deixou
a agência em abril, transferindo-
-se para a InPress Porter Novelli,
como consultora sênior.

Matheus Thomaz Rossi

Melissa Adamo Rossi Pedro Cochi Renata Grieco

Cultivando um futuro alimentar

positivo para a natureza.

Corporativa
conitnuação - Comunicação
Sebastião Rinaldi
n Sebastião Rinaldi, ex-Ogilvy PR,
abouCOM e Lar Traduções, que
foi por dois anos da Mira Comu-
nicação, até fevereiro, está desde
então na Pros como coordenador
de atendimento, com atuação
exclusiva para o cliente Porto.
Dança das contas
Textual conquista a conta dos Hospitais
Proadi-SUS e Imagem Corporativa, do Rappi
n A Textual Comunicação con-
quistou a conta dos Hospitais
Proadi-SUS – organizações de
saúde que executam os projetos
no âmbito do Programa de Apoio
ao Desenvolvimento Institucional
do Sistema Único de Saúde, em
parceria com o Ministério da
Saúde.
u A frente de imprensa terá o
comando da diretora Lina Gar-
rido, com gerência de Débora
Rodrigues (recém-chegada à
agência, após quase dois anos e
meio na JeffreyGroup), e o aten-
dimento de Bruna Alves (também
recém-chegada da FSB), Juliana
Antonucci e Heloisa Alexandre.
A gestão das redes sociais caberá
à dupla Monique Costa, outra
Acreditamos no poder da
informação de qualidade
para criar um mundo
melhor para todos!
Thais Correa
n Thais Correa, gerente de
conta, deixou a Ecomunica
em abril, após um ano de casa.
Ela também já foi de Jeffrey-
Group, InPress Porter Novelli e
Braskem.
que chegou recentemente à
agência, e Bruno Bacha, sob a
liderança de Pâmela Carvalho.
u O programa é uma iniciativa
do Ministério da Saúde que conta
hoje com a participação de seis
hospitais sem fins lucrativos:
Hospital Alemão Oswaldo Cruz,
BP – Beneficência Portuguesa de
São Paulo, Hcor, Hospital Israelita
Albert Einstein, Hospital Moinhos
de Vento e Hospital Sírio-Liba-
nês. Juntas, essas organizações
executam atualmente 167 proje-
tos para o programa.
n A Imagem Corporativa é a nova
agência de PR do Rappi, empresa
colombiana, fundada em 2015,
que no Brasil está presente em
100 cidades. A agência passa a
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Edição 1.429
página 35
Vinícius Alessandro
n Vinícius Alessandro Salomão
Padrão, que estagiou na Pine PR
e na Edelman, num total de um
ano e oito meses, foi contratado
em agosto como executivo de
contas na Theogames.
ser responsável pelo relaciona-
mento da marca com a impren-
sa. No atendimento, Gustavo
Rocha e Gabriela Carvalho (esta
recém-chegada à agência), com
gerência de Camila Pessanha, di-
reção de atendimento de Gisele
Darbellay e direção executiva de
Vanessa Ramalho.
E mais...
n A Midiaria.com tem novos
clientes em carteira: Contabili-
zei, escritório de contabilidade
digital, com mais de 50 mil pro-
fissionais de atendimento; Agora
Telecom, que atua na distribuição
de soluções de tecnologia e
comunicação e é especializada
em produtos para mercado de
A Sodexo parabeniza
o Jornalistas&Cia por seus
28 anos de sucesso.
Maíra Fontoura
Licença-maternidade
n Maíra Fontoura, professora
na ESPM e diretora de digital na
LLYC, em São Paulo, na agência
desde janeiro de 2022.
enterprise; e Eucatex, para a qual
responderá pelo planejamento
e ações em comunidades do
aplicativo WhatsApp for Business.
u Paula Fiori (ex-Weber Shan-
dwick, Adtalem Educação e
DuPont, recém-chegada da LAM
Comunicação, estará à frente de
Contabilizei e Agora Telecom,
tendo na primeira o apoio de Laís
Ferreira (ex-Weber Shandwick e
LAM Comunicação) e Júlio Jor-
dão (ex-Olho Mágico, startup da
Porto Seguro); e, na segunda, de
Mariana Guerra (ex EPR).
u O atendimento da Eucatex será
realizado sob a liderança da head
de Tatiana Franco, e Carla Vieira.
n A Encaso Comunicação está
de cliente novo, o Instituto e
br.sodexo.com

Corporativa
Movimento Global de Cons-
cientização de Saúde Mental na
Humanidade (Janeiro Branco).
conitnuação - Comunicação
Informações pelo 11-2950-2849.
n Também a Pina Comunicação
tem novidades em carteira, a
Melvi, healthtech que conecta
clínicas e pacientes, que se ca-
racteriza por rapidez e preços
acessíveis. Informações com
Raíssa Jorgenfelth, pelo 11-
98228-9051.
n A Gueratto Press acaba de
conquistar a conta da Multiplike,
Pelo mercado
Futebol e confraternização reúnem mais de 50 jornalistas no Allianz Park
n Mais de 50 jornalistas parti-
ciparam, em 22/9, de encontro
de confraternização da The
Led, no Allianz Park/Palmeiras,
iniciativa organizada pela Tamer
Comunicação, que assessora
a empresa, sob a liderança de
Gustavo Girotto, supervisão de
Sérgio Tamer e Theo Carnier e
gestora e securitizadora com
mais de R$ 30 bilhões em cré-
ditos cedidos e com operações
fechadas em mais de 400 mil
empresas. Informações com o
fundador da agência, Fabrizio
Gueratto.
Pelas instituições
n O Prêmio Aberje 2023 chega
à terceira etapa, da classificação
dos vencedores regionais das 18
categorias, que se estende até
a primeira semana de outubro.
apoio de Andreza Oliveira, Carla
Macedo, Eliane Santos, Evandro
Ribeiro, Guilherme Lima e Ivo
Chicuta. The Led, vale ressaltar,
atua no segmento de painéis de
alta resolução e comunicação in-
terativa integrada e customizada.
u Participaram da competição
mais de 50 profissionais, repre-
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página 36
Foram quase cem os jurados que
participaram das avaliações pre-
senciais dos 345 cases inscritos.
n Está marcado para os dias 10,
16 e 18 de outubro o IV Fórum
Aberje/Valor Econômico de Co-
municação Corporativa, das 12h
às 13h30, em formato online. O
tema do encontro é Redefinin-
do a influência: estratégias de
comunicação para promover
mudanças em tempos de vulne-
rabilidade.
n O Instituto Brasileiro de Gover-
sentando mais de duas dezenas
de veículos, entre jornais, revistas,
emissoras de rádio e TV e mídias
digitais. Os técnicos das três equi-
pes que atuaram foram Adalberto
Piotto, Marco Antonio Sabino e
Sérgio Tamer. Entre os “craques”,
estiveram João Palomino, PVC,
Edson Rossi e Márcio Kroehn.
nança Corporativa (IBGC) abriu
credenciamento para a cober-
tura do seu 24º Congresso, que
debaterá Governança em rede:
Conectando stakeholders. O
evento será em formato híbrido,
podendo ser acompanhado
virtualmente, nos dias 17 e 18 de
outubro, por meio de uma plata-
forma exclusiva de acesso. Para
acesso à programação completa
e palestrantes, clique aqui.
E mais...
n A Virta está apresentando ao
mercado o BrandRisk, serviço
criado com metodologia própria
voltado para o gerenciamento e
análise de risco reputacional. O
objetivo é oferecer às organiza-
ções as informações necessárias
para auxiliar na tomada de deci-
são quanto a parcerias, contratos,
patrocínios e negócios, que
envolvam outras empresas. Mais
informações com Claudia Reis
(claudia.reis@grupovirta.com.br).
n A LLYC anunciou a chegada de
um novo nome para seu Conse-
lho Consultivo, o do advogado
Antonio Peres Jr., que atuará
diretamente de Salvador apoian-
do a aproximação da agência
com empresas europeias que
atuam na região. Além de ter seu
próprio escritório, o novo conse-
lheiro da LLYC atua em diversas
instituições, incluindo Câmara de
Comércio Brasil Romênia, Câ-
mara de Comércio Bahia-Israel
e Câmara Oficial Espanhola de
Comércio no Brasil.
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página 37

Por dentro da Comunicação Pública

Crise e fake news na comunicação das enchentes no Rio Grande do Sul

No início do mês, o Rio Grande
do Sul enfrentou o maior desas-
tre natural dos últimos 40 anos
com a chegada de um ciclone,
que resultou na morte de 27 pes-
soas no estado. Nesta entrevista,
a jornalista Bárbara Barbieri,
responsável pela comunicação
da Defesa Civil de Porto Alegre,
conta que o maior desafio na
comunicação naqueles dias foi
o enfrentamento das fake news
e explica como lidou com o
problema.
Qual a principal dificuldade em
termos de comunicação na crise
que estão vivendo aí no Sul?
Bárbara Barbieri − Neste mo-
mento e neste tipo de crise
temos dois públicos específicos:
o cidadão que vive nas ilhas e
está passando pelo desastre e o
cidadão que vive fora da região
e só pelas notícias fica sabendo
do que está acontecendo. Sendo
assim, nosso maior desafio é
informar de maneira clara o que
está acontecendo e ao mesmo
tempo contornar as fake news,
que ganharam bastante propor-
ção nos meios de comunicações
digitais, nas redes sociais.
Quais os principais meios de
comunicação que estão sendo
usados?
Bárbara Barbieri − Utilizamos
redes sociais das secretarias
(Defesa Civil, Ceic − Centro In-
tegrado de Comando de Porto
Alegre, o site da prefeitura, além
dos veículos de empresas pri-
vadas, como rádio, TV e jornal,
que estão sendo grandes aliados um vídeo com as informações
nesse momento. de alertas para ser distribuídos
Na sua opinião, qual meio tem entre todos.
sido mais eficiente no contato
com a população nessa crise?
Bárbara Barbieri − As redes
sociais.
Em termos de conteúdo, o que
precisa ser dito e qual o tom do
discurso neste tipo de crise, de
modo que não gere mais pânico
ou preocupação indevida na po-
pulação, mas tampouco possa
parecer minimizar a gravidade
da situação?
Bárbara Barbieri − Conteúdo
sério com dados e informa-
ções de fontes oficiais, como
medições dos rios, previsão do
tempo, precipitação etc. Quando
possível nosso coordenador faz Bárbara Barbieri

Inteligência Artificial na comunicação exige cuidados com base de dados

Com o advento da IA (Inteligên-
cia Artificial), um novo desafio
coloca-se para os gestores de
comunicação. E, bem mais
complexo, mas que pode se
tornar um poderoso aliado nos
processos comunicacionais. É
preciso considerar as bases de
dados que suportam os proces-
samentos de IA, para que sejam
adequados na produção de con-
teúdo e na sua divulgação. O ra-
ciocínio parte do alerta feito pela
cientista de dados Renata Prôa,
do Hospital Albert Einstein, que
se dedica ao assunto com foco
na saúde, mas que vale também
para a comunicação social.
Segundo Renata, que mora e es-
tuda nos Estados Unidos, as ba-
ses de dados públicas disponíveis
para o uso dos algoritmos de IA
são, em sua maioria, vindas dos
países ricos e não representam
a realidade de um país diverso
como o Brasil, por exemplo.
O uso de uma base inadequada
de dados vai resultar numa co-
municação equivocada, quando
não ineficaz. Daí a importância de
formar e contar com uma base de
dados de fato, adequada para o
país. “Além de reforçar preconcei-
tos sociais”, alerta a pesquisadora.
Renata aponta que, no caso da
comunicação pública, o gestor
deve investir na produção de con-
teúdo informativo e acessível não
apenas ao tema específico que
trata determinada mensagem,
mas ainda fazer um esforço para
educar a população com respeito
à IA, com um conteúdo de fácil
compreensão, voltado para a
realidade da população. Renata Prôa

Comunicação do CNPq reestrutura-se para revalorizar a ciência

Depois de quatro anos com o
discurso científico sob intensos
ataques negacionistas, um dos
objetivos da comunicação do
CNPq − Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e
Tecnológico nesta nova gestão é
revalorizar o tema da ciência junto
ao público, sem deixar de lado
suas tarefas mais rotineiras. Assim
podem ser (bastante) resumidas
as diretrizes da comunicação do
órgão federal, que tem a jornalista
Mariana Galiza como chefe da
Assessoria de Comunicação.
Funcionária da comunicação
do CNPq há 20 anos, Mariana
destaca que “a maior dificuldade
dos últimos anos foi atravessar
o discurso de negacionismo
científico quando nosso principal
papel é divulgar a importância
da pesquisa científica”. A jorna-
lista aponta que “as narrativas
de desqualificação da ciência,
das instituições de pesquisa e
ensino (institutos e universida-
des) e dos/das pesquisadores/
as produziram, de um lado uma
desconfiança prévia e irracional
de tudo que vem da produção
científica e, de outro, a tentativa
de enfraquecimento institucional
dos órgãos vinculados à ciência”.
Mariana destaca que um dos mo-
mentos mais difíceis foi quando
se tentoue acabar com o CNPq e
fundi-lo com a CAPES. Segundo
a assessora de comunicação do
CNPq, isso gerou uma neces-
sidade de defesa da instituição
e esclarecimento rotineiro da
importância da manutenção das
duas agências. Agora, ela ressalta
o momento positivo do órgão,
com “a liberdade de temáticas e
o reconhecimento da importân-
cia da instituição”.

Branded content
A mais estável e
silenciosa das redes
Ana Brambilla
Professora do Master: Negócios de Mídia e articulista do Orbis Media Review
Tecnologia e estabilidade são variáveis que não costumam
andar juntas. No ambiente de redes sociais, tanto menos.
Para empresas de mídia que precisam inovar para se
manterem relevantes, o caminho traçado frequentemente se
limita a replicar o que seus concorrentes já fazem com
ferramentas relativamente novas.
Tem sido assim com redações que montam equipes inteiras
dedicadas ao TikTok, ainda que não tenham certeza do retorno
que este esforço trará. O mesmo vale para o Threads, para o X-
Twitter e até para X-Hiring - primeiro desdobramento prometido
por Elon Musk na direção de tornar o antigo Twitter um
“aplicativo-para-tudo”.
A ansiedade por “estar onde todo
mundo está” aconteceu com o
ClubHouse, o Tumblr, até com o Koo.
Enquanto isso, na contra-corrente da
volatilidade, o Linkedin completa 20
anos de serviço ameno e sólido.
Recém neste ano, a rede social que desde 2016 pertence à
Microsoft projeta receita de US$ 15 bilhões, menos da metade do
que a Meta faturou só no segundo trimestre de 2023. A
quantidade de usuários ativos também é modesta: são 930
milhões (no Brasil são 65 milhões) comparados aos 5 bilhões que
transitam pelos ambientes da Meta. Mas o Linkedin nunca se
propôs a ser uma plataforma massiva, ao contrário. Com um
propósito claro e um modelo de negócio que não disputa pela
exígua atenção do público, o Linkedin não precisa inventar
funcionalidades a cada mês, nem modificar o algoritmo para
forçar o sucesso de uma novidade.
Pág.1
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É da unicidade da proposta do Linkedin que emerge um
modelo de negócios sustentável e independente de publicidade.
Usa a plataforma quem procura trabalho e quem recruta - e
ambos têm razões de sobra para pagar pelo serviço. Claro, há
quem use para discussões profissionais, informação segmentada,
auto-prestígio e, ultimamente, para anotações sobre a vida
pessoal - o que, aliás, não tem sido muito bem recebido pela
comunidade.
Ao contrário da tendência das outras redes, que se consolidam
como espaços de entretenimento e consumo, o Linkedin tem
espaço para informação jornalística, conteúdo denso e referencial.
Fortemente habitado pela Geração Z, traz um recorte orgânico de
audiências com maior poder aquisitivo e nível mais alto de
escolaridade. Acerta quem vê nesta combinação a fórmula do tal
“público qualificado”, tão pretendido por veículos
hipersegmentados.
É verdade que usuários demandam uma sensibilidade maior de
quem lhes oferta conteúdo e não gostam de ser alvejados por
generalidades a todo instante. Embora o engajamento no Linkedin
cresça - em abril o compartilhamento de conteúdo aumentou 41%
em comparação a 2021 -, a empresa não divulga a duração média
das sessões. Será que o povo entra, posta e cai fora? Para motivar
a permanência no feed, a rede prioriza publicações de contatos
diretos e de publicações cujo tema dialogue com o perfil
informado pelo usuário. Em recente matéria da Bloomberg, a
empresa afirmou que quem usa o Linkedin gosta de ver “conteúdo
baseado em conhecimento” e que, em junho deste ano, a
quantidade de pessoas que gostariam de ver outro tipo de posts
por ali reduziu 80%. Ou seja, há mais acertos do que erros.
A densidade do “clima” no Linkedin não elimina o aspecto
humano que prevalece em qualquer rede social. Isso significa
que as marcas não devem estar ali com a expectativa de fazer
negócio. Mesmo quem usa muito o Linkedin, o faz na condição de
indivíduo e navegar na plataforma não costuma ser parte da
jornada laboral de ninguém. Linkedin não é vitrine de vendas e
insistir nisso pode resultar em aversão à empresa. A tônica do
conteúdo bem-vindo é a utilidade profissional, daí a
importância de uma curadoria seletiva, de conteúdo quase
atemporal (o algoritmo ainda peca no timing de entrega), de
poucas postagens que sirvam a algo mais do que apenas
informar.
Enquanto a Meta reitera seu divórcio com veículos editoriais,
quem sabe o Linkedin possa ser a rede social onde o jornalismo
ainda faz sentido. Para isso, é preciso rever o objetivo de gerar
audiência volumosa a partir de incontáveis publicações. O
Linkedin é um espaço ameno, talvez silencioso, como uma
biblioteca: quem entrar ali falando alto pode acabar sendo
expulso. Mas quem souber aliar jornalismo com serenidade e
consistência pode colher bons frutos… no longo prazo.
Hub de produção de conhecimento
e análise de tendências para
comunicação e jornalismo
orbismedia.org

AUTO
Patrocínio
Prêmio UOL Carros define júri
n Foram definidos os jurados do
Prêmio UOL Carros 2023. Nesta
edição, 25 jornalistas especializa-
dos indicarão os vencedores em
14 categorias: Compacto, Com-
pacto elétrico, Sedã, Sedã elétrico,
SUV (compacto, médio, premium
e elétrico), Picape (compacta, mé-
dia e grande), Esportivo, Destaque
do Ano e Montadora do Ano.
u São nove profissionais da equi-
pe do UOL Carros: o editor Daniel
Neves, os repórteres Alessandro
Reis e Guilherme Menezes, o
colaborador Vitor Matsubara e os
colunistas Felipe Carvalho, Jorge
Moraes, Marlos Ney Vidal, Paula
Gama e Rafaela Borges.
u Também integram o júri An-
tônio Meira Júnior (Correio da
Bahia), Benê Gomes (Band), Clau-
dia Carsughi (Portal Carsughi),
Agência Autoinforme comemora dez anos
do Selo Maior Valor de Revenda – Autos
n A Agência Autoinforme, idea-
lizadora do Selo Maior Valor de
Revenda – Autos, prepara para
novembro uma edição especial
em celebração aos dez anos do
evento. Além de mudanças no
formato, incluindo reformulação
em suas categorias e ampliação
dos reconhecimentos aos veícu-
los elétricos, prepara uma série
de homenagens às marcas que
se destacaram na última década.
u Criado em 2014 com base em
um estudo que já era realizado
desde 2001, o prêmio certificou
140 veículos nos últimos nove
anos. Dentre as marcas que mais
conquistaram troféus nesse perí-
odo, destaque para Volkswagen
Fabio Trindade (Motor1), Felipe
Hil (Opinião Sincera), Fernando
Calmon, Fernando Miragaya
(Automotive Business), Giu Bran-
dão (Mundo sobre Rodas), João
Anacleto (A Roda), Leandro Al-
vares (De Carona com Leandro),
Leonardo Felix (Mobiauto), Lucas
Torres (Carro Chefe), Michelle de
Jesus (Canal Michelle J), Renato
Maia (Falando de Carro), Rodrigo
Mora (Forbes) e Vagner Aquino
(Jornal do Carro).
u A cerimônia de premiação está
confirmada para dezembro.
E mais...
n A revista Roda Rio, de Luiz
Humberto Monteiro Pereira,
completa nesta semana três anos
de vida. Como parte das come-
morações, a edição de aniver-
sário foi liberada para download
gratuito. Sugestões de pautas e
solicitação de assinaturas pelos
revista@rodario.com.br ou 21-
99645-2011.
n Já está disponível o credencia-
mento para o Salão da Mobilidade
Elétrica e Cidades Inteligentes,
que será realizado de 5 a 7/10,
em São Paulo. Mais informações
Pág.1
Edição 1.429
página 39
(25), Toyota (23), Fiat (17), Che-
vrolet (16) e Honda (13). Entre os
campeões gerais, a Chevrolet,
com três troféus, foi a mais ven-
cedora, seguida por Honda (2) e
Fiat, Hyundai, Jeep e Toyota com
um cada.
u “Quando eucriei o estudo, em
2001, meu objetivo era ajudar
o consumidor, incentivando
fabricantes e concessionários a
olhar com mais atenção para o
pós-venda e o valor agregado de
seus carros uma vez que saem
das concessionárias”, explica
Joel Leite, diretor da Autoin-
forme. “Fico muito feliz em ver
o quanto a mentalidade das
empresas mudou nesta última
com Gilberto dos Santos (11-
98588-7085 e gilberto.santos@
expertecia.com.br) ou Eduardo
Pincigher (99464-9356 e eduar
do.pincigher@expertecia.com.br).
n Com curadoria de Marcos Ro-
zen, do Museu da Imprensa Au-
tomotiva (MIAU), a Anfavea inau-
década, desde que o estudo
virou prêmio. Elas passaram a se
preocupar cada vez mais com
o custo do proprietário, com
garantia e com outras políticas
que ajudam a manter em alta o
valor do veículo usado”.
Joel Leite
Marcos Rozen
gurou na Galeria de Presidentes
de seu site institucional, espaço
dedicado à biografia de seus 19
ex-mandatários. Os textos serão
publicados semanalmente, em
ordem cronológica. Na estreia,
destaque para a história de Ma-
noel Garcia Filho, que comandou
a entidade por dois mandatos, de
1956 a 1960.
n O Sindicato das Empresas de
Transporte de Cargas de São
Paulo (Setcesp) promoverá em
5/10 coletiva para apresentar os
finalistas de seu 9º Prêmio de Sus-
tentabilidade. A partir das 10h15,
na sede da entidade (Rua Orlando
Monteiro, 1), em São Paulo. Con-
firmações pelo comunicacao@
mostradeideias.com.br.
 Pág.1

Edição 1.429
página 40

Vem aí a primeira edição do Diálogos Agrojor

AGRO n A Rede Brasil de Jornalistas
Agro (Agrojor) promoverá em
19/10 o 1º Diálogos Agrojor. O
Patrocínio evento online vai debater os
desafios e oportunidades da in-
teligência artificial generativa no
jornalismo, os impactos das fake
news no setor e as tendências da
comunicação corporativa.
u “O primeiro dessa série de
eventos online tem por objetivo
integrar jornalistas e profissionais
de comunicação que atuam
no agronegócio, trazendo para
o debate personalidades que
possam contribuir, por meio de
conhecimento, ciência e atuali-
dades, para um melhor enten-
-SP e USP), Luiz Pacete (Forbes),
Eduardo Tessler (Mídia Mundo),
Fanny Lothaire (France 24),
dimento sobre os impactos que Leandro Becker (Lupa), Jorge
a profissão vem enfrentando”, Soufen Júnior (2PRÓ), Nicholas
explica Vera Ondei, presidente Vital (Aberje) e Eduardo Ribeiro,
da Rede Agrojor. diretor deste Jornalistas&Cia.
u O encontro, das 9h às 12h30, u O valor da inscrição é de R$
será aberto a associados e não- 50.
-associados. Serão dois painéis,
cada um finalizado com um de-
bate entre mesa e participantes.
Dentre os palestrantes, estão
confirmadas as participações de
Magaly Parreira do Prado (PUC-

Grupo EP estreia projeto multiplataforma EP Agro

n Foi ao ar em 23/10, pela EPTV,
Marcelo Ferri
emissora do Grupo EP afiliada da
Rede Globo no interior de São
Paulo e no sul de Minas Gerais, o
EP Agro. O novo projeto multipla-
taforma contará com produção
de conteúdo sobre agronegócio
para EPTV, CBN (Ribeirão Preto
e Campinas), portais Globoplay,
Tudo EP, acidade on e redes
sociais.
u O lançamento foi marcado
pela estreia do programa EP
Agro na TV, que entra na grade
semanal da emissora do Grupo
EP aos sábados, a partir das 7h,
com apresentação de Marcelo
Ferri. “É um programa sobre
agro diferente do que o público
está acostumado porque não
temos estúdio e a cada episódio
estaremos em um local diferente,
mostrando várias faces do setor
que alavanca a economia do
País”, explica o apresentador.
u Na sequência, a partir das
9h30, as rádios CBN de Campi-
nas e Ribeirão Preto transmitem
um programa complementar
com um bate-papo com espe-
cialistas sobre o tema abordado
horas antes na versão televisiva.
Os conteúdos também ficarão
disponíveis no Globoplay e serão
aproveitados pelos sites e redes
sociais geridos pelo Grupo RP.

Iara Soriano assume atendimento da Ihara na Attuale

n Depois de anunciar há algu-
mas semanas a conquista da
conta da empresa de defensivos
agrícolas Ihara, a Attuale con-
firmou a contratação de Iara
Soriano (iara@attualecomunica-
cao.com.br e 15-99600-3063)
para cuidar do atendimento da
nova conta. A executiva vinha
atuando nos últimos três anos na
própria Ihara, onde desenvolvia
atividades estratégicas nas áreas
de comunicação corporativa,
assessoria de imprensa e endo-
marketing.
u Com mais de 20 anos de
experiência, Soriano passou por
Grupo Saint-Gobain e Weber
Quartzolit, e pelas agências Má-
quina Cohn & Wolfe e Ketchum
Brasil. Iara Soriano

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PRECIO Licenciosidade na cultura popular (XXVIII)
SIDADESo Além de criar Adão e Eva, Deus queria
do Acerv mais e mais gente entre outros animais
ASSIS povoando a Terra. E ordenou: cresçam e
ÂNGELO se multipliquem.
E aí a coisa piorou.
Hoje são mais de oito bilhões de ho-
mens e mulheres, sofrendo, matando
e morrendo de tudo quanto é jeito.
A Índia, velho país asiático, encabeça
a lista dos países mais populosos, com
1,428 bilhão de habitantes. Fora isso,
é o país que mais deuses e deusas
inventa e cultua. Os números batem
na casa dos trezentos milhões, sem
falar das crenças, muitas crenças. O
hinduísmo é seguido pela maior parte
da população: 80,5%.
Curiosidade 1: o mundo existe há 1,5
bilhão de anos, segundo os cabeções
da matéria.
Curiosidade 2: o homo sapiens
surgiu há mais ou menos 3580 mil
anos, também segundo os cabeções
da matéria.
Bom, José Ramos Tinhorão foi um
bamba que nos legou boas histórias.
José Ramos Tinhorão na Agora leia a íntegra do texto que ele
redação do Diário Carioca, publicou na revista Chuvisco, edição
em 1959 de setembro de 1963, n° 58:
O fato é que, segundo o Velho Testamento, no sexto dia da Cria-
ção o Senhor tomou uma costela de Adão enquanto ele dormia (o
que mostra, de uma vez por todas, ter sido a mulher criada à revelia
do homem), segundo conta a Escritura − “ex ea formavit mulierem,
quam deait sociam Adamo”.
“Formou com ela a mulher, a qual deu por sócia a Adão”. Foi, não há
dúvida, uma estranha sociedade essa, pois dado que toda a sociedade
civil implica em capital e trabalho, os descendentes da linha masculina
de Adão entraram bem, uma vez que lhes coube exatamente a parte
do trabalho, posto que a beleza na mulher é considerada capital.
Até hoje, aliás, ninguém explicou bem o porquê da própria criação
do homem. Para os materialistas que formam na bancada da Opo-
sição do espírito entraria aí o propósito do Senhor de solucionar o
impasse em que se teria encontrado no sexto dia da Criação. É que,
depois de ter feito a luz, o firmamento, as águas, a terra, as árvores, a
lua, as estrelas, as aves e os peixes, o Criador verificou que não havia
ninguém para acreditar em Deus. Essa teria sido, pois, a verdadeira
razão do Senhor ter feito o primeiro homem “ad similitudinem suam”,
isto é, tão à sua semelhança que em pouco tempo os seus descen-
dentes sairiam criando deuses com a mesma facilidade com que Ele
havia criado os homens.
Voltemos, porém, no capítulo do Gênesis, onde outras dúvidas
assaltam o espírito leigo de quem lê atentamente aquelas linhas
ditadas a Moisés, pelo próprio Espírito Santo. Criado o homem e a
mulher colocou-os Deus no Paraíso, uma região tão bem irrigada e
tão fértil, que, se não tivesse desaparecido com o dilúvio ocorrido
no Anno Mundi 1656 (2240 AC), estaria hoje seguramente nas mãos
de três ou quatro fazendeiros, eleitores do PSD. Isto muito embora
Pág.1
Edição 1.429
página 41
Por Assis Ângelo
A história da Criação ainda não está bem explicada. Talvez devido à
pressa (o mundo foi feito em seis dias, apenas) muita coisa custa hoje
a ser compreendida, mesmo levando em conta que é muita pretensão
do Homem querer julgar a obra de Deus como o Sr. Agripino Grieco
julgava a do escritor Ataulfo de Paiva. No entanto, de tanto ouvirmos
dizer que os homens foram criados por Deus, por exemplo, uma
coisa desde logo não se explica: por que, se o objetivo era criar os
homens, o Senhor foi criar também uma mulher?
Mesmo sem entrar propriamente no mérito dos arcanos supremos,
o fato é que, se o Criador pretendia apenas proporcionar uma compa-
nhia ao Adão feito de barro, Ele poderia perfeitamente, já que estava
com a mão na massa, modelar um
segundo homem. Do ponto de
vista da própria história humana,
estaria desde logo resolvido o mais
antigo problema do homem, isto
é, a mulher.
O que aconteceu, no entanto,
segundo o versículo 27 do Primeiro
Livro de Moisés, chamado Gênesis,
é que Deus resolveu criar o ho-
mem à sua imagem ou, segundo o
texto sagrado, “à imagem de Deus
o creou; macho e fêmea os creou”.
Eis aí. Como não ficar em dú-
vida diante de uma revelação
dessas, partida do próprio Moisés,
e a julgar pela qual o Criador seria
hermafrodita?
Moisés tenha declarado que o Jardim do Éden ficava “na banda do
Oriente”, o que o situaria, hoje, além da Cortina de Ferro.
O certo, entretanto, é que no centro desse “horto amoenissimo”
o Senhor havia colocado, entre árvores de aspecto jocundo, uma
mal-intencionada macieira, cujo fruto simbolizava a ciência. Isto é,
quem comesse de tal fruto veria desencadear-se, imediatamente, o
torturante processo dialético dos contrários, no caso, o do bem e
do mal.
E eis quando, novamente, as coisas não parecem claras no velho
livro de Moisés. Pois se é verdade que Deus, conforme o versículo
26 do Gênesis, abençoou Adão e Eva dizendo-lhes “multiplicai-vos;
e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e
sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a
terra”, não se pode entender bem porque exatamente dessa árvore
da ciência fossem os homens proibidos de provar o fruto. E isso se
explica: se a história da humanidade parece comprovar que o homem
jamais teria conseguido dominar a terra e os animais sem a ajuda da
ciência, como queria o Senhor que isso se desse ao contrário? Além
do que, outra pergunta: se o castigo pela mordida no fruto da árvore
da ciência foi a mortalidade, como estaria o mundo a esta hora se
Adão e Eva, imortais antes do pecado, tivessem seguido o exemplo
de multiplicarem-se indefinidamente, e assim os seus descendentes,
etc, etc. Eis aí um cálculo para ser resolvido segundo a Lei de Malthus.
O certo é que, por culpa da serpente ou não, Eva provou do fruto
da ciência, o qual, aliás − verdade seja dita − jamais chegaria a digerir.
Com grande leviandade, no entanto, ofereceu-o também a Adão,
que logo à primeira mordida pôde perceber que o tal fruto da ciência
não era nada mole.
 Pág.1

Edição 1.429
página 42

PRECIO
SIDADES
do Acer vo
ASSIS
ÂNGELO
Para o casal, a primeira consequência desse pecado
do entendimento foi perceberem ambos, marido e
mulher, que estavam completamente nus. Isso parece pequeno de-
talhe, mas foi graças a esse acontecimento que surgiu no mundo o
primeiro alfaiate, e a Casa Dior pode orgulhar-se, depois, de possuir
tantas filiais.
No primeiro momento, dizem as Escrituras que Eva correu para trás
de uma figueira e Adão sumiu-se numa moita, para só reaparecerem
um diante do outro acachapados sob esta primeira conclusão real-
mente dramática da condição humana: formavam um casal conde-
nado a ter filhos e estavam completamente em tangas.
Fausto Bergocce
Ora, diz o Gênesis que, nesse momento, o Senhor Deus, “que
passeava no jardim pela viração do dia”, chamou Adão: “Onde estás?”.
Não vamos discutir o fato estranhável do Criador, sendo onisciente,
perguntar como qualquer pessoa, “onde estás?”, apenas por não ter
Adão à vista. É outra a dúvida que surge neste passo da história da
criação, e que nenhum exegeta conseguiu até hoje decifrar. Segundo
o diálogo travado no Jardim do Éden, vendo o Senhor a Adão, que
finalmente saía meio encabulado de detrás da moita, confessando
que se escondera porque estava nu, perguntou-lhe: “Quem te mos-
trou que estavas nu? Comeste tu da árvore que te ordenei que não
comesses?”. Para Adão esse preciso momento foi chato à bessa, mas
sua resposta não deixou de encerrar uma certa malícia, uma vez que

com ela responsabilizava o próprio Criador por seu pecado: “A mulher

que me deste por companheira, ela foi que me deu da árvore, e comi”.
Adão havia marcado um a zero. Virou-se então o Senhor para Eva,
e inquirindo-a, por sua vez, deu oportunidade ao primeiro jogo de
empurra da história da humanidade: “A serpente me enganou, e eu
comi”, foi a resposta de Eva.
E eis quando surge a grande dúvida. Segundo o Gênesis, chegado
a esse ponto do diálogo, o Senhor Deus virou-se para a serpente e
proferiu esta fulminante condenação: “Porquanto fizeste isto, maldita
serás mais que toda a besta, e mais que todos os animais do campo:
sobre o teu ventre andarás e pó comerás todos os dias da tua vida”.
Ora, como o Espírito Santo esqueceu de contar a Moisés maiores
detalhes, foi assim que, até hoje, ninguém conseguiu descobrir como
é que as serpentes andavam até o episódio da maçã.
Fotos e reproduções Flor Maria e Anna da Hora

Contatos pelos assisangelo@uol.com.br, http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333

Tuitão do Daniel

Por Daniel Pereira (daniel07pereira@

Sonho meu yahoo.com.br), especial para J&Cia
Acordou de ressaca pelo fracas- mensagens, tomou um susto. cliente, essa é a última oportu-
so no seu time e, mais ainda, Era do Linkedin, que lhe dava os nidade para zerar suas dívidas.
porque não fez sequer um duque parabéns: sua carreira está de- Fez de conta que não viu. Voltou
na megasena. Ligou o celular colando. Por segundos sentiu os para a cama. Fingiu que havia
para checar as notícias do dia. pelos eriçados. Mas optou pelos acordado. Ainda tinha muito a
Mas precisava mesmo era de kkk. Preferiu só a massagem no sonhar antes que chegasse um
alvíssaras que resolvessem sua velho ego. A mensagem seguinte novo boleto.
vida. E foi assim que, ao abrir as era de um tal Acordo Certo. Caro
(*) Batizado há 46 anos no Grupo Estado, Daniel Pereira passou por Rádio Bandeirantes, TV Record, coordenou a Comunicação do Governo de SP
na ECO-92 e foi assessor de imprensa no Memorial da América Latina. Publicou em 2016 O esquife do caudilho e acaba de concluir O último réu.

A MAIOR FERRAMENTA DE ENVIO DE RELEASES DO BRASIL!

MAIS DE 55 MIL JORNALISTAS NO MAILING DE IMPRENSA! VOCÊ
O QUE VOCÊ ESTÁ ESPERANDO PARA CONTRATAR? TEM QUE
HÁ 10 ANOS APERFEIÇOANDO ESTAR
O MERCADO DE COMUNICAÇÃO AQUI!

O herdeiro do rádio
AM é o podcast...
Por Álvaro Bufarah (*)
Aquele papo interessante com o podcaster Leo Lopes vai continuar
na coluna de hoje, onde falamos mais de suas paixões e ideias para
o mercado.
Ele ficou tão aficionado por po-
dcasts que além de criar, produzir,
editar e apresentar, passou a fazer
um programa sobre as novidades do
setor, com informações nacionais e
internacionais, o CastNews.
Entre as notícias, Leo detalha o que
acontece no mercado, dá dicas de
tecnologias e dos novos negócios que
vêm na esteira do podcast.
Nesse sentido, defende algo curio-
Leo Lopes
so para o formato de áudio via web.
Para ele, os podcasts são os herdeiros naturais do rádio AM dos anos
1980/90, não o FM, como muitos pensam. Esse formato se desenvolveu
nos Estados Unidos e migrou para o Brasil, crescendo em paralelo ao
AM, não como decorrência dele.
Assim, os processos de produção e elaboração de programas com
formatos e linguagens mais próximas dos comunicadores acabaram
sendo levados para o podcast, pois têm mais flexibilidade para criar
conteúdos fora das grades de programação das emissoras. Outro
ponto importante já dito por Leo é que as gerações de podcasters
acabaram trazendo como referência a escuta das emissoras do AM de
quando eram crianças, como ele e outros. Nessa esteira, ouviam Gil
o conteúdo era muito bom, mas precisava de alguém para pagar, para
patrocinar. Neste ponto Leo chegou a desanimar, pois queria fazer
rádio como comunicador, levando informações, prestação de serviço
e muita conversa para os ouvintes. “Desanimei porque eu queria fazer
rádio de comunicação, que é o que o podcast reacendeu em mim.
Eu poder comunicar, falar, entrevistar pessoas”.
Foi nesse momento que ele passou a levar suas ideias para o formato
de podcast, em que podia fazer o que sempre sonhou, sem as travas
das emissoras.
Com isso, desenvolveu seu projeto, que acabou por dar origem à pro-
dutora e a outros projetos na área, conforme falamos no texto anterior.
Com o passar do tempo, Leo foi convidado por Luiz Henrique Ro-
magnoli, grande conhecedor do meio, para fazer palestras para radiodi-
fusores sobre a relação das emissoras com a internet, que na época era
vista como um “inimigo” do rádio. “Ele me convidava para participar de
eventos de radiodifusores Brasil afora pra tentar convencer esse pessoal
da concessão. Mostrar que o rádio não era inimigo da internet, que a
internet não era inimiga do rádio, que a internet devia ser aliada do rádio.
Isso lá em 2011. Era eu, Luciano Pires, Lalá Moreira, rodando eventos
Brasil afora para compartilhar nossa experi-
ência de comunicadores que usavam com
sucesso a internet e que o rádio poderia
também fazer bom uso disso”.
“Atualmente, vemos tudo isso acon-
tecendo com uma grande interação
do áudio e da web”, lembra Leo Lopes.
”Então, é uma comunicação em as mídias
se complementam. Fico muito feliz de ver
que o rádio está aprendendo com isso e,
obviamente, nunca vai perder importân-
Luiz Henrique Romagnoli cia. Com todas essas características que
Pág.1
Edição 1.429
página 43
100
ANOS DE
RÁDIO NO
BRASIL
Gomes, Eli Correia, Barros de Alencar e muitos outros profissionais
que marcaram época no rádio AM.
Nesse contexto, o produtor e apresentador afirma que “a comunicação
é a prestação de serviço e a instantaneidade é a proximidade; o enga-
jamento, a fidelização do ouvinte. Uma coisa que acompanhei quando
criança e que só fui me dar conta quando comecei a trabalhar como
profissional do meio rádio é que os grandes comunicadores, quando
mudavam de emissora, continuavam fazendo o mesmo sucesso, porque
a audiência migrava com eles. A audiência não era da emissora, era do
comunicador. Por isso os passes desses caras eram altos”.
Por outro lado, o FM desenvolveu-se de outra forma, em que o locu-
tor é um anunciador: “É o locutor que anuncia a música, que chama o
comercial, faz um testemunhal, fala a hora certa. Em alguns momentos
do dia, dependendo da emissora, você tem programas de conteúdo,
programas de entrevista na hora do almoço, geralmente relacionados
com humor, programas de futebol e esportes no final do dia, enfim,
outra forma de fazer rádio”.
Foi pensando sobre isso no curso da Rádio Oficina que Leo desen-
volveu o programa RádioFobia, para a disciplina de Direito, do então
professor Nilo. Com o programa na mão, buscou as emissoras de rádio
e alguns profissionais do meio o desencorajaram, pois afirmavam que
citei, como a prestação de serviço, a velocidade, a espontaneidade, o
alcance, isso nunca vai acontecer”.
Para fechar, o podcaster lembra dos colegas que atuam na produção
e veiculação de programas nas plataformas digitais, que não ganham
nada pelo trabalho, fazendo conteúdo de qualidade pelo prazer de se
comunicar com público. Para esses abnegados Leo afirma que o uso
do formato podcast pode ser uma vitrine para o trabalho, levando a
novos negócios e a transformações de vida, como aconteceu com ele,
que é o menino que gostava de rádio e agora é um dos produtores
mais conceituados do mercado. E para quem quer ter seu podcast ele
dá a dica: “Vai ser um prazer ajudar quem quiser produzir o seu pod-
cast. Cada novo podcast que surge ajuda a mídia a se consolidar. Não
existe nicho esgotado, não existe tema esgotado, nada tá esgotado.
Por mais que exista gente falando sobre qualquer assunto, você ainda
não falou tudo sobre aquilo. E se a sua opinião é relevante, ela merece
ser ouvida. Se o que você pensa é relevante, merece ser ouvido. E aí,
criar o seu podcast vai ajudar todo mundo a crescer. Então, sou um
entusiasta acima de qualquer coisa”.
Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no Radio-
Frequencia, um blog que teve início como uma coluna semanal na
newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia
sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de
podcast neste link.
(*) Jornalista e professor da Fundação Armando
Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie,
pesquisador do tema, integra um grupo criado
pela Intercom com outros cem professores de
várias universidades e regiões do País. Ao longo
da carreira, dedicou quase duas décadas ao
rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo.

Sudeste
São Paulo
Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas
celebra 20 anos com evento em São Paulo
n O Fórum de Direito de Acesso
a Informações Públicas celebra-
rá 20 anos com um evento na
PUC-SP, nesta sexta-feira (29/9),
a partir das 10 horas. Coordena-
do pela Abraji, o Fórum fará uma
homenagem a seus fundadores
e ex-coordenadores, além de
um debate sobre erros, acertos
e desafios da Lei de Acesso à
Informação (LAI). A participação
no evento é gratuita e não é ne-
cessário se inscrever. Também
haverá transmissão online no
YouTube da PUC-SP.
E mais...
n Rafael Turati é o novo repórter
a TV Cultura. Ele vai comandar
um programa semanal, que será
um mix de jornalismo, música e
entrevistas. A estreia está prevista
para 20 de outubro, às 23h30.
n A reportagem Midialão do
Nunes, publicada em 25/9 pelo
Intercept Brasil, voltou a ques-
tionar o uso de verbas públicas
de publicidade em jornais para
promover a imagem de Ricardo
Nunes (MDB), prefeito de São
Paulo e pré-candidato à reelei-
ção em 2024.
u O texto, assinado por Paulo
Motoryn, mostra como o orça-
mento para gastos em publici-
dade – o maior nos últimos 12
anos – destinou R$ 16,5 milhões
* Parabéns J&Cia
da TV Câmara de Campinas.
Formado em Jornalismo pela
PUC Campinas, ele começou
a carreira como estagiário na
Rafael Turati
a jornais de bairro, muitos deles
comandados por aliados políti-
cos do prefeito. Em troca, além
de publicidade, as publicações
estariam dando maior espaço
a reportagens positivas sobre a
atual administração.
u Com R$ 969 mil, a JBA foi a
que mais recebeu repasses da
prefeitura. Ela edita atualmente
os jornais Brooklin News, Bu-
tantã-Pinheiros, Campo Belo,
Higienópolis News, Jornal dos
Jardins-Itaim Bibi-Rua Augusta,
Jornal do Morumbi, Jornal da
Zona Sul e Moema News, e tem
entre seus colunistas o deputado
federal Celso Russomano (Repu-
blicanos) e o deputado estadual
pelos 28 anos de conversas construtivas!
Seguimos juntos, criando conexões
para um mundo com mais conversas.
@agora_agora
Edição 1.429
página 44
Embrapa e passou pelas tevês
Conecta e Opinião.
n Domingos Meirelles perdeu
o processo trabalhista que ti-
Coronel Camilo (PSD), ambos da
base aliada de Nunes.
u A segunda beneficiada no
ranking é a GSN, com um total
de R$ 541 mil. A empresa perten-
ceu a Rafael Henrique Rodrigues
Pistori, funcionário comissionado
do gabinete do prefeito. Ele dei-
xou a sociedade da empresa em
2015, que hoje tem como única
sócia sua esposa, Andrea Pistori
Rodrigues.
n A Fapesp atualizou as normas
para sua Bolsa de Jornalismo
Científico que estavam vigentes
/agora-betheconversation
Pág.1
nha aberto contra a Record TV,
pedindo reconhecimento de
vínculo trabalhista, pagamento
de horas extras e acúmulo de
funções. Em primeira instância,
a Justiça do Trabalho de São
Paulo não reconheceu o pedido
de R$ 3,5 milhões. A defesa do
jornalista vai recorrer da decisão.
u Meirelles foi contratado em
2014 para comandar o Repórter
Record Investigação. Ele foi co-
municado do fim de seu contrato
por telefone, em 2021. Em agos-
to deste ano, a última proposta
conciliatória foi recusada e o
caso foi a julgamento.
n Amaury Junior assinou com
desde 1999. As principais altera-
ções são o aumento da duração
inicial da bolsa, que poderá ser
solicitada por até 12 meses e
renovada por mais 12 meses, e a
exclusão da exigência de realiza-
ção de estágio em empresa ou
departamento de comunicação.
A Bolsa JC tem como finalidade
apoiar a execução de propostas
de pesquisa jornalísticas que resul-
tem na produção de documentos
de divulgação em veículos de co-
municação de qualquer natureza
e que sejam desenvolvidas parale-
lamente ao cumprimento de um
programa definido de estudos.
Confira mais detalhes em fapesp.
br/jornalismocientifico.
Be the conversation
agora.site

Paulo
conitnuação - São
n O Instituto de Estudos Avan-
çados da Universidade de São
Paulo abriu na semana passa-
da a exposição Um barqueiro
entre a França e o Brasil, que
homenageia o jornalista francês
Gilles Lapouge, correspondente
internacional do Estadão durante
Acervo Estadão
Lapouge na redação do Estadão,
em 12/12/1982
Rio de Janeiro
Extra amplia presença digital com canais de notícias por WhatsApp
n O jornal Extra comemora
25 anos com o lançamento
de ferramentas de informação
digital. Para os leitores que pre-
ferirem receber as matérias por
aplicativo, são quatro grupos,
ou canais, do WhatsApp: Jornal
Extra (notícias em geral), Futebol
carioca, Famosos, e Emprego e
concursos.
u No site, há uma nova área
destinada à cobertura do inte-
rior do Estado. De início, são
dez cidades, mas em breve será
ampliada com mais municípios
As nossas equipes fazem mais
do que comunicação.
Elas assumem desafios
e produzem significado.
sete décadas, que morreu em
2020, aos 96 anos. A exposição,
gratuita, fica em cartaz até 20 de
outubro, e mostra os principais
textos do jornalista publicados
no Estadão. O saguão do Institu-
to de Estudos Avançados da USP
fica na Rua da Praça do Relógio,
109 − Cidade Universitária.
n Está aberto o período de cre-
denciamento de imprensa para
o 7ª Waste Expo Brasil e o 7º Fó-
rum Internacional FWE, eventos
que visam a promover soluções
na gestão de resíduos sólidos
urbanos, reciclagem, limpeza
pública, águas e saneamento.
Eles serão em 3 de outubro, a
partir das 10h30, no Expo Cen-
ter Norte. Interessados devem
preencher este formulário para
fazer o credenciamento. Mais
informações aqui.
n Abertas as inscrições para
a 8°edição da Conferência de
Jornalismo de Dados e Métodos
contemplados. As que estreiam o
projeto são: Campos dos Goyta-
cazes, Duque de Caxias, Macaé,
Maricá, Nova Iguaçu, Paraty, Paty
do Alferes, Piraí, Rio das Ostras
e Saquarema. O público pode
acompanhar notícias do dia a
dia, curiosidades locais, agenda
cultural, entre outros, acessando
a aba Cidades.
u Ainda no site, há dois novos
blogs, sobre tecnologia e sexo.
Tecnolodicas, assinado por Ale-
xandre Fontoura, faz análises,
alerta sobre golpes na internet,
www.iccom.com.br
Partner of
Pág.1
Edição 1.429
página 45
apresentadores e locutores.
Além das técnicas vocais, expli-
cará a importância da respiração
e da projeção da voz, para utilizar
a fala de forma que demonstre
Digitais − Coda.Br 2023. O even- credibilidade em qualquer área
to, organizado anualmente pela de atuação. O evento é gratuito e
Escola de Dados, traz workshops aberto para profissionais de todas
com especialistas para aprimorar as áreas. Interessados devem ob-
técnicas do jornalismo de dados. ter seu ingresso pela plataforma
A programação, marcada para da Unibes Cultural.
18 e 19 de novembro, na ESPM
Campus Vila Mariana, em São
Paulo, será constantemente
atualizada. Os interessados em
participar podem adquirir seu in-
gresso e conferir os convidados
pelo site do evento.
n Celso Cardoso ministrará nes-
ta quinta-feira (28/9), das 19h30
às 20h30, a palestra gratuita Falar
bem e sem medo, na Unibes
Cultural. Músico e jornalista, en-
sinará técnicas adquiridas de dé-
cadas de experiência no preparo
de novos oradores, palestrantes, Celso Cardoso
indica as melhores ferramentas digital, em novas plataformas e
para smartphones e mais. Em com mais conteúdo”.
Sexo e Afins, Regina Racco es-
creve sobre saúde, sexualidade,
relacionamentos e comporta-
mento.
u O jornal nasceu com alma
carioca, mas hoje ultrapassa as
divisas do Rio e procura maior
alinhamento com as demandas
dos leitores online. O diretor
de redação Humberto Tziolas
resume: “Preparamos várias sur-
presas para os leitores. Estamos
cada vez mais presentes no meio Humberto Tziolas
Parceiros em 56 países ajudam
a explicar as grandes mudanças.
Não nos contentamos com pouco,
trabalhamos para fazer diferença.

de Janeiro
Clima em debate para jornalistas
n O 2º Workshop Jornalistas
conitnuação - Rio
no Clima vai debater temas que
serão apresentados na COP28.
Realizado pelo Centro Brasil no
Clima e destinado aos profissio-
nais de Comunicação, será onli-
ne e gratuito, em 17/10, às 9h30.
Este é o link para as inscrições.
u A COP28 será a conferência
Impact Hub discute ESG na Rio Innovation Week
n Durante a Rio Innovation
Week, de 3 a 6/10, no Píer Mauá
(av. Rodrigues Alves, 10, praça
Mauá), o Palco Impact Hub
terá discussões que giram em
torno da agenda ESG, das ten-
dências do futuro e da relação
do mercado corporativo com
a sustentabilidade e os temas
como diversidade, inclusão e
empreendedorismo social.
u O Impact Hub trará pales-
trantes como Sheila Aquino,
da área de Responsabilidade
Corporativa e Integridade da
Parabéns, J&Cia!
que ocorrerá entre 30/11 e 12/12,
em Dubai. Quem vai discutir
essas propostas serão Suely
Araújo, do Observatório do Cli-
ma; Renata Moraes, do Climate
Reality Project; Marianna Albu-
querque, do IRID/UFRJ. e Elianne
Omena, do Instituto Brasileiro de
Biodiversidade-BrBio. Entre os
Fecomércio; Vitória Régia Silva,
editora-chefe do site Gênero e
Número; Jairo Malta, do blog
Sheila Aquino
Ação da Cidadania marca 30 anos com livro
n Plínio Fraga e Ana Redig res-
ponderam, em 19/9, pelo lança-
mento de Cidadania: a fome das
fomes, pela Mórula Editorial, para
marcar os 30 anos de fundação
da Ação da Cidadania. A obra
revive a solidariedade criativa de
Betinho e inspira novas formas
Edney Silvestre e os 20
anos de Contestadores
n Edney Silvestre autografa nesta
sexta-feira (29/9), na Livraria da
Pág.1
Edição 1.429
página 46
temas a serem discutidos estão executivo do Centro Brasil no Cli-
O desafio da política climática no ma e do Climate Reality Project. E
caso brasileiro; Oceano em foco Alfredo Syrkis, pai de Guilherme,
na questão climática; Educação é o coordenador executivo do
climática: uma resposta para Fórum Brasileiro de Mudanças
o futuro; e Do G20 à COP28: Climáticas – órgão da Presidên-
desafios e soluções para a crise cia da República –, o que reforça
climática. a capacidade da instituição em
u Guilherme Syrkis é o diretor influenciar as políticas climáticas.
Sons da Periferia, da Folha de Comercial de São Paulo; e Kelly
S.Paulo; Daniela Graicar, do Co- Lima, do Comitê de Engajamen-
mitê de Inovação da Associação to ESG da Aberje.
Jairo Malta Vitória Régia Silva
de retomar as bases da seguran- Cidadania. A capa, assinada pelo
ça alimentar. artista plástico Vik Muniz, mostra
u A partir de depoimentos inédi- o rosto de Betinho formado por
tos e memórias de seus dirigen- arroz e feijão.
tes, funcionários e voluntários,
o livro reflete em sua estrutura
a comunicação por redes que
marca o trabalho da Ação da
Travessa do Leblon (Av. Afrânio
de Melo Franco, 290 − Store 205
A), a partir das 19h, uma edição
comemorativa de 20 anos do
livro Contestadores, em que
entrevista celebridades reunidas
na obra como contestadoras,
porque o autor soube extrair
delas os pensamentos mais ou-
sados. Entre outros, estão Paulo
Francis, Camille Paglia, Noam Freire. A nova versão ganhou
Chomsky, Salman Rushdie, Ju- entrevistas inéditas de José Sa-
liette Binoche, Liv Ullman e Paulo ramago e Fernanda Montenegro.

de Janeiro
conitnuação - Rio
Minas Gerais (*)
Estado de Minas tem novo formato
n A edição impressa do Estado
Minas está circulando em forma-
to berliner, um tipo de tabloide
mais alongado, semelhante ao
de revistas. O jornal também tem
novidades de conteúdo e equipe.
Estão entre os novos colabora-
dores o jornalista político Orion
Teixeira; Bertha Maakaroun,
com a coluna Em Minas; e Mar-
cílio de Moraes, com análises de
economia e política. Cadernos já
conhecidos, como o Bem Viver,
foram repaginados, contando
com reportagens diárias e par-
ticipações de profissionais da
saúde. Divirta-se e Pensar, sobre
a programação cultural e literária,
voltam em dias selecionados.
Leida Reis
Janaína Figueiredo entende os hermanos
n Também no dia 29/9, Janaína
Figueiredo – repórter especial de
O Globo baseada em Buenos Ai-
res – lança ¿Qué pasa, Argentina?
História, política, manias e pai-
xões dos nossos Hermanos,
pela Globo Livros. Com um
olhar brasileiro sobre a história e
a cultura da Argentina, país que
tem uma ligação próxima com os
brasileiros, a autora traz pesquisa
histórica que contextualiza uma
realidade nem sempre bem
E mais...
n Davi Guimarães é o novo re-
dator de esportes do Portal Mais
Minas. Ele passou anteriormente
pela agência Tagê e pelo Grupo
Sibéria.
Davi Guimarães
Leida Reis lança Mulheres Arco-Iris
n A jornalista Leida Reis lançou
em Belo Horizonte o livro Mu-
lheres Arco-íris. Nele, aborda a
temática feminista, tendo como
Agência Interface completa 30 anos
n A agência Interface, de Belo
Horizonte, completa 30 anos
de mercado. Superando as
mudanças tecnológicas e co-
municacionais, principalmente
nos anos 1990 e início dos
anos 2000, realizou projetos
Pág.1
Edição 1.429
página 47
compreendida por nós. Desta
vez, na livraria Travessa de Ipane-
ma (rua Visconde de Pirajá, 572),
às 19 horas.
Pingos nos is – n Diferentemente
do que informamos em J&Cia
1.428, Gabriel Ferreira (gvfleite@
gmail.com), que começou na TV
Rio Sul como repórter, passou
anteriormente pela Inter TV dos
Vales, em Ipatinga, Minas Gerais,
e não na sede fluminense da Gabriel Ferreira
emissora.
n Lucas Wilker passou a cola- de Comunicação do Projeto Ple-
borar com a equipe de reporta- nitude 60+, do Instituto Ânima.
gem do Brasil De Fato em Belo n Marco Aurélio Neves (ex-Viver
Horizonte, função que realizará Brasil, Tudo BH e Ideia Comuni-
paralelamente à atividade de cação) começou nesta semana
professor e assessor do Núcleo no Diário do Comércio, de Belo
Horizonte, como repórter.
Lucas Wilker Marco Aurelio Neves
personagem principal uma jo-
vem transexual que está em
busca de amor e felicidade. Este
é o terceiro romance dela.
para mais de 350 empresas,
entidades e órgãos públicos. O
CEO José Renato Lara diz que,
com a expertise conquistada ao
longo dessa jornada, “a equipe
está preparada para as próximas
décadas”. José Renato Lara

Gerais (*)
conitnuação - Minas
Série da Rede Minas fica em segundo no Prêmio de Jornalismo
Amig: Mineração em Foco
n A Rede Minas conquistou em
20/9 o segundo lugar do Prêmio
de Jornalismo AMIG: Mineração
em Foco, com a série Para além
do minério, que concorreu com
projetos de todo o País. A série,
dividida em duas reportagens,
abordou os desafios enfrenta-
Mostra Deslocamento está na Casa de Jornalista
n A censurada obra Desloca-
mento, produzida pelo jornalista,
artista plástico e poeta Carlos
Barroso, está sendo apresentada
na Casa de Jornalista, em Belo
Rádio Inconfidência transmite
documentário Praia dos Ossos
n A Rádio Inconfidência e a
produtora de podcasts Rádio
Novelo iniciaram uma parceria
(*) Com a colaboração de Admilson Resende
(contato@multicomunicar.com.br), da Multi Comunicar
dos por cidades mineradoras,
como Itabira e São Gonçalo do
Rio Abaixo. Participaram da pro-
dução Renato Franco, Sandro
Romero, Flávio Guerra e Bruna
Cevidanes. O público pode
conferir o trabalho no canal do
Jornal Minas no YouTube.
Horizonte. Aproximadamente 60
trabalhos de poesia visual estão
expostos, com quadros, objetos,
esculturas, video-poemas, rea-
dy-mades, backlights e LEDs. As
para a primeira transmitir o
documentário Praia dos Ossos,
originado de um crime ocorrido
em uma casa de praia em Búzios,
em 1976, que se tornou um caso
emblemático para a justiça do
País (o empresário Raul “Doca”
Street matou a socialite Ângela Di-
niz alegando “legítima defesa da
honra”). De acordo o portal Moon
BH, a história, de oito episódios,
começou a ser transmitida em 25
de setembro, sempre às segun-
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Edição 1.429
página 48
Sérgio Rosa
Equipe Rede Minas
obras podem ser vistas até 2 de
outubro, de segunda a sábado,
das 13h às 19 horas. A Casa de
Jornalista fica na avenida Álvares
Cabral, 400, centro de BH.
das-feiras, às 21h, no AM, e às 22h,
no FM. A reprise é aos domingos,
às 20h, em ambas as frequências.
Espírito Santo
n Lucas Valadão deixou
a Rede Gazeta, onde era
analista comunicação ins-
titucional, e foi contrata-
do como editor na Rádio
BandNews FM Espírito San-
to. Esta será sua segunda
passagem pela emissora,
onde já havia atuado de
2017 a 2019. Ele também
foi por dois anos e meio
noticiarista na CBN Vitória. Lucas Valadão

Centro-Oeste
Brasília
Congresso em Foco homenageia os melhores parlamentares
n Os homenageados da
16ª edição do Prêmio Con-
gresso em Foco foram conheci-
dos em cerimônia realizada em
21/9, em Brasília, com a presença
de mais de 40 deputados e
senadores, além da ministra da
Igualdade Racial Anielle Franco
e outros convidados. O prêmio
reconheceu os melhores parla-
mentares do ano, na avaliação
do público, do júri especializado
e de jornalistas. Também foram
homenageados os mais votados
de cada região do País e os mais
atuantes na Defesa da Educação
Ministro Barroso defende educação midiática
para fazer frente a notícias falsas
n O ministro Luís Roberto Bar-
roso, que assume a presidência
do STF nesta quinta-feira (28/9),
destacou as principais transfor-
mações provocadas pela revolu-
ção tecnológica, seus impactos e
consequências no encerramento
do seminário Liberdade de im-
prensa: onde estamos, para onde
vamos, promovido em 25/9 pelo
Conselho Nacional de Justiça. Ele
defendeu a necessidade de uma
educação midiática para barrar a
proliferação da desinformação.
Disse que antes da revolução
digital o acesso ao espaço pú-
blico era mediado pela imprensa
tradicional: “Dentro do modelo
anterior havia um controle edito-
rial mínimo daquilo que chegava
ao espaço público. Inclusive, com
a possibilidade de responsabiliza-
e do Clima e Sustentabilidade. A
diversidade foi uma das marcas
da premiação, com represen-
Premiados Congresso em Foco
ção no que se refere às informa-
ções que chegavam às pessoas”.
E apontou como consequência
negativa da atual estrutura a “triba-
lização da vida” provocada pelos
algoritmos, que ora moderam o
Luís Roberto Barroso
Pág.1
Edição 1.429
página 49
tantes da esquerda, do centro e
da direita, mulheres, indígenas,
LGBTQIA+ e negros.
conteúdo, ora o direcionam con-
forme os interesses dos usuários
das redes. O ministro também
analisou a crise no modelo de
negócio do jornalismo, gerada
pela migração dos veículos para
Rômulo Serpa/Ag. CNJ
u Os parlamentares escolhidos
pelos jornalistas que cobrem o
Congresso Nacional foram: no
Senado, Elisiane Gama (|PSD-
-MA), Fabiano Contarato (PT-ES),
Otto Alencar (PSD-BA), Paulo
Paim (PT-RS), Randolfe Rodri-
gues (s/partido-AP) e Rodrigo
Pacheco (PSD-MG). na Câmara,
Sâmia Bomfim (PSol-SP), Chico
Alencar (PSol-RJ), Guilherme
Boulos (PSol-SP), Jandira Feghali
(PCdoB-RJ) e Tábata Amaral
(PSB-SP). Confira os demais
premiados.
as plataformas digitais. E ressaltou
que a imprensa, embora seja
um negócio privado, também
desempenha um grande papel
de interesse público, como um
grande universo de fatos comuns,
compartilhado pelas pessoas.
u E a ministra Rosa Weber, que
está deixando a Presidência do
Supremo, também defendeu
em solenidade no CNJ a ativi-
dade de jornalismo profissional
como ferramenta de combate à
desinformação e aos discursos
de ódio: “A liberdade de impren-
sa constitui pressuposto basilar
da democracia. O jornalismo
independente, livre e profissio-
nal é o maior e melhor aliado
no combate à desinformação,
ao discurso de ódio e à intole-
rância”.
 Pág.1

Edição 1.429
página 50
conitnuação - Brasília

E mais...
n O STF rejeitou um recurso do
ex-ministro Joaquim Barbosa
para anular a condenação por
danos morais no processo mo-
vido por Felipe Recondo, alvo
de ofensas por parte de Barbosa
em 2013. A decisão foi de Edson
Fachin. O ex-ministro foi conde-
nado pelo Tribunal de Justiça
do DF, em 2016, a pagar R$ 20
mil de indenização a Recondo.
Com a decisão de Fachin, a mul-
ta será corrigida pela inflação e
ultrapassará R$ 30 mil. Naquele
ano, o ex-presidente do STF,
ao ser abordado pelo jornalista
ao deixar uma reunião do CNJ,
mandou Recondo “chafurdar no
lixo” e o chamou de “palhaço”.
Antes de acionar o STF, Barbosa
tentou anular a condenação
no STJ, mas o ministro Marco
Aurélio Bellizze também negou
o recurso apresentado por ele.
n Hélio Doyle, diretor-presidente
da EBC, participou em 21/9 da
Conferência da Public Broad-
casters International (PBI), que
ocorreu em Praga, na República
Tcheca. Ele integrou o painel
Principais Ameaças e Seguran-
ça na Cobertura Jornalística. O
evento, realizado anualmente,
reúne presidentes e membros
do PBI com o objetivo de parti-
lhar experiências e ideias sobre
Helio Doyle
a melhor forma de lidar com os tadual do Distrito Federal, Hulda
desafios da comunicação pú- ficou em 3º lugar, representando
blica. Participaram do encontro a Editora Escreva, da qual é fun-
representantes de emissoras dadora. Lígia Braga (Café Vert) e
públicas de 30 países. A EBC foi a Letícia Régia (Espaço Villa Regia)
única empresa da América Latina ficaram, respectivamente, em 2º
presente na Conferência. e 1º lugares. A cerimônia de pre-
u Durante o painel, Doyle apre- miação foi em 21/9, no espaço
sentou a estrutura da EBC, abor- Villa Rizza, em Brasília.
dou o cenário de censura e
ataques vivenciado pelos profis-
sionais de comunicação durante
o governo brasileiro anterior e
mostrou números sobre a vio-
lência contra jornalistas em 2022.
Além disso, explicou as ações
que estão sendo feitas para reto-
mar o projeto de comunicação
pública no Brasil.
n Hulda Rode foi uma das ven-
cedoras do Prêmio Sebrae Mu-
lher de Negócios, que reconhece
o trabalho de empreendedoras
que contribuem para o desenvol-
vimento do Brasil. Na etapa es- Hulda Rode

Agenda-DF
Senado celebra o Dia da Democracia no Brasil
e presta homenagem a Vladimir Herzog
n O Senado realiza nesta sex-
ta-feira (29/9), às 14h, sessão
especial em homenagem ao
Dia da Democracia no Brasil,
comemorado anualmente em
25 de outubro por iniciativa da
senadora Leila Barros (PDT-DF). A
data assinala a morte de Vladimir
Herzog, então diretor de Jorna-
lismo da TV Cultura, ocorrida
sob tortura nas dependências
do DOI-CODI em 25/10/1975,
em São Paulo. “Sua morte pro-
vocou a primeira reação popular
contra o regime de exceção,
tornando-se um marco na luta
pela redemocratização do Brasil”,
ressalta Leila no requerimento de
realização da sessão, aprovado
neste mês.
do Casa Park, Muito além do
Media Training, o porta-voz na
era da hiperconexão, pela Edi-
tora Aberje. O livro, já lançado
em SP, reúne experiências e
aprendizados de mais de duas
décadas das autoras na capacita-
ção de gestores públicos e altos
executivos. Patrícia é gestora de
crises de alto risco reputacional,
sócia-fundadora da Oficina e
do Grupo In Press, diretora da
Abracom, entre outros. Miriam,
com larga experiência na co-
bertura de Congresso, governo
e Judiciário, além de consultora
de Reputação e Gestão de Rela-
cionamento na Oficina, teve pas-
sagens por O Globo e Estadão.
Foi ainda assessora em tribunais
superiores e órgãos do Judiciário
e professora de RP e Diplomacia
no Instituto Rio Branco.
n A Câmara exibe até 1º/11, no
Espaço do Servidor, a mostra
Tel Aviv Bus Station, da fotógrafa
Josiane Dias. Ela traz uma série
de 12 fotografias da Rodoviária
Central de Tel Aviv, registrando as
estruturas arquitetônicas do edi-
fício bauhausiano. Josiane tem
estudos no International Center
of Photography e na National
Academy School, ambas esco-
las em Nova York. Seu trabalho
foi apresentado em exposições
coletivas em NY, Genebra, Ve-
neza, Roma, Tel Aviv e Nagoia,
entre outras.

E mais...
n Patrícia Marins e Miriam Mou-
ra, da Oficina Consultoria, lan-
çam na segunda-feira (2/10),
às 19h, na Livraria da Travessa Patrícia Marins e Míriam Moura

Sul
Rio Grande do Sul (*)
Caroline Rosa
n Caroline Garske Rosa deixou
após dois anos e meio a Gazeta
do Sul, onde era editora de Geral,
e começou como repórter no
Correio do Povo.
n O POA Streaming TV estreou
o RS Meio-Dia, que vai ao ar às
12h, com apresentação de Be-
thania Haas. Traz notícias do dia,
quadros temáticos e entrevistas
especiais.
n Juliano Tatsch, editor assisten-
os custos, além das despesas
de fraldas e medicamentos. Por
isso, seguem aceitando doações
através de uma vaquinha online e
por transferências na chave Pix:
joaojggarcia@gmail.com.
n Cristiano Braga, o Correspon-
dente do Vale, foi uma das víti-
mas das enchentes causadas pe-
las fortes chuvas do Rio Grande
do Sul no início do mês. Morador
de Lajeado, precisou se mudar
após perder a casa atingida pelas
cheias do Rio Taquari. Devido
aos estragos, Cristiano perdeu
todos os seus equipamentos de
trabalho. Por isso, lançou uma
vaquinha online de doações para
a compra de novos. Interessados
também podem contribuir com
Cristiano Braga
(*) Com o portal Coletiva.Net
te do Jornal do Comércio, lan-
çou o livro Dissabores, coletânea
que reúne 12 narrativas curtas
que misturam situações cotidia-
nas com suspense e mistério.
Adquira a versão digital aqui.
n Ticiano Osório, colunista de
filmes e séries de GZH, Zero
Hora, rádio Gaúcha e RBS TV,
lançou o livro O morcego e a luz:
80 anos de Batman no cinema,
que faz uma retrospectiva dos
filmes e séries com a aparição
do personagem, desde as pro-
duções da década de 1940 até
os filmes mais recentes. Compre
a obra aqui.
n A Polícia Civil de Aracaju, no
Sergipe, encontrou o corpo do
jornalista e radialista gaúcho
Celso Adão Portella, que teria 80
anos hoje se estivesse vivo. De
acordo com os policiais, corpo
transferências pelo Pix chave
CNPJ: 30746379000144.
n O Matinal Jornalismo foi ho-
menageado pela Câmara de
Vereadores de Porto Alegre, em
sessão solene, por sua contri-
buição à cidade. A proposta,
do vereador Roberto Robaina
(PSOL), foi acolhida por 18 votos
a quatro. Marcela Donini, edito-
ra-chefe do Matinal, recebeu a
placa e o diploma. Ela ressaltou
a importância do legislativo e a
comparou com a da imprensa:
“Nosso trabalho se assemelha ao
da Câmara porque nós também
fiscalizamos o poder público”. A
sessão também contou com a
presença de Juremir Machado
da Silva, Claudia Leão, Tiago
Juremir Machado da Silva (esq), Claudia Leão, Tiago Medina, Silvia Lisboa
e Marcela Donini, com os vereadores Roberto Robaina e Hamilton
Sossmeier
Pág.1
Edição 1.429
página 51
Celso Adão Portella
do jornalista, encontrado em
20/9 dentro de uma geladeira,
estava no local desde 2016. A
causa da morte ainda está sob
investigação. Nas décadas de
1970 e 1980, Portella atuou nas
rádios Farroupilha e Gaúcha.
n O Pacto Alegre anunciou uma
parceria com a Associação Rio-
grandense de Imprensa (ARI). A
iniciativa apoiará agora categoria
Nacional do Prêmio ARI/Banrisul
Medina e Silvia Lisboa, da equipe
Matinal, e do presidente da Câ-
mara Hamilton Sossmeier.
n Magali Schmitt lançou seu
primeiro livro de contos, Cabeça
de Árvore − e outras histórias
sem pé nem cabeça. Nele, traz
seu olhar crítico e curioso ao
Magali Schmitt
de Jornalismo, que neste ano
terá como tema Sustentabilida-
de, Inovação e Tecnologia.
n O radialista João Garcia pas-
sou a ser tratado em casa por
sua família desde 19 de setem-
bro. Devido a uma infecção
urinária recorrente, João havia
sido internado no Hospital Vila
Nova, na Zona Sul de Porto
Alegre. Ao Coletiva.net, sua filha
Thaynã Garcia revelou que a
infecção também causou da-
nos cerebrais, afetando a parte
motora dele, que já não anda
mais, deglutição e lesões no
pulmão. Devido aos problemas
de deglutição, João necessita de
alimentação especial que aguar-
da aprovação do Sistema Único
de Saúde (SUS) para ser recebida
gratuitamente. Enquanto isso, a
família continua arcando com
retratar intenções veladas dos
relacionamentos em diferentes
níveis, das origens e das seme-
lhanças entre os dois lados. A
publicação também estará dis-
ponível em 1/10 na 37ª Feira do
Livro de São Leopoldo (Praça da
Biblioteca, bairro São José), às
15h30. Magali também publicou
os livros Meu Vampiro Predileto
e Casa da Torre.
Paraná
n Plínio Luís Pereira Lo-
pes, que acumula pas-
sagens como freelancer
por piauí, UOL TAB, Folha,
Agência Lupa e Plural, atua
desde julho como checa-
dor de apuração para a
Sumaúma Jornalismo.
Plínio Lopes

Nordeste
Ceará (*)
n Ana Beatriz Caldas (Bea) es-
treia no Sistema Verdes Mares pu-
blicando reportagem sobre rock
no Diário do Nordeste Digital.
Ana Beatriz Caldas
(*) Colaboração de Lauriberto Braga (lauribertobraga@gmail.com e 85-99139-3235), com Rendah Mkt & Com (contato@rendah.com.br e 85-3231-4239).
Pernambuco
n O Instituto FALA! anunciou
a abertura de um novo edital
durante o encerramento da
quarta edição do Festival FALA!.
O edital foca em grupos de
mídia independente, coletivos
de comunicação popular e de
jornalismo local, arte e cultura
de Pernambuco. Serão aceitas
propostas de produção de con-
teúdo informativo que tragam
visibilidade para histórias e cul-
turas de resistência voltadas para
vivência de territórios periféricos.
A iniciativa, que visa impulsionar
narrativas que explorem a diver-
sidade artística e cultural, terá
novas informações divulgadas
em breve pelo instituto.
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Edição 1.429
página 52
n No Dia do Rádio, a Fortaleza
FM 90.7 prestou homenagem
aos seus radialistas: André Capi-
beribe, Lauriberto Braga, Evan-
dro Nogueira, Renato Abreu,
Alex Viana, Gilson Lima, Julio
Xuxa, Tony Nunes, Kilmer de
Campos, Leonardo Pedreira,
Fernanda Barrocas, João Rufino
Sales e Francisco Duarte.
n Sobre o novo programa Forta-
leza Rádio Repórter, Lauriberto
Braga concedeu entrevista a
Clarissa Capistrano, no progra-
ma Nosso Bairro, Nossa Gente,
da TV Câmara Fortaleza. Lauriberto Braga e Clarissa Capistrano
Sergipe
n Fernanda Santiago (fer-
nandasantiagodcs@gmail.
com), que recentemente
deixou a Assessoria de
Comunicação do Minis-
tério Público do Trabalho,
após dois anos de casa,
foi para a reportagem do
portal SE79.
Fernanda Santiago

Norte
Pará
n Após 2 anos e 7 meses na CNN
Brasil, o paraense Walber Neves
assumiu agora o cargo de editor
executivo na emissora. Ele traba-
lhou na TV Liberal, em Belém.
n A publicitária Karol Amorim
voltou ao Brasil após uma tempo-
rada trabalhando no Alasca (EUA)
e começou em um novo cargo,
como gerente social na minera-
dora Sigma Lithium, no município
Walber Neves de Araçuaí (MG).
n O editor audiovisual Lu-
cas Pimentel é o mais novo
contratado na equipe do
programa É do Pará, da TV Li-
beral. Lucas passou um tempo no
jornalismo da emissora e agora foi
chamado para reforçar a equipe
de Tainá Aires no programa.
n Isa Arnour recebeu no final da
semana passada o diploma de
Mestre em Ciências da Comuni-
cação da Universidade Fernando
Karol Amorim Pessoa, da cidade do Porto, em
Portugal.
Lucas Pimentel
Isa Arnour
De Londres e de São Paulo, notícias, ideias
e tendências em jornalismo, informação,
desinformação e plataformas digitais
Parceiro:
Pág.1
Edição 1.429
página 53
Luiza Chedieck Elias Serejo
n A série de animação Menino n As eleições para o Sindicato dos
Maluquinho, da Netflix Brasil, que Jornalistas do Pará – Sinjor-PA,
tem a publicitária Luiza Chedie- marcadas para novembro deste
ck entre os roteiristas, foi indicada ano, talvez acabem na Justiça,
ao prêmio Emmy Internacional, tantos são os problemas que sur-
dos EUA. giram. Tudo aponta para que essa
n Elias Serejo defende nesta sex- eleição seja a mais judicializada da
ta-feira (29/9) tese de Doutora- história do Sindicato. Em princípio,
mento pela UFPA, sob orientação são duas chapas concorrentes: a
de Danila Cal. da situação, Sempre na Luta, e a
n O radialista Zeca Tatu, conheci- de oposição, Renova Sinjor, mas
do também pelos áudios polêmi- nada está certo ainda.
cos no WhatsApp, foi assassinado (Com a colaboração de Dedé
a tiros na noite de 22/9, no bairro Mesquita – dedemesquita@gmail.
com)
Bela Vista, em Itaituba, região
sudoeste do Pará. Imagens de
câmera de segurança mostram
quando estava trafegando de
moto na via, momentos antes de
ser alvejado. Nas imagens divul-
gadas é possível ver dois homens
em uma moto logo atrás. Segun-
do a polícia, Zeca foi atingido por
tiros na cabeça e acabou falecen-
do ainda no local. Ele tinha como
alvo principal políticos e figuras
conhecidas de Itaituba. Zeca Tatu
Apoio:
Oferecimento (MediaTalks Partner):
 Pág.1

Edição 1.429
página 54

Confira os vencedores do Prêmio de Comunicação

José Luiz Egydio Setúbal
n A Fundação José Luiz Egydio Setúbal anunciou os vencedores da
terceira edição do Prêmio de Comunicação José Luiz Egydio Setúbal,
que tem o objetivo de valorizar e estimular a produção jornalística
sobre a saúde infantil. A cerimônia de premiação foi em 25/9, no
Teatro UOL, em São Paulo.
u José Luiz Egydio Setúbal, presidente da Fundação e integrante do
júri, destacou as mudanças nos temas nesta edição em relação aos
anos anteriores que aconteceram durante a pandemia de Covid-19:
“Fico satisfeito em ver que recebemos tantas reportagens de temas
abrangentes, tratando de nutrição infantil, saúde mental, violência,
e tantas injustiças que nos assombram”.
u Confira a lista dos vencedores.

E mais... n Estão abertas as inscrições para o Prêmio Livre.jor de Jornalismo-

n A Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do
Brasil (Amig) anunciou os vencedores do 2º Prêmio de Jornalismo
AMIG: Mineração em Foco. Na categoria Texto, a reportagem ven-
cedora foi CPIs acusam Vale de vender ouro e pagar tributo como
subproduto de cobre, de Pedro Canário, do UOL São Paulo. Em Vídeo,
o vencedor foi Luan Vosnhak, da NDTV Record TV, com a reporta-
gem Criação de tilápias em cava é alternativa para a recuperação de
áreas degradadas pós-mineração. E na categoria Áudio, o trabalho
vencedor foi A promessa de um novo Vale, de Thayane Keila Ribeiro,
Jader Xavier e Agnaldo Silva, da Rádio BandNews FM.
n Estão abertas as inscrições para o Sony World Photography Awards,
prêmio anual da Organização Mundial de Fotografia. São quatro
categorias: profissional, aberta, estudante e jovem (fotógrafos com
menos de 19 anos). O vencedor na categoria profissional vai receber
US$ 25 mil; na categoria aberta o prêmio será de US$ 5 mil. Todos
os vencedores das categorias receberão equipamento fotográfico da
Sony, um troféu, um certificado e espaço na imprensa global.
u Os vencedores serão anunciados em uma cerimônia em Londres
com transmissão online. As inscrições vão até 30 de novembro para
estudantes e até o dia 5 de janeiro de 2024 para as categorias aberta
e jovem. Para os profissionais, o prazo final é 12 de janeiro de 2024.
Mais informações aqui.
-Mosca. Em sua 5ª edição, o prêmio, organizado pela agência de
notícias Livre.jor, reconhece, certifica e premia em dinheiro partici-
pantes com reportagens de apuração baseada em dados. A catego-
ria principal é dedicada a profissionais, porém há outras duas para
projetos especiais com foco no acesso à informação e a estudantes
de jornalismo. Os interessados em
participar devem submeter repor-
tagens que tenham sido publicadas
de 29 de setembro de 2022 a 28 de
setembro de 2023. As inscrições per-
manecem abertas até 13 de outubro.
Mais informações no regulamento.
n Associação Brasileira para o Desen-
volvimento das Atividades Nucleares (ABDAN) anunciou o lançamento
do Prêmio Jornalismo Energia Nuclear 2023. A iniciativa reconhece
e homenageia profissionais de destaque nas contribuições para o
avanço e divulgação do setor no País. A premiação elegerá o profis-
sional, o veículo e a reportagem de destaque no setor do ano anterior
através de votação aberta ao público. Os vencedores receberão uma
medalha de honra ao mérito durante cerimônia no Nuclear Legacy,
no Clube Naval de Brasília, nos dias 7 e 8 de novembro. Para votar
basta acessar o site do prêmio.

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Curtas
Papo de fã estreia em outubro no YouTube
n Mauro Beting e Bibi Molina
Leo Benaci/Dia Estúdio
comandam o novo programa
Papo de fã, na Ronaldo TV no
YouTube. O canal multiplata-
forma do ex-jogador e atual
empresário Ronaldo Fenôme-
no faz parte de um projeto de
incentivo a creators e podcasts
do YouTube, no qual a Ronaldo
TV tem mais de 500 mil inscritos
e 60 milhões de visualizações,
e é gravado em parceria com
a Dia Estúdio. O programa tem
estreia prevista para outubro
e Galvão Bueno será um dos
entrevistados.
E mais...
n A Associação Nacional de
Jornais (ANJ) lançou em 20/9
Bibi Molina e Mauro Beting
da Verdade Sintética. O evento lumbia University – Journalism
será em 2 e 3 de dezembro, na School. O evento, cujo tema
Cinemateca Brasileira, em São será Cobertura política, Desin-
Paulo. Inscreva-se aqui. formação e Inteligência Artifi-
n Joyce Pascowitch é a nova cial: desafios contemporâneos
colunista do UOL Splash. A do jornalismo, terá a presença
jornalista, que tem décadas de de professores e convidados do
experiência no mercado edito- Brasil e da Columbia University
rial, assinará uma coluna social, – Journalism School. Confira a
gênero que inovou nos anos programação completa e ins-
1980 ao inserir personagens creva-se!
de outras áreas e a trazer furos n Luís Sérgio Santos, professor
jornalísticos. do curso de Jornalismo da Uni-
n Estão abertas as inscrições versidade Federal do Ceará, e
para o 7º Seminário Internacio- o especialista em tintas Josafá
nal de Jornalismo ESPM ‒ Co- Rebouças criaram um projeto
Jornalismo de soluções − O jornalista Hande
Edremit, radicado na Turquia, escreveu para o
Investigative Journalism Network, do International Centre for Journa-
lists (ICFJ), um artigo que dá dicas sobre como produzir reportagens
de jornalismo colaborativo de soluções. Entre as dicas estão como
gerar maior impacto social duradouro e a importância da colabora-
ção. Confira o texto na íntegra.
Cobertura de guerras − O Global Investigative Journalism Network
(GIJN) disponibilizou um guia completo de Investigação de Crimes
de Guerra para jornalistas. Dividido em 16 capítulos, o documento
(em inglês) traz dicas e estratégias de experientes jornalistas sobre
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página 55
a cartilha Nova Lei de Licitações jornais e agências de publicida-
– como fazer as publicações da de sobre como realizar publica-
forma correta. Ela busca orientar ções conforme a Nova Lei de
Licitações. Também foi lançada
a edição atualizada da Cartilha
de Publicidade Legal , com re-
comendações de boas práticas
para as publicações legais nos
meios impresso e digital, envol-
vendo a publicação de balanços
e dos editais de licitações.
n A revista piauí abriu as ins-
crições para o 8º Festival Piauí
de Jornalismo, que vai reunir
profissionais de diversos países
para debaterem o impacto das
redes sociais e da inteligência
artificial no jornalismo. O tema
será Desinformação, Redes e
Inteligência Artificial: na Era
que permite identificar cores
Viktor Braga/UFC
através de aromas. Nomeado
Padronização de Cores para
Deficientes Visuais (VICS), apli-
cando o princípio da sinestesia
busca permitir que pessoas com
deficiência visual consigam as-
sociar cores a odores. O projeto,
em etapa inicial, foi apresentado
primeiro aos alunos de Santos
no formato de oficina em 20 de
setembro. Segundo o químico
Josafá, o projeto contará, em
seus próximos passos, com o
auxílio do oftalmologista Karlos Josafá Rebouças (esq.) e Luís
Sancho. (Saiba+) Sérgio Santos
aspectos legais, ataques a civis, violência sexual
relacionada com conflitos, crimes ambientais
e outras temáticas ligadas a guerras e conflitos armados.
Transparência − Ainda dá tempo de responder à pesquisa Transparên-
cia e acesso à informação no Brasil: usos e percepções. O objetivo é
entender como os jornalistas fazem uso de leis de transparência no
País. Para participar, acesse o link.
Ferramenta de transcrição − O Substack disponibilizou nova ferra-
menta de transcrição de áudio, desenvolvida para facilitar a produção
de podcasts. A transcrição é feita através de inteligência artificial e
promete mais precisão e menos tempo para os usuários.

Livros
O que Cristiana Lôbo viu na convivência com o poder
n O que vi dos presidentes: fatos e
versões é o livro póstumo de Cris-
tiana Lôbo, finalizado por Diana
Fernandes. Tem lançamentos
em São Paulo – nesta sexta-feira
Internacionais
n O Centro Knight para o Jor-
nalismo nas Américas contratou
Summer Harlow como sua nova
diretora associada e professora
visitante associada na Escola de
Jornalismo e Mídia da Universi-
dade do Texas, em Austin. Pes-
quisadora acadêmica e repórter,
ela foi anteriormente editora do
blog Journalism in the Americas,
que evoluiu para a revista digital
LatAm Journalism Review.
Summer Harlow
(29/9), das 19h às 21h30, Livraria
da Vila, Shopping Pátio Higienó-
polis –, e no Rio de Janeiro – na
segunda-feira (2/10), às 19h, na
livraria da Travessa do Shopping
Leblon.
u Com seu olhar apurado, Cris-
tiana traçou o perfil dos presiden-
tes que permeiam a história do
Brasil desde o início do processo
de redemocratização. Não como
um livro de história ou relatos,
mas como uma narrativa do que
viu e acompanhou no desenvol-
vimento da política brasileira, e
como o temperamento e as ca-
racterísticas desses oito presiden-
tes moldaram seus governos em
37 anos de democracia no Brasil.
u Para o livro, Cristiana propôs-se
a reavivar a memória, a remexer
nos bloquinhos de anotações e a
conversar muito com todos que
n A Federação Internacional dos
Jornalistas (FIJ) está lançando
uma pesquisa que investiga a
situação atual das mulheres
jornalistas na imprensa da Amé-
rica Latina, com o objetivo de
identificar problemas comuns
na região e propor soluções
coletivas. Participe aqui.
n A exposição Fotojornalismo e
ditadura: Brasil 1964/Chile 1973,
de Evandro Teixeira, foi aberta
em 10/9 no Museu da Memória
e dos Direitos Humanos, no
Chile. A mostra reúne 40 das
160 fotos que retratam as con-
sequências do golpe militar de
11 de setembro de 1973 no país.
A cerimônia de abertura contou
com a presença de Teixeira, do
embaixador do Brasil, Paulo
Roberto Soares Pacheco, dos
Pág.1
Edição 1.429
página 56
pudessem ajudar a resgatar fatos, cegos – Contos na era fake news
versões e casos reveladores da (2018). Com prefácio assinado
personalidade dos presidentes. pela cineasta Rosane Svartman, o
A obra reúne os acontecimentos livro está disponível para compra
mais relevantes de todos os go- na Amazon.
vernos a partir de 1985, com foco
na política, mas principalmente,
no que Cristiana observou do
comportamento e da personali-
dade dos mandatários.
E mais...
n Valmir Moratelli lançou A inven-
ção da velhice masculina, sobre a
representação de homens idosos
ao longo dos tempos. Doutor em
Comunicação pela PUC-RJ, o
autor também publicou os livros
Armários abertos − Depoimentos
sobre a diversidade sexual (2021);
O que as telenovelas exibem en-
quanto o mundo se transforma
(2019) e Diálogos para santos
ministros Flavio Dino e Silvio de portante “para mostrar as novas
Almeida e do presidente do Chile gerações o que foi o horror da
Gabriel Boric. Para Evandro, o ditadura, para que nunca mais
acontecimento é especial e im- se repita”.
Evandro Teixeira autografa o catálogo da exposição para o presidente do
Chile, Gabriel Boric (dir.). No centro, o embaixador Paulo Pacheco, e, à
esquerda, o secretário da Presidência do Chile, Álvaro Elizalde
 Pág.1

Edição 1.429
página 57

n A colaboração desta semana é novamente do jornalista

e escritor Antonio Carlos Seidl (antonioseidl@gmail.com).
Trata-se de uma versão resumida de uma das 21 crônicas
do livro Lábios de chocolate − novas inconfidências de tempos (i)memoriáveis (Livraria Atlân-
tico), seu terceiro livro de crônicas após fazer 70 anos, lançado em julho passado. Vendas
direto com o autor no WhatsApp 11-98411-3144 ou com a editora.
u Formado pela UFRJ, com mestrado na London School of Economics, Seidl foi editor assis-
tente do Serviço Brasileiro da BBC de Londres, repórter e correspondente da Folha de S.Paulo
em Londres e assessor de imprensa do HSBC Bank Brasil. É também autor de Do palácio ao
bordel – Crônicas e segredos de um jornalista brasileiro em Londres (Grua Livros, 2018) e O
beijo na calçada − crônicas extraordinárias de um repórter ordinário (Livraria Atlântico, 2022).
Antonio Carlos Seidl
O flerte
Discípulo esforçado, aprendi com F. A. Cup Final, no emblemático Estádio nuvens em Londres, mas com aquela
o jornalista e imortal Zuenir Ventura, de Wembley, a decisão da Copa da incessante brisa friazinha, friazinha...
o “Mestre Zu”, na Redação da Visão, Inglaterra, evento mór do futebol Não podia imaginar que a simples ida
nos anos 1970, que nós, você e eu, inglês. a um jogo de futebol iria se transformar
jornalistas, somos todos “filhos da Era a 107ª edição do jogo final da numa tarde inesquecível. Sim.
pauta”. competição mais antiga do mundo do Uma troca de sorrisos, uma piscadela
Pautas as há, espinhosas, a maioria, futebol, no dia 14 de maio de 1988, enviando uma mensagem apaixonada
e, também, as prazerosas, tais como entre Wimbledon e Liverpool. Sabedor pela sutil linguagem dos olhos e um
ir ao show de um ídolo do rock ou da tradição de trajes formais para a demorado aperto de mãos... Assim foi,
entrevistar com exclusividade um Tribuna de Imprensa de Wembley, vesti em menos de um minuto, o começo, o
Prêmio Nobel. o que tinha de melhor no meu guarda- meio e o fim de meu longo affair com
Quando eu era correspondente da roupas e, de posse de minha credencial uma graça de alteza...
Folha de S.Paulo em Londres, anos de imprensa, parti, nos trinques e Tudo começou com a minha
1980/90, recebi da Secretaria de entusiasmado, para Wembley, numa chegada à icônica praça de esportes.
Redação a agradável missão de cobrir a tarde primaveril, de céu azul e esparsas Dirigi-me à entrada principal, reservada

a autoridades, convidados e imprensa.
Entrei no elevador. Folheava o
tradicional programa oficial do match,
uma revista de luxo, impressa em
papel acetinado, com muitas fotos em
cores, inclusive, em destaque em toda
a página 3, a de uma linda lady, olhos
azulíssimos, um sorriso simpático,
o belo rosto adornado por uma
principesca tiara de diamantes. Bonita
que só ela.
O ascensorista abriu a porta, e
junto com os demais passageiros,
roboticamente, distraído e inebriado,
saí. E me vi num amplo salão nobre.
Um cordão vermelho demarcava
um espaço decorado para uma
recepção elegante. Logo contracenei
com um senhor de smoking, solene
como um mordomo de filme policial
inglês, que intui devia ser o cicerone
de alguma cerimônia que estava ali
por acontecer. Com ar simpático,
indicou-me a entrada numa área
reservada para um coquetel em
homenagem à monarquia britânica,
que seria representada na ocasião por
Sua Alteza Real, a Princesa de Gales,
conhecida, interplanetariamente,
como Lady Di, apelido carinhoso de
Lady Diana Spencer, título de solteira
da jovem Diana Frances Spencer, filha
do aristocrata britânico Edward John
Spencer, o 8º conde Spencer. A beleza
do programa de luxo.
Caramba!, disse, surpreso, de mim
para mim. Tinha saído no 3º em vez
do 4º andar e acabara de ser incluído,
mais por sorte do que por castigo − e
certamente, creio, pela sobriedade de
meus trajes −, no rol dos convidados
para um evento da nobreza britânica.
A presença de um representante
da família real é uma marca da F. A.
Cup Final, em um país que mantém
rigorosamente suas tradições, até por
que elas rendem uns bons trocadinhos
para o cofrinho da polêmica casa real
britânica...
Antes do jogo, a realeza,
acompanhada pelo presidente da
Football Association, o anfitrião da
festa, entra em campo por um tapete
vermelho para ser apresentada pelo
capitão de cada time aos jogadores
perfilados no gramado, dez minutos
antes do pontapé inicial do combate.
Mais tarde faz a entrega de medalhas e
troféus a vencedores e vencidos.
Ao chegar a Wembley, e antes de
ocupar sua confortável poltrona no
Royal Box (camarote real), a pessoa
representante da monarquia participa
de um brinde no salão nobre. Até 2002,
bradavam “God Save the Queen!”,
com as taças de champanhe ao alto.
De agora em diante, com a morte da
rainha Elizabeth II, brindaremos “God
Save the King!”.
Do tim-tim participam ilustres
convidados da F.A., tais como
embaixadores estrangeiros e ocupantes
de cargos importantes na vida pública,
privada e social do Reino Unido. Foi lá
que dei de parar.
O competente mestre de cerimônias
me deu a orientação para a ocasião:
“Os convidados ficarão em um círculo
informal para cumprimentar Her Royal
Highness The Princess of Wales. Diga
apenas seu nome e a instituição que
 Pág.1

Edição 1.429
página 58

você representa. Nada de beijos na

mão, não puxe conversa e não faça
perguntas”.
Um pedido que não se deve fazer
a um cavalheiro, e nem tampouco a
um repórter. Um cavalheiro faz uma
reverência e beija a mão de uma lady,
sempre. E faz um elogio.
E que bela ocasião para o repórter
arrancar uma declaração exclusiva
de Sua Alteza Real acerca dos fuxicos
sobre adultérios reais que saiam dia
sim, outro também, nas primeiras
páginas dos indiscretíssimos tabloides
sensacionalistas britânicos, que se
dedicam a escarafunchar o que não
é da conta deles, os mais invasivos da
privacidade alheia em todo o mundo.
No meu caso, sabedor de que
perguntar não ofende, pensei em
indagar, respeitosamente: “Qual é
reação de Vossa Alteza aos rumores, Lady Di

segundo os quais, Vossa Alteza e o
príncipe Charles teriam adquirido o
hábito mundano de ‘pular o muro’?”
Ao entrar no salão, a princesa causou
exclamações de um deslumbramento
geral, quase desrespeitoso. Conforme
o protocolo, fui para a fila de
cumprimentos. Do meu lado estava
um embaixador de um país africano,
elegantíssimo em seu traje de gala,
uma longa bata multicolorida em fundo
verde escuro, com uma magistral touca
na cabeça. A princesa se aproximou,
ele se curvou respeitosamente e disse:
“Mikel Obi, Nigerian Embassy”.
Em seguida, ela, uma graça em
um vestido cor de rosa, com a gola
redonda alta junto do pescoço e
brincos reluzentes, se aproximou de
mim.
Simpatia ou amor? Sabe Deus com
que sentimento mirei fundo naqueles
cintilantes olhos celestialmente azuis,
pisquei o olho direito, e, com uma
voz débil pela emoção, depois de um
aperto de mãos, que pareciam não
querer se separar, disse: “Antonio...” e
congelei com um nó na garganta. Tive
vontade de recitar Casimiro de Abreu:
Simpatia, meu anjinho,
É o canto do passarinho,
É o doce aroma da flor;
São nuvens de um céu de agosto
É o que me inspira teu rosto...
Simpatia é quase amor!
Se tivesse revelado o nome de
qualquer um de meus patrões àquela
altura – a BBC ou a Folha de S.Paulo
−, certamente teria sido ejetado do
salão, pois jornalistas são personae non
gratae em convescotes da alta roda
britânica.
E a pergunta?... Não fiz... não tive
coragem, até porque um cavalheiro
não faz esse tipo de pergunta a uma
lady... Agi mais como um lorde do que
como um repórter. E se a tivesse feito,
qualquer resposta teria ido, certamente,
para a primeira página da Folha, mas
eu teria corrido o risco de ser preso
e deportado do Reino Unido por
desacato à Família Real... Às vezes, o
silêncio é de ouro até mesmo para
repórteres em busca de uma manchete
no jornal de domingo.
Mas gostaria de ter dito a ela com
simpatia e amor: Nobody should stay
in a marriage for responsability – just
for love (Ninguém deve ficar num
casamento por responsabilidade –
somente por amor).

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