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Escola de Comunicação e Artes

Departamento de Comunicação
Curso de Licenciatura em Marketing e Relações Públicas
Disciplina de Assessoria de Imprensa
3º Ano – Laboral/ 1° grupo

Relação entre as Redacções Convencionais e as Redacções de Assessoria de Imprensa

Discentes:
Daúde, Fátima
Kalecano, Maimuna
Mahomed, Tânia
Mate, Hermenegilda
Zimba, José
Docente Regente: Dr. Ernesto Nhanstumbo

Maputo, março de 2024


Índice

1. Introdução....................................................................................................................................1

2. Justificativa..................................................................................................................................1

3. Problematização...........................................................................................................................2

3.1. Pergunta de Partida...............................................................................................................2

4. Revisão da Literatura...................................................................................................................3

5. Objectivos....................................................................................................................................4

5.1. Objectivo geral:.....................................................................................................................4

5.2. Objectivos específicos:.........................................................................................................4

6. Hipóteses......................................................................................................................................4

7. Metodologia.................................................................................................................................5

8. Desenvolvimento.........................................................................................................................6

8.1. Processo de produção e distribuição de conteúdo nas redacções..........................................7

8.1.1. Redacções convencionais...............................................................................................7

8.1.2. Redacção de Assessoria de Imprensa.............................................................................8

8.2. Principais estratégias de comunicação utilizadas em redacções...........................................9

8.2.1. Apuração de Informações...............................................................................................9

8.2.2. Apuração de conteúdo....................................................................................................9

8.2.3. Abordagem de Público-alvo...........................................................................................9

8.2.3. Gerenciamento de Crises................................................................................................9

9. Conclusão..................................................................................................................................10

10. Referências Bibliográficas.......................................................................................................11


1.Introdução

O presente trabalho de pesquisa, surge no âmbito da disciplina de Assessoria de Imprensa, que


faz parte do Curso de Licenciatura em Marketing e Relações públicas, tendo como expectativas
académicas, o aprimoramento de conhecimentos em relação as redacções convencionais e as
redacções de assessoria de imprensa.

O estudo da relação entre as redacções convencionais e as redacções de assessoria de imprensa é


fundamental para compreender as diferenças e particularidades. Enquanto as redacções
convencionais buscam informar, persuadir ou entreter um público amplo e diversificado, as
redacções de assessoria de imprensa têm como objectivo principal promover e defender os
interesses de uma organização, instituição ou figura pública.

Ao explorar essa relação, podemos identificar as características específicas de cada tipo de


redacção, incluindo o estilo, o tom, a estrutura e as estratégias discursivas empregadas. Além
disso, o estudo possibilita uma reflexão sobre os desafios éticos e profissionais enfrentados pelos
redatores em ambos os contextos, como a busca pelo equilíbrio entre a transparência informativa
e a promoção dos interesses do cliente na assessoria de imprensa. De modo geral, o presente
trabalho tem por partes respectivamente, a introdução, o desenvolvimento, e conclusão.

2. Justificativa
O tema justifica-se pela necessidade de compreender a relação existente entre as redacções
convencionais e as redacções de assessoria de imprensa, contribuindo para o aprimoramento das
habilidades de redacção dos profissionais da comunicação e, permitindo uma adaptação mais
eficaz às demandas específicas de cada contexto comunicacional. Além disso, pode fornecer
dados valiosos para a formação de profissionais mais críticos e reflexivos, capazes de lidar de
forma ética e responsável com os desafios da comunicação contemporânea.

A relação entre redacções convencionais e assessoria de imprensa é um tema de relevância


acadêmica, social e profissional, pois aborda a interseção entre a produção textual e a
comunicação estratégica. Academicamente, a investigação dessa relação proporciona uma

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compreensão mais profunda dos mecanismos de construção de narrativas e da influência da
mídia na sociedade.

Socialmente, a análise dessa relação é fundamental para a promoção da transparência e da


responsabilidade na disseminação de informações. Ao entender como as redacções
convencionais são moldadas ou influenciadas pela assessoria de imprensa, a sociedade pode
desenvolver uma consciência crítica em relação às mensagens veiculadas pela mídia. Isso
contribui para uma sociedade mais informada e capacitada para discernir entre diferentes fontes
de informação e narrativas.

Profissionalmente, a compreensão da interação entre redacções convencionais e assessoria de


imprensa é essencial para aqueles que trabalham na indústria da comunicação. Profissionais de
relações públicas e jornalistas devem estar cientes das dinâmicas envolvidas nesse processo para
desempenhar seus papéis de forma ética e eficaz.

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3. Problematização
A relação entre as redacções convencionais e as redacções de assessoria de imprensa apresenta
uma série de questões complexas que merecem ser investigadas e problematizadas. Embora
ambos os tipos de redacção compartilhem o objectivo geral de comunicar uma mensagem ao
público, suas finalidades e contextos de produção são distintos, o que levanta importantes
dilemas éticos e profissionais. Segundo Carvalho (2009, p.48), para o assessor garantir
credibilidade perante a mídia, ele “deve manter proximidade e disponibilidade na sua relação
com a empresa e agilidade e eficiência no trato com a imprensa”.

No momento de crise, a palavra credibilidade é a que mais aparece nos discursos das instituições.
Essa credibilidade constrói-se ao longo do percurso da organização, com actuação transparente e
ética com a sociedade e a imprensa. Ela é mais pronunciada que praticada. “ Quando envolvidos
em situação de crise as instituições pecam contra a transparência” ( DUARTE, p.407).

Um dos principais desafios reside na tensão entre a necessidade de informar de forma


transparente e imparcial, característica das redações convencionais, e a busca pela promoção dos
interesses do cliente, inerente às redações de assessoria de imprensa. Esse conflito ético pode
gerar questionamentos sobre a integridade e a credibilidade da informação vinculada, bem como
sobre o papel do profissional de comunicação como mediador entre a instituição e o público.

Além disso, a diferenciação entre os estilos e as estratégias discursivas utilizadas em cada tipo de
redacção levanta questões sobre a adaptação do redactor às demandas específicas de cada
contexto comunicacional. Enquanto as redacções convencionais privilegiam a objetividade, a
clareza e a imparcialidade, as redacções de assessoria de imprensa podem recorrer a técnicas
persuasivas e manipulativas para promover uma determinada agenda ou imagem institucional.

Diante desses desafios, torna-se imprescindível uma análise crítica e aprofundada da relação
entre as redacções convencionais e as redacções de assessoria de imprensa, a fim de
compreender melhor as dinâmicas e os impactos da comunicação contemporânea e desenvolver
estratégias mais éticas e eficazes para lidar com esses dilemas.

3.1. Pergunta de Partida


Até que ponto a relação entre as redacções convencionais e as redacções de assessoria de
imprensa influência a práctica da comunicação levantando questões éticas e profissionais?

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4. Revisão da Literatura
Marques de Melo (2005), conceitua redacção como o processo de elaboração e produção de
textos que visam transmitir informações, ideias ou opiniões de forma clara, precisa e coerente,
com o objectivo de comunicar uma mensagem de maneira eficaz para o público-alvo.

Toaldo (2014), define assessoria como um serviço de comunicação estratégica que visa auxiliar
organizações na construção e manutenção de relacionamentos positivos com seus públicos-alvo,
por meio do fornecimento de informações relevantes e da elaboração de estratégias de
comunicação eficazes.

Traquina (2005), advoga que, imprensa é um sistema complexo de produção e difusão de


notícias, que envolve uma variedade de instituições, tecnologias e profissionais dedicados à
colecta, processamento e distribuição de informações para o público em geral.

Assessoria de imprensa é um instrumento de comunicação organizacional que tem como


objectivo intermediar o diálogo entre as organizações e os meios de comunicação, visando a
divulgação de informações de interesse público e a construção de uma imagem positiva da
instituição perante a sociedade. (FILHO, 2011, p. 42).

Beltrão (2000), define redacção convencional como sendo o processo de elaboração de textos
jornalísticos seguindo as normas e padrões estabelecidos pelo jornalismo tradicional, com foco
na imparcialidade, objectividade e veracidade das informações apresentadas, isso significa que o
foco está na apresentação dos factos de forma neutra e precisa, sem inclinações ou opiniões do
autor.

Redacção de assessoria de imprensa é o processo de produção de textos informativos e


persuasivos, elaborados por profissionais de comunicação, com o objectivo de fornecer
informações relevantes sobre uma organização, seus produtos ou serviços, para serem divulgados
nos meios de comunicação, visando obter uma cobertura jornalística favorável e precisa.
(SILVA, 2018, p.112.).

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5. Objectivos
5.1. Objectivo geral:
 Analisar a relação entre redacções convencionais e redacções de assessoria de imprensa

5.2. Objectivos específicos:


 Identificar os principais elementos que diferenciam as redacções convencionais das
redacções de assessoria de imprensa.
 Investigar os processos de produção e distribuição de conteúdo nas redacções
convencionais e nas redacções de assessoria de imprensa.
 Indicar as principais estratégias de comunicação utilizadas em redacções convencionais e
em assessoria de Imprensa.

6. Hipóteses
H₁: A relação entre redacções convencionais e redacções de assessoria de imprensa é
caracterizada por uma comunicação ética e profissional .

H₀: A relação entre redacções convencionais e redacções de assessoria de imprensa não é


caracterizada por uma comunicação ética e profissional.

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7. Metodologia
De acordo com Gil (2002, p. 43), a metodologia é um conjunto de procedimentos científico, com
objectivo de atingir um determinado. Por outras palavras a metodologia de pesquisa é um
conjunto de métodos científicos que visam a realização de um determinado fim para se chegar ao
conhecimento, para esclarecer ou explicar melhor um conceito.

Classificação da pesquisa:

 Quanto a natureza: A presente pesquisa classifica-se como sendo de natureza básica,


caracterizada pelo avanço do conhecimento científico, sem nenhuma preocupação com a
aplicabilidade imediata dos resultados a serem colhidos. No caso específico, a
investigação sobre a relação entre as redacções convencionais e as redacções de
assessoria de imprensa tem o propósito de fornecer dados acionáveis e orientação para o
entendimento do tema..
 Quanto a Abordagem: A presente pesquisa se classifica como qualitativa em termos de
abordagem devido à sua ênfase na compreensão aprofundada e contextualizada de
fenômenos sociais complexos, a relação entre as redacções convencionais e as redacções
de assessoria de imprensa. Uma abordagem qualitativa se caracteriza pelo interesse em
explorar a natureza subjectiva e interpretativa da realidade, dando voz às perspectivas e
experiências dos participantes, nesse tipo de pesquisa, o foco está na compreensão das
nuances, significados e contextos que moldam o fenômeno em estudo. (GERHARDT &
SILVEIRA, 2009).
 Quanto aos Objectivos: Esta pesquisa se classifica quanto aos objectivos como sendo
predominantemente exploratória e descritiva, com elementos também de caráter analítico.
A natureza exploratória desta pesquisa é evidente na intenção de compreender mais
profundamente a relação entre as redacções convencionais e as redacções de assessoria de
imprensa, com isso implicando uma abordagem inicial de investigação que busca adquirir
uma compreensão abrangente do fenômeno em estudo, considerando suas nuances e
contextos específicos, além disso, a pesquisa possui uma dimensão descritiva, pois busca
descrever detalhadamente a relação entre ambas.

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8. Desenvolvimento
As redacçoes convencionais e as de assessoria de imprensa coexistem num macrocosmo
comunicacional mas, segundo auotores como Santos (2017) e Silva (2019), eles não podem ser
confundidos. O autor Silva (2019, p. 10), define redacções de assessoria de imprensa como
textos produzidos por profissionais de comunicação para divulgar informações sobre uma
organização, seus produtos ou serviços, de forma a gerar interesse e cobertura por parte da
imprensa.

 Os dizeres de Silva (2019), destacam o caráter informativo e persuasivo das redações de


assessoria de imprensa, enfatizando seu papel na promoção da organização e na obtenção
de cobertura midiática favorável; esta visão e diferente mas não destoa do conceito
apresentado por Santos (2017, p. 18), segundo o mesmo, “as redacções de assessoria de
imprensa sao textos elaborados por profissionais de comunicação para comunicar
eventos, lançamentos, conquistas ou posicionamentos da organização de maneira
objectiva e clara, visando captar a atenção e o interesse da imprensa”.

Enquanto isso, Amora (2015), concebe as redacções convencionais como textos escritos que
seguem as normas e convenções estabelecidas pela língua e pelos gêneros textuais tradicionais,
tais como narração, descrição, argumentação e dissertação. Na mesma senda, Nogueira (2010, p.
47), define redações convencionais como “textos que seguem os padrões normativos da escrita
acadêmica e jornalística, caracterizados pela objectividade, imparcialidade e rigor na
apresentação de informações e argumentos”.

Tanto Amora (2015) quanto Duarte (2010), em suas reflexoes destacam a natureza informativa e
argumentativa das redacções convencionais, ressaltando sua função de transmitir conhecimento
de forma clara e precisa, sem enviesamentos ou opiniões pessoais do autor.

Percebemos que por mais que ambas soem parecidas, tratam-se de objectos totalmente diferentes
em estrutura e objectivos, percebe-se claramente que enquanto as redacções convencionais são
textos escritos que visam transmitir informações de forma clara, objectiva e precisa ao público
leitor, as redacções de assessoria de imprensa sao textos elaborados por profissionais de
comunicação com o objectivo de divulgar informações relevantes sobre uma organização, seus
produtos, serviços ou iniciativas, de forma clara, objectiva e persuasiva, visando captar a atenção
da imprensa e obter cobertura midiática favorável.
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Quadro comparativo

Características Redacções Convencionais Redacções de Assessoria de Imprensa


Objectivo Produzir conteúdo jornalístico Promover uma organização, empresa ou figura
imparcial e objectivo. pública.
Público-alvo Geralmente amplo e diversificado. Geralmente segmentado e específico, como
jornalistas, stakeholders ou clientes da organização
Estilo de escrita Mais livre, criativo e variado. Objectivo, directo e formal.
Independência Operam de forma independente. Trabalham em nome de uma entidade específica.
editorial
Controle de Controle sobre o conteúdo. Assessores influenciam no conteúdo divulgado.
conteúdo
escrito
Fonte Pode incluir várias fontes dependendo Inclui informações fornecidas pela organização ou
do tema e do estilo do texto. pessoa que esta sendo assessorada.
Relacionamento Buscam obter informações de fontes Interagem com a mídia para divulgar informação.
com a mídia diversas.
Produção de Produzem notícias artigos, Escrevem comunicados de imprensa, releases, etc.
conteúdo reportagem, etc.
escrito
Canais de Pode ser distribuido em diversos Distribuido para veículos de comunicação (jornais,
distribuição meios como jornais, revistas, sites, revistas, sites de noticias) ou contactos directos da
blogs, etc. imprensa.
Fonte: autores, 2024

8.1. Processo de produção e distribuição de conteúdo nas redacções convencionais e nas


redacções de assessoria de imprensa.

8.1.1. Redacções convencionais


Os processos de produção e distribuição de conteúdo nas redacções convencionais e nas
redacções de assessoria de imprensa diferem significativamente em termos de objectivos,
abordagens e dinâmicas. Nas redacções convencionais, o processo de produção de conteúdo
geralmente segue uma abordagem editorial independente, onde os jornalistas pesquisam,
verificam e produzem notícias e reportagens com base em critérios jornalísticos, como
relevância, interesse público e imparcialidade. Esses conteúdos são então revisados por editores

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antes de serem publicados ou transmitidos para garantir a precisão e qualidade jornalística. Na
distribuição, as redacções convencionais geralmente fazem uso de diversos canais de mídia,
como impressos, online, rádio ou televisão, para alcançar seu público-alvo.

Além das diferenças nos processos de produção e distribuição de conteúdo, é importante


considerar também as questões éticas e profissionais envolvidas em ambas as prácticas. Nas
redacções convencionais, os jornalistas são orientados por princípios éticos fundamentais, como
veracidade, imparcialidade, transparência e interesse público. Eles têm a responsabilidade de
buscar a verdade, verificar factos, ouvir diferentes perspectivas e apresentar informações de
forma precisa e equilibrada. Além disso, a relação entre redaçcões convencionais e assessorias de
imprensa também pode levantar preocupações sobre a confiança do público na mídia. Se os
leitores ou espectadores perceberem que as informações são influenciadas por interesses
comerciais ou políticos, isso pode minar a credibilidade do jornalismo e afectar negativamente a
confiança pública na integridade da mídia como um todo.

8.1.2. Redacção de Assessoria de Imprensa


Nas redacções de assessoria de imprensa, o processo de produção de conteúdo é mais voltado
para atender aos interesses e objetivos de seus clientes, que podem ser empresas, organizações ou
figuras públicas. Os profissionais de assessoria de imprensa trabalham em estreita colaboração
com seus clientes para desenvolver mensagens e materiais que promovam seus interesses e
projetem uma imagem positiva. A distribuição de conteúdo nas redacções de assessoria de
imprensa muitas vezes envolve o envio de comunicados de imprensa, materiais de mídia e
convites para eventos directamente para jornalistas e veículos de comunicação. Além disso, as
redes sociais e os canais digitais são frequentemente utilizados para ampliar o alcance e a
visibilidade das mensagens dos clientes.

Na perspetiva ética e profissional, os profissionais são contratados para promover os interesses


de seus clientes, o que pode criar conflitos de interesse potenciais. Eles podem ser tentados a
seleccionar informações favoráveis, omitir detalhes negativos ou manipular a narrativa para
melhorar a imagem de seus clientes, em vez de fornecer uma cobertura jornalística objectiva e
imparcial.

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8.2. Principais estratégias de comunicação utilizadas em redacções convencionais e em
assessoria de imprensa.

8.2.1. Apuração de Informações


 Redacções convencionais: Priorizam a apuração de informações de forma imparcial e
objectiva, buscando múltiplas fontes para garantir a veracidade dos factos.
 Assessoria de imprensa: Concentra-se em fornecer informações favoráveis aos clientes ou
organizações que representa, adaptando a narrativa para destacar aspectos positivos e
minimizar aspectos negativos.

8.2.2. Apuração de conteúdo


 Redacções convencionais: Produzem conteúdo jornalístico diversificado, como notícias,
reportagens e análises, seguindo padrões éticos e jornalísticos.
 Assessoria de imprensa: Desenvolve materiais promocionais, como comunicados de
imprensa, releases e artigos, com o objectivo de promover a imagem e os interesses dos
clientes.

8.2.3. Abordagem de Público-alvo


 Redacções convencionais: Buscam atingir um público amplo e diversificado, mantendo a
neutralidade e o interesse público como prioridades.
 Assessoria de imprensa: Dirige-se a públicos específicos, como jornalistas, editores e
influenciadores, adaptando a mensagem de acordo com os interesses e necessidades de
cada segmento.

8.2.3. Gerenciamento de Crises


 Redacções convencionais: Lidam com crises jornalísticas de forma imparcial, buscando
informar o público de maneira transparente e responsável.
 Assessoria de imprensa: Age proativamente na gestão de crises, elaborando estratégias de
comunicação para proteger a reputação do cliente e minimizar danos à imagem.

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9. Conclusão
Ao analisar as diferenças e semelhanças entre as redacções convencionais e a assessoria de
imprensa, é possível inferir que ambas áreas têm uma relação próxima, mas distintas. Enquanto
as redacções convencionais são responsáveis pela produção de conteúdo jornalístico
independente, as assessorias de imprensa actuam do outro lado, fornecendo informações e
materiais para os veículos de comunicação, buscando promover uma organização, figura pública
ou interesses do seu assessorado.

Embora, tradicionalmente sejam consideradas entidades separadas, as redacções convencionais


muitas vezes dependem das informações e recursos fornecidos pelas assessorias de imprensa
para preencher lacunas de cobertura, obter acesso a fontes e material de apoio para reportagens.
Por outro lado, as assessorias de imprensa procuram promover suas organizações ou clientes
através da divulgação estratégica de informações e mensagens, utilizando os canais de
comunicação disponíveis nas redacções convencionais.

Em última análise, a relação entre redacções convencionais e assessorias de imprensa reflete os


desafios e tensões inerentes à prática jornalística contemporânea, onde a busca pela objetividade
e credibilidade muitas vezes entra em conflito com as pressões comerciais e políticas que
permeiam o campo da comunicação mídiada. Portanto, a consideração dessas questões éticas e
profissionais é essencial para garantir que tanto as redações convencionais quanto as redações de
assessoria de imprensa desempenhem seus papéis de maneira responsável e ética na
comunicação de informações ao público.

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10. Referências Bibliográficas
AMORA, Antônio. Normas de Redação: Práticas de Texto e de Leitura. São Paulo: Contexto,
2015.

BELTRÃO, Luiz. Técnica de Redação: O texto dos textos. 5. ed. Porto Alegre: Sulina, 2000.

BENVENISTE, Emile. Problemas de Linguística Geral II. Campinas: Pontes, 2005.

DUARTE, Sérgio. Manual de Redação e Estilo para Jornalismo. São Paulo: Contexto, 2010.

FILHO, Marcondes. O que é Comunicação Organizacional. São Paulo: Brasiliense, 2011.

FIORIN, José. Argumentação. São Paulo: Ática, 2006.

GERHARDT, T; SILVEIRA, D. Métodos de pesquisa. 1. Ed. Porto Alegre: UFRGS, 2009.

GIL, António Carlos. Como elaborar projectos de pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas 2002.

MAGALHÃES, Thereza. Redação: Uma Abordagem Prática. São Paulo: Atlas, 2016.

MARCUSCHI, Luiz. Produção Textual, Análise de Gêneros e Compreensão. São Paulo:


Parábola, 2008.

MARQUES DE MELO, José. Jornalismo e Verdade: Para uma ética da comunicação. São Paulo:
Summus, 2005.

PERINI, Mário. Gramática do Português Brasileiro. São Paulo: Parábola, 2012.

SANTOS, Ana. Assessoria de Imprensa: Técnicas e Práticas. São Paulo: Contexto, 2017.

SILVA, João. Redações de Assessoria de Imprensa: Estratégias de Comunicação


Organizacional. São Paulo: Atlas, 2019.

SILVA, Wilson. Manual de Assessoria de Imprensa. 3. ed.. São Paulo: Contexto, 2018.

TOALDO, Ciro. Assessoria de Comunicação: Teoria e Prática. 2. ed. São Paulo: Atlas 2014.

TRAQUINA, Nelson. Teorias do Jornalismo: Porque as Notícias São Como São. 2. ed.
Petrópolis Vozes, 2005.

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