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PROCESSOS DE PRODUÇÃO
OTIMIZADOS NO JORNALISMO
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TEMA 1 – O JORNALISTA CONTEMPORÂNEO
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• 72,3% trabalham em mídias com periodicidade diária;
• 51% exercem suas atividades em jornal, televisão ou rádio; Internet vem
na sequência, com 16,6%;
• a editoria geral é a que possui maior número de profissionais (45,6%);
• jornalistas que atuam como pessoa jurídica (PJ) (31,2%) se aproximam do
número de registrados (36,5%);
• 51,6% são pós-graduados 41,4% concluíram ao menos uma
especialização, 8,3% têm mestrado e 1,9% são doutores;
• 59% informaram que dominam de três a seis “habilidades” relacionadas à
área e 20,7% disseram ter conhecimento em sete ou mais atividades;
• 42,5% relataram fazer até três cursos de aperfeiçoamento por ano
(Comunique-se; Apex Conteúdo Estratégico, 2018).
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Os dados nos mostram que o profissional de hoje deve atuar em sintonia
com as necessidades do jornalismo atual, entender o que é um texto jornalístico
e saber produzi-lo, mas sem esquecer que deve conhecer a linguagem da Internet,
saber trabalhar com ferramentas de edição de áudio, vídeo e imagens, entender
de arquitetura de informação para a web e trabalhar com estratégias de produção
para smartphones.
Ele não é mais aquele com o bloco de anotações e uma caneta nas mãos,
o fotojornalista correndo com sua câmera nem o repórter com o gravador em
punho; também deixou de ser o único responsável por uma única notícia para uma
plataforma. Trata-se de um profissional plural e, como vamos ver mais adiante,
divide a função de produtor de conteúdo com o leitor ou o consumidor das notícias,
invertendo a lógica apresentada por Dines, segundo a qual o “jornalista é um leitor
em função de emissor” (Dines, 2009, p. 73). Agora, o consumidor também é
produtor, e o jornalista deverá levar isso em consideração dentro da sua rotina de
produção.
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maior conglomerado de comunicação do Brasil. Chegou a incorporar 37 jornais
impressos, 32 emissoras de rádio, 18 canais de TV e 7 revistas.
Grupo Folha Jornal Folha de São Paulo, Jornal Agora São Paulo, Portal
UOL, DataFolha, Publifolha, Datapress, Transfolha,
Pagseguro, TV Folha e Plural Editora.
Grupo Rede Band (Band TV, BandNews TV; BandSports, Band
Bandeirantes Internacional, Rede 21; TV Terra Viva; Arte 1, AgroMais,
Conmebol TV); redes de rádio (Band FM, BandNews FM,
Rádio Bandeirantes, Nativa FM, Play FM, Band Vale FM,
Educadora FM, Stereo Vale FM); Metro Jornal; e Portal
Band.com; e outros.
Grupo Record Rede Record (Record TV, Record TV Internacional, Record
News, Rede Família); rádios (Record, Guaíba, Sociedade,
Capital, Contemporânea, Record Campos, Record Europa).
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Jornal Correio do Povo; Portal R7; e veículos da Igreja
Universal do Reino de Deus.
Grupo RBS RBS TV (RBS TV Porto Alegre, RBS TV Bagé, RBS TV
Caxias do Sul, RBS TV Cruz Alta, RBS TV Erechim, RBS TV
Passo Fundo, RBS TV Pelotas, RBS TV Rio Grande, RBS
TV Santa Cruz do Sul, RBS TV Santa Maria, RBS TV Santa
Rosa, RBS TV Uruguaiana); rádios (Sede da RBS TV Caxias
do Sul em 2008, Gaúcha, Gaúcha Santa Maria, Gaúcha
Serra, Gaúcha Zona Sul, Farroupilha, CBN Porto Alegre, 92
FM, 102.3 FM e Rede Atlântida); mídia impressa (Jornal
Zero Hora, Diário Gaúcho, Pioneiro, Revista Atlântida);
Internet (ClicRBS, G1 RS, GaúchaZH); e outros.
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a reunião de pauta, que antes ocorria em determinado horário e local, deu espaço
a uma interação contínua entre repórteres e editores. Os jornalistas podem
debater suas pautas sem hora nem local marcado, conversando pessoalmente ao
longo do dia, via WhatsApp, e-mail ou plataformas de comunicação interna, em
uma rotina muito diferente das redações da década de 1950. Esse jornalismo que
agora é feito em rede não contempla somente os produtos jornalísticos, mas todos
os processos de interações por trás deles e o próprio comportamento e formação
profissional.
O jornalista de hoje, integrante desses grandes conglomerados de mídia,
tornou-se multitarefa. Ele não é mais responsável somente por escrever para o
jornal impresso, mas precisa abastecer com a mesma notícia outros veículos do
grupo, o portal da Internet, a versão online do veículo de comunicação, os boletins
do rádio e as produções para a televisão, tudo com a rapidez e a urgência que o
jornalismo contemporâneo exige e o leitor espera.
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nem precisamos sair da cama para ficar a par dos acontecimentos. As notícias
estão em todos os lugares, no celular, no tablet, no notebook ou computador de
mesa, em formato escrito, em áudio, em vídeo ou então em todas as formas de
uma vez só. É lógico que os meios de comunicação mais tradicionais, como jornal
impresso, rádio e televisão, não morreram, mas também tiveram que se
reinventar.
É inegável que todas essas transformações democratizaram o acesso à
informação. Temos uma gama maior de informações e conteúdo. Encontramos na
rede diversas formas de se apresentar uma notícia, tanto no conteúdo quanto no
formato. Pode ser por meio de texto, vídeo, foto, infográfico ou até em 140
caracteres. Essa mudança na forma de se consumir informação fez alterar
também o modo de produção das notícias.
De acordo com Cogo e Brignol (2011, p. 83) a principal consequência dessa
nova forma de consumo das notícias
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possibilidade de acesso a arquivos em bancos de dados, criando uma
gigantesca memória informacional disponível através de alguns cliques.
(Lemos, 2012, p. 120)
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links permite ao utilizador fazer um consumo noticioso personalizado com um
simples toque no monitor do dispositivo” (Canavilhas, 2012, p. 7). Mesmo que a
leitura de textos longos seja um obstáculo para o jornalismo aplicado aos
smartphones, o som, os vídeos, a interação e a navegação compensam as
limitações impostas pelo tamanho dos aparelhos. A notícia voltada para os
dispositivos móveis é variada e rica pela sua incorporação de inúmeros conteúdos
em um único.
Hipertextualidade, personalização, convergência, multimidialidade,
interatividade e atualização contínua são termos que norteiam o jornalismo para
dispositivos móveis. É nesse ambiente que a produção de notícias se insere.
Fazer jornalismo em meio a esse contexto é o maior desafio dos profissionais,
pois deixou de ser uma atividade “de cima para baixo”, se tornou horizontal,
participativo, é isso que veremos no próximo tema.
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eficaz em trazer o leitor para próximo das redações. A própria web é abastecida
pelas informações que os leitores mais apreciam.
A nova cultura que colocou notícias como um produto à venda acelerou o
processo de ouvir as preferências dos leitores e convidá-los a interagir.
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REFERÊNCIAS
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MARTINS, M. Profissão jornalista: um guia para viver de notícias na próxima
década. Curitiba: Intersaberes, 2018.
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