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IGOR MARINHO DA SILVA

EDUARDO MATEUS

JOÃO VITOR DE LIMA

MANUELA DOS SANTOS CARDOSO

PEDRO HENRIQUE MENDES THAIS TERRA

WEBRÁDIO E PODCAST

PODCAST “POD EM PAUTA”

Rio de Janeiro
2023
ROTEIRO POD EM PAUTA

Pauta: O jornalismo e as redes sociais – o lugar do jornalista hoje em dia e a


competição com as notícias na internet.
Produção e realização de: Eduardo Mateus, Igor marinho, João Vitor de Lima, Manuela
Dos Santos, Pedro Henrique Mendes, Thais Terra.

Retranca: Jornalismo/Atualidade

Proposta: O podcast Pod em Pauta busca trazer informações ao público conhecimento


sobre temas atuais relacionados aos desafios de ser um jornalista e da profissão como
um todo. Uma boa conversação pode trazer muita informação sobre assuntos que
desconhecemos e refletir sobre questões que já são conhecidas por profissionais e
estudantes de jornalismo, e é com essa dinâmica que o Podcast Pod em Pauta vai
trabalhar, em um bate papo ente 3 pessoas, com a finalidade de trazer um conteúdo
próximo, que possa se conectar com os ouvintes.

OUTRAS INFORMAÇÕES:
O jornalismo é uma profissão fundamental no processo da democracia, ela auxilia a
população a obter informações objetivas sobre o que está ocorrendo ao seu redor. É um
ramo essencial, que passa por seus momentos de crise e adaptação.
O crescimento das mídias sociais passou a alterar a dinâmica do acesso à informação, a
forma que as notícias são consumidas mudou, permitindo que os indivíduos possam
acessar as notícias de onde e quando quiserem.
As mídias sociais podem auxiliar o jornalista para:
 Contribuir para a produção de pauta e contato com o entrevistador;
 Se manter atualizado;
 Manter contato com o público, recebendo ideias e sugestões;
 Utilizar as plataformas digitais para gerar audiência;
 Disponibilizar notícias para o público;
 Ter contato com outros profissionais de jornalismo.

O problema, entretanto, é quando estas notícias são tendenciosas, falsas e antiéticas.


Segundo a jornalista Ludmilla Vilaverde do site Tutanos por Trampo co.:“Os jornalistas
(aqueles que ainda têm emprego) estão em concorrência contra todo mundo para serem
os primeiros a darem notícias de última hora. Eles não mais decidem qual é a maior
história do dia. A notícia que viraliza é, muitas vezes, produzida por usuários das mídias
sociais”. Estamos em um momento de muitas notícias falsas e pós-verdade, a sociedade
busca no jornalista fonte de veracidade e confiança.
Então, diante da problema exposto, um questionamento é levantado: qual é o papel do
jornalista nesta nova era? Ele é o profissional que estuda a forma correta de se propagar
a informação com responsabilidade e ética. Apesar destas mudanças, o jornalismo é
muito importante para a manutenção da democracia, a profissão precisa ser valorizada
para que os profissionais possam ter a liberdade de exercer sua função corretamente.

MARCAÇÕES:
Personagem 1: Manuela dos Santos Cardoso/ Estudante de Publicidade e
Propaganda/ 23 anos.
Personagem 2: João Vitor/ Estudante de Publicidade e Propaganda/ 23 anos.
Especialista 1: Déborah da Cunha Pinheiro/ Estudante de Jornalismo/ 23 anos.

PERGUNTAS:
- Como você enxerga o papel do jornalista na era da internet e das redes sociais? Quais
são os principais desafios enfrentados pelos jornalistas atualmente?
- Qual é a importância do jornalismo de qualidade em um ambiente saturado de notícias
e informações online?
- Quais são as estratégias que os jornalistas podem adotar para se manterem relevantes
em um mercado competitivo e em constante evolução?
- Quais são os desafios éticos que os jornalistas enfrentam ao lidar com a velocidade da
internet e a pressão por notícias em tempo real?
- Quais são as oportunidades que a internet oferece aos jornalistas para expandir seu
alcance e engajamento com o público?
FONTES:
VILAVERDE, L. As redes sociais estão substituindo o Jornalismo? | tutano. Disponível
em: <https://tutano.trampos.co/14415-redes-sociais-estao-substituindo-o-jornalismo/>.
Acesso em: 4 jul. 2023.
O jornalismo profissional em tempos de big techs e redes sociais — Instituto de Estudos
Avançados da Universidade de São Paulo. Disponível em:
<http://www.iea.usp.br/noticias/copy_of_jornalismo-e-novas-tecnologias>. Acesso em:
4 jul. 2023.
Qual o impacto das redes sociais no jornalismo? Disponível em:
<https://crabber.com.br/impacto-das-redes-sociais-no-jornalismo/>.
VINÍCIUS, P. Como o jornalismo se adapta às redes sociais? Disponível em:
<https://medium.com/petcomufam/como-o-jornalismo-se-adapta-%C3%A0s-redes-
sociais-f1ebed6c90d6>.
PONCHIROLLI, R. Jornalismo: o que é e qual sua importância? | Politize! Disponível
em: <https://www.politize.com.br/jornalismo/>.
ROTEIRO:
[00:00:09] Manu Olá, eu sou a Manu, faço Publicidade e Propaganda na
Universidade Veiga de Almeida, estou aqui com o João para poder falar com a Débora.
Eu sou o João Vitor, estudante de Comunicação Social, Publicidade e Propaganda da
Universidade Veiga de Almeida e estamos em mais um episódio de Pode em Pauta.
Hoje trazendo uma convidada mega especial, Débora Pinheiro. Ela é estudante do
sétimo período de jornalismo da Universidade Unicarioca e já foi de social mídia a
assessora de imprensa.
[00:00:43] Pessoa 1 Agora ela vai contar um pouquinho pra vocês, pra mim e
pra Manu, um tema super relevante, que é o lugar do jornalista hoje em dia e a
competição com as notícias da internet. Como lidar? A pessoa precisa aprender a andar
numa corda bamba, porque ao mesmo tempo que a internet chegou no intuito de ser
revolucionário, de ajuda, sabe, você entrar em contato com diversos tipos de pessoa, a
internet é um grande calcanhar de Aquiles, é um ponto muito frágil para o jornalismo,
sabe, que rouba a internet, as redes sociais, ela rouba o protagonismo às vezes da notícia
e que às vezes acaba tendo algumas coisas tendenciosas rolando por aí, ou assim, uma
coisa que acontece muito, é questão da própria, a pessoa que seria a fonte, ela é a
portadora da notícia. Então assim, hoje em dia, competir com esse mercado que está
cada vez mais feroz, vamos estar ali muito para tentar mediar essa situação toda, tentar
ser um termômetro, para não ser nem muito além, nem muito aquém, sabe, ele precisa
estar ali para botar o pé no chão do pessoal, que saem postando notícias e notícias e
notícias, que qualquer, tem muita gente que acha que não precisa de um diploma para
ser jornalista, por exemplo, está ali assim para postar, postar notícias de uma maneira
indiscriminada, quase, e o jornalista ele está ali para mediar esse papel caótico que está
se tornando cada dia mais, por ter esse acesso assim, quase que desenfreado ao uso da
internet.
[00:02:40] DÉBORAH Déborah, desde já eu quero te agradecer, sua participação
aqui no nosso podcast está sendo muito importante, tudo que a gente adquire de
conhecimento é excepcional. Agora me diz, qual é a importância do jornalismo de
qualidade em um ambiente saturado de notícias e informações online? É engraçado,
porque essa pergunta se conecta também com o que eu já estava falando na na primeira
pergunta, e hoje em dia mais da metade dos brasileiros tem acesso à informação, acesso
a uma rede social, à internet, mesmo às vezes sendo precário, mas tem. Então assim, as
pessoas se sentem porta-vozes, e a internet é um lugar que assim, não tem como falar
assim, ah, não tem como calar a voz de alguém na internet, mas o problema maior é a
questão da credibilidade daquilo que está sendo falado, sabe, qual a veracidade daquilo,
qual é a vivência daquilo, sabe, a gente não sabe, e hoje em dia precisa-se ter um filtro,
ter um termômetro do que vai, do que não vai, do que vai ser útil, porque o jornalismo
tem a questão do critério de noticiabilidade.
[00:04:01] DÉBORAH Então assim, tem coisas que não precisam estar ali, sabe,
tem coisas que as pessoas ferem a ética jornalística que nem sabem, como por exemplo,
expor vítimas de diversos tipos de abusos, então assim, esse é a principal importância
para um jornalismo de qualidade, sabe, é alguém que consiga filtrar isso, porque as
pessoas querem saber das notícias, a gente não pode culpar as pessoas, as pessoas no
fundo, todo mundo tem ali aquela gotinha da fofoca, sabe, todo mundo tem, mas como
essa notícia tem que ser chegada a essas pessoas, e é isso que importa, é esse o papel do
jornalista, saber como, ter a responsabilidade de como aquela notícia vai chegar. Quais
você acha que são as estratégias que os jornalistas de hoje em dia precisam anotar para
se manterem relevantes no mercado competitivo e em questão de evolução? Uma coisa
que eu gosto de bater na tecla é que o jornalismo, ele tem que ter multi formas, sabe,
multi maneiras de como conectar com as pessoas, ainda mais hoje em dia num mundo
onde a gente vive tudo muito rápido, a gente tem que saber rebolar conforme o
rebolado, entendeu? É muito difícil, é muito difícil, porque o jornalismo por muito
tempo ele esteve num pedestal onde não erramos, somos absolutamente perfeitos,
somos isso, somos aquilo, só que esquecem de casos como, por exemplo, da escola
básica, um caso que assim, primeiro período de faculdade você já aprende sobre a
escola base, o erro do jornalismo, não só esse, tem vários, mas esse assim, é muito
importante na história do jornalismo brasileiro, foi quando o caso que estavam acusando
os donos da escola, o moço que dirigia a van, de abusar as crianças, aí depois foram ver
que não era nada daquilo, que nenhuma criança tinha sido abusada e que na verdade a
criança estava assada por conta de fralda.
[00:06:18] DÉBORAH Então assim, o jornalismo ele se coloca num pedestal de
dono da verdade, porém ele comete erros, sabe, eu acho que é entender esse lugar que
nós podemos errar, qualquer um está tolerante a errar, mas isso também não quer dizer
que a gente tem que viver no erro, não, são duas coisas completamente diferentes, mas,
contudo, entretanto, porém, a gente preza por essa questão do acerto, sabe, esse é o
caminho, essa é a estratégia no meio dessa evolução toda, continuar em busca da
verdade e ser assim, humilde de entender que é capaz de errar, tanto é que na lei fala
que o jornalismo parte de um princípio da ingenuidade, sabe, você tem acesso a notícia
e agarra aquilo dali com toda a força, mas tem essa questão da ingenuidade, e entender
que as pessoas têm diversos tipos de fala, do jeito que eu vou falar com a minha mãe
não é o mesmo jeito que eu vou falar com a minha avó, não vai ser o mesmo jeito que
eu vou falar com uma amiga minha, não precisa entender que ele precisa ser
multiforme, que ele precisa estar na televisão, que ele precisa estar no rádio, que ele
precisa estar no jornal impresso, que ele precisa estar na internet, que ele precisa estar
em tudo e em todo lugar ao mesmo tempo, sabe, e abrir mais espaço para o jornalismo
sempre, sempre, sempre. Exatamente, Déborah, você citou pontos extremamente
importantes, mas uma pergunta, quais são os desafios éticos que os jornalistas
enfrentam ao lidar com a velocidade da internet e a pressão por notícias em tempo real?
Eu acho que a principal parte dos desafios éticos é o efeito de cascata, porque cada dia
mais tem se reduzido o número de pessoas nas redações, como diz o jargão jornalístico,
acontecem os passaralhos, é esse mesmo, é esse mesmo nome, acontecem essas coisas
de demissão em massa dentro das redações jornalísticas, aí Brasil afora, não só aqui no
Brasil, mas isso é o mundo todo, que vai se reduzindo o número de pessoas e as pessoas
que ficam, ficam sobrecarregadas. Eu acho que para a gente falar de ética, de um bom
trabalho, a gente tem que falar como está sendo esse cenário de trabalho para um
jornalista, é importante entender que assim, aí está, demite-se um monte de gente e ao
mesmo tempo, as poucas pessoas que ficam têm que lidar com a velocidade que é a
internet, a velocidade que tem as redes sociais, então como um ser humano, uma pessoa
que precisa pelo menos de 6 a 8 horas para dormir, precisa ir para casa, precisa ter o
tempo com a família, precisa comer, precisa até fazer as suas necessidades, como uma
pessoa vai acabar não passando alguma coisa, vamos dizer, antiética, mas não querendo
ser pedante com a pessoa, não querendo ser injusta com a pessoa, sabe?
[00:09:51] DÉBORAH Eu acho que é tudo um efeito em cascata, a pessoa que
está lá, ainda nessas redações, ela está quase que desesperada por notícia, tem que ir
atrás da notícia, tem que ser a pessoa do furo jornalístico, porque isso é importante
numa redação, para você ter um nome, você precisa ser a pessoa antenada, a pessoa dos
furos jornalísticos e assim, como que a pessoa vai fazendo isso cada vez mais
sobrecarregada? Eu acho que é esse o peso da ética hoje em dia, então assim, melhores
condições de trabalho também seriam bons para um jornalista, porque aí não se comete
tanto erro quando você tem mais gente, sabe? Quando você tem um trabalho melhor,
menos exaustivo, menos sobrecarregado, eu acho que a ética está muito nisso também,
sabe? Com o mundo hoje em dia, você sabe que a galera está super conectada, e assim,
eu queria saber quais as oportunidades que a internet oferece aos jornalistas para poder
expandir seu alcance e encaixamento com o público?
[00:10:59] DÉBORAH Para falar sobre as oportunidades que a internet tem,
porque nem tudo são ônus, tem os seus bônus também, a internet é o mar de maravilha
também, você encontra fontes assim, inimagináveis, eu já, assim, estou terminando a
faculdade de jornalismo, eu precisei fazer uma entrevista, eu precisava entrevistar
alguém sobre o incêndio da Boate kiss, por exemplo, e eu precisava, como que eu ia
para o Rio Grande do Sul, eu aqui no Rio de Janeiro, moradora da Zona Norte, sem o
tostão no bolso, como que eu ia parar lá no Rio Grande do Sul para entrevistar alguém
que tenha sofrido com incêndio da Boate kiss ou algo do gênero, assim, então a internet
foi um mediador para eu encontrar minha fonte, que eu encontrei um rapaz que tinha
perdido, se não me engano, a melhor amiga dele, que esse rapaz, ele está liderando um
dos coletivos, para que não se esqueçam a morte dos 242 pessoas no incêndio, que foi
uma tragédia, ele me contando, ele me contou que foi um dos produtores da série que
teve na Globo, que está na Globoplay agora, então assim, se não fosse a internet, a gente
também não estaria nem aqui agora também. Muito obrigada, Débora, por essa
entrevista, a gente gostou muito da sua perspectiva e de toda a problemática que você
trouxe aqui, para a gente poder refletir justamente o papel do jornalista nesse mundo tão
mudado que é hoje em dia com o avanço da internet. Débora, desde já quero te
agradecer pela sua participação aqui no nosso podcast, foi muito especial, cada
momento, cada pergunta, muito sucesso para você na sua jornada, somos muito gratos
por ter você aqui como nossa convidada e até o próximo episódio, gente. É isso, gente,
muito obrigada pela oportunidade de estar ouvindo aqui mais uma jornalista ir para o
mundo e é isso, eu sou Débora Pinheiro e tchau.

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