Introdução a
terapêutica
CONCEITOS
→ FARMACOLOGIA: estuda as fontes,
propriedades físicas e químicas, a combinação, os
efeitos, bioquímicos e fisiológicos, o mecanismo
de ação, absorção, distribuição, biotransformação,
excreção e os usos terapêuticos dos fármacos
→ TERAPÊUTICA: é um ramo da farmacologia,
também chamado de farmacologia clínica. Pode
ser dividida em duas partes:
 Terapêutica geral: prescrição de receitas,
regulamentação dos medicamentos
quimioterápicos específicos e ativas ou inativas, usadas na fabricação de
procedimentos terapêuticos importante;
 Terapêutica específica: aborda a organismo animal, mas pode haver reação;
terapêutica de diversos sistemas.
SUCESSO DO ESQUEMA TERAPEUTICO
Depende de três fatores principais:
→ ESPÉCIE: dosagem e metabolização correta
para cada espécie;
→ RAÇA: reações adversas relacionadas a raça;
→ PROPRIETÁRIO: peça fundamental no
sucesso do esquema terapêutico, que está sempre
acompanhando o paciente.
TERMOS
→BIOEQUIVALÊNCIA: termo usado quando
dois produtos farmacêuticos são equivalentes e
mostram a mesma biodisponibilidade;
→ DISPENSAÇÃO: é o ato profissional do
farmacêutico de proporcionar um ou mais
medicamentos a um paciente, geralmente como
resposta à apresentação de uma receita elaborada
por um profissional autorizado;
→ DROGA: é qualquer substância química que,
em quantidade suficiente, age sobre um organismo
vivo produzindo alterações que podem ser
benéficas ou maléficas;
→ FARMÁCIAS MAGISTRAIS: farmácias de
manipulação (autorização especial- CRMV);
→ FARMACOPÉIA BRASILEIRA: conjunto de
normas e monografias de farmoquímicos,
estabelecidos por e para um país, no caso, o
Brasil;
→ FÁRMACO: substância química que é o
princípio ativo do medicamento;
→FARMOQUÍMICOS: todas as substâncias,
produtos farmacêuticos- não possui ação no
→FORMULAÇÃO FARMACÊUTICA: relação
quantitativa de farmoquímicos que compõe um
medicamento;
→ MEDICAMENTO: produto farmacêutico
empregado em um organismo vivo, visando obter
efeito benéfico, com finalidade profilática,
curativa, paliativa ou diagnóstica;
→MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA: produto,
registrado em órgão competente, comercializados
no país com nome de marca, cuja eficácia,
segurança e qualidade foram comprovadas;
→ MEDICAMENTO GENÉRICO: é aquele que,
ao expirar a patente da marca de um produto (10
anos) é comercializado sem nome de marca 0 –
mais barato pois possui incentivos do governo
(obs: não existe na medicina veterinária);
→ MEDICAMENTO SIMILAR: medicamento
com o mesmo princípio ativo, concentração,
forma farmacêutica, via de administração,
posologia e indicação terapêutica do medicamento
de referência.
→ MEDICAMENTO TARJADO: medicamento cujo
uso requer a prescrição profissional. Possuem na
embalagem a tarja vermelha ou preta;
→MEDICAMENTO DE VENDA LIVRE: → OBJETIVO: Fornecimento de um ou mais
medicamento cujo uso não requer a prescrição medicamentos a um determinado paciente como
profissional; parte de seu tratamento.

→NUTRACÊUTICO: produto nutricional, que → As prescrições podem ser direcionadas ao tutor

pode ter certo valor terapêutico, além do valor
nutricional, ou seja, nutrientes que, em certas
doses passam a ter efeitos terapêuticos (ex: ômega
3);
→ POSOLOGIA: estudo da dosagem dos
medicamentos:
 Dose de ataque: dose inicial, geralmente,
o dobro da dose de manutenção;
 Dose de manutenção: dose necessária
durante certo período para que haja o
efeito desejado.
 Dose única: uma única tomada do
medicamento é capaz de proporcionar a
eficácia.
 Pulsoterapia: utilização de doses
terapêuticas ou não, em intervalos maiores
do que os normalmente utilizados.
→PRESCRIÇÃO: ato de definir o medicamento a
ser consumido pelo paciente com a respectiva
dosagem e duração pela elaboração de uma receita
médica;
→ PRESCRITOR: profissional, devidamente
inscrito do conselho de classe de sua profissão,
que realiza a prescrição;
→REMÉDIO: toda substância ou procedimento
que cura, alivia ou evita uma enfermidade;
ou a outro profissional. Devem conter
obrigatoriamente:
 Dosagem;
 Quantidade exata;
 Instruções da administração;
 Via de administração;
 Intervalo entre as doses;
 Duração do tratamento;
→ CONFECÇÃO: é de inteira responsabilidade
do médico veterinário;
 Pode ser manuscrita (legível, tinta azul ou
preta) ou digitada, sendo a assinatura
sempre a tinta;
 Não é permitido rasuras ou uso de
corretivo;
→ MEDICAMENTOS PRESCRITOS:
 Oficiais: são encontrados na Farmacopéia
brasileira;
 Magistrais: são manipulados pelo
farmacêutico conforme a prescrição;
→ ESPECIALIDADES FARMACÊUTICAS:
Referência;
OBS: Não existem
Similar; genéricos na Medicina
Genérico; Veterinária.

ABREVIATURAS OU VOCÁBULOS UTILIZADOS

CÁLCULO DE DOSES E VOLUMES NECESSÁRIOS
PARA A PRESCRIÇÃO
→ Medidas utilizadas na prescrição de
medicamentos:
 Medicamentos sólidos: múltiplos ou
submúltiplos do grama (g);
 Medicamentos líquidos: múltiplos ou
submúltiplos do mililitro (mL).
→ FÓRMULA:
PRESCRIÇÕES
→ CONCEITO: É uma ordem escrita de um
profissional devidamente cadastrado no conselho
regional de sua profissão para um farmacêutico.

OBS: Massa/volume → g/mL;
EX 1: Prescreva para um gato de 4 kg um
analgésico, na dose de 5 mg/kg. Apresentação do
produto: 10 mg.
Resolução nº 149 de 26 de dezembro de 1996
da Secretaria de Defesa Animal do Ministério
da Agricultura tornou obrigatório o nome e as
características do paciente, bem como o nome
e endereço do proprietário
EX 2: Prescreva para um equino de 400 kg um
antiparasitário, na dose de 15 mg/kg.
Apresentação do produto: 1000 mg/mL
EX 3: Prescreva para um cão de 20 kg um
antimicrobiano, na dose de 5 mg/kg. Apresentação
do produto: 5% em frasco de 10 Ml.
[ ]=5%
5 g ---- 100 ml
5000mg ---- 100 ml
X ------- 1ml
X = 50 mg
RECEITAS
Uma receita deve conter as seguintes partes:
 Cabeçalho;
 Superscrição;
 Inscrição;
 Subscrição;
 Indicação ou instrução;
 Assinatura ou rubrica.
→ CABEÇALHO: localiza-se na porção superior
da receita. Deve conter:
 Nome do profissional;
 Número de registro (CRMV);
 Endereço e telefone;
 CPF (opcional);
 Logotipo da firma (clínicas, hospitais,
universidades, haras, etc).
→ SUPERSCRIÇÃO: localizado abaixo do
cabeçalho. Deve conter:
 Nome, espécie, raça e idade do paciente;
 Nome e endereço do proprietário.
→ INSCRIÇÃO: localizado abaixo da
superscrição. Deve conter:
 Onde se indica o uso (oral, oftálmico,
otológico, injetável);
 Nome do medicamento e concentração;
 Quantidade a ser comprada;
→ SUBSCRIÇÃO: Apenas para medicamentos
magistrais. Esclarece ao farmacêutico como os
fármacos devem ser manipulados;
→ INDICAÇÃO OU INSTRUÇÃO: logo abaixo
da inscrição. Deve conter:
 Modo de administração;
 Via de administração;
 Evitar abreviaturas;
 Intervalos entre doses e tempo de
tratamento;
 Evitar palavras chulas.
→ ASSINATURA OU RUBRICA: logo após a
instrução. Deve conter:
 Local e data;
 Assinatura do profissional;
 Inscrição no Conselho (CRMV).
 REGULAMENTAÇÃO DE MEDICAMENTOS E
NOTIFICAÇÃO DE RECEITAS
→ Portaria no 344 de 12 de maio de 1998 do
Ministério da Saúde:
 Regulamenta o uso de substâncias e
medicamentos sujeitos a controle especial;
 Notificação de receitas A, B e de controle
especial em duas vias;
→NOTIFICAÇÃO DE RECEITAS: Documento
padronizado destinado às notificações da
prescrição de medicamentos.
 Receita A (cor amarela):
-Engloba medicamentos das listas A1 e A2
(entorpecentes) e A3 (psicotrópicos);
- Impressa, gratuitamente, pelo Ministério da
Saúde e fornecido pela autoridade sanitária do
Serviço de Vigilância Sanitária (instância
estadual);
- É necessária autorização especial na Vigilância
Sanitária Estadual:
- Validade de 30 dias;
- Deve ser acompanhada da receita médica
veterinária e justificativa do uso (se adquirida em
outra Unidade da Federação);
- Deve conter no máximo 5 ampolas ou
equivalente a 5 dias de tratamento;
- Outras formas farmacêuticas (comprimido,
soluções, etc.) poderá conter a quantidade
corresponde a 30 dias de tratamento.
 Receita B (cor azul):
- Engloba medicamentos das listas B1 e B2
(psicotrópicos);
- Impressão as custas do profissional, sendo a
numeração da notificação concedida pela
autoridade sanitária do Serviço de Vigilância local
(instância municipal) para impressão em gráficas
autorizadas.
- Validade de 30 dias, podendo ser usada apenas
na Unidade da Federação que concedeu a
numeração;
- Deve conter no máximo 5 ampolas ou
equivalente a 5 dias de tratamento;
- Outras formas farmacêuticas (comprimido,
soluções, etc) poderá conter, no máximo, a
quantidade corresponde a 60 dias de tratamento.
 - Em ambiente hospitalar, as substâncias
constantes nas listas A1, A2, A3, B1, B2 e C1
poderão ser utilizadas em pacientes internados ou
semi-internados, desde que haja receita médica;
- Em caso de roubo do talonário de notificação de
receita, é obrigatório informar a autoridade
 Receita de Controle Especial (cor sanitária local apresentando o boletim de
branca): ocorrência

- Engloba medicamentos da lista C1 (outras

substâncias sujeitas a controle especial);
- Impressão as custas do profissional;
- Válida em todo território nacional por 30 dias;
- Preenchida em duas vias (manuscrita ou
digitada).
- Deverá conter obrigatoriamente:
 1ª via à retenção da farmácia;
 2ª via à orientação ao paciente.
-Poderá conter no máximo três substâncias da lista
C1;
- Deverá ter, no máximo, 5 ampolas. Para as
outras formas farmacêuticas, no máximo, a
quantidade correspondente a 60 dias de
tratamento.

 Casos especiais:
- A notificação de receita A não é exigida para
pacientes internados nos ambientes hospitalares.
Porém, é necessária a apresentação de receita ou
documento equivalente;