Você está na página 1de 9

Ventilação Ventilação

Prof. Mestra Maria Lúcia Rissato


Faculdades Integradas de Jaú- Enfermagem

Estimulantes da Ventilação Estimulantes da Ventilação

Mecanorreceptores
Quimiorreceptores
Receptores de tensão ‰ Dióxido de Carbono(CO2)
Corpúsculos Aórticos (Fibras que se
dirigem ao SNC estimulando o centro
respiratório.)
Hidrogênio-Æ O aumento do H + leva a
uma hiperventilação.
2.4-Oxigênio-Æ Estimula pela Pressão
parcial de O2 e não pela saturação de O2

Estimulantes da Ventilação Ventilação

DPOC-Æ cuidado para não aumentar HIPERVENTILAÇÃO


CAUSAS
a pressão parcial de O2.
-Ansiedade.
Catecolaminas-Æ hiperventilação -Lesão do SNC
transitória, que levará à uma -Hiperventilação Mecânica (induzido)
hipocapnia com conseqüente -Hipoxia
depressão ventilatório, assumindo -Acidose respiratória
uma ventilação normal. -Catecolaminas
-Hipertermia
-Infecções

1
Ventilação Ventilação
HIPOVENTILAÇÃO
HIPERVENTILAÇÃO CAUSAS
Disfunção primária dos centros respiratórios.
SINTOMAS
Depressão do centro respiratório induzido
Sensação de cabeça vazia( vasoconstrição) (anestesia, over dose, trauma, isquemia cerebral)
Anestésicos ( * fenobarbital sódica)-
Vertigens, tonteiras.
Hipertermia maligna.ÆDantrolene.
Formigamentos das membros Bloqueio neuromuscular
Tetania muscular (Alcalose). Limitação dos movimentos da caixa torácica.
DPOC
Terapêutica Trauma
SNC-Æ se houve lesão não há tratamento Edema cerebral.
Cone de pressão ( compressão do bulbo.)
PCO2 baixo ( inspirar em um saco)
Respiração periódica ( cheyne-Stocks, Biot,
Tratar a causa base. Apnêustica, Atáxica).

HIPOVENTILAÇÃO HIPOVENTILAÇÃO
SINTOMAS
‰ Cefaléia, latejante na região ocpital
( alterações de CO2, pH, O2).
Alteração de comportamento
Complicações pulmonares
Tratar complicações eventuais
Tratamento *** Se PCO2 = 50 mmhg e pH= 7,2
Tentar equilibrar o CO2.
Compensar a ICC que faz aumentar a pressão tratar apenas a causa base.
intrapulmonar.
DPOC, evitar complicações infecciosas, para evitar ***Se PCO2 e pH com rápidas
agudização do quadro.
Evitar excesso de o2 alterações-Æ Ventilação mecânica.
Não sedar.
Exercícios respiratórios
Tapotagem, drenagem postural, antibiótico terapia.
Insuficiência Respiratória

Assistência Respiratória Material para intubação


Luvas estéreis
Oxigenoterapia-ÆAdministração de O2 Sonda ou Tubo Traqueal ( 01 de cada número)
seco ou úmido Laringoscópio.
Lâmina para laringoscópio curva e reta ( Infantil e
Intra nasal adulto).
Pilha nova
Tipo óculos Xylocaína spray e gel.
Cânulas traqueais Seringa de 10 ou 20 ml.
Guia ( não traumático) para intubação.
Traqueostomia. Pinça maguil, para intubação nasal.
Aspirador de ponta rígida.
Máscara de venturi ( são muito eficientes.) Sonda para aspiração.
Tendas, halos. Material para fixação da sonda.
Tesoura.
Ambú.
Cânula de guedel.

2
Intubação Traqueal Intubação Traqueal
Complicações Imediatas:
Broncoespasmo
Entubação Oro-traqueal: Quebra de dentes
Vantagens Desvantagens Lacerações de lábios, boca, mucosas de faringe.
• Cânula com material mais resistente • Aumento de Sialorréia Pocisionamento inadequado
Aspiração de sangue ou conteúdo gástrico.
• Técnica fácil de ser executada • Laceração de mucosa Complicações Tardias ( após 72 horas).
• Menos traumática • Laceração de fúrcula labial Lesões na laringe
Lesões irreversíveis das cordas vocais
• Ulceração oral Infecções
Entubação seletiva por deslizamento.
Intubação traqueostoma Oclusão da cânula por formação de rolhas
Estenose de traquéia
Vantagens pela facilidade na manipulação e sem Traqueomalácia( Fístula por perda do suporte cartilaginoso.)
risco de extubação acidental Aspiração com técnica incorreta.

Intubação Traqueal
Intubação Traqueal
Medidas de Emergências.
Posicionamento seletivoÆ Puxar o tubo e auscultar.
Complicações Pós- Entubação
Obstrução do tuboÆ Trocar imediatamente.
Rouquidão Espamo de laringe após intubação-ÆElevar a cabeceira
do cliente, oxigenoterapia, observar tipo e freqüência
Distúrbios de deglutição, aspiração respiratória, m.s.p.m., traqueostomia.
Edema de glote após entubaçãoÆ Elevação de tronco e
Espasmo de laringe. cabeça, tratamento local com aerossóis
descongestionantes, corticoterapia, oxigenoterapia,
Edema de Laringe. reentubação ou traqueostomia.
Granuloma de cordas vocais TraqueomaláciaÆReentubação imediata e discussão
das medidas a serem tomadas.
Estenose traqueal.

Extubação
Ventilação Mecânica
Preparo psicológico do cliente.
Ter certeza do nível de consciência do cliente.
Bom fluxo expiratório
Aspiração endotraqueal antes da extubação
Solicitar ao cliente para realizar uma
inspiração profunda e prender a respiração
Desinsuflar o cuff.
Retirar o tubo
Colocar O2 em T de ayre
Monitorar a oximetria

Prof. Mestra Maria Lúcia Rissato


Faculdades Integradas de Jaú- Enfermagem

3
Ventilação Ventilação

Pressões na Ventilação
É definida como a assistência oferecida aos
pacientes em insuficiência respiratória. Pressão Intrapleural: É a pressão
Finalidade de equilibrar oferta e demanda de entre a pleura pulmonar e a pleura
oxigênio.
Diminuir o Drive respiratório.
parietal, no início da inspiração é de
É um dos principais recursos de suporte à vida aprox. – 5 cmH2O, negativa para
do paciente crítico. poder manter os pulmões abertos em
Esta assistência pode ser realizada de forma
invasiva ( pressão positiva) e forma não
repouso
invasiva ( pressão negativa e positiva.)

Ventilação Objetivo

Pressão Alveolar: É a pressão A ventilação mecânica tem como


dentro dos alvéolos. objetivo realizar a respiração artificial
naqueles pacientes que possuem
Pressão Transpulmonar: É a algum tipo de deficiência respiratória
diferença entre os alvéolos e a ou devido a necessidade de ser
pleura, ou entre os alvéolos e a mantido sedado.
superfície do pulmão.

Histórico
Década de 50Æ Pulmão de aço
( Iron Lung).- Póliomielite. Pressão Negativa

4
Década de 60 Bird mark 7 e mark 8
Década de 70 Benett.
Década de 80 Microprocessados.
™ Ciclados à volume
™Ciclados à Pressão
™Ciclados à Fluxo
Concha , couraça ™Ciclados à Tempo.

Ciclados a Volume Ciclados a Pressão


Aparelhos em que se pré-estabelece o volume
corrente.
Aparelhos em que a pressão é
Independente da variação na Complascência
Pulmonar ( as pressões das vias aéreas determinada pela via aérea do
podem subir a medida que a complacência paciente,
diminui).
Recursos e alarmes, válvulas reguladoras e O volume corrente é variável ,
limitadoras que impedem o aumento excessivo dependente das condições
da pressão no sistema paciente/ventilador,
impedindo complicações como Barotrauma. estabelecidas pela complacência
Válvula de segurança para abortar o excesso pulmonar.
de pressão na fase inspiratória

Ciclados a Fluxo Tipos de Ventilação


Dois Tipos:
Ventilação espontânea, o fim da fase 1. Ventilação Controlada:
inspiratória, independente do tempo O paciente está totalmente passivo e o aparelho
transcorrido ou do volume liberado comanda totalmente a ventilação.
para o pcte ( como no modo Pressão 2. Ventilação Assistida :
O início de cada ciclo e a freqüência respiratória
de Suporte) determinado pelo esforço inspiratório do pcte,
O cliente/paciente exerça um controle caso o paciente não consiga disparar o ciclo
efetivo sobre o tempo e o pico de ventilatório do aparelho, o ventilador passara a
fornecer ciclos controlados com os valores pré-
fluxo inspiratório, e ainda sobre o determinados.
volume corrente.

5
Espaços Pulmonares Recursos
PEEP---Æ Pressão Expiratória Final Positiva,
representa a presença de volume de ar residual
ao final do ciclo respiratório
™ Manobra que permite aumentar a capacidade
residual funcional na expiração.
™ Permite aumentar a área de superfície para as
trocas gasosas.
™ Impede a ocorrência de atelectasias.
™ Diminui Shunt Alveolar.
™ Favorece a uma FIO2 em menor concentração.
CPAP-Æ Mantém aumento da pressão positiva
intra-torácica durante todo ciclo.
™ Mesmas indicações e complicações do PEEP.

Recursos
FIO2--ÆFração Inspiratória de O2 (Permite Pressão de Suporte--Æ
regular a oferta de O2.)
I:E--Æ Relação inspiração / expiração pode ser O paciente ventila espontaneamente,
regulada de acordo com a freqüência respiratória. estabelecendo sua própria freqüência
Suspiro--Æ Permite aumentar a oferta no volume
corrente, 1 e ½ do volume corrente. e inspirando o volume corrente que
Freqüência Respiratória-Æ Pode ser pré- achar adequado, com trabalho
determinada de acordo com a necessidade do respiratória mínimo, o ventilador tem
paciente.
Volume corrente-Æ Pré determinado, atualmente a sensibilidade de captação e
6 a 8 L / Kg de peso do paciente. liberação de fluxo.

Complicações do Paciente no Ventilador Complicações Relacionadas ao


Paciente
Pulmonares:
™Falha mecânica. Entubação Seletiva
™Assincronismo ( ajustar a modalidade Exteriorização do tubo com escape do ar(
adequada.) profundidade do tubo para o homemÆ21 a 24 cm.
Para as mulheres-Æ 19 a 21 cm.)
Barotrauma.
Vazamento de ar por insuflação inadequada do
™Utilizar modalidades corretamente cuff. (vazamento).
ajustadas com ventilador seguro.
Herniação do cuff, com obstrução do orifício
Cardiovasculares. Obstrução do tubo por mordedura do paciente
™Hipovolemia. Pneumotórax, Broncoespasmo, etc...
™Hipotensão.

6
Complicações Relacionadas ao
Ventilador Extubação
Circuíto ventilatório Preparo psicológico do cliente.
™ Desconexão Condições hemodinâmicas estabilizadas
™ Conexão errada Patologia de base controlada
™ Obstruções por líquidos ou secreções Ter certeza do nível de consciência do cliente.
Bom fluxo expiratório
™ Mau funcionamento de válvulas
™ Aspiração endotraqueal antes da extubação
™ FiO2 abaixo do necessário
™ Solicitar ao cliente para realizar uma inspiração
™ Suporte ventilatório inadequado profunda e prender a respiração
™ Sensibilidade inadequada do aparelho: esforço ™ Desinsuflar o cuff.
excessivo do paciente se pouco sensível. ™ Retirar o tubo na inspiração
™ Fluxo inspiratório insuficiente ou excessivo ™ Colocar O2 em T de ayre
™ Escolha inadequada da modalidade respiratória ™ Monitorar a oximetria

Ventilação Não Invasiva com Pressão


positiva
(VNIPP.)
1930----Æ Barach
É a forma de suporte ventilatório que se Utilizou para tratamento de Edema
realiza sem a intermediação de próteses Agudo de Pulmão
traqueais. A força motriz do sistema Após foi utilizada em Insuficiência
respiratório, nesse tipo de ventilação, pode Respiratória Crônica
ser aplicada externamente ao tórax ,
empregando-se pressão negativa, ou nas Ventilação domiciliar à pctes com
vias aéreas, por meio da aplicação de doenças neuromusculares
pressão positiva, o que aumenta a pressão Patologias da caixa torácica –
transpulmonar e insufla os pulmões. Cifoescoliose-

Vantagens

Á partir da década de 1980Æ Supressão de possíveis complicações


associadas à intubação endotraqueal.
Muito utilizada para Apnéia do sono Promoção de maior conforto ao pcte.
Também no uso hospitalar ( VNIPP). Preservação dos mecanismos de defesa das
vias aéreas.
Possibilidade de manutenção da fala e
deglutição
Promoção de maior flexibilidade na instituição
e remoção da ventilação mecânica.

7
Objetivos Máscaras
As máscaras são a
Manutenção das trocas gasosas interface paciente/
(hipoxemia e hipercapnia); ventilador.
As máscaras faciais
Melhorar a estabilização das trocas permitem correção
eficiente nas trocas
gasosas gasosas e em
pacientes mais
Facilitar a ventilação alveolar; dispnéicos que
respiram de boca
Diminuir o trabalho respiratório; aberta. Tem a
desvantagem do
Diminuir a dispnéia. espaço morto no
interior.

Máscaras Complicações da VNI


As máscaras nasais Necrose facial;
são mais bem
toleradas, e tem a Distensão abdominal (aerofagia);
desvantagem de Aspiração de conteúdo gástrico;
permitir vazamento
pela boca e o Hipoxemia transitória;
aumento da Ressecamento nasal, oral e de
resistência das
narinas. conjuntivas;
Também podem ser Barotrauma (menos comum).
utilizados bocais.

Falência da VNI Ventilação / Ambú


Necessidade de FIO2 maior 60%;
Queda pH e/ou aumento PaCO2;
Aumento da frequênia respiratória ou persistência
acima de 35;
Diminuição do nível de consciência ou agitação;
Instabilidade hemodinâmica;
Arritmias graves;
Isquêmia miocárdica
Distensão abdominal severa;
Intolerância à máscara.

8
Bibliografia:
Competência
-Knobel, Elias “ Manual de Condutas no Paciente
Grave”. S.P.:,Farmasa,2005.
-Parsons, PollyE.” Segredos em Terapia
Intensiva”. P.A: Artes Mádica, 2000.
Obrigado por
-Helena, MB e outros “ Assistência Ventilatória
colaborar,
Mecânica”. S.P.: EPU, 2003.
para que eu
-Kátia Hernandes Ramos, “Ventilação Mecânica ,
esteja Noções Básicas” , K. Takaoka.
saudável. PROAMI, Programa de Atualização em Medicina
Intensiva, ciclo 2, módulo 2. P.A.: Artmed, 2004.

Você também pode gostar