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Mata ciliar é a formação vegetal localizada nas margens dos nos, córregos, lagos, represas e nascentes.
Também é conhecida como mata de galeria, mata de várzea, vegetação ou floresta ripária. Considerada
pelo Código Florestal Federal como "área de preservação permanente", com diversas funções ambientais,
devendo respeitar uma extensão específica de acordo com a largura do rio, lago, represa ou nascente.



    

O uso das áreas naturais e do solo para a agricultura, pecuária, loteamentos e construção de hidrelétricas
contribuiram para a redução da vegetação original, chegando em muitos casos na ausência da mata ciliar.
ESCASSEZ DA ÁGUA
A ausência da mata ciliar faz com que a água da chuva escoe sobre a superfície, não permitindo sua
infiltração e armazenamento no lençol freático. Com isso, reduzem-se as nascentes, os córregos, os rios e
os riachos.
EROSÃO E ASSOREAMENTO
A mata ciliar é uma proteção natural contra o assoreamento. Sem ela, a erosão das margens leva terra para
dentro do rio, tornando-o barrento e dificultando a entrada da luz solar.
PRAGAS NA LAVOURA
A ausência ou a redução da mata ciliar pode provocar o aparecimento de pragas e doenças na lavoura e
outros prejuízos econômicos às propriedades rurais.
QUALIDADE DA ÁGUA
A mata ciliar reduz o assoreamento dos rios, deixa a água mais limpa, facilitando a vida aquática.
IMPEDE A FORMAÇÃO DE CORREDORES NATURAIS
Essas áreas naturais possibilitam que as espécies, tanto da flora, quanto da fauna, possam se deslocar,
reproduzir e garantir a biodiversidade da região.

            

As espécies nativas são aquelas naturais de uma determinada região. A flora nativa, durante milhares de
anos, vêm interagindo com o ambiente e, assim, passou por um rigoroso processo de seleção natural que
gerou espécies geneticamente resistentes e adaptadas ao local onde ocorrem. Elas possuem um papel
fundamental, pois controlam o excesso de água das chuvas no solo, evitam a perda de água dos rios e
oceanos, gerenciam a filtração e a absorção de resíduos presentes na água, evita o escoramento e a erosão
do solo, além de fornecerem alimentação e abrigo para agentes polinizadores. As espécies exóticas são
aquelas introduzidas de outras regiões, como de outro país, por exemplo, não sofreram esse processo de
seleção natural e, dessa forma, não servem de substituto ideal para a flora nativa, uma vez que não
desempenham as mesmas funções dentro do ecossistema. As espécies exóticas são amplamente usadas
com objetivos econômicos para a produção de celulose, por exemplo. Porém, é necessário ressaltar que um
plano de manejo das espécies exóticas deve ser feito e tem fundamental importância para não deslocar as
espécies nativas.

FONTE: LORENZI, H. ³Árvores Brasileiras ± Manual de Indentificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas
do Brasil´, volume 1, 4ª edição. Nova Odessa, SP: Instituro Plantarum, 2002.

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- Reter/filtrar resíduos de agroquímicos evitando a poluição dos cursos d¶água


- Proteger contra o assoreamento dos rios e evitar enchentes
- Formar corredores para a biodiversidade
- Recuperar a biodiversidade nos rios e áreas ciliares
- Conservar o solo
- Auxiliar no controle biológico das pragas
- Equilibrar o clima
- Melhorar a qualidade do ar, água e solo
- Manter a harmonia da paisagem
- Melhorar a qualidade de vida


         

- perda de qualidade da água


- erosão e perda de nutrientes do solo
- aumento de pragas das lavouras.
- assoreamento dos rios e enchentes
- alterações e desequilíbrios climáticos(chuva e aumento da temperatura)
- redução da atividade pesqueira

 

A mata ciliar é uma área de preservação permanente, que segundo o Código Florestal (Lei n.° 4.771/65)
deve-se manter intocada, e caso esteja degradada deve-se prever a imediata recuperação.e. Essa lei já
existe há 40 anos! Mas nem sempre foi cumprida.
Toda a vegetação natural (arbórea ou não) presente ao longo das margens dos rios, e ao redor de
nascentes e de reservatórios, deve ser preservada. De acordo com o artigo 2° desta lei, a largura da faixa
de mata ciliar a ser preservada está relacionada com a largura do curso d'água. A tabela apresenta as
dimensões das faixas de mata ciliar em relação à largura dos rios, lagos, represas e nascentes.



      

- Redução das espécies


- Perda do banco genético
- Diminuição da fertilidade do solo
- Desequilíbrio dos macro e micro ecossistemas


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- promover a reconstituição, manutenção e proteção das matas ciliares e


- melhorar a qualidade de vida no Paraná



    

- devem ser plantadas espécies que são encontradas nas matas ciliares da região onde o plantio irá ocorrer.
Os viveiros CONVENIADOS AO PROGRAMA MATA CILIAR recebem sementes coletadas e distribuídas pelo
IAP segundo recomendações da EMBRAPA.
- Arquivos: Lista de espécies por região e Mapa das regiões.




As mudas são produzidas pelas entidades conveniadas ao Estado e pelos viveiros regionais do IAP. Entrando
no mapa na sua região e no seu município você visualiza quais as entidades que possuem convênio e, por
conseqüencia, onde você poderá obter as mudas.

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1. Verifique se seu município é conveniado.

2. Se positivo ± procure o técnico e o viveiro municipal ou o escritório local da Emater para a obtenção das
orientações técnicas e mudas.

3. Se negativo procure o escritório local da Emater de seu município que indicará o viveiro regional do IAP
mais próximo.


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1. É fundamental o isolamento da área de animais de qualquer espécie pois as mudas são facilmente
dizimadas pelo gado, porcos, galinhas etc.

2. Se houver capim ou outra vegetação rasteira é recomendado o coroamento do local onde será plantada a
muda, com a enxada. Se não houver controle do mato as mudas podem morrer ou não se desenvolver por
faltada d¶água, luz e nutrientes.

3. A orientação técnica para o plantio deve ser buscada junto a Emater Paraná. O plantio correto acarretará
economia de tempo e dinheiro. A recomendação geral é o plantio de mudas de espécies pioneiras e
secundárias tolerantes ao sol e de crescimento rápido e com um espaçamento de 2metros entre linhas por 2
metros entre covas. Existem outras alternativas de plantio em faixas, em ilhas e também quando houver
bastante vegetação nativa nas imediações, pode ser feito o simples abandono da área. Procure um técnico
para realizar o plantio tecnicamente correto.


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É indicado o coroamento com a enxada. Qualquer outra operação de limpeza deve ser autorizada pelo IAP.


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São os proprietários efetivos da área, mesmo nos casos de áreas arrendadas.


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O arame farpado não é recomendado, pois pode machucar animais que transitam na área. Pode-se usar
arame liso ovalado.


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Recomendamos utilizar arame liso ovalado, porém, não há nenhuma Resolução ou Lei que especifique como
ou qual material deve ser utilizado. Lembrar que a cerca deve ser construída fora da faixa considerada de
preservação permanente


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São áreas criadas para proteger todas as espécies de plantas e de animais, ou seja, a biodiversidade, para
garantir sua sobrevivência. Essas áreas são importantes para o equilíbrio ecológico do clima, para abastecer
os mananciais de água e para a qualidade de vida humana. No Brasil, essas áreas são denominadas de
Unidades de Conservação e têm diferentes categorias e objetivos, definidas pela Lei 9.985 de 18/07/2000.


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É uma porção da propriedade particular ou posse rural onde não é permitido o desmatamento (corte raso),
mas é permitido o uso com manejo sustentável, ou seja, um manejo que garanta a perenidade dos recursos
ambientais e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade sendo socialmente justo e
economicamente viável.

No Paraná, o tamanho da Reserva Legal é de 20% da propriedade, área que deve ser conservada e, em
alguns casos, recuperada.



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Corredores Ecológicos são áreas que unem os remanescentes florestais possibilitando o livre trânsito de
animais e a dispersão de sementes das espécies vegetais. Isso permite o fluxo gênico entre as espécies da
fauna e flora e a conservação dos recursos hídricos e do solo, além de contribuir para o equilíbrio do clima e
da paisagem. Os corredores podem unir Unidades de Conservação, Reservas Particulares, Reservas Legais,
áreas de Preservação Permanente ou quaisquer outras áreas naturais.
No Brasil, existem vários remanescentes florestais de Mata Atlântica, por exemplo, que representam ilhas de
biodiversidade que guardam as informações biológicas necessárias para a restauração dos diversos
ecossistemas. Assim, sempre que não existe ligação entre um fragmento florestal e outro, é importante que
seja estabelecido um corredor entre esses fragmentos e a área seja recuperada com o plantio de espécies
nativas ou através da regeneração natural.
Os corredores ecológicos podem ser criados para estabelecer ou para manter a ligação de grandes
fragmentos florestais como as Unidades de Conservação, e também ligar pequenos fragmentos dentro de
uma mesma propriedade ou microbacia. Um meio fácil de criar corredores é através da manutenção ou da
recuperação das matas ciliares, consideradas áreas de preservação permanente, que ultrapassam as
fronteiras das propriedades e dos municípios. Através das matas ciliares é possível estabelecer conexão com
as reservas legais e outras áreas florestais dentro das propriedades.



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Floresta primária, também conhecida como floresta clímax ou mata virgem, é a floresta intocada ou aquela
em que a ação humana não provocou significativas alterações das suas características originais de estrutura
e de espécies.


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Florestas secundárias são aquelas resultantes de um processo natural de regeneração da vegetação, em


áreas onde no passado houve corte raso da floresta primaria. Nestes casos, quase sempre as terras foram
temporariamente usadas para agricultura ou pastagem e a floresta ressurge espontaneamente após o
abandono destas atividades. As florestas secundárias são classificadas de acordo com o estágio de
regeneração.


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É quando uma floresta é destruída para se fazer um roçado ou uma pastagem e depois abandonada,
tornando possível que a Natureza comece a refazer ali a mata destruída, e a vegetação que foi destruída
pelo homem retorna, caracterizando a Sucessão Ecológica ou Sucessão Secundária. Sucessão, porque o
ambiente muda de tempos em tempos; e Secundária, porque a vegetação natural volta a nascer em um
lugar onde antes já existia.
Porém, às vezes a área foi tão destruída, desmatada ou utilizada por animais pastoris que a Natureza, por si
só, não consegue regenerar com simples abandono. Logo, é importante que o proprietário ou aquele que
usa a terra plantar mudas de espécies nativas para tornar viável a recuperação da área degradada.

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Espécies Pioneiras: são aquelas de sementes pequenas, que germinam com muito sol. As árvores possuem
madeira mole, crescimento rápido, vida curta (de 20 a 30 anos) e altura que varia de 10 a 15 metros.

Espécies Sencundária Inicial: são aquelas com semente medianas que germinam tanto no sol como na
sombra e tem vida curta de alguns meses. As árvores têm madeira macia, crescem rápido, vivem mais de
50 anos e possuem altura de 20 a 25 metros.

Espécie Secundária Tardia: possuem sementes grandes que germinam na sombra. Como o desenvolvimento
inicial ocorre com pouca luz, o crescimento é lento. As árvores possuem madeira dura, vivem muito (100
anos para mais) e atingem até 50 metros de altura.

Espécie Clímax: com semente grande, germinação e crescimento lento. As árvores possuem madeira
extremamente dura e atingem até 10 metros de altura.

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