Você está na página 1de 17

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUI-UESPI

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE-CCS


GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

INGRED RAYANA MARTINS COSTA E SILVA

ESTUDO CLÍNICO E SOCIOEPIDEMIOLÓGICO DE USUÁRIOS DE


UMA UBS COM DOR CRÔNICA, EM TERESINA-PI.

TERESINA
2021
INGRED RAYANA MARTINS COSTA E SILVA

ESTUDO CLÍNICO E SOCIOEPIDEMIOLÓGICO DE USUÁRIOS DE UMA


UBS COM DOR CRÔNICA, EM TERESINA-PI.

Trabalho apresentado à Universidade


Estadual do Piauí como requisito parcial
para a obtenção do título de Bacharel em
Fisioterapia.

Orientadora: Profa. Lilian Melo de


Miranda Fortaleza.

TERESINA
2021
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ - UESPI
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

FOLHA DE APROVAÇÃO

INGRED RAYANA MARTINS COSTA E SILVA

ESTUDO CLÍNICO E SOCIOEPIDEMIOLÓGICO DE USUÁRIOS DE UMA


UBS COM DOR CRÔNICA, EM TERESINA-PI

Trabalho apresentado à Universidade


Estadual do Piauí como requisito parcial
para a obtenção do título de Bacharel em
Fisioterapia

Aprovado em: ______ /______ /______

Banca Examinadora

___________________________________________________
(Nome do orientador, Titulação e Instituição a que pertence).

___________________________________________________
(Nome, Titulação e Instituição a que pertence).

____________________________________________________
(Nome, Titulação e Instituição a que pertence).
RESUMO

A Fisioterapia foi regulamentada pelo Decreto-Lei nº 9388, sob a influência de


uma concepção em que a “pós-doença” fosse pré-requisito para a intervenção, a sua
inclusão nos serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) ainda é um processo que está
em construção, entretanto, foi incentivada a partir de 2002, a se integrar na APS por meio
das Diretrizes Curriculares dos cursos de graduação em Fisioterapia e conforme as
Diretrizes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e vem desenvolvendo serviços
transformadores nos diferentes níveis de atenção e contribuindo para uma melhor
qualidade de vida do usuário. No contexto das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), a
palavra “dor” é dita e ouvida praticamente todos os dias na rotina de trabalho, mas falar
sobre dor é algo muito subjetivo; quando aguda, possui um importante indicador de
preservação da integridade do indivíduo, já a dor crônica não apresenta essa característica,
podendo causar incapacidade temporária ou permanente, morbidade e altos custos ao
sistema de saúde. Dessa forma, a dor crônica é um problema de saúde pública
contemporâneo que é um dos principais fatores que limitam a possibilidade do indivíduo
de manter seu cotidiano de vida normal, e apesar de trazer tantos problemas e
dificuldades, a dor é um elemento notificado abaixo do esperado pelas UBSs no Brasil.
Em vista disso, o estudo tem como principal objetivo identificar o perfil clínico e
socioepidemiológico dos usuários do Sistema Único de Saúde, que procuraram uma
Unidade Básica de Saúde em Teresina-PI, para tratamento fisioterapêutico, com
sintomatologia de dor crônica.

Palavras–chaves: Sistema Único de Saúde. Atenção Primária à Saúde. Fisioterapia


Comunitária. Dor Crônica.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 4
2 JUSTIFICATIVA 6
3 OBJETIVOS 7
4 METODOLOGIA 8
5 CRONOGRAMA 9
6 ORÇAMENTO 10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11
APÊNDICES 12
4

1 INTRODUÇÃO

A Fisioterapia e sua inclusão nos serviços de Atenção Primária à Saúde (APS)


ainda é um processo que está em construção, já que por muito tempo à associavam apenas
como reabilitadora, tratando apenas a doença e suas sequelas; entretanto, a Fisioterapia
foi incentivada a partir de 2002, a se integrar na APS por meio das Diretrizes Curriculares
dos cursos de graduação em Fisioterapia e conforme as Diretrizes do Núcleo de Apoio à
Saúde da Família (NASF) (AZEVEDO; et.al. 2017).
Por mais de meio século de atuação como profissão no Brasil se apresentou em
diferentes etapas, cada qual com sua peculiaridade e importância. Em 1969, a profissão
foi regulamentada pelo Decreto-Lei nº 9388, sob a influência de uma concepção em que
a “pós-doença” fosse pré-requisito para a intervenção da fisioterapia (TAVARES; et.al.
2017).
É uma profissão que vêm adquirindo uma grande importância nas Unidades
Básicas de Saúde (UBSs), e além da APS esses profissionais também atuam nos outros
níveis de atenção à saúde como, hospitalares e especializados, desenvolvendo serviços
transformadores nos diferentes níveis de atenção e contribuindo para uma melhor
qualidade de vida do usuário (AZEVEDO; et.al. 2017).
Na realidade brasileira, principalmente no contexto das UBSs, a palavra “dor” é
dita e ouvida praticamente todos os dias na rotina de trabalho, mas falar sobre dor é algo
muito subjetivo. A intensidade da dor não é igual para os indivíduos e nem sua duração,
possuindo diferenças e variações na intensidade, podendo variar de acordo com o horário
do dia, ou de um dia para outro, características que dependem do contexto ao qual estão
ligadas, a um movimento, a um fármaco, entre muitos outros aspectos objetivos e
subjetivos (MANFRONI; et.al. 2019).
A dor quando aguda, possui um importante indicador de preservação da
integridade do indivíduo, significando apenas um sintoma de alerta para lesões no corpo;
já a dor crônica não apresenta essa característica, podendo causar incapacidade
temporária ou permanente, morbidade e altos custos ao sistema de saúde. A International
Association for the Study of Pain (IASP) esclarece que a melhor característica para
diferenciar dor crônica de aguda são os três meses de ocorrência do agravo, mas para fins
5

de pesquisa sugere um período de seis meses (VASCONCELOS, F. H; ARAUJO, G. C.


2018).
No Brasil, a estimativa é que a dor crônica acometa cerca de 30 a 40% da
população, sendo considerada como uma das principais causas de licenças médicas,
aposentadoria precoce, indenizações trabalhistas e baixa produtividade, e pode ser
apontada como um problema de saúde pública (MANFROI et.al. 2019).
Mais de um terço da população brasileira afirma que a dor crônica afeta o sono, a
capacidade de se exercitar, andar, realizar tarefas domésticas, recreacionais, manter um
estilo de vida independente, suas relações sociais e familiares (HÄFELE, D. F. S. S. V;
SIQUEIRA, F. V. 2019).
Dessa forma, a dor crônica é um problema de saúde pública contemporâneo e deve
ser levada a sério já que é um dos principais fatores que limitam a possibilidade do
indivíduo de manter seu cotidiano de vida normal, impactando negativamente na sua
qualidade de vida e comprometendo de algum modo à realização das atividades de vida
diária, restringindo em algumas situações, a convivência e levando-o ao isolamento social
(MARINI; et.al. 2017).
Apesar de trazer tantos problemas e dificuldades e ser apontada como um provável
problema de saúde pública, a dor é um elemento notificado abaixo do esperado e não
registrado especificamente pelas UBSs no Brasil. (MANFRONI; et.al. 2019).
Considerando o acima exposto, o estudo tem como principal objetivo identificar
o perfil clínico e socioepidemiológico dos usuários do Sistema Único de Saúde, que
procuraram uma Unidade Básica de Saúde em Teresina-PI, para tratamento
fisioterapêutico, com sintomatologia de dor crônica.
6

2 JUSTIFICATIVA

Ao observar dificuldades relacionadas à notificação de dor nos registros das UBSs


no Brasil, especialmente a falta de publicações que retratem a população teresinense,
notou-se a necessidade de elaborar um estudo visando o direcionamento para estratégias
preventivas e de intervenção.
O projeto tem como foco mostrar que a dor crônica pode ter um impacto profundo
na qualidade de vida das pessoas e que os dados coletados podem ser levados em
consideração para elaborar ações preventivas e protocolos de tratamento, além de
políticas públicas, garantindo uma melhor organização de saúde.
Com isso, busca-se identificar a suscetibilidade à dor crônica, permitindo uma
visão mais ampla do fenômeno na população, sensibilizando os gestores municipais sobre
a relevância da Fisioterapia no tratamento de dores crônicas, realçando sua importância
na vida da população em diferentes áreas, além de enriquecer a comunidade científica
com mais dados sobre o assunto e garantir uma melhor qualidade de vida aos usuários.
7

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO PRIMÁRIO


Identificar o perfil clínico e socioepidemiológico de usuários de uma Unidade
Básica de Saúde com dor crônica, em Teresina-PI.

3.2 OBJETIVO SECUNDÁRIO

• Sensibilizar os gestores sobre a importância da fisioterapia no tratamento


de dor crônica na Atenção Básica de Saúde.
• Verificar se há relação entre dor crônica e o perfil socioepidemiológico
dos usuários que procuraram uma Unidade Básica de Saúde, em Teresina-Pi, para
tratamento fisioterapêutico.
• Analisar se o uso de medicamentos para alívio e melhora da dor crônica
são realmente eficazes.
8

4 METODOLOGIA

O presente estudo se trata de uma pesquisa descritiva, prospectiva e transversal,


que será realizada com usuários que deram entrada no atendimento fisioterapêutico em
uma Unidade Básica de Saúde de Teresina-PI, com a sintomatologia de dor crônica. A
casuística será constituída por usuários devidamente cadastrados no Sistema Único de
Saúde entre os períodos de 01/01/21 até 31/10/21.

Os pesquisadores disponibilizarão aos entrevistados o termo de consentimento


livre e esclarecido (TCLE) (APENDICE A) que explica como será realizada a pesquisa,
além de outras informações de confidencialidade e preceitos éticos que norteiam a
Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), após a aprovação da instituição
onde será realizada a pesquisa e do Comitê de Ética e Pesquisa da UESPI.

Em seguida será coletado algumas informações em uma ficha (APENDICE B),


que será preenchida pelo pesquisador, contendo questões relativas às características
sociodemográficas (nome, idade, sexo, perfil econômico, escolaridade), principal
sintoma, diagnóstico cinesiológico, EVA, escore do sintoma, se fez uso de medicação
apara alívio dos sintomas (se sim, pergunta se houve efeito colateral e qual foi o
medicamento).

A partir dessa ficha será possível reunir um conjunto de informações a serem


documentadas e em seguida verificar, qual a demanda de dor crônica na atenção básica
de saúde, se existe relação entre o perfil socioeconômico e a dor e se medicamentos são
realmente eficazes para o alívio dos sintomas.
9

5 CRONOGRAMA

MESES

ATIVIDADES

10°

12°

11°






Escolha do tema Revisão de
X X X X X X X X X X
Literatura.
Elaboração do Projeto de
X
Pesquisa.

Qualificação do Projeto. X

Submissão do Projeto ao
X X X
CEP.

Coleta de dados X X X

Análise e discussão dos


X X
dados coletados
Elaboração do Artigo
X
Científico.

Apresentação do TCC. X

Submissão à Revista X
10

4 ORÇAMENTO

Material de Consumo
Descrição do
Quantidade Fonte Total
Material
Resma de Papel 4 Papelaria R$ 84,00
Impressão - Pesquisador -
Caneta Esferográfica 2 Pesquisador -
Custo total da pesquisa: R$ 84,00

Financiamento: Pesquisa Autofinanciada


11

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AZEVEDO, P. W., et al. Profile of physical therapy in the single system of health:
analysis of macro-region south Rio Grande do Sul. Revista Inspirar – Movimento &
Saúde, v. 13, n. 2, 2017.

HÄFELE, D. F. S. S. V; SIQUEIRA, F. V. Chronic pain and level of physical activity


in users from basic health unitsGinastica. Rev Bras Ativ Fís Saúde, v.1, n.24, 2019.

MANFRONI, M. N., et.al. Pain: the impulse in the search for health by means of
integrative and complementary practices. Sociedade Brasileira para o estudo da Dor,
v.2, n.4, 2019.

MARINI, A. D., et.al. Papeis ocupacionais e qualidade de vida em indivíduos com dor
crônica. Ciência em Movimento – Reabilitação e Saúde, v. 38, n. 19, 2017.

TAVARES, L. R. C., et.al. Inserção da fisioterapia na atenção primária à saúde: análise


do cadastro nacional de estabelecimentos de saúde em 2010. Fisioterapia e Pesquisa,
v.25, n.1, 2018.

VASCONCELOS, F. H; ARAUJO, G. C. Prevalence of chronic pain in Brazil: a


descriptive study. Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor, v.2, n.1, 2018
12

APÊNDICE A

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Título da Pesquisa: Estudo clínico e socioepidemiológico de usuários de uma UBS com


dor crônica, em Teresina-PI.

Nome do Pesquisador (a) orientador (a): Lilian Melo de Miranda Fortaleza


Nome dos Pesquisadores Assistentes: Ingred Rayana Martins Costa e Silva e Adeno
Gonçalves Oliveira.
Instituição Proponente da Pesquisa: Universidade Estadual do Piauí – UESPI

O Senhor (Sra.) está sendo convidado (a) a participar, como voluntário, desta
pesquisa que tem por objetivo identificar o perfil clínico e socioepidemiológico dos
usuários, que procuraram uma Unidade Básica de Saúde em Teresina-PI, para tratamento
fisioterapêutico, com sintomatologia de dor crônica.

Essa pesquisa será realizada por meio de uma ficha que o Senhor (Sra.) irá receber,
onde conterão perguntas relacionadas às características sociodemográficas (idade, sexo,
perfil econômico, escolaridade), principal sintoma, diagnóstico cinesiológico, EVA,
escore do sintoma, se fez uso de medicação apara alívio dos sintomas (se sim, pergunta
se houve efeito colateral e qual foi o medicamento). Em caso de dúvidas sobre qualquer
item relacionado à pesquisa o entrevistado poderá perguntar ao pesquisador assistente em
qualquer momento da entrevista. Caso queira esclarecer mais dúvidas depois da entrevista
poderá entrar em contado com os pesquisadores ou com o comitê de ética. Os números
estão disponíveis no final desse termo.

Logo após serem recolhidos e analisados as respostas das fichas iremos coletar os
dados, reunir um conjunto de informações a serem documentadas e em seguida verificar,
qual a demanda de dor crônica na atenção básica de saúde, se existe relação entre idade,
sexo, perfil econômico, escolaridade e se medicamentos são realmente eficazes para o
alívio dos sintomas a longo ou curto prazo.

Como qualquer pesquisa, existem riscos, no caso dessa pesquisa eles são mínimos,
pode haver apenas constrangimento por parte do entrevistado ao responder e ou
vazamento de informações das perguntas presentes na ficha. Sendo assim, o senhor (a)
13

terá total direito de desistir da pesquisa ou escolher não responder toda ficha, sem prejuízo
para o mesmo.
Os benefícios deste estudo buscam contribuir para a identificação de
suscetibilidade à dor, permitir uma visão mais ampla do fenômeno na população para
fornecer subsídios para o planejamento de ações preventivas e organização de saúde, além
de sensibilizar os gestores municipais e acrescentar informações relevantes sobre dor
crônica para à comunidade científica.
Todas as informações que serão repassadas para os entrevistadores serão apenas
para fins científicos, não sendo identificado o nome do participante, apenas idade, sexo,
perfil econômico, escolaridade, principal sintoma, diagnóstico cinesiológico, EVA,
escore do sintoma, se fez uso de medicação apara alívio dos sintomas, é garantido ao
senhor (a) o sigilo e privacidade dentro dessa pesquisa.
Todos os participantes desta pesquisa terão assistência durante a mesma, no
entanto, não receberão nenhum valor por participar, porém é garantido ao entrevistado o
ressarcimento em dinheiro caso possua qualquer despesa decorrente da sua participação
na pesquisa. De igual maneira, caso ocorra algum dano decorrente da sua participação os
mesmos serão indenizados.
Após estes esclarecimentos, solicitamos o seu consentimento de forma livre para
participar desta pesquisa. Portanto preencha, por favor, os itens que se seguem.
14

CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Tendo em vista os itens apresentados nesse termo, eu, de forma livre e esclarecida,
manifesto meu consentimento em participar da pesquisa. Declaro que recebi uma via
deste termo de consentimento, e autorizo a realização da pesquisa e a utilização dos dados
contidos nesse estudo.

Data, _____ de _____________ de _______

_______________________________ _______________________________
Ass. Participante da Pesquisa Ass. Do Pesquisador (a)

____________________________________
Ass. Do Orientador (a)

Pesquisador Responsável: Lilian Melo de Miranda Fortaleza - (86) 99982-2343


Pesquisador Assistente: Ingred Rayana Martins Costa e Silva - (86) 98871-0602
15

APÊNDICE B

FICHA

1) Nome: _______________________________________________________
2) Sexo: ( ) F ( ) M
3) Idade:_________________________________________________________
4) Renda Familiar:______
5) Profissão:______________________________________________________
6) Escolaridade:
( ) Ensino Fundamental Completo ( ) Ensino Fundamental Incompleto
( ) Ensino Médio Completo ( ) Ensino Médio Incompleto
( ) Ensino Superior Completo ( ) Ensino Superior Incompleto
( )Nenhuma das opções acima
7) Principal Sintoma: _______________________________________________
8) Diagnóstico Cinesiológico:___________________________________________
9) Escore Dos Sintomas (0: sem sintomas; 1 sintomas leves, 2 sintomas moderados;
3 sintomas graves; 4 sintomas intensos):

0 1 2 3 4

10) EVA:
0 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

11) Fez uso de medicação para alívio dos sintomas?


( ) Sim
( ) Não

12) Se sim, qual medicação?


______________________________________________

13) A medicação surtiu o efeito esperado para alívio da dor?


( ) Sim ( ) Não

Você também pode gostar