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Materiais Didáticos do

PNLD do Novo Ensino


Médio
Módulo

3 Características das Obras Didáticas


Fundação Escola Nacional de Administração Pública

Presidente
Diogo Godinho Ramos Costa

Diretor de Desenvolvimento Profissional


Paulo Marques

Coordenador-Geral de Produção de Web


Carlos Eduardo dos Santos

Equipe
Caio Henrique Caetano (Revisor de Texto, 2021).
Francismara Alves de Oliveira Lima (Conteudista, 2021).
Gabriel Ribeiro de Araújo (Implementador Moodle, 2021)
Iara da Paixão Corrêa Teixeira (Coordenadora de desenvolvimento, 2021).
Ivan Lucas Alves Oliveira (Coordenador de Produção Web, 2021).
João Paulo Albuquerque Cavalcante (Diagramação e produção gráfica, 2020).
João Rodrigues Quaresma Neto (Conteudista, 2021).

Desenvolvimento do curso realizado no âmbito do acordo de Cooperação Técnica FUB / CDT / Laboratório
Latitude e Enap.

Enap, 2021

Enap Escola Nacional de Administração Pública


Diretoria de Educação Continuada
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF

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Sumário
Unidade 1: Obras de Projeto....................................................................................................5
1.1. O que são as Obras de Projeto Integradores...........................................................................5
1.2. Como trabalhar com Projetos Integradores............................................................................8
1.3. O que são as Obras de Projetos de Vida..................................................................................9
1.4. Como trabalhar com Obras de Projetos de Vida....................................................................11

Unidade 2: Obras por Área de Conhecimento...........................................................................14


2.1. O que são as Obras por Área de Conhecimento......................................................................14
2.2. Como Trabalhar com Obras por Área de Conhecimento.........................................................15
2.3. Como Funciona a Interdisciplinaridade nas Obras por Área de Conhecimento......................16

Unidade 3: Obras Específicas..................................................................................................18


3.1. O que são as Obras Específicas...............................................................................................18
3.2. Como trabalhar com as Obras Específicas..............................................................................18
3.3. Como funciona a interdisciplinaridade nas Obras Específicas................................................19

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3
Módulo
Características das Obras Didáticas

Unidade 1: Obras de Projeto

Objetivos de Aprendizagem

Ao final desta unidade, você será capaz de executar Projetos Integradores e Projetos de Vida,
em conformidade com orientações e diretrizes estabelecidas pelo MEC e com base em critérios
estabelecidos em edital.

O ideal da educação não é aprender ao máximo, maximizar os resultados,


mas é antes de tudo aprender a aprender, é aprender a se desenvolver
e aprender a continuar a se desenvolver depois da escola.

Jean Piaget

Nesta unidade, você fará um mergulho nas Obras de Projetos Integradores e nas Obras de
Projeto de Vida, entendendo o que elas significam e como esses importantes projetos podem ser
trabalhados no Ensino Médio, seguindo as orientações e diretrizes estabelecidas pelo Ministério
da Educação (MEC) e, ainda, considerando os critérios estabelecidos nos editais.

Vamos conhecer as características dessas obras didáticas?

1.1. O que são as Obras de Projeto Integradores

O título dado a este tópico será o nosso orientador nas próximas linhas. Então, vamos à pergunta:
o que são Projetos Integradores?

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Destaque,h
Projetos Integradores são obras que articulam diferentes componentes
curriculares e áreas de conhecimento com o objetivo de tornar a aprendizagem
mais próxima dos estudantes e das situações vivenciadas por eles em suas
comunidades.

Nesse sentido, ao mobilizar a multiescalaridade (local e regional), os temas integradores


devem contextualizar a relação de ensino e aprendizagem, permitindo que os conhecimentos,
habilidades, atitudes e valores construídos ao longo da realização dos projetos façam sentido
para o estudante.

Veja a síntese dos temas integradores e suas definições:

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Para as Obras de Projetos Integradores, são exigidos, prioritariamente, os seguintes elementos-
chave:

1. Abordagem teórico-metodológica.

2. O(s) objetivo(s).

3. A(s) justificativa(s).

4. Competências (gerais e específicas) da Base Nacional Comum Curricular (BNCC)


contempladas.

5. Os procedimentos a serem executados.

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Agora que você já sabe o que são, vamos aprender como trabalhar com Projetos Integradores.
Esse é o nosso próximo assunto. Vamos lá?

1.2. Como trabalhar com Projetos Integradores

Para o desenvolvimento dos Projetos integradores, torna-se necessário o entendimento de cada


um dos temas e como estes podem ser estudados e articulados no âmbito de cada área de
conhecimento, possibilitando diferentes enfoques sobre os mesmos temas.

As dimensões relacionadas ao protagonismo, escola que acolhe a juventude e a conexão com a


realidade devem orientar o trabalho com os projetos integradores.

Os blocos a seguir apresentam como podemos aprofundar o entendimento dessas dimensões,


a fim de desenvolver os Projetos Integradores no ensino médio. Neles, são apresentadas as
sínteses dos temas integradores e suas definições. Veja:

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As diversas questões que aparecem ao longo dos projetos integradores podem ser um caminho
interessante para trabalhar o protagonismo juvenil no âmbito da resolução de problemas
relacionados aos jovens, seus modos de ser-no-mundo e seus espaços de experimentação, neste
caso, o bairro ou a comunidade.

Desse modo, ao trabalhar com a resolução de problemas, os professores podem ampliar os


quadros de realidades, possibilitando a observação das mais distintas realidades do país.

O trabalho com tais projetos pode colaborar com o desenvolvimento das competências gerais da
BNCC, mobilizando, através de diferentes atividades, a argumentação, a resolução de conflitos, o
conhecimento de si, o exercício do diálogo e da empatia, da autonomia e da responsabilização.

1.3. O que são as Obras de Projetos de Vida

Na seção anterior, você pôde conhecer as características das Obras de Projeto Integradores.
Neste tópico, você conhecerá outra obra importante para o ensino médio: o Projeto de Vida.

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Destaque,h
O Projeto de Vida pode ser definido como obras que tomam como referência
o acolhimento das juventudes, seus mundos e sonhos. Para tanto, elegem
a investigação sobre si mesmo por meio de vivências, a necessidade do bem
comum e o entendimento do mundo do trabalho.

Veja nos blocos a seguir as dimensões em que são organizadas as Obras de Projeto de Vida.

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O conceito de protagonismo está intrinsecamente ligado ao conceito de projeto de vida. É por
meio do desenvolvimento do protagonismo dos estudantes nas variadas vivências relacionadas
às quatro áreas do conhecimento (em práticas de leitura e escrita – na língua materna, na língua
inglesa, nas tecnologias digitais –, no autocuidado com o próprio corpo e no respeito com o
corpo do outro, em ações voltadas ao bem comum para construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva etc.) que cada jovem amplia seu autoconhecimento, o conhecimento do
mundo, e (re)constrói modos de ser e de agir sobre ele.

São compostos por três módulos obrigatórios (um para cada ano do ensino médio) em um livro
de volume único. É imprescindível que as três partes estejam divididas em três dimensões:

• Autoconhecimento: o encontro consigo.


• Expansão e exploração: o encontro com o outro e o mundo.
• Planejamento: o encontro com o futuro e o nós, como vimos anteriormente.

E como trabalhar com as Obras de Projetos de Vida? Esse é o nosso próximo assunto. Vamos
nessa?

1.4. Como trabalhar com Obras de Projetos de Vida

Para trabalhar com os Projetos de Vida, deve-se levar em considerações suas dimensões
estruturantes.

Assim, no caso do autoconhecimento, este deve ser entendido pelos estudantes como busca
contínua pela compreensão de si mesmo, o que envolve aprender a se aceitar, a se valorizar,
desenvolvendo, assim, a capacidade de confiar em si, de se apoiar nas próprias forças e de
crescer em situações adversas, sendo resiliente e autônomo, estabelecendo objetivos, de forma
planejada, para a sua vida.

No que tange às discussões relacionadas a necessidade do bem comum e de questões associadas


à coexistência e à atuação coletiva, o trabalho deve ser orientado pela compreensão de si como
parte de um coletivo e como parte interdependente de redes locais e virtuais, considerando o
status planetário no qual estamos todos inseridos.

Sobre o entendimento do mundo do trabalho, este constitui-se como um dos elementos-


chave que permite vários níveis de sociabilidade, ligados à mobilidade social, à construção de
relações afetivas e autorrealização. Na proposição das práticas, deve-se levar em conta a ação
no mundo a partir de uma profunda reflexão sobre si mesmo, o outro e o nós, com vistas a um
rigoroso planejamento estratégico e cidadão para o presente e o futuro, em conformidade com
necessidades individuais e coletivas.

Uma escola que acolhe as juventudes deve conjugar a proposição das vivências que possibilitam
aos estudantes o aprofundamento do autoconhecimento a partir da reflexão (como com os
questionamentos “Quem sou eu?”, “Quais são meus interesses?”, “Como me relaciono comigo
mesmo e com os outros?”, “O que quero para minha vida?” e “O que faço/posso fazer para atingir

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meus objetivos?”), com ações de pesquisa, discussão, apropriação e produção de conhecimentos
sobre tais temáticas.

Outro foco importante é a conexão perspectiva de uma formação cidadã que conjugue a
capacidade de estabelecer metas e estratégias de desenvolvimento pessoal que propiciem
escolhas de vida saudáveis, sustentáveis e éticas. Não obstante, é igualmente relevante permitir
que esses jovens pensem sobre como desejam continuar seus estudos após o ensino médio e
quais as suas aspirações e oportunidades para inserção no mundo do trabalho.

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Referências

BRASIL. Decreto nº 9.099, de 18 de julho de 2017. Dispõe sobre o Programa Nacional do Livro
e do Material Didático. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 19 jul. 2021. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/D9099.htm. Acesso em: 06 maio
2021.

BRASIL. Guia Digital do PNLD. Disponível em: https://pnld.nees.ufal.br/pnld_2019/inicio. Acesso


em: 29 set. 2020

BRASIL. Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Altera as Leis n º 9.394, de 20 de dezembro


de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 11.494, de 20 de junho
2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada
pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e o Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro
de 1967; revoga a Lei nº 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a Política de Fomento à
Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. Brasília, DF: Diário Oficial da
União, 17 fev. 2017. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/
lei/l13415.htm. Acesso em: 06 maio 2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. Disponível
em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf.
Acesso em: 06 maio 2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Edital de Convocação nº 03/2019 – CGPLI, de 27 de novembro de


2019. Edital de convocação para o processo de inscrição e avaliação de obras didáticas, literárias
e recursos digitais para o programa nacional do livro e do material didático. PNLD 2021. Brasília,
DF. Disponível em: https://www.gov.br/fnde/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/
programas/programas-do-livro/consultas-editais/editais/edital-pnld-2021/EDITAL_PNLD_2021_
CONSOLIDADO_13__RETIFICACAO_07.04.2021.pdf. Acesso em: 06 maio 2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Portaria nº 1.432, de 28 de dezembro de 2018. Estabelece os


referenciais para elaboração dos itinerários formativos conforme preveem as Diretrizes Nacionais
do Ensino Médio. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 05 abr. 2019. Disponível em: https://www.
in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/70268199. Acesso em: 06 maio
2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Resolução nº 3, de 21 de novembro de 2018. Atualiza as


Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 22
nov. 2018. Disponível em: https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/
content/id/51281622. Acesso em: 06 maio 2021.

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Unidade 2: Obras por Área de Conhecimento

Objetivos de Aprendizagem

Ao final desta unidade, você será capaz de executar trabalhos interdisciplinares com Obras por
Área de Conhecimento, em conformidade como orientações e diretrizes estabelecidas pelo
MEC e com base em critérios estabelecidos em edital.

Nesta unidade, você conhecerá as quatro macroáreas do conhecimento e compreenderá


como trabalhar essas áreas em projetos interdisciplinares, seguindo as orientações e diretrizes
estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC) e, ainda, considerando os critérios estabelecidos
nos editais. Vamos lá?

2.1. O que são as Obras por Área de Conhecimento

A BNCC define que o novo ensino médio será organizado em quatro macroáreas de conhecimento.
O objetivo de agrupar os conteúdos nestes grupos é torná-los mais interdisciplinares, podendo
trabalhar em sala de aula um mesmo tema, mas em diferentes disciplinas.

h,
Destaque,h
As Obras por Área de Conhecimento correspondem a um conjunto de livros
destinados aos estudantes e professores do Ensino Médio. Tais livros organizam-
se a partir de conteúdos relativos às seguintes áreas do conhecimento: Linguagens
e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas
Tecnologias; Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

Veja a seguir as quatro grandes áreas do conhecimento.

Linguagens e suas Tecnologias

O foco dessa área está na ampliação da autonomia, do protagonismo e da autoria


nas práticas de diferentes linguagens; na identificação e na crítica aos diferentes
usos das linguagens, explicitando seu poder no estabelecimento de relações; na
apreciação e na participação em diversas manifestações artísticas e culturais e no
uso criativo das diversas mídias.

Matemática e suas Tecnologias

Nesta área, o desenvolvimento dos estudantes deve proporcionar a consolidação


dos conhecimentos desenvolvidos no ensino fundamental e agregar novos,

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ampliando o leque de recursos para resolver problemas mais complexos, que exijam
maior reflexão e abstração. Os estudantes devem, ainda, construir uma visão mais
integrada da matemática, da matemática com outras áreas do conhecimento e da
aplicação da matemática à realidade.

Ciências da Natureza e suas Tecnologias

O aprofundamento e a ampliação dos conhecimentos explorados no ensino


fundamental é o marco dessa área. Nela, procura-se abordar a investigação como
forma de engajamento dos estudantes na aprendizagem de processos, práticas e
procedimentos científicos e tecnológicos e promover o domínio de linguagens
específicas, o que permite aos estudantes analisar fenômenos e processos, utilizando
modelos e fazendo previsões. Com esse foco, os estudantes podem ampliar sua
compreensão sobre a vida, o nosso planeta e o universo, bem como sua capacidade
de refletir, argumentar, propor soluções e enfrentar desafios pessoais e coletivos,
locais e globais.

Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

Propõe o aprofundamento e a ampliação da base conceitual e dos modos de


construção da argumentação e sistematização do raciocínio, operacionalizados
com base em procedimentos analíticos e interpretativos. Nessa etapa, como
os estudantes e suas experiências como jovens cidadãos representam o foco do
aprendizado, deve-se estimular uma leitura de mundo sustentada em uma visão
crítica e contextualizada da realidade, no domínio conceitual e na elaboração e
aplicação de interpretações sobre as relações, os processos e as múltiplas dimensões
da existência humana.

2.2. Como Trabalhar com Obras por Área de Conhecimento

De modo geral, o trabalho deve assegurar a efetiva aquisição das competências gerais, específicas
e das habilidades prescritas pela BNCC para cada área de conhecimento e seus respectivos
componentes curriculares.

Sugere-se, por exemplo, trabalhar com análise de textos com o intuito explícito de desenvolver no
estudante a capacidade de identificar e superar fragilidades argumentativas, tais como digressões,
generalizações indevidas, incoerências internas, carências de dados, uso de informações não
confiáveis.

Para tanto, propõe-se o uso de metodologias ativas por meio do uso pedagógico de métodos
e técnicas de pesquisa, valorizando a investigação científica e posicionando o estudante no
centro do seu processo de aprendizagem. Recomenda-se trabalhar com propostas de atividades
envolvendo o uso de representações diversificadas para a construção e a disponibilização da
informação incluindo modelos matemáticos e computacionais.

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Para fomentar o trabalho interdisciplinar, sugere-se a proposição de subsídios sistemáticos
que colaborem com a construção de aulas em conjunto com professores de outras áreas de
conhecimento.

É importante destacar que, em cada área do conhecimento, o trabalho desenvolvido deve


consolidar e o aprofundar os conhecimentos, as habilidades, as atitudes e os valores desenvolvidos
no ensino fundamental.

2.3. Como Funciona a Interdisciplinaridade nas Obras por Área de Conhecimento

A interdisciplinaridade, ou seja, o trabalho articulado entre áreas do conhecimento e componentes


curriculares, é considerada como princípio basilar do ensino médio, que funda, problematiza e
orienta as novas relações de ensino e aprendizagem no âmbito do desta etapa do ensino.

Todavia, nesse movimento de superar o isolamento disciplinar, recomenda-se que sejam


resguardadas as particularidades dos componentes curriculares nas proposições interdisciplinares
que se transversalizam no interior das áreas de conhecimento e nas possíveis articulações entre
elas.

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Referências

BRASIL. Decreto nº 9.099, de 18 de julho de 2017. Dispõe sobre o Programa Nacional do Livro
e do Material Didático. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 19 jul. 2021. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/D9099.htm. Acesso em: 06 maio
2021.

BRASIL. Guia Digital do PNLD. Disponível em: https://pnld.nees.ufal.br/pnld_2019/inicio. Acesso


em: 29 set. 2020

BRASIL. Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Altera as Leis n º 9.394, de 20 de dezembro


de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 11.494, de 20 de junho
2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada
pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e o Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro
de 1967; revoga a Lei nº 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a Política de Fomento à
Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. Brasília, DF: Diário Oficial da
União, 17 fev. 2017. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/
lei/l13415.htm. Acesso em: 06 maio 2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. Disponível
em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf.
Acesso em: 06 maio 2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Edital de Convocação nº 03/2019 – CGPLI, de 27 de novembro de


2019. Edital de convocação para o processo de inscrição e avaliação de obras didáticas, literárias
e recursos digitais para o programa nacional do livro e do material didático. PNLD 2021. Brasília,
DF. Disponível em: https://www.gov.br/fnde/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/
programas/programas-do-livro/consultas-editais/editais/edital-pnld-2021/EDITAL_PNLD_2021_
CONSOLIDADO_13__RETIFICACAO_07.04.2021.pdf. Acesso em: 06 maio 2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Portaria nº 1.432, de 28 de dezembro de 2018. Estabelece os


referenciais para elaboração dos itinerários formativos conforme preveem as Diretrizes Nacionais
do Ensino Médio. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 05 abr. 2019. Disponível em: https://www.
in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/70268199. Acesso em: 06 maio
2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Resolução nº 3, de 21 de novembro de 2018. Atualiza as


Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 22
nov. 2018. Disponível em: https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/
content/id/51281622. Acesso em: 06 maio 2021.

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Unidade 3: Obras Específicas

Objetivos de Aprendizagem

Ao final desta unidade, você será capaz de executar trabalhos interdisciplinares com Obras
Específicas, em conformidade com orientações e diretrizes estabelecidas pelo MEC e com base
em critérios estabelecidos em edital.

A temática Obras Específicas será o assunto abordado nesta unidade. Aqui você verá o conceito
de Obras Específicas e aprenderá a executar trabalhos interdisciplinares com elas. Isso seguindo
as orientações e diretrizes estabelecidas pelo MEC e com base em critérios definidos em edital.

3.1. O que são as Obras Específicas

Para iniciar a nossa conversa, vamos entender o que são as Obras Específicas do ensino médio.

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Destaque,h
As Obras Específicas são um conjunto de livros destinados aos estudantes e
professores do Ensino Médio. Tais livros se organizam a partir de conteúdos
especificamente relativos à Língua Portuguesa, à Língua Inglesa, às Ciências
Humanas e Sociais Aplicadas e à Matemática.

As obras específicas são mais complexas e exigem um trabalho mais aprofundado na formação
do jovem para o mundo do trabalho. Dessa forma, suas competências específicas na BNCC são
destacadas dentro da área de conhecimento específica, ressaltando a sua relevância.

3.2. Como trabalhar com as Obras Específicas

O trabalho com as obras específicas deve assegurar a efetiva aquisição das competências gerais,
específicas e habilidades prescritas pela BNCC. Nessa perspectiva, sugere-se trabalhar com língua
portuguesa, língua inglesa, matemática e ciências humanas e sociais aplicadas para resolver
problemas na vida cotidiana do estudante, oferecendo sistematicamente subsídios claros e
precisos para a tomada de decisão cientificamente informada.

É interessante, ainda, trabalhar com a análise de textos das três outras áreas de conhecimento,
com intuito explícito de subsidiar a aprendizagem do estudante nas outras áreas. Recomenda-
se o trabalho com conteúdos multimodais (textos verbais e imagéticos) de forma criativa e
propositiva, em profundo diálogo com as culturas juvenis.

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Orienta-se trabalhar com diferentes tipos de raciocínio lógico-matemático, por meio de diversos
problemas, atividades e vivências, especialmente para promover práticas de argumentação e
de inferência. Sem perder de vista a interdisciplinaridade, no desenvolvimento do trabalho com
as obras específicas, valorizam-se atividades diversas que mobilizam a análise crítica, criativa e
propositiva da realidade brasileira contemporânea.

3.3. Como funciona a interdisciplinaridade nas Obras Específicas

Como já visto, a interdisciplinaridade é conceito basilar do ensino médio. Nesse sentido,


recomenda-se resguardar, nas proposições interdisciplinares que transversalizam as Obras
Específicas, as particularidades dos componentes curriculares de Língua Portuguesa, Língua
Inglesa e demais componentes vinculados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e Matemática.

A imagem a seguir ilustra a interdisciplinaridade nas Obras Específicas.

Dessa forma, a proposição de atividades que integrem tais obras constitui ferramenta importante
no desenvolvimento das especificidades no contexto prático, permitindo que o aluno visualize
possibilidades, desenvolva o pensamento crítico e a leitura do contexto inserido.

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Referências

BRASIL. Decreto nº 9.099, de 18 de julho de 2017. Dispõe sobre o Programa Nacional do Livro
e do Material Didático. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 19 jul. 2021. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/D9099.htm. Acesso em: 06 maio
2021.

BRASIL. Guia Digital do PNLD. Disponível em: https://pnld.nees.ufal.br/pnld_2019/inicio. Acesso


em: 29 set. 2020

BRASIL. Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Altera as Leis n º 9.394, de 20 de dezembro


de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 11.494, de 20 de junho
2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada
pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e o Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro
de 1967; revoga a Lei nº 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a Política de Fomento à
Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. Brasília, DF: Diário Oficial da
União, 17 fev. 2017. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/
lei/l13415.htm. Acesso em: 06 maio 2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. Disponível
em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf.
Acesso em: 06 maio 2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Edital de Convocação nº 03/2019 – CGPLI, de 27 de novembro de


2019. Edital de convocação para o processo de inscrição e avaliação de obras didáticas, literárias
e recursos digitais para o programa nacional do livro e do material didático. PNLD 2021. Brasília,
DF. Disponível em: https://www.gov.br/fnde/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/
programas/programas-do-livro/consultas-editais/editais/edital-pnld-2021/EDITAL_PNLD_2021_
CONSOLIDADO_13__RETIFICACAO_07.04.2021.pdf. Acesso em: 06 maio 2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Portaria nº 1.432, de 28 de dezembro de 2018. Estabelece os


referenciais para elaboração dos itinerários formativos conforme preveem as Diretrizes Nacionais
do Ensino Médio. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 05 abr. 2019. Disponível em: https://www.
in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/70268199. Acesso em: 06 maio
2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Resolução nº 3, de 21 de novembro de 2018. Atualiza as


Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 22
nov. 2018. Disponível em: https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/
content/id/51281622. Acesso em: 06 maio 2021.

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