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Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo

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Por decisão do governador de São Paulo, João Dória, e do prefeito de São
Bernardo do Campo, Orlando Morando, a Escola Estadual Professora Pedra de
Carvalho, localizada à Rua Carlos Ayres, 400, no Jardim Vera Cruz, deverá ser
fechada ainda este ano, a partir do final do segundo semestre letivo.

A decisão pegou de surpresa os professores e professoras, assim como os pais


dos alunos/as e a comunidade, que sequer foram ouvidos. A escola é referência na
educação na cidade e região.

A decisão autoritária, sem maiores argumentações, foi comunicada aos


professores no dia 19/09. ”O que levou a reações da parte prejudicada nas redes
sociais:

“Somos a comunidade escolar da Escola Estadual Professora Pedra de Carvalho...


A Pedra é uma escola viva. Tem 28 turmas e quase 2 mil alunos matriculados e
rematriculados para 2022, todos interessados em continuar seus estudos nesta
escola... O prefeito não veio ouvir os mais interessados. O Estado nos abandonou
à própria sorte...Somos muitas gerações de estudantes e professores que
AMAMOS esta escola que não é apenas um prédio, é o nosso espaço de escrita
das trajetórias de muitas vidas. Lutaremos pelos que estão hoje na Pedra e em
nome daqueles que já passaram por aqui. A Escola Pedra de Carvalho RESISTE!"
O professor Aldo Santos, coordenador da APEOESP SBC, lembrou que lecionou
por vários anos nessa escola, “formamos milhares de alunos/as para os desafios
da vida e para o mercado de trabalho e, concomitantemente, estabelecemos laços
afetivos que não podem ser rompidos por decisões frias dos governantes que não
respeitam a história, a memória e relações afetivas e marcantes em todas nossas
vidas.

Na escola também aprendemos como lutar pelos nossos direitos, pelos espaços
coletivos, pois a Educação faz a Lei”.

Assim como a comunidade escolar do Pedra, o sindicato chama todos e todas para
resistirem e convencer as autoridades “que a memória também é revolucionária e
que ninguém está autorizado a desconstruir nossos nobres sentimentos que os
poderosos tentam transformar em permanente mercadoria”.

Em carta aberta contra o fechamento da Escola Pedra de Carvalho, a Comissão de


Professores, Alunos e ex-Alunos, Pais, Comunidade Escolar, Grêmio Livre
Estudantil e a subsede da APEOSP/SBC, assegura que a decisão arbitrária do
governador e do prefeito “atingirá negativamente as escolas estaduais próximas
que serão obrigadas a integrar este grande número de alunos em escolas distantes
da sua casa”.
Lembrando que, no centenário do nascimento do mestre Paulo Freire, “podemos
retomar o sentido e a importância da escola e da educação - `Se a educação
sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda`. ”

No dia 20/09, o professor Aldo Santos, da APEOESP-SBC, e Laís do CPP,


visitaram a Escola Estadual Pedra de Carvalho, onde encontraram um clima de
tristeza e inconformismo por parte dos professores/as com este ato ”Doriando”.
Como se não bastasse, a Diretora da Escola foi exonerada, ao que tudo indica pela
Diretoria de Ensino que está favorável ao fechamento da unidade.

PARTICIPANTES DO ATO ABRAÇAM


A ESCOLA
Em apoio ao movimento
estiveram presentes também os
deputados Carlos Giannazi e Raul
Marcelo, além da co-vereadora,
Bruna Biondi, de São Caetano,
todos do PSOL; representante do
deputado federal Vicentinho; do

SINPRO-ABC e do Movimento Estudantil Livre. Os trabalhos foram coordenados


pela Subsede da APEOESP/SBC.
Para a APEOESP, “Vivemos
momentos difíceis e de
profundo ataque às conquistas
da Classe Trabalhadora. Na
educação não é diferente!
Fechar escola é prejudicial
para a comunidade, para
alunos/as e para a categoria
dos educadores. Vai criar
transtorno com a vida de todos
e todas”.

E alerta: “Precisamos reagir unidos e organizados contra essa barbárie dos


governos do PSDB”.

O ato protestou ainda contra a implantação das escolas PEIS e contra o confisco
dos aposentados e pensionistas.

Os participantes aprovaram um conjunto de ações a serem encaminhadas:


Fazer um abaixo assinado em papel e virtual em defesa da escola Pedra e pelo
retorno da diretora, injustamente exonerada por sua posição em favor da escola.

Solicitar Reunião com Prefeitura e o Estado para que a Emeb Vicente Zammite
continue sendo uma escola municipal no Planalto e a Pedra de Carvalho continue
sendo nossa escola Estadual no Jardim Vera Cruz.

Realizar manifestações em frente aos órgãos públicos, no sentido de assegurar


nossas reivindicações. Realização de audiência Pública via Assembleia Legislativa
para fortalecer nossas lutas.
Que os pais de alunos e moradores entrem em contato com os seus
representantes na Câmara Municipal e ou na Assembleia Legislativa,
para adesão e apoio à luta contra o fechamento da escola.

Os participantes aprovaram também a continuidade de panfletagem e


carro de som, pelos bairros, e lives em defesa da permanência da
Escola Pedra. Assim como a realização de atos em frente à escola,
chamando toda a comunidade.

A Comissão de pais, alunos e ex-alunos, professores/as, moradores e


Apeoesp-SBC deverá também solicitar uma audiência com o Ministério
Público para agilizar uma posição do Promotor frente às denúncias e
reivindicações já encaminhadas pelo Conselho Tutelar.

SINDICATO DOS PROFESSORES DO ENSINO OFICIAL DO ESTADO


DE SÃO PAULO SUBSEDE SÃO BERNARDO DO CAMPO

Rua Dom Paulo Mariano, 40, Nova Petrópolis - São Bernardo do Campo

CEP 09770-320 - SP - Tel. (11) 4125.6558 - Whats. (11) 94553.7030

E-mail. sindicatodosprofessores.sbc@gmail.com

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