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Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo II

Responsável: Profa. Ms. Nora Cappello

Nome: Aline Fernanda da Silva Cruz RA:6101171


Referência: FAUSTO-Boris História Concisa do Brasil_pp29a36
Palavras chave: Brasil colonial, Índios, Negros, Rei, Igreja, Estado, Sociedade.

O livro “História concisa do Brasil” foi escrito pelo renomado doutor em história, Boris Fausto. Ele aborda
os fatos mais importantes que retratam o caminho histórico de 1500, primeiramente, a um panorama
detalhado sobre a evolução do Brasil desde seu descobrimento até meados de sua Independência de
Portugal “O Brasil Colonial”. Tratada com especial atenção a Era da Escravatura, tanto de índios como de
negros, e as transformações sociais e econômicas dela provindas desde o início da exploração pelo trabalho
compulsório estimulada pelos primeiros exploradores até a explosão da escravidão desencadeada pela
cultura agrícola do início do século XVIII, já sob a utilização em massa dos escravos africanos.

Tendo em conta que foi criado um governo geral e vieram os primeiros jesuítas com objetivo de catequizar
os povos bárbaros nativos, os índios. Desde de o começo o Estado esteve fortemente ligado à igreja e a
religião católica, clara herança de Portugal, ocorreu uma subordinação da Igreja ao Estado através de um
mecanismo conhecido como padroado real. O padroado consistiu em uma ampla concessão da igreja de
Roma ao Estado português, em troca de garantia de que a Coroa promoveria e asseguraria os direitos e a
organização da Igreja em todas as terras descobertas. O rei de Portugal ficava com o direito de recolher o
tributo devido pelos súditos da Igreja conhecido como dízimo, correspondente a um décimo dos ganhos
obtidos em qualquer atividade. Cabia também à Coroa criar dioceses e nomear os bispos. A presença de
padres pode ser constatada praticamente em todos os movimentos de rebelião, a partir de 1789,
prolongando-se após a independência do Brasil até meados do século XIX.

Com o Brasil colonial mais desenvolvido, veio também o tráfico negreiro que era mais vantajoso que o
trabalho indígena, o negro era considerado um objeto de posse e representava acumulo de riqueza. Esses
escravos trabalhavam em muitas funções e dentre elas a que mais se destacou nesse início foi o trabalho
forçado nos Engenhos de açúcar, sempre controlado pela elite dos senhores do engenho. Muitos se
revoltavam e essas revoltas ficaram evidentes pela criação dos quilombos. Os primeiros centros
econômicos se formaram no Nordeste, Bahia e Pernambuco principalmente por ficar mais próximos a
centro de exportação de Portugal.
A descoberta do ouro e dos diamantes em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, a partir de princípios do
século XVIII, e a vinda da família real para o Rio de Janeiro no início do século XIX foram, cada um à sua
maneira, fatores de diversificação social e de alteração das relações entre campo e cidade.
Anos mais tarde, o vice-rei do Brasil mandou dar baixa do posto de capitão-mor a um índio porque "se
mostrara de tão baixos sentimentos que casou com uma preta, manchando seu sangue com esta aliança e
tornando-se assim indigno de aplicar o referido posto “. A diminua presença de africanos e afro-brasileiros
na sociedade brasileira pode ser constatada pelos indicadores de população no fim do período colonial.
A priori, há um duplo movimento do Estado em direção à sociedade e desta em direção ao Estado,
caracterizando-se e pela indefinição dos espaços público e privado. A família ou as famílias em aliança da
classe dominante surgem como redes formadas não apenas por parentes de sangue, mas por padrinhos e
afilhados, por protegidos e amigos.” Daí, que o governo se exerce “não segundo critérios de
impessoalidade e de respeito à lei, mas segundo critérios de lealdade. Uma conhecida expressão, ‘para os
amigos tudo, para os inimigos a lei’, resume a concepção e prática descritas.” Boris Fausto refere-se ao fato
de o Estado lusitano ser um Estado patrimonialista onde, em última análise, tudo é patrimônio do rei. Em
função disso, práticas de lealdade e subserviência, visando a uma confluência de interesses, surgiram no
Brasil Colônia: as elites eram cooptadas por esse Estado patrimonialista, recebendo dele suas benesses, e,
em troca, juravam lealdade ao rei.
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