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O prazo do inquérito policial, se o indiciado estiver preso em virtude de prisão

temporária, será de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco dias, havendo
exceção para determinados casos, a exemplo dos crimes de tráfico de
entorpecentes ou tortura, em que o prazo se estende para 30 dias,
prorrogáveis por igual período, em caso de extrema e comprovada
necessidade. 
  Certo        Errado

O prazo do IP no caso do indiciado preso é de 10 dias, se solto é de 30 dias.


(podendo ser requerido a devolução dos autos para maiores diligências, com
prazo, agora, estipulado pelo juiz)

Isto somente no caso de Prisão Preventiva.

No caso de Prisão Temporária, o prazo do IP equivale ao prazo da Prisão


temporária, que é de 5 + 5 dias, nos termos da lei 7.960 (Prisão Temporária)

CPP

Art. 10.  O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver


sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo,
nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no
prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.

Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da


representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério
Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em
caso de extrema e comprovada necessidade.

No caso de crimes de tortura e tráfico de entorpecentes o prazo será de


30 dias prorrogáveis por mais 30. O inquérito, porém, poderá ultrapassar
esse prazo, mas o indiciado deverá ser posto em liberdade.

O inquérito policial, procedimento persecutório de caráter administrativo


instaurado pela autoridade policial, tem como destinatário imediato o
Ministério Público, titular único e exclusivo da ação penal.
  Certo        Errado

DESTINATÁRIOS DO INQUÉRITO POLICIAL


O inquérito policial apresenta como destinatário imediato o titular da ação a
que preceda, a saber:

a) nas ações penais públicas: o Ministério Público, seu titular exclusivo;

b) nas ações privadas: o ofendido, titular de tais ações.

Logo, o MP não pode ser o titular único e exclusivo da ação penal.

O destinatário mediato do inquérito policial é o juiz, uma vez que o inquérito


fornece subsídios para que ele receba a peça inicial e decida quanto à
necessidade de decretar medidas cautelares.

Acerca das características do inquérito policial, assinale a opção incorreta.


  a) O inquérito policial constitui procedimento administrativo
informativo, que busca indícios de autoria e materialidade do crime.

  b) Os agentes de polícia devem preservar durante o inquérito sigilo


necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.

  c) O membro do MP pode dispensar o inquérito policial quando tiver


elementos suficientes para promover a ação penal.

  d) A autoridade policial pode arquivar inquérito que foi instaurado


para apurar a prática de crime, quando não há indícios de autoria.

  e) O inquérito policial é inquisitivo, na medida em que a autoridade


policial preside o inquérito e pode indeferir diligência requerida pelo indiciado.
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL

Art. 17.  A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.

Art. 20.  A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação


do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.

Art. 39,  § 5o  O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a


representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação
penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias

Acerca do inquérito policial, assinale a opção correta.


  a) O valor probatório das informações e provas colhidas durante o
inquérito policial, por não se submeterem ao contraditório e a ampla defesa,
é nulo.

  b) As perícias, por serem técnicas e se submeterem ao contraditório


diferido, tem tanto valor probatório quanto as provas produzidas
judicialmente.

  c) As irregularidades ocorridas durante o inquérito, como a falta de


nomeação de curador para menor de 21 anos de idade, prejudica a ação
penal posterior.

  d) A incomunicabilidade do preso, decretada durante o inquérito


policial por conveniência da investigação, abrange o advogado, na medida
em que nessa fase não há contraditório e ampla defesa.

  e) Qualquer pessoa que souber da ocorrência de crime em que


caiba ação penal pública ou privada poderá comunicá-la à autoridade
policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar
o inquérito.

A alternativa B está correta, na medida em que o valor probatório do inquérito


policial é relativo, ou seja, não é possível amparar condenação em provas
colhidas exclusivamente no inquérito policial. Todavia, determinadas provas,
como as perícias em geral, via de regra, não apresentam a necessidade de
serem repetidas na fase judicial, uma vez que são oficiais e possibilitam, além
disso, eventual contestação no processo, caso o acusado queira apontar
alguma irregularidade. (Prof. Flávio Cardoso de Oliveira - Curso Damásio de
Jesus)

Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova
produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação,
ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.

As ressalvas trazida pelo CPP diz respeito:

? PROVAS CAUTELARES: são aquelas em que existe um risco de


desaparecimento do objeto pelo decurso do tempo. Nessas provas cautelares
o contraditório é diferido, não se da no momento da produção das provas,
mas num momento posterior.

? PROVAS NÃO REPETÍVEIS: são colhidas na fase investigatória porque não


podem ser produzidas novamente na fase processual. Ex.: exame de corpo de
delito no local de crime. O contraditório também é diferido, durante o processo
judicial o advogado faz uma contraprova.

? PROVAS ANTECIPADAS: em virtude de sua relevância e urgência, são


produzidas antes de seu momento processual oportuno e até antes do início do
processo, porém com a observância do contraditório real; Ex.: art. 225 CPP;
depoimento ad perpetuam rei memorium;

Carlos compareceu à delegacia para prestar esclarecimentos acerca de uma


suposta chantagem que estaria sofrendo por parte de João. Durante a oitiva,
o delegado tomou conhecimento da prática de adultério e bigamia por parte
de Carlos. 

Acerca da situação hipotética descrita, assinale a opção correta.


  a) O delegado deve instaurar inquérito contra Carlos para apurar a
prática de crime, pois tomou conhecimento da prática de crime de ação penal
pública incondicionada.

  b) O delegado não pode instaurar inquérito policial porque as


citadas condutas — adultério e bigamia — não são mais crimes, de acordo
com o ordenamento jurídico brasileiro.

  c) O delegado poderá instaurar inquérito para apurar a conduta de


Carlos, contudo, por se tratar de crime de ação penal privada
personalíssima, somente o cônjuge tem legitimidade para requerer a
instauração do inquérito.

  d) João poderá responder a inquérito policial pelo crime de


estelionato, na modalidade de chantagem, porque tentou obter vantagem
econômica indevida, constrangendo Carlos.

  e) João não responderá criminalmente por seus atos na medida em


que não está tipificada no ordenamento jurídico brasileiro como crime a
chantagem, devendo Carlos buscar ressarcimento na esfera cível.

Resposta A

Marcel foi indiciado pela prática de homicídio qualificado. Concluídas as


investigações, o delegado elaborou minucioso relatório e deu o seguimento
legal. 

Acerca da situação hipotética apresentada, assinale a opção correta. 


  a) O inquérito policial deve ser remetido ao membro do MP
competente, que deve acolher o relatório do delegado e oferecer denúncia
contra Marcel.

  b) O inquérito policial deve ser remetido ao juiz, que encaminhará


ao MP, que, por sua vez, analisará a presença dos requisitos legais,
podendo oferecer denúncia contra Marcel ou determinar o arquivamento.
  c) O juiz pode discordar do membro do MP quanto ao pedido de
arquivamento do inquérito policial, oportunidade que poderá oferecer
denúncia contra Marcel.

  d) O juiz não pode discordar do MP quanto ao arquivamento do


inquérito policial, na medida em que o MP é o titular da ação penal pública
incondicionada e deve decidir acerca da ação penal contra Marcel.

  e) Cabe ao procurador-geral do MP decidir acerca da manutenção


do pedido de arquivamento do inquérito policial quando o membro do MP e o
juiz da causa têm posicionamento diverso.

Resposta E

De acordo com a legislação processual penal, o inquérito policial deve ser


concluído no prazo
  a) marcado pelo juiz, quando o fato for de difícil elucidação, houver
diligências a cumprir e o indiciado estiver preso.

  b) de 5 dias, quando o indiciado estiver preso preventivamente,


contado o prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisão.

  c) de 30 dias, quando o indiciado estiver solto, podendo ser


prorrogado pela autoridade competente para cumprimento de diligências.

  d) de 10 dias, no caso de prisão temporária, prorrogável por igual


período em caso de extrema e comprovada necessidade.

  e) marcado pela autoridade policial, que considerará a


complexidade da investigação e comunicará à autoridade competente.

Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver


sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo,
nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no
prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.

§ 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a


autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores
diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz.

Não constitui atribuição da polícia judiciária


  a) averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista
individual, familiar, social ou econômico.

  b) determinar que se procedam quaisquer exames de corpo de


delito e outras perícias.

  c) cumprir diligências e mandados de prisão expedidos por


autoridades judiciárias.

  d) representar acerca da prisão preventiva e da prisão temporária.

  e) determinar a instauração do incidente de insanidade mental


quando houver dúvida sobre a imputabilidade do indiciado.

Gabarito: Letra E

O delegado de polícia (autoridade policial) não determina a instauração de


incidente de insanidade mental e sim REPRESENTA pela instauração.
Assim dispõe o artigo 149,  § 1o do CPP.
Art. 149.  Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o
juiz ordenará, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor,
do curador, do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja
este submetido a exame médico-legal.

  § 1o  O exame poderá ser ordenado ainda na fase do inquérito, mediante


representação da autoridade policial ao juiz competente.
Art. 13.  Incumbirá ainda à autoridade policial:

        I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à


instrução e julgamento dos processos;

        II -  realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público;

        III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades


judiciárias;

        IV - representar acerca da prisão preventiva

t. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação


da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo
de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e
comprovada necessidade.

Considerando que um indivíduo seja surpreendido no momento em que


tentava estuprar sua enteada de 10 anos de idade, assinale a opção correta.
  a) A autoridade policial não pode instaurar o IP de ofício, tendo em
vista que se trata de crime de ação penal pública condicionada à
representação da vítima.

  b) O indivíduo em questão pode ser preso em flagrante delito e, no


momento da lavratura do auto de prisão em flagrante, deve estar
acompanhado de seu advogado ou de um defensor público para assegurar o
direito à ampla defesa e ao devido processo legal.

  c) Caso não seja entregue ao mencionado indivíduo a nota de culpa


no prazo previsto em lei, a prisão em flagrante pode ser relaxada em face da
ilegalidade, o que prejudica a ação penal.

  d) Na hipótese de o citado indivíduo ser solto na fase do IP, pode


ser decretada sua prisão temporária durante a ação penal para facilitar a
produção de provas.
  e) O arquivamento do IP é de competência do juiz, a requerimento
do membro do MP, e não impede seu desarquivamento sempre que surgirem
novas provas contra o referido indivíduo.

Letra "E"

Art 18º CPP + Súmula 524 STF ( O que justifica o apóstrofo "a requerimento do
MP")

Disciplina: Direito Processual Penal | Assuntos: Inquérito Policial; 

Com base nessa situação hipotética, assinale a opção incorreta.


  a) Lívia pode provocar a iniciativa do MP diretamente, fornecendo
pessoalmente todas as informações acerca do fato, sendo dispensável a
instauração de IP.

  b) Caso a conduta do motorista seja tipificada como homicídio


doloso, admite-se a decretação de prisão temporária e preventiva.

  c) Caso a conduta do motorista seja classificada como culposa, o


delegado não pode instaurar o IP, porque somente quem tem legitimidade
para requerer a instauração nos delitos culposos é a própria vítima.

  d) A apresentação espontânea do motorista na delegacia


descaracteriza a situação de flagrância, mas não impede a prisão preventiva,
se presentes os requisitos legais.

  e) O membro do MP pode requerer o arquivamento das peças de


informação fornecidas por Lívia, cabendo ao procurador- geral insistir no
arquivamento, caso o juiz entenda ser hipótese de oferecimento da denúncia.
Gabarito C

O inquérito policial independe da ação penal instaurada para o processo e


julgamento do mesmo fato criminoso, razão pela qual, tratando-se de delito
de ação penal pública condicionada à representação, o inquérito policial
poderá ser instaurado independentemente de representação da pessoa
ofendida.

  Certo        Errado

Errado: Na forma do §4º do art. 5º do CPP o inquério policial nos casos de


ação penal pública condicionada à repesentação somente poderá ser
instaurado se existir representação do ofendido. É a chamada delatio
criminis postulatória. A representação funciona como verdadeira condição de
procedibilidade, e sem ela, o inquérito não poderá ser isntaurado. A vítima tem
a discricionariedade de autorizar ou não a persecução criminal

O inquérito policial não é indispensável à propositura de ação penal, mas


denúncia desacompanhada de um mínimo de prova do fato e da autoria é
denúncia sem justa causa.

  Certo        Errado

Certo
 O IP não é fase obrigatória, podendo ser dispensado caso o MP disponha de
suficientes elementos para o oferecimento da ação penal. (arts. 12,27 e 39,§5º
do CPP)

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