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Substantivo feminino
MEDICINA: enfermidade epidêmica amplamente disseminada.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo, 12, que o combate à pandemia da
covid-19 foi marcado pela "desinformação" e "pânico". Em publicação em suas redes
sociais, intitulada "a hora da verdade", o presidente também falou sobre a situação
econômica do país.
Em São Paulo, as máscaras sumiram das farmácias antes mesmo de qualquer caso de
coronavírus ser confirmado no país. Um vídeo de duas mulheres brigando por papel
higiênico na Austrália viralizou.
A rede de TV britânica BBC noticiou que os gastos com supermercado subiram 40% em
uma cidade da Nova Zelândia após a confirmação do primeiro caso do novo coronavírus
no país.
Especialistas afirmam que vivemos, além da situação com o coronavírus, uma pandemia de
pânico. Apesar da sociedade já ter passado por outras pandemias, esta é a primeira que
acontece em um mundo hiperconectado e com desinformação.
Saiba mais: Coronavírus: mortes correspondem a 3,7 % dos casos em todo o mundo
O estudo Google Consumer Barometer, divulgado em 2017, mostra que em 2012 apenas
14% da população possuía smartphones. Em 2016, este número passou para 62%.
O psiquiatra Saulo Piasca, professor na Universidade Nove de Julho, afirma que o excesso
de informação, as informações incompletas e a preferência da imprensa por mensagens de
maior impacto também contribuem para a geração de medo na sociedade.
Além disso, ele afirma que as pessoas que já possui a saúde psicológica fragilizada têm
mais chance de desenvolver quadros de pânico coletivo.
Para Piasca, a população tem trabalhado cada vez mais e interagido fisicamente entre si
cada vez menos, o que favorece respostas com mais ansiedade, medo e irracionalidade.
“Nestes últimos dias nos vemos diante de duas pandemias“. Com essa frase a psicóloga,
especialista em Psicologia Clínica e Psicologia Hospitalar, Elisiane G. L. Schroeder, fala
sobre o momento que a população timboense e do país estão vivendo.
Já a segunda "pandemia", observa a psicóloga, é a de pânico, uma vez que tem a mesma
capacidade de espalhar- -se rapidamente e causar a "contaminação" de milhares de
pessoas. "Esse pânico coletivo fez com que as pessoas corressem para as farmácias, fez
com que as prateleiras dos supermercados fossem rapidamente esvaziadas, produziu uma
enxurrada de informações e alterou nossa rotina drasticamente. A essa segunda
"pandemia" se atribui alguns fatores, o principal deles: a globalização e seus efeitos, por
exemplo, no acesso à informação".
Elisiane observa que nunca a população teve acesso a tantas informações, em tempo real,
de cada canto do mundo, mas, ao mesmo tempo nunca esteve tão (des)informada,
remetendo à sua etimologia em latim, informare, que significava "dar forma". "É
justamente o excesso de informação que provoca esse efeito manada de propagação do
pânico. Ou seja, aquilo que deveria nos auxiliar, "dar forma", reunindo os diversos
conhecimentos e esclarecimentos, resulta no contrário e nos coloca em estado de
ansiedade e furor".
DEFINIÇÃO DE PÂNICO
adjetivo
1.
que assusta ou amedronta, sem motivo determinado.
2.
substantivo masculino
susto ou medo gerado sem fundamento.
IV WILKIPEDIA
Os gregos antigos creditavam a vitória na batalha de Maratona a Pã. Eles usavam seu
nome para descrever o medo exibido pelos soldados inimigos em fuga.
Na natureza, o "estado de pânico" é um sistema de defesa normal e útil que ativas todas
as regiões do cérebro que estão relacionadas à atenção. É como se o animal entrasse em
alerta máximo e num processo de fuga. Uma característica, por exemplo, é perder um
pouco da sensibilidade nas extremidades do corpo para facilitar a fuga; ferimentos leves
são ignorados enquanto um animal foge de seu predador.
Porém, para o ser-humano, o pânico em situações que não expressam real perigo, pode
ser uma doença que atrapalha o convívio social, chamada de síndrome do pânico. O
"medo do pânico" pode se tornar o transtorno do pânico relacionado a outros tipos de
patologia psiquiátrica como crise de ansiedade, depressão, estresse e outros.
O DEUS GREGO PÃ
Pã (em grego: Πάν, transl.: Pán), na mitologia grega, é o deus dos bosques, dos campos,
dos rebanhos e dos pastores. Vive em grutas e vaga pelos vales e pelas montanhas,
caçando ou dançando com as ninfas. É representado com orelhas, chifres e pernas de
bode, amante da música, traz sempre consigo uma flauta.
Com sua aparência metade bode com cascos e metade humano, porém com chifres já foi
inclusive comparado com o que seria descrito como a imagem do diabo. Muitos são as
histórias sobre quem são os seus pais verdadeiros, alguns lhe atribuindo como filho de
Hermes e Penélope, lembrando que Hermes era um dos deuses do Olimpo, filho de Zeus e
Maia.
Ao nascer, devido a sua má formação, Pã foi abandonado por sua mãe e Hermes ao
apresentá-lo ao templo Olimpo. Todos ali zombaram de seu filho e, a partir de então,
Hermes o proibiu de chamá-lo de pai.
Pã, “como os outros deuses que habitavam as florestas, era temido por aqueles cujas
ocupações os obrigavam a atravessar as matas durante a noite, pois as trevas e a solidão
que reinavam em tais lugares predispunham os espíritos aos temores supersticiosos”.
Os pavores súbitos, sem nenhuma causa aparente, causando verdadeiro terror eram
atribuídos ao deus Pã. É daí que vem o nome pânico, hoje atribuído à Síndrome do Pânico.