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ACÚSTICA
DISCENTE: JÉSSICA LAGE
SETEMBRO DE 2009
TECNOLOGIAS PARA CONTROLE AMBIENTAL E DOS SISTEMAS DE SERVIÇO II
ÍNDICE
2
ONDAS SONORAS 4
SOM 6
FREQUÊNCIA DO SOM 6
TIMBRE DO SOM 9
TRANSMISSÃO DO SOM 11
FENÓMENOS SONOROS 11
EFEITO DE DOPPLER 14
CORDAS VIBRANTES 16
OUVIDO 17
RUÍDO 22
MATERIAIS ACÚSTICOS 24
ISOLAMENTO ACÚSTICO 27
ACÚSTICA ARQUITECTÓNICA 33
BIBLIOGRAFIA 35
INTRODUÇÃO
3
Acústica é o estudo das ondas sonoras
• Ondas sonoras são mecânicas, longitudinais e tridimensionais;
• Ondas sonoras não se propagam no vácuo;
É o segmento da Física que interpreta o comportamento das ondas sonoras audíveis frente aos
diversos fenômenos ondulatórios.
A Acústica Arquitectónica estuda as relações entre as variáveis do som que interagem com os
espaços edificados e o meio sonoro resultante da geração, propagação e percepção sonora,
com enfoque no conforto humano.
1. ONDAS SONORAS
1.1 COMO SÃO PRODUZIDAS?
4
Da mesma maneira que, oscilando nossa mão mão de cima para baixo, somos capazes de criar
perturbações numa corda esticada, certos elementos (determinados tipos de cristais, cordas e
couros esticados de alguns instrumentos musicais, pregas vocais,...) quando postos a vibrar,
produzem, nos meios ao seu
eu redor (geralmente o ar), perturbações que se propagam ao longo
desses meios com uma determinada velocidade.
O efeito
ito se traduz na formação de regiões com grande densidade de partículas, onde se
encontram bem comprimidas (região de compressão), alternadas com outras de pequena
densidade (região de rarefacção), que juntas, propagam-se
propagam se ao longo desse meio em todas as
direcções.
recções. É por esse motivo que tais ondas são, frequentemente, chamadas de ondas de
pressão.
Observe que uma determinada partícula do meio nunca consegue se movimentar para muito
longe. O que viaja através do meio é a agitação, ou seja, a energia. O fenómeno
fenómeno se assemelha a
uma fileira de dominós que decaem uns sobre os outros após o primeiro ser empurrado.
Observe que as partículas do meio vibram na mesma direcção de propagação da onda. Por
esse motivo, o som é classificado como sendo uma onda longitudinal.
l
• Podemos perceber que a energia emitida pela fonte se propaga ao longo do meio
através das vibrações de suas partículas constituintes. Isso significa que a onda sonora
não seria transferida de uma posição à outra se não existissem tais partículas para
conduzir a energia. Portanto, esse tipo de onda só pode ser transmitido através de
materiais flexíveis, erráticos, ou seja, sistemas que permitam que suas “porções” se
movimentem umas em relação às outras e que, portanto, sofram pequenas
deformações. É por esse motivo que a onda sonora é classificada como onda
mecânica.
• Sendo assim, o som consegue se propagar no ar, na água, nos metais…
• O som não consegue se propagar através do vácuo (ausência de matéria). É por esse
motivo que não conseguimos escutar as grandes explosões estelares que acontecem
no universo.
A frequência de uma onda sonora é determinada pela fonte, ou seja, a frequência do som
emitido é exactamente igual à frequência de oscilação
oscilação da fonte que o produziu. É essa
propriedade que nos possibilita distinguir um som agudo de um grave.
Quanto maior a frequência de oscilação da fonte, maior será a frequência do som produzido
por ela. Após ser detectado pelo nosso sistema auditivo e transmitido
transmitido ao cérebro, esse tipo de
onda é interpretado como um som agudo. Dizemos que essa onda de alta frequência é um
som “alto” ou possui alto volume.
Ao contrário, um som grave é aquele que possui pequena frequência. Isso significa que a fonte
que produz
uz esse tipo de onda oscila com pequena frequência. Dizemos que esse som é “baixo”
ou possui baixo volume.
• Infra-som: sons com frequências abaixo de 20Hz. Não perceptível ao ser humano;
• Ultra-som: sons com frequências acima de 20000Hz. Não perceptível
rceptível ao ser humano;
• Som audível: sons com frequências perceptíveis ao ser humano (20Hz a 20000Hz)
Volume do Som
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A intensidade, medida em decibel (db), é a força ou pressão que o som exerce nos nossos
ouvidos. É conhecido
cido como altura, volume. Um lugar tranquilo tem sons de baixa intensidade,
enquanto que uma máquina ruidosa tem alta intensidade. Quando a intensidade alcança altos
valores, o som se transforma em risco para audição dos trabalhadores.
INTENSIDADE FÍSICA
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J W
m2 ⋅s m2
W
I o = 10 −12
m2
• Máxima intensidade física ou limiar de dor (Imáx): é o maior valor da intensidade física
suportável pelo ouvido, vale:
W
I máx = 1
m2
I
β = 10 ⋅ log
Io
Resumo
Qualidade que permite diferenciar duas ondas sonoras de mesma altura e mesma intensidade,
emitidos por fontes distintas.
9
O timbre está relacionado à forma da onda emitida pelo instrumento.
D ia p a s ão
F lau ta
V io lin o
V o z ( letra a )
C la rin e ta
A figura seguinte mostra a extensão dos espectros de emissão de ondas sonoras de vários
animais. Através dela, podemos perceber que alguns deles são capazes de ouvir sons que os
seres humanos não conseguem perceber.
Nas pequenas altitudes, os sons são bem audíveis, o que não ocorre em altitudes maiores,
onde o ar é menos denso.
O ar denso é melhor transmissor do som que o ar rarefeito, pois as moléculas gasosas estão
mais próximas e transmitem a energia cinética da onda de umas para outras com maior
facilidade.
Os sons não se transmitem no vácuo, porque exigem um meio material para sua propagação.
De uma maneira geral, os sólidos transmitem o som melhor que os líquidos, e estes, melhor do
que os gases.
Quando ondas sonoras AB, A’B’, A”B” provenientes de um ponto P encontram um obstáculo
plano, rígido, MN, produz-se reflexão das ondas sobre o obstáculo.
Na volta, produz-se uma série de ondas reflectidas CD, C’D’, que se propagam em sentido
inverso ao das ondas incidentes e se comportam como se emanassem de uma fonte P’,
simétrica da fonte P em relação ao ponto reflector.
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Eco
Os obstáculos que reflectem o som podem apresentar superfícies muito ásperas. Assim, o som
pode ser reflectido por um muro, uma montanha etc.
Para uma pessoa ouvir o eco de um som por ela produzido, deve ficar situada a, no mínimo,
17 m do obstáculo reflector, pois o ouvido humano só pode distinguir dois sons com intervalo
de 0,1 s. O som, que tem velocidade de 340 m/s, percorre 34 m nesse tempo.
Reverberação
Em grandes salas fechadas ocorre o encontro do som com as paredes. Esse encontro produz
reflexões múltiplas que, além de reforçar o som, prolongam-no durante algum tempo depois
de cessada a emissão.
Consiste em a onda sonora passar de um meio para o outro, mudando sua velocidade de
propagação e comprimento de onda, mas mantendo constante a frequência.
Quando se coloca um obstáculo entre uma fonte sonora e o ouvido, por exemplo, o som é
enfraquecido, porém não extinto.
Logo, as ondas sonoras não se propagam somente em linha recta, mas sofrem desvios nas
extremidades dos obstáculos que encontram.
Neste caso, teremos uma região do espaço na qual, em certos pontos, ouviremos um som
forte, e em outros, um som fraco ou ausência de som.
Quando um corpo começa a vibrar por influência de outro, na mesma frequência deste, ocorre
um fenómeno chamado ressonância.
Como exemplo, podemos citar o vidro de uma janela que se quebra ao entrar em ressonância
com as ondas sonoras produzidas por um avião a jacto.
Efeito Doppler
14
Quando uma pessoa se aproxima de uma fonte sonora fixa, a frequência do som do ouvido é
maior do que aquela de quando a pessoa se afasta da fonte.
Você pode observar esse fenómeno ouvido o apito de uma locomotiva em movimento. O apito
é mais grave (frequência menor) quando está se afastando, após ter passado por você.
Aproximação: f’ > f
Afastamento: f’ < f
Onde:
v = velocidade da onda
vF = velocidade da fonte
vo = velocidade do observador
f = frequência real emitida pela fonte
f’ = frequência aparente recebida pelo observador.
CORDAS VIBRANTES
Quando uma corda, tensa e fixa nas extremidades, é posta a vibrar, originam-se
transversais que se propagam ao longo do seu comprimento, reflectem-se
originam ondas
reflectem se nas extremidades e,
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por interferência, ocasionam
asionam a formação de ondas estacionárias.
T
v=
µ
λ 1
L = 1 ⋅ 1º HARMÓNICO
2
2 ⋅ L
λ 1 =
1
λ 2
L = 2 ⋅
2º HARMÓNICO 2
2 ⋅ L
λ 2 =
2
3. OUVIDO
ANATOMIA DA ORELHA
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O órgão responsável pela audição é a orelha (antigamente denominado ouvido), também
chamada órgão vestíbulo-coclear ou estato-acústico.
A maior parte da orelha fica no osso temporal, que se localiza na caixa craniana. Além da
função de ouvir, o ouvido também é responsável pelo equilíbrio.
A orelha está dividida em três partes: orelhas externas, média e interna (antigamente
denominadas ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno).
ORELHA EXTERNA
recoberto por pele, tendo como função captar e canalizar os sons para a orelha média.
A orelha ela foi criada especificamente para transmitir o som.
O som começa com movimentos. Quando os objectos vibram, as
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Todo o pavilhão auditivo (excepto o lobo ou lóbulo) é constituído por tecido cartilaginoso
O canal auditivo externo estabelece a comunicação entre a orelha média e o meio externo,
tem cerca de três centímetros de comprimento e está escavado em nosso osso temporal. É
revestido internamente por pêlos e glândulas, que fabricam uma substância gordurosa e
amarelada, denominada cerume ou cera.
Tanto os pêlos como o cerume retêm poeira e micróbios que normalmente existem no ar e
eventualmente entram nos ouvidos.
ORELHA MÉDIA
O cabo do martelo está encostado no tímpano; o estribo apoia-se na janela oval, um dos
média. O outro orifício é a janela redonda. A orelha média comunica-se também com a
faringe, através de um canal denominada tuba auditiva (antigamente denominada trompa de
Eustáquio). Esse canal permite que o ar penetre. Dessa forma, de um lado e de outro do
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orifícios dotados de membrana da orelha interna que estabelecem comunicação com a orelha
tímpano, a pressão do ar atmosférico é igual. Quando essas pressões ficam diferentes, não
ouvimos bem, até que o equilíbrio seja restabelecido.
ORELHA INTERNA
A orelha interna, chamada labirinto, é formada por escavações no osso temporal, revestidas
por membrana e preenchidas por líquido. Limita-se com a orelha média pelas janelas oval e a
redonda. O labirinto apresenta uma parte anterior, a cóclea ou caracol - relacionada com a
audição, e uma parte posterior - relacionada com o equilíbrio e constituída pelo vestíbulo e
pelos canais semicirculares.
gão em forma de um caramujo que pode esticar até 3 cm. Além de estar
A coclea é um órgão
cheio de um fluido, a superfície interna da coclea está alinhada com cerca de 20.000 células
nervosas que performam a funções mais críticas na nossa capacidade de ouvir.
Cada célula capilar possui uma sensibilidade natural a uma frequência de vibração particular.
Quando a frequência da onda de compressão casa com a frequência
frequência natural da célula nervosa,
a célula irá ressoar com uma grande amplitude de vibração. Esta vibração ressonante induz a
célula a liberar um impulso eléctrico que passa ao longo do nervo auditivo para o cérebro. Em
um processo que ainda não é compreendido
compreendido inteiramente, o cérebro é capaz de interpretar as
qualidades do som pela reacção dos impulsos nervosos.
4. RUÍDO
Definição
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O ruído é uma oscilação do ar que, ao bater no tímpano
é interpretado pelo ouvido e o cérebro.
Desconforto
Falamos geralmente de ruído para os sons (músicas, letras, …) não necessários e que
incomodam. O ruído dos outros é muito mais incómodo que nosso próprio ruído. Desta
maneira, reduzir o ruído dos outros, impedindo que o mesmo se propague de um posto de
trabalho a outro, diminui muito o desconforto.
Entretanto todos os ruídos, sons, músicas, agradáveis ou não, são da mesma forma
susceptíveis de provocar surdez a partir de um certo nível.
Não podemos nos contentar de reduzir o ruído dos outros, mas devemos lutar contra o ruído
na fonte, de tal forma que a pessoa que trabalha com uma máquina barulhenta seja protegida.
Frequências e tonalidades
Unidades
O ruído se mede em decibéis (dB). Entretanto o ouvido não ouve os ruídos de todas as
frequências da mesma maneira e tem tendência a reduzir os ruídos graves. Para levar em
conta este fenómeno, os aparelhos têm um circuito electrónico permitindo igualmente
atenuar esses ruídos de baixas frequências.
Quando medimos o ruído, não como ele existe, mas como ele é ouvido, falamos em dB (A).
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O ruído se propaga dentro de um local de três maneiras diferentes e os meios de combate não
são os mesmos.
1. Via directa: o ruído se propaga directamente da fonte ao ouvido do trabalhador. Seu nível
será, sobretudo em função da distância.
dis
Para diminuir este ruído directo, pode-se
pode
• Afastar o trabalhador
• Colocar um painel: o que acorre por exemplo na beira das auto-estradas.
auto
2. Via reverberada: o ruído se reflecte sobre as paredes, tetos, chão, máquina e chega de
maneira indirecta ao ouvido do trabalhador.
A solução consiste em diminuir estes reflexos tornando as paredes mais absorventes. Um forro
falso absorvente é quase sempre útil.
3. Por transmissão: as vibrações da máquina passam para o chão e se transmitem para uma
placa de ferro ou um painel que entra em vibração e emite ruído.
Esta transmissão das vibrações no chão é bloqueada por materiais amortecedores tais como
molas, borracha ou cortiça.
O nível sonoro ouvido pelo operador é a soma dos três componentes e é muito difícil de
identificar a fonte do ruído.
5. MATERIAIS ACÚSTICOS
É importante fazer uma distinção entre os 3 tipos de materiais acústicos:
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1. Materiais absorventes: lã mineral, espuma, madeira expandida, materiais porosos.
• Eles são utilizados para reduzir a reverberação do ruído dentro de um local
• O material deve ser poroso para absorver o ruído:
O concreto não absorve nada (coeficiente de absorção = 0)
Os materiais porosos absorvem mais os ruídos agudos (frequências altas).
1. Campo livre
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• Propagação directa do ruído sem reflexão (reverberação) sobre as paredes: situação típica no
exterior ou dentro de um local transformado em muito absorvente.
3. Instalação de um painel
• Em campo livre, a instalação de um painel entre a fonte e o trabalhador provoca uma
atenuação complementar.
• Entretanto é preciso que
• No plano horizontal, a largura do painel
• E no plano vertical, a altura do painel,
• Sejam feitas de tal maneira que os ângulos indicados nas figuras seguintes sejam superiores
a 60°.
1. Campo difuso
• Propagação directa e por reflexão sobre as paredes (campo reverberado) entre a fonte de
ruído e o trabalhador (caso mais frequente no meio profissional).
3. Materiais absorventes
Os materiais absorventes são de 3 tipos: materiais porosos, membranas e aqueles que vibram
por ressonância.
• Materiais absorventes porosos
Lã de vidro, de rocha
Espumas plásticas, madeira expandida
• Caracterizados por:
Uma absorção muita elevada nas altas frequências
Uma absorção muito mais fraca nas baixas frequências
• A absorção nas baixas frequências pode ser aumentada utilizando painéis porosos semi-
rígidos, colocados 20 a 40 cm da parede de trás.
• Materiais membranas e que ressonam:
Painéis leves de madeira, vidro, metal
• Caracterizados por:
Uma absorção fraca nas altas frequências
Uma absorção mais elevada nas baixas frequências.
• Na prática, tenta-se utilizar materiais com membranas recobertas de um material poroso:
Painéis acústicos rígidos de teto
• Caracterizados por uma absorção mais uniforme para todas as frequências.
• Quanto mais o material for pesado, mais a atenuação acústica será elevada.
• Tipicamente a atenuação ( R ) varia em função da frequência segundo a figura seguinte:
• Ela é normalmente mais importante para os sons agudos que para os sons graves.
• Ela apresenta uma queda em torno de uma frequência «crítica» característica do material.
4. Paredes duplas
Fenómeno:
• Um orifício ou uma fenda deixa passar toda a energia sonora incidente
• Um material que atenua 40 dB, deixa passar 1/10.000 da energia sonora incidente
• Um orifício de superfície S deixa portanto passar a mesma quantidade de ruído que um
material de atenuação de 40 dB e de superfície 10.000 S
• Desta maneira, um orifício de 1 dm² deixa passar a mesma quantidade de ruído que um
material de atenuação 40 dB e de 100 m² de superfície
• Portanto um orifício prejudica a atenuação dos materiais acústicos e ainda mais, se for
grande
Recomendações:
• Suprimir ou reduzir ao mínimo os orifícios, as fendas ou os elementos de fraca atenuação
Os orifícios nas capotas;
As passagens das canalizações, principalmente os condutos de ventilação nas paredes;
As caixas eléctricas;
As fendas em volta das portas e janelas;
Os espaços atrás das guarnições das portas;
• Em caso de isolamento acústico insuficiente entre dois locais, as acções prioritárias são:
• Procurar as fendas, orifícios, elementos fracos e tampa-los.
• Agir sobre a parede comum.
Unidades
O ruído é caracterizado por:
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• Sua frequência (Hz): gama audível 20 a 20.000 Hz, sons graves : frequências baixas (<400 Hz),
sons agudos: frequências altas (>1600 Hz).
• Sua amplitude em decibéis (dB)
• Sua velocidade de propagação: 340 m/s no ar
1. Ordens de grandeza
• A figura abaixo caracteriza alguns ruídos comuns em termos de frequências e de amplitude.
2. Adição de decibéis
O som é a mais antiga e importante forma de comunicação humana por intermédio da palavra
falada. Fonte de prazer estético através da música, da oratória e dos sons agradáveis do
ambiente natural, também comporta valores negativos trazidos por ruídos desagradáveis ou
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muito intensos, que podem vir a perturbar a comunicação sonora, a privacidade, o repouso e o
sono das pessoas e em situações críticas, provocar danos físicos e mentais em indivíduos
expostos a ruídos intensos durante longo tempo.
Desta forma, o conforto acústico em um recinto - qualquer que seja sua destinação - está
ligado tanto à eficiência da comunicação sonora no seu interior, imprescindível em todas as
actividades humanas, como pela ausência de ruídos perturbadores. O conforto acústico será
obtido quando as duas condições - comunicação e ausência de ruídos perturbadores - forem
atingidas, de acordo com as exigências específicas do uso de cada ambiente.
O som interage com os edifícios em todos os aspectos: a acústica de uma sala, qualquer que
seja a sua destinação de uso, depende integralmente de sua arquitectura. O projecto executivo
de acústica de uma sala é, portanto, um projecto de arquitectura de interiores com
qualidades técnicas precisas, exigindo uma perfeita interacção entre a concepção
arquitectónica e o especialista na área.
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Nas decisões do projecto arquitectónico os aspectos relacionados com a implantação, o uso, a
composição formal e construtiva de um edifício vão contribuir em maior ou menor grau para o
comportamento sonoro de seus recintos, com a anuência intencional ou não do projectista:
• A ocupação das salas define as exigências de conforto acústico que as actividades que
abriga requerem, assim como podem possuir fontes de ruídos e, portanto, serem
parte do problema;
Como acontece com a iluminação natural e o meio térmico, o ambiente acústico tem a sua
configuração definida na própria concepção do edifício sendo o seu resultado, consciente ou
não, do processo de tomada de decisões de projecto.
Em princípio, todos os locais habitados estão sujeitos a terem problemas de natureza sonora.
As novas tecnologias da construção e a preponderância da forma visual dos edifícios na visão
dos arquitectos têm contribuído para isto.
As cidades estão cada vez mais ruidosas e em contraponto, as construções estão sendo
executadas com materiais mais leves e esbeltos, reduzindo a capacidade de divisórias,
paredes, pisos e coberturas de isolarem adequadamente os ruídos, tanto os que vêm da rua
como entre os ambientes de um mesmo edifício.
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O reconhecimento dos factores que fazem os problemas acústicos da actualidade cada vez
mais importantes tem provocado a edição de normas e medidas legais do governo e têm
merecido a atenção de incorporadores, construtores e arquitectos para o conforto auditivo,
além da tradicional atenção dispensada apenas para salas de espectáculos.
O contexto urbano. O tráfego de veículos, as indústrias, obras civis e as actividades sociais têm
fomentado progressivamente o aumento dos níveis de ruídos nas cidades modernas, assim
como a crescente parafernália de motores, equipamentos e máquinas barulhentas usadas nas
edificações;
A tecnologia construtiva actual privilegia a utilização de componentes cada vez mais leves e
esbeltos para divisórias de ambientes, pavimentos e coberturas. Opções técnicas resultantes
da liberação da função estrutural das paredes, da crescente industrialização da construção e
por razões económicas. Paredes, pavimentos e coberturas leves e esbeltas têm pequena
capacidade de isolamento acústico1. O uso intenso de painéis de vidro em fachadas, o que tem
sido uma tendência corrente desde a popularização do modernismo, é um exemplo típico do
problema;
•
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O uso do poliestireno expandido (isopor) como isolante. O material é muito leve e por
isso, um mau isolante acústico. A confusão, provavelmente, se deve ao fato de que é
usado como isolante térmico;
A acústica arquitectónica trata das técnicas passivas de controlo dos sons nos edifícios,
utilizando a disposição dos componentes espaciais e as propriedades físicas das edificações
para atender critérios de audibilidade, protecção contra ruídos e conforto requeridos para as
diferentes categorias de salas. Divide-se nas seguintes áreas de estudo:
• Acústica ondulatória: estuda o som como fenómeno ondulatório, cujos efeitos podem
criar campos acústicos irregulares devido a fenómenos de interferência e ressonância,
que podem vir a causar o reforço ou o enfraquecimento do som em determinados
pontos no interior das salas;
•
34
Acústica geométrica: estuda a distribuição do som nas salas, utilizando métodos
gráficos e analíticos baseados na reflexão dirigida do som e o risco de formação de
interferência sonora, ecos e focalização do som.
Cada uma das áreas envolve procedimentos de análise e técnicas de projecto específicas, mas
são interdependentes entre si tanto em relação à metodologia de projecto como em relação
aos resultados pretendidos para a acústica das salas, estando integradas nos conteúdos
estudados nos módulos didácticos.
BIBLIOGRAFIA
• pt.wikipedia.org/wiki/Acústica
35
• ww2.unime.it/weblab/.../acustica.htm
• www.algosobre.com.br/fisica/acustica.html
• arquitectura.pt/forum/.../avalia-ac-stica-11925.html
• www.pronorma.pt/Arquitectura.htm
• www.acustica.org.br/revistas.cfm
• www.casadellibro.com/...arquitectura-acustica
• br.syvum.com/cgi/online/serve.cgi/.../som.html
• w3.ualg.pt/~rguerra/Acustica/introducao.pdf
• www.sea-acustica.es/Coimbra08/id303.pdf