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MECÂNICA I
2009/2010
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Cap.3 – Síntese e vinculação de corpos 1
Mecânica I – 2009/2010
CONDIÇÕES DE VINCULAÇÃO
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Cap.3 – Síntese e vinculação de corpos 2
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CONDIÇÕES DE VINCULAÇÃO
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Cap.3 – Síntese e vinculação de corpos 3
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Vinculação eficaz
Sabendo-se que um corpo rígido pode experimentar 3 movimentos
independentes no plano (6 em 3 dimensões), o número mínimo de ligações ao
exterior será de 3 (6 em 3D).
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∑ Fx = 0
∑ Fy = 0
∑ M z = 0
∑ M z = 0 ∑ FAB = 0
C
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Cap.3 – Síntese e vinculação de corpos 5
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A escolha do conjunto de
equações deve, em primeiro
lugar, servir a simplicidade de
cálculo, devendo
preferencialmente ser escolhidas
equações que proporcionem a
determinação directa de uma
incógnita, evitando-se assim a
necessidade de proceder à
solução de um sistema de
equações simultâneas.
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Cap.3 – Síntese e vinculação de corpos 6
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3 Apoios simples inclinados não devem ser confundidos com apoios duplos,
embora produzam componentes de reacção segundo ambas as direcções
cartesianas, aquelas não são independentes entre si (isto é, correspondem a
uma só incógnita):
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Vinculação insuficiente
Ocorre quando o número de vínculos é inferior a 3 (2D) ou 6 (3D). Não será
geralmente possível a satisfação das equações de equilíbrio estático, o que
resultará na existência de movimentos de corpo rígido. Corpos nestas
condições dizem-se subvinculados ou exteriormente hipostáticos:
NOTA: Está condição poderá ser admissível no âmbito de estruturas como veículos,
carruagens, gruas, motores, etc.
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Cap.3 – Síntese e vinculação de corpos 11
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Vinculação ineficaz
Resulta da incorrecta distribuição de ligações pelo corpo, não obstante estas
serem em número igual ou superior ao mínimo (3 a 2D e 6 a 3D) requerido
para assegurar a sua imobilização. Poderá resultar das seguintes situações:
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Vinculação ineficaz
a) Forças de reacção concorrentes num ponto
O equilíbrio de momento não é geralmente conseguido, salvo quando a linha
de acção da resultante do carregamento passa pelo ponto, obtendo-se então
um equilíbrio instável.
Vinculação ineficaz
a) Forças de reacção paralelas
Situação que ocorre quando é utilizado um sistema de apoios simples com a
mesma direcção. O equilíbrio de forças não é conseguido, salvo quando todas
as forças intervenientes no carregamento têm a direcção das de reacção,
obtendo-se uma situação de equilíbrio instável.
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Vinculação ineficaz
Exemplos:
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ESTRUTURAS DE 2 CORPOS
ESTRUTURAS DE 2 CORPOS
Obtêm-se unindo entre si e ao exterior dois corpos rígidos.
As ligações entre os dois corpos (ligações internas) permitem, tal como as
ligações externas (nos apoios) a transmissão de forças entre os corpos ligados.
Uma estrutura diz-se constituída por 2 (ou mais) corpos quando, para além dos
movimentos de corpo rígido do conjunto (considerado monolítico) são ainda
possíveis movimentos relativos de partes da estrutura em relação a outras,
devendo estes ser impedidos por uma adequada vinculação ao exterior.
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ESTRUTURAS DE 2 CORPOS
Graus de liberdade
Nº de graus de liberdade – Conjunto de movimentos que um sistema material
pode experimentar.
Se o sistema é monolítico e rígido (1 corpo rígido) este número reduz-se aos 3
(2D) ou 6 (3D) movimentos de corpo rígido, designado graus de liberdade
externos uma vez que só podem ser impedidos por vinculação ao exterior.
ESTRUTURAS DE 2 CORPOS
Graus de liberdade
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ESTRUTURAS DE 2 CORPOS
Graus de liberdade
O impedimento ou bloqueio de um grau de liberdade interno pode conseguir-
se por:
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ESTRUTURAS DE 2 CORPOS
Vinculação eficaz
O nº mínimo de vínculos entre corpos e ao exterior será o necessário para
bloquear os graus de liberdade do sistema de 2 corpos. A sua distribuição não
é única determinando diferentes tipos de comportamento da estrutura,
podendo ter-se os seguintes casos:
1) Sistemas com níveis de cooperação distintos
2) Sistemas com níveis de cooperação iguais
3) Sistemas complexos
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ESTRUTURAS DE 2 CORPOS
ESTRUTURAS DE 2 CORPOS
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ESTRUTURAS DE 2 CORPOS
ESTRUTURAS DE 2 CORPOS
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ESTRUTURAS DE 2 CORPOS
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ESTRUTURAS DE 2 CORPOS
O arco de três rótulas não é o único tipo possível de estrutura desta classe. No
entanto, a apresentação de outras variedades remete para conhecimentos
ainda não ministrados, pelo que será referida posteriormente.
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ESTRUTURAS DE 2 CORPOS
(1) Nenhum possibilita, por si só, o cálculo das reacções nos seus apoios e das
forças de ligação ao outro, uma vez que estas perfazem (em 2D) um total de 4
incógnitas, contra as 3 equações disponíveis. Assim, não pode ser utilizada a
metodologia do caso anterior.
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ESTRUTURAS DE 2 CORPOS
∑M ∑M
Esq Dir
z =0 z =0
É nula a soma dos momentos das forças à esquerda (ou à direita) da rótula
central em relação a esse mesmo ponto.
∑ Fx = 0
C F1 F1 C
B D B D
C
F2 F2 R1
∑ Fy = 0 R
2
⇒
∑ M z = 0
E E
A A
R3 R3
R4
∑ M z = 0 R4
R1 C Esq ( ou C Dir )
R2
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ESTRUTURAS DE 2 CORPOS
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ESTRUTURAS DE 2 CORPOS
Sistemas complexos
Os sistemas de 2 corpos visto até agora, constituem os designados sistemas
(ou estruturas isostáticas) simples.
Um terceiro tipo de agrupamento de dois corpos é o sistema complexo, que é
obtido quando um dos vínculos exteriores de um sistema com níveis de
cooperação iguais é substituído por uma ligação interna adicional entre os dois
corpos constituintes. Esta transformação resulta sempre na formação de uma
malha (isto é, um perímetro definido pelos corpos ou parte deles) fechada.
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ESTRUTURAS DE 2 CORPOS
Sistemas complexos
Apresentando o sistema assim obtido apenas 3 (ou 6) vínculos ao exterior, não
poderão existir graus de liberdade internos no conjunto, que deverá pois
comportar-se monoliticamente. Daqui resulta que as 3 (ou 6) ligações entre os
corpos não poderão ser concorrentes (o que impediria a rotação relativa entre
corpos no ponto de concorrência) nem paralelas (o que permitiria o
deslizamento relativo perpendicular à direcção comum das ligações).
ANÁLISE
A chave para a resolução destes sistemas consiste na clara identificação dos
corpos e das 3 (ou 6) ligações que os solidarizam. Uma vez clarificado este
aspecto, procede-se da forma seguinte: (…)
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ESTRUTURAS DE 2 CORPOS
Sistemas complexos
(…)
• Remove-se uma das 3 ligações entre os corpos (geralmente a que origina a
abertura da malha fechada), aplicando em cada um dos pontos de ligação
forças iguais e opostas de acordo com o princípio da igualdade acção-reacção.
Estas representam a força vinculativa (desconhecida) que a ligação transmitia
antes de ser removida. Sendo iguais e de direcção conhecida, estas forças
representam uma só incógnita (intensidade, sendo o sentido definido pelo
respectivo sinal).
Nota: O sentido do par de forças é inicialmente arbitrado, sendo confirmado
por um valor positivo da intensidade ou, caso contrário, sendo o sentido
correcto o oposto ao arbitrado.
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ESTRUTURAS DE 2 CORPOS
Sistemas complexos
• O cálculo das reacções de apoio e forças de ligação é feito de forma
semelhante ao caso de sistemas com níveis de cooperação iguais. As reacções
de apoio são determinadas pelas equações globais de equilíbrio, enquanto
uma equação de equilíbrio parcial proporciona o valor da força na ligação
suprimida.
Exemplo
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ESTRUTURAS DE 2 CORPOS
Sistemas complexos
Vinculação ineficaz
• Sistemas com níveis de cooperação distintos
Como a análise deste tipo de sistemas é constituída por uma sequência de
análises de 1 corpo simples, a vinculação será ineficaz quando algum dos
corpos constituintes apresentar vinculação ineficaz, segundo as regras
estabelecidas para corpos simples.
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ESTRUTURAS DE 2 CORPOS
Sistemas complexos
Vinculação ineficaz
• Sistemas com níveis de cooperação iguais
A vinculação será ineficaz se todas as ligações ao exterior forem paralelas. Para
arcos de 3 rótulas, obter-se-á ainda uma configuração instável (ineficaz)
quando as 3 rótulas forem colineares
Nota: Condições para outras estruturas deste tipo poderão ser formuladas mas para isso
são necessário conceitos ainda não estabelecidos
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Cap.3 – Síntese e vinculação de corpos 38
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Cap.3 – Síntese e vinculação de corpos 40
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Cap.3 – Síntese e vinculação de corpos 41
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Cap.3 – Síntese e vinculação de corpos 42
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Fluxo Estático: 5 4
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Cap.3 – Síntese e vinculação de corpos 44
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RESUMO
1 Corpo
Simples
Estruturas Isostáticas 2 Corpos Com níveis de cooperação iguais
Complexas
Simples
Vários Corpos
Complexas
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