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CORONAVÍRUS

EVIDÊNCIAS DISPONÍVEIS
PARA ABORDAGEM EM
DIFERENTES CENÁRIOS
Sintomas mais comuns Outros sintomas

Cefaleia
Diarreia
Febre Náuseas e vômitos
Tosse seca Alterações de olfato e paladar
Dispneia Dor torácica
Mialgia
Fadiga
Hemoptise
Fatores de risco para casos graves de Covid-19

Idade avançada Hipertensão Doença renal crônica

Doença cardiovascular Doença pulmonar crônica Obesidade

Câncer
Diabetes mellitus (em especial neoplasias hematológicas, Tabagismo
câncer de pulmão e doença metastática)
Dermatológico

“Dedos com COVID”


Neurológico
Erupções maculopapulares,
urticariais e vesiculares
Sintomas ou doenças do SNC:
Livedo reticular transitório cefaleia, tontura, alteração da consciência,
ataxia, doença cerebrovasclar aguda e epilepsia

Sintomas do sistema nervoso periférico (SNP):


hipogeusia, hiposmia e neuralgia.
Síndrome de Guillain-Barré.
Pulmonar
Sintomas musculoesqueléticos
Tosse

Dispineia
Sintomas fripais (rinorreia,
congestão nasal, odinofagia

Síndorme Aguda
Respiratória Grave Cardiovascular

Arritmias

Isquemia miocárdica
Hematológico Miocardite

Tromboembolismo Choque cardiogênico

Coagulação Intravascular
Disseminada (CIVD)

Renal

Gastrointestinal Lesão Renal Aguda

Anorexia

Diarreia
Náusea
Vômitos
Troponina
aumentada

Faça Curva

Isquêmia Platô
(inflamatória)

DAPT + ECG ECO Sem DAPT ECO


estatina ou estatina

Supra-ST RM

Angioplastia Trombólise
Valor Pontuação

100.000-150.000 1
Plaquetometria
< 100.000 2

1,2-1,4 1
INR
> 1,4 2

1 1
Escore SOFA
≥2 2
Dose de heparina de baixo peso molecular
D-dímero (ng/mL) Peso (kg)
(se função renal normal)

< 100 Enoxaparina 40 mg 1x/dia

< 1.000 100-150 Enoxaparina 40 mg 2x/dia

> 150 Enoxaparina 60 mg 2x/dia

< 100 Enoxaparina 40 mg 2x/dia

1.000-3.000 100-150 Enoxaparina 80 mg 2x/dia

> 150 Enoxaparina 120 mg 2x/dia

> 3.000 < 100 Tinzaparina 175 UI/kg/dia


PROFILAXIA Dose padrão Dose pelo peso corporal Dose pela função renal

80-99 kg: 40-60 mg SC 1x/dia

≥ 100 kg: 80 mg SC 1x/dia

OU
ClCr 15-29 mL/min:
50% da dose
Heparina de baixo 40 mg IMC 30-40 kg/m²:
peso molecular SC 1x/dia 40-60 mg SC 1x/dia
ClCr < 15 mL/min:
contraindicação – considerar HNF
IMC > 40 kg/m²
40 mg SC 2x/dia

IMC > 50 kg/m²:


60 mg SC 2x/dia

IMC > 30 kg/m²:


Heparina não 5.000 unidades
5.000-7.500 unidades -
fracionada (HNF) SC 2x/dia
SC de 8/8 horas

ClCr 20-29 mL/min:


2,5 mg SC a cada 48 horas
2,5 mg
Fondaparinux -
SC 1x/dia
ClCr < 20 mL/min:
contraindicação – considerar HNF
Ajustes no ventilador do paciente com Covid-19

Volume corrente 6 mL/kg de peso corporal predito

Frequência respiratória 15 - 35 incursões por minuto (ipm)

Pressão de via aérea no platô ≤ 30 cmH2O

PEEP ≥ 5 cmH2O

Driving pressure/pressão motriz


≤ 15 cmH2O
(pressão de platô – PEEP)
Abordagem Comentários

Intubação traqueal precoce Utilizar sequência rápida de intubação

Deve ser evitada devido ao alto risco de dispersão e contaminação do


aerossol entre os profissionais de saúde. É possível utilizar a VNI em
Ventilação não invasiva alguns casos, mas deve-se usar um ventilador mecânico com circuito
duplo, com filtros nas duas partes. Além disso, a VNI tem sido utilizada
em leitos isolados com pressão negativa

Devem ser evitados e devem ser utilizados


Broncodilatadores
inaladores spray ou dosimétricos

Pressão controlada ou volume ciclado, com baixo volume corrente (em


torno de 6 mL/kg) e pressão de platô igual ou inferior a 30 cmH2O. A
Ventilação mecânica protetora pressão expiratória final positiva (PEEP) deve ser titulada de forma que
a fração inspirada de O2 (FiO2) seja reduzida para um valor igual ou
inferior a 50%, com PaO2 > 60 mmHg e SaO2> 90-93%

Por, no mínimo, 18 horas por dia, principalmente se PaO2/FiO2 for


Posição prona
inferior a 150 mmHg. Monitorar com oximetria e capnografia

Aspiração traqueal Uso de sistema fechado


Óxido nítrico e/ou sildenafil (0,5 a 2 mg/kg/dose a cada 4-6 horas,
Hipoxemia persistente
com um máximo de 20 mg/dose a cada 8 horas)

Pode ser usada em pacientes com PaO2/FiO2 < 70 a 80 mmHg,


Oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) venosa
sem sucesso com o tratamento convencional

Fluidoterapia conservadora Atenção à taxa hídrica e ao balanço hídrico

Usar apenas em pacientes com infecções bacterianas secundárias


Antibióticos
com base nos resultados da cultura e do antibiograma

Podem suprimir a inflamação pulmonar, mas também inibir as


respostas imunes e a liberação de patógenos, e devem ser
Corticosteroides
evitados, exceto naqueles com indicação específica
(por exemplo, broncoespasmo ou alguns casos de choque séptico

Imunoglobulina venosa Os autores citam um relato de caso em que houve boa resposta

Devem ser tratados com fluidoterapia ou


Disfunção cardiocirculatória e choque
drogas vasoativas/inotrópicas

Pode ser necessária, porque a disfunção renal é um


Terapia de substituição renal contínua
indicador de um prognóstico ruim

O D-dímero deve ser monitorado frequentemente.


Dosagem de D-dímero Microtrombos e eventos isquêmicos associados são
muito comuns, principalmente em adolescentes e adultos.

Fonte: Adaptado de CARLOTTI et al., 2020.

Passos Comentários

Triagem Fornecer máscara ao paciente

Profissionais de saúde Devem usar equipamentos de proteção individual

Não é necessário notificar; devem ser prescritos apenas sintomáticos;


não coletar swabs; isolamento social; pacientes de alto risco
Paciente sem critérios para SRAG (sem taquipneia, SatO2 ≥ devem ser monitorados e receber oseltamivir. Considerar internação
93% em ar ambiente): em pacientes com radiografia ou tomografia computadorizada
de tórax com mais da metade dos pulmões apresentando
alterações ou se houver alterações em pacientes de alto risco

Internação em enfermaria ou UTI; coletar swab nasal ou


Pacientes com critérios para SRAG orofaríngeo, incluindo pesquisa de influenza, vírus sincicial
(com taquipneia e/ou SatO2 < 93% em ar ambiente) respiratório e SARS-Cov-2; notificar; prescrever sintomáticos;
prescrever oseltamivir até que se exclua influenza

Pacientes com risco alto de complicações → idade < 5 anos ou ≥ 60


anos; comorbidades, como hipertensão, doenças
Internação em enfermaria
cardiovasculares, diabetes e câncer, por exemplo; imunossupressão;
tuberculose pulmonar; puérperas ou gestantes; obesos

Quando não há melhora da SatO2 após oxigenoterapia;


Internação em Unidade de Terapia Intensiva hipotensão; alterações na perfusão capilar; alteração do
nível de consciência; oligúria.

Legenda: SRAG – síndrome respiratória aguda grave


Fonte: Adaptado de CARLOTTI et al., 2020
Durante a internação hospitalar

Parturientes
Clampeamento oportuno do cordão umbilical.
assintomáticas e sem
contato domiciliar
Contato pele a pele mãe-bebê.
com casos suspeitos
ou confirmados
Aleitamento materno na primeira hora de vida.
de Covid-19

Clampeamento oportuno do cordão umbilical.


Assistência na
sala de parto
Contato pele a pele suspenso.
Parturientes
sintomáticas
O RN pode ser secado com cordão intacto
ou com contato com
O banho não é necessário.
casos suspeitos ou
confirmados
A amamentação deve ser adiada até que todas as medidas de
de Covid-19
prevenção de contaminação tenham sido instaladas,
como troca de máscaras, touca, camisola, lençóis,
banho no leito da parturiente.

Mãe clinicamente
estável Manter o alojamento conjunto
e RN assintomático

Manter as seguintes medidas adicionais:


Distância mínima de 2 metros entre o leito da
Alojamento conjunto mãe e o berço.

Mãe com suspeita Uso de máscara pela mãe


de Covid-19 Higienização das mãos antes e após todo
contato com o RN

Considerar uso de barreiras físicas entre


a mãe e o RN (cortinas ou incubadora)

Manter contato pele a pele se a mãe for assintomática e não tiver


UTI Neonatal contato com caso suspeito ou confirmado nos últimos 14 dias
Manter aleitamento materno
Após a alta hospitalar

Manter aleitamento materno independente da mãe ser assintomática, suspeita ou confirmada para Covid-19.

Lavar as mãos com água e sabão por, no mínimo, 20 segundos antes e


depois de todos os contatos com o RN.

Usar máscara de pano durante o aleitamento, cobrindo


adequadamente boca e nariz.

Evitar falar ou tossir durante a amamentação.

Cuidados para evitar a transmissão do vírus Evitar que o bebê encoste a mão na boca, nariz, olhos e cabelos da mãe.

Trocar a máscara após cada tosse, espirro e a cada amamentação.

Mãe com Covid-19 suspeita ou confirmada: de preferência aos


cuidados após cada mamada, como sono e banho,
por exemplos, devem ser feitos por outra pessoa assintomática.

Recomenda-se o uso de luvas descartáveis durante as trocas de fraldas.

Seguir as recomendações da
“Cartilha para a mulher trabalhadora que amamenta”
Em caso de mães que não desejam amamentar
Limpeza rigorosa da bomba de extração de leite após cada uso
diretamente seu bebê e optem pela extração do
Evitar bicos, mamadeiras ou chucas.
wleite para ser ofertado por outra pessoa
Garantir que a pessoa que vai oferecer o leite saiba fazê-lo,
e que aprenda com um profissional de saúde, de preferência

Legenda: RN – recém-nascido.
Fonte: Adaptado de SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA (2020) e BALBI (2020).
Equipamentos de proteção individual (EPI’s) para profissionais de saúde em contato Com gestantes

RISCO SITUAÇÃO CLÍNICA RECOMENDAÇÃO

Consulta Ambulatorial Nenhuma especial


BAIXO
Paciente > 2 m Distância Precauções padrão de higiene e máscara cirúrgica

Exame Obstétrico
(inclui toque vaginal ).
Capote (paramentação)
Luvas cirúrgicas
INTERMEDIÁRIO Ultrassonografia
Protetor facial ou óculos de proteção.
(inclui usg endovaginal).
Máscara cirúrgica com respirador ou N95 / FFP2
Parto vaginal ou cesárea.

Uso de oxigênio suplementar no


parto: por cateter, máscara facial Capote (paramentação)
ou outros Luvas cirúrgicas
ALTO Protetor facial ou óculos de proteção.
Colapso materno: entubação Máscara cirúrgica com respirador ou N95/FFP
endotraqueal ou ressuscitação (considerar necessidade de filtro HEPA
cardiopulmonar
Paciente Ambulatorial Paciente em Trabalho de Parto Paciente Puerpério

Rotina pré-natal

Espaçar consultas nos trimestres


Manejo em andar para parto
Usar Telemedicina
(ou visitas domiciliares)
Manejo em andar para
cesarianas eletivas/urgências.
Ultrassonografias Gerenciar agenda
Observações:
Rotina Evitar aglomerações
Temperatura de rotina na triagem
Observações: Considerar telemedicina
ou visitas domiciliares.
EPI’s para equipe toda;
Temperatura de todas;
Monitorização fetal contínua;
Sentar distanciadas;
Cesáreas em sala com pressão negativa
Postergar USG desnecessário;
Paciente baixo risco em pré-
natal UBS/ESF
Paciente em
trabalho de parto

Paciente
tem febre?

NÃO SIM
História da Viagem para local pândemico
nos últimos 14 dias
OU
Paciente
tem sintomas Contato Íntimo com pessoa suspeita ou confirmada
respiratórios? com Covid-19

OU
BAIXO DIAGNÓSTICO RECENTE DE COVID19
RISCO NÃO

NÃO SIM

RISCO RISCO
MODERADO ALTO

Isolamento em quarto com pressão negativa

Isolamento em quarto com pressão negativa Enviar swab de COVID19 para PCR RT (a não ser que esteja já confirmado)

PCR RT para COVID19 Parto Vaginal possível

Parto Vaginal possível Indicação facilitada para cesareana e UTI em comprometimento materno e/ou fetal

Máscara cirúrgica ou N95 para o parto N95 ou PAPR para o parto

Parto Cesareana em Sala Cirúrgica comum Cesareana em sala com pressão negativa

Limiar baixo para a indicação de UTI na deterioração clínica materna

Monitorização fetal contínua no parto

Cobrir cânula nasal com máscara se em uso

Analgesia de Parto não está Contraindicada


Evitar clampeamento pele a pele

Discutir com equipe e mãe sobre aleitamento materno


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