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3.

FENÔMENOS EMOCIONAIS

Qualquer pessoa que vai falar em público ou relacionar-se com um


determinado grupo, objetivando sucesso em sua oratória e alcançar resultados
em sua abordagem, precisa identificar, compreender e trabalhar alguns
problemas emocionais, os quais acontecem muitas vezes no campo da mente.

Já parou para pensar se de repente, precisar fazer uma apresentação?


Realizar uma palestra ou pregação? Demonstrar um produto? Substituir um
professor em sala de aula? Apresentar uma proposta de trabalho? Compor uma
equipe de vendas?

Boa parte das pessoas apresentam determinados problemas, aos


quais chamamos de nervosismo quando se deparam com a situação de
falar em público, tais como: mãos geladas, friozinho na barriga, gagueira,
inquietação, transpiração em excesso, tremedeiras, voz tremula ou tic
nervoso (repetição das palavras: né, ok então, viu, e aí, etc.).

É possível controlar estas reações nervosas e fenômenos emocionais,


trabalhando três aspectos mentais disciplinares para proporcionar seu bem-estar
diante do público ouvinte.

Tais aspectos são: Autoestima, autoimagem e autoconfiança.

3.1 AUTOESTIMA

Precisamos desmistificar que autoestima não tem a ver com beleza


externa e nem vaidade, pois, significa a maneira como você se gosta e o valor
que dá a si mesmo.
A autoestima de um comunicador conta muito na sua apresentação, e
causa impacto nas pessoas para quem se apresenta tornando agradável essa
relação de orador e público ouvinte.

Contudo, tornar-se fácil identificar como está sua autoestima na


quantidade de vezes que você se crítica ou se auto avalia. Vale ressaltar que
uma pessoa pode ser muito bem resolvida em alguma área da vida e sofre baixa
estima nas relações sociais.

Por isso, algumas decisões precisam ser tomadas pelo próprio orador,
comunicador, vendedor, apresentador, pregador, sobre si mesmo:

● Mude o pensamento acerca de si. Mude a forma como pensa de si


mesmo e elimine da sua vida as seguintes palavras: não posso; não tenho; não
consigo.

Para que sua autoestima não seja prejudicada, tais palavras precisam ser
eliminadas da sua vida, tendo em vista alcançar seus objetivos ao falar em
público.

● A segunda decisão a ser tomada é mudar a postura corporal. É


importante saber que, pesquisadores da neurociência comprovaram que aquilo
cérebro pensa, o corpo responde. Portanto, também se chegou à conclusão que,
este conceito pode ser usado no caminho inverso, porque conforme corpo se
posiciona, o cérebro responde.

Use o corpo ao seu próprio favor enquanto estiver se apresentando ao


público, portando-se com estilo, elegância e congruência.

● Em terceiro lugar, seja seletivo em relação às suas amizades e


relações pessoais. Não aceite conviver com gente negativa, que só te joga para
baixo e nunca te diz uma palavra de estímulo.

Saia de perto das pessoas que só colocam defeito ou obstáculos em suas


decisões. Um exemplo claro disto é a referência bíblica de I Samuel 17, quando
Davi recebeu as palavras negativas do seu irmão Eliabe, e decidiu sair de
perto dele, segundo o versículo 30.

O patriarca Abraão rompeu a sociedade com o sobrinho Ló para evitar


mais contenda entre eles, segundo o texto bíblico de Gênesis 13.

Veja mais alguns cuidados em relação a sua autoestima:

👉 É preciso ter a consciência que falar a um público específico é


uma tarefa privilegiada. Você está ali para contribuir de alguma forma no
crescimento das pessoas, pois, elas decidiram te ouvir porque acreditam que
você tem algo especial para oferecer.

É preciso perder o medo exagerado de falar em público, compreendendo


que de certa forma é algo natural.

Qualquer pessoa fica desconfortável na sua primeira apresentação, e


provavelmente, com você acontece a mesma coisa. Contudo, não podes permitir
que o medo prevaleça e influencie negativamente a sua oratória.

“Deixe o nervosismo de lado, e assuma o seu privilégio no papel de


orador.”

👉 Evite se comparar a alguém. Quando se compara às pessoas,


coloca em risco a própria autoestima, se inferiorizando na maioria das vezes.
Faça sua apresentação e dê o melhor de si, seja sua melhor versão.

👉 Não espere a aprovação dos outros em tudo. Seja a primeira


pessoa a celebrar cada passo dado em sua apresentação.

👉 Não coloque expectativas acima do normal, nas pessoas ou


ambiente em que irá se apresentar.

Já passei pela experiência surpreendente de chegar em determinado


evento, e o público não ter a quantidade que esperava, devido à mudança do
clima e chuvas torrenciais que impediram as pessoas chegarem ao local. Mesmo
assim, apresentei o meu trabalho com igual motivação que eu teria para um
público maior.

É preciso enxergar a sua beleza interna para superar as suas dificuldades.

Responda a si mesmo as seguintes perguntas:

1. Você gosta de si mesmo e do seu jeito de ser?

2. Quais as qualidades que você admira em sua personalidade? Cite três


delas:

3. Em quais áreas você precisa melhorar?

Cite pelo menos duas:

3.2 AUTOIMAGEM

Diferente da autoestima, a autoimagem refere-se ao modo como nos


vemos. Embora, seja complexo para algumas pessoas que já trazem nas suas
estruturas a influência externa da própria imagem biológica ou comportamental.

Quando uma pessoa afirma que a outra é teimosa igual ao pai ou quieto
demais igualmente à tia fulana, é chato como sua avó ou tem o nariz e boca
semelhantes ao ciclano ou beltrano, isso acaba influenciando positiva ou
negativamente em seu comportamento.

Lembrando que, é preciso filtrar e não ignorar a opinião dos outros ao seu
respeito, mas, trabalhar isto usando em seu próprio benefício ou transformando
a imagem negativa em algo positivo.

EXEMPLO: Ao se apresentar em público ou realizar uma venda fazendo


uma abordagem ao cliente, use sua teimosia como uma ferramenta a seu favor
transformando-a em persistência, ou, quando alguém lhe disser és medroso,
transforme esse medo em cautela para algumas decisões.

A maneira como você se enxerga é de fundamental importância, pois,


segundo a psicologia, a definição disto é a construção de si mesmo.

Responda a si mesmo as seguintes perguntas:

1. Como você se descreve para alguém que não lhe conhece


pessoalmente?

2. O que você mais gosta acerca de si mesmo?

3. Qual o elogio você mais recebe das pessoas a seu respeito?

3.3 AUTOCONFIANÇA

Esta deve ser, uma ferramenta indispensável para o exercício de suas


atividades, seja numa apresentação, discurso ou venda de um produto.

Embora, ela tenha relação com a autoestima, pois, quando uma pessoa
que não tem habilidade numa área, mas é bem-humorada, isso desperta sua
autoconfiança em fazer o que precisa ser feito com a consciência do domínio do
assunto que vai apresentar.

Procure ter mais confiança em si mesmo e no conteúdo que irá transmitir.

Responda a si mesmo as seguintes perguntas:

1. O que você mais gosta de fazer como atividade externa?

2. O que mais te anima?


3. Qual sua maior dificuldade nas ocupações do cotidiano?

OBSERVAÇÃO: Enterre os traumas do passado, pois, impedem o seu


crescimento enquanto pessoa.

A correlação destas três ferramentas e a busca de melhorá-las deve


ser da seguinte forma: foque nas suas qualidades, exija menos de si
mesmo quando não tem o que mudar, celebre as pequenas conquistas,
mas aproveite o máximo das oportunidades que a vida proporcionar
naquilo que lhe faz crescer e avançar.

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