Você está na página 1de 7

Cálculos expansão adiabática

Densidade da solução com corante usada no manômetro: 0,995 g/mL

Densidade do mercúrio: 13,65 g/mL

Dados h1 (cm de h3 (cm de


solução) solução)
Experimento 1 33,0±0,1 8,7±0,1
Experimento 2 32,5±0,1 9,9±0,1
Experimento 3 33,6±0,1 12,6±0,1

Experimento 1

P 1=P 2+ ρ . g . h 1

0,995.330 P 3=P 2+ ρ . g . h 3
P 1=688,2+
13,65
0,995.87
P 3=688,2+
P 1=688,2+24,05494505 13,65

P 1=712,3 mmHg P 3=688,2+6,341758242

P 3=694,5 mmHg

Experimento 2

P 1=P 2+ ρ . g . h 1

0,995.325 P 3=P 2+ ρ . g . h 3
P 1=688,2+
13,65
0,995.99
P 3=688,2+
P 1=688,2+23,69047619 13,65

P 1=711,9 mmHg P 3=688,2+7,216483516

P 3=695,4 mmHg

Experimento 3

P 1=P 2+ ρ . g . h 1

0,995.336 P 3=P 2+ ρ . g . h 3
P 1=688,2+
13,65
0,995.126
P 3=688,2+
P 1=688,2+24,49230769 13,65

P 1=712,7 mmHg P 3=688,2+9,184615385

P 3=697,4 mmHg
Cálculo do ɣ

Experimento 1

lnP 1−lnP 2
ɣ=
lnP 1−lnP 3

6,56850−6,53408
ɣ=
6,56850−6,54319

0,03442
ɣ= ɣ=1,360
0,02531

Experimento 2

lnP 1−lnP 2
ɣ=
lnP 1−lnP 3

6,56792−6,53433
ɣ=
6,56792−6,54451

0,03359
ɣ= ɣ=1,435
0,02341

Experimento 3

lnP 1−lnP 2
ɣ=
lnP 1−lnP 3

6,56906−6,53408
ɣ=
6,56906−6,54736

0,03498
ɣ= ɣ=1,61198
0,02170
Erros

Experimento 1, 2 e 3 erro para P1 e P3

∂P2 vem do próprio equipamento e vale 0,1 mmHg

0,955. ∂ h 1 0,955. ∂ h 3
∂ P 1=∂ P2+ ∂ P 3=∂ P 2+
13,59 13,59

0,955.1 0,955.1
∂ P 1=0,1+ ∂ P 3=0,1+
13,59 13,59

∂ P 1=0,1+0,073215599 ∂ P 3=0,1+0,073215599

∂ P 1=0,2 ∂ P 3=0,2

Erro para ɣ do experimento 1

∂P1 ∂ P2 ∂P1 ∂ P3
∂ ɣ=
( [
P1
+
P2 ) ( lnP 1−lnP 3 ) + (
P1
+
P3 )
(lnP 1−lnP 2 ) ]

( ln P 1−lnP 3)2

0,2 0,1 0,2 0,2


∂ ɣ=
( 712,3 688,2 )
[ + ( 6,5685−6,5432 ) +(
712,3 694,5 )
+ ( 6,5685−6,5341 ) ]

(6,5685−6,5432)2

0,00001078+0,000019565
∂ ɣ=
0,00064009

∂ ɣ=0,0474

Erro para ɣ do experimento 2

∂P1 ∂ P2 ∂P1 ∂ P3
∂ ɣ=
( [
P1
+
P2 )
( lnP 1−lnP 3 ) + (
P1
+
P3 )
(lnP 1−lnP 2 ) ]

( ln P 1−lnP 3)2

0,2 0,1 0,2 0,2


∂ ɣ=
( 711,9 688,2 )
[ + ( 6,5679−6,5445 )+ (
711,9 695,4 )
+ ( 6,5679−6,5341 ) ]

(6,5679−6,5445)2
0,0000009974+ 0,000019216
∂ ɣ=
0,00054756

∂ ɣ=0,0533

Erro para ɣ do experimento 3

∂P1 ∂ P2 ∂P1 ∂ P3
∂ ɣ=
( [
P1
+
P2 ) ( lnP 1−lnP 3 ) + (
P1
+
P3 )
(lnP 1−lnP 2 ) ]

( ln P 1−lnP 3)2

0,2 0,1 0,2 0,2


∂ ɣ=
( 712,7 688,2 )
[ + ( 6,5691−6,5474 )+ (
712,7 697,4 )
+ ( 6,5691−6,5341 ) ]

( 6,5691−6,5474)2

0,0000009252+0,000019859
∂ ɣ=
0,00047089

∂ ɣ=0,0441

Erros quanto ao valor da literatura

Erro Experimento 1

Erro absoluto Erro relativo

Erro=1,36−1,40=−0,04 (1,36−1,40)
Erro ( % ) = .100
1,40

Erro ( % ) =−2,86 %

Erro Experimento 2

Erro absoluto Erro relativo

Erro=1,435−1,40=0,035 (1,435−1,40)
Erro ( % ) = .100
1,40

Erro ( % ) =2,5 %

Erro experimento 3

Erro absoluto Erro relativo

Erro=1,61−1,40=0,21 (1,61−1,40)
Er ro ( % )= .100
1,40

Erro ( % ) =15 %
Análise dos resultados

Como já era previsto, ao usar a bomba manual com todas as válvulas


fechadas a pressão dentro do recipiente que continha o gás aumentou, como é
claramente observado através de um manômetro simples que continha um
líquido com corante vermelho para facilitar a leitura de diferença de pressões. A
altura da coluna do líquido de densidade fornecida e igual a 0,995 g/cm³ pode
ser convertida para unidades de pressão e adicionada à pressão atmosférica
medida anteriormente no barômetro do laboratório, sendo igual a 688,2 mmHg.
Após retirar e recolocar a rolha que fechava o recipiente há uma queda na
pressão, porém como não foi deixado muito tempo a rolha aberta, a pressão
continua sendo maior que a barométrica. Após medida a diferença de altura
das duas colunas de líquido vermelho e convertida para a mesma unidade do
barômetro, ou seja, mmHg, finaliza-se a fase de coleta de dados e se calculou
o gama pela expressão:

lnP 1−lnP 2
ɣ=
lnP 1−lnP 3

Onde necessitam-se de apenas três parâmetros de entrada, dois deles


obtidos pelo manômetro de um pelo barômetro. Como a literatura nos fornece,
gases com moléculas diatômicas possuem ɣ muito próximo de 1,4 em
condições ideais. Como a definição de ɣ nada mais é que a razão:

Cp
ɣ=
Cv

Fica claro que a capacidade calorífica a pressão constante é maior que a


volume constante. Um valor negativo ou menor que um seria inaceitável para
qualquer experimento para a determinação de gama, uma vez que Cp=Cv+R,
onde R é a constante universal dos gases perfeitos e ela possui um valor
positivo, bem como Cp e Cv. Logo, Cp é necessariamente maior que Cv e
gama deve possuir um valor positivo e maior que um.

Foram obtidos três valores para gama, sendo o primeiro e o segundo


relativamente próximos do valor sugerido pela literatura de 1,4. No entanto, o
terceiro valor apresentou discordância considerável quanto ao da literatura e
quanto aos demais. Isso provavelmente se deve ao mau fechamento de
alguma das válvulas para a execução do procedimento, alterando a pressão no
recipiente. Também é possível que o tempo para a recolocação da rolha não
tenha sido adequado.

Apesar de todos os cuidados, a expansão do experimento não é


rigorosamente adiabática reversível, como é o requisito do uso da fórmula
usada para o cálculo do gama. Não foram tomados maiores cuidados para
evitar a troca de calor entre o gás contido no recipiente e o meio e também
houve um aumento brusco do volume do gás, indicação de processo
irreversível, pois não podemos voltar a condição anterior com mudanças
diferenciais nos parâmetros que definem o estado termodinâmico do gás.

Conclusão

Como todos os dados de entrada para a fórmula são medidos em


instrumentos onde pode haver erros simples de leitura, como o de paralax, é
preciso tomar muito cuidado para alinhar a altura dos olhos perpendicularmente
e no mesmo nível do menisco para executar a leitura correta. Como o
procedimento é prático, a pessoa pode se sentir tentada a executá-lo
rapidamente e gerar esse tipo de erros no processo. Deve-se evitar isso ao
máximo.

Apesar de ser um experimento que não requer aparelhagem sofisticada


ou um procedimento muito detalhista, os resultados obtidos por ele são
incrivelmente próximos dos reais, mesmo com as diversas idealizações
comentadas na análise de resultados. Os resultados obtidos podem até mesmo
estarem mais próximos do coeficiente de expansão adiabática real do que os
erros relativos sugerem, uma vez que para o gás realmente ter ɣ=1,40 ele
precisaria ser totalmente constituído de moléculas diatômicas e foi
implicitamente considerado o ar como sendo como tal (79% N 2 e 21% O2). No
entanto, sabemos que apesar de ser uma boa aproximação, o ar contém outros
gases que não são diatômicos, como o CO 2 ou gases nobres que podem
alterar uma pequena quantidade o valor de 1,40. Portanto, os resultados da
experiência podem até de mesmo ser melhores do que inicialmente parecem.

Você também pode gostar