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MANUAL TÉCNICO

Sistema de
Ar-condicionado
Ônibus e Micro-ônibus

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MANUAL TÉCNICO

Sistema de
Ar-condicionado
Ônibus e Micro-ônibus

MANUAL TÉCNICO - SISTEMA DE AR-CONDICIONADO DE ÔNIBUS E MICRO-ÔNIBUS


ÍNDICE

INTRODUÇÃO 04

PRINCÍPIOS DA REFRIGERAÇÃO
Fontes de calor 05
Estados da matéria 06
Fluidos refrigerantes 06

COMPONENTES DA REFRIGERAÇÃO
Compressor 07
Condensador 09

CONSTRUÇÃO E FUNCIONAMENTO DO AR-CONDICIONADO


Operação do ciclo de refrigeração 10
Tanque de líquido 12
Filtro secador 13
Visor líquido 14
Distribuidor do Refrigerante 15
Válvula de Serviço 15

PROCEDIMENTOS TÉCNICOS
Instalação e remoção do manômetro 17
Procedimento para instalação do manômetro
18
Procedimento para remoção do manômetro 19
Operação da válvula de expansão
20
Evaporador
21
Sensor de temperatura do evaporador do salão
22
Pressostato
22
Verificação do Nível de Refrigerante
23
Teste de Vazamento
24
Vácuo
25
Controlador
27
Setpoint
27
Manutenção Preventiva
30

PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA NOS SERVIÇOS


Cuidados Durante os Serviços
32
Preparações para trabalho em locais altos com relação ao solo
35
Precauções durante trabalhos em locais altos acima do solo
36

PROCEDIMENTOS DE MANUTENCÃO PARA COMPONENTES PRINCIPAIS


Verifique a tensão da correia 6pk
37
Verifique a quantidade de refrigerante
38
Limpeza do filtro de ar
38

DIAGNÓSTICO DE FALHAS
Falha de Resfriamento
41
DIAGNÓSTICO DE FALHAS POR MANÔMENTROS
Funcionamento normal do sistema 44
Presença de umidade no sistema 44
Falta de refrigerante 45
Pouca circulação de refrigerante 46
Excesso de refrigerante ou deficiência de troca de calor 47
Válvula de expansão montada 48
Compressor com compressão deficiente 49

ANOTAÇÕES 51
INTRODUÇÃO

Este manual tem o propósito de fornecer ao técnico informações de


serviço abrangente referente ao sistema de ar-condicionado para ônibus
e micro-ônibus.

Estas instruções foram compiladas para auxiliar o pessoal de


manutenção e abordam características importantes do funcionamento de
um sistema de ar-condicionado e oferece uma visão geral da construção,
operação, funcionamento e manutenção do sistema.

O trabalho regular de manutenção preventiva conforme


especificado no plano de manutenção previne problemas no
equipamento e contribuirá também para minimizar os custos de
operação, aumentando a vida útil do sistema e mantendo seu
desempenho num nível ótimo durante todo o tempo.

4
PRINCÍPIOS DA REFRIGERAÇÃO

Quando falamos em refrigeração a primeira pergunta que temos é:

O que é refrigeração?

É o ato de remover ou transferir o calor de um ambiente para outro.

Mas, o que é Calor?

E uma forma de energia térmica que passa de um corpo com maior


temperatura para outro com menor temperatura, é o resultante da diferença
de temperatura entre dois corpos.

Fontes de Calor

Fontes de Calor são responsáveis pelo aumento de temperatura no interior dos ônibus.

• Radiação: transferência de calor do sol para a terra;


• Condução: transferência de calor através das paredes do ônibus;
• Convecção: transferência de calor através das correntes de ar dentro do ônibus;
• Pessoas: transferência de calor através da transpiração e respiração das pessoas;

• Calor sensível: quando o calor absorvido ou cedido por um material causa uma
mudança de temperatura no mesmo;
• Calor latente: é a energia que causa ou acompanha uma mudança de fase, não
mudando a temperatura da matéria.

5
Estados da matéria

Podemos definir Estado da Matéria como as características de existência de


um corpo sob determinadas condições físicas. Se dissermos que a
substancia água é sólida nas seguintes condições: T = 0,0C e P= 1 atm,
definimos um estado de existência da substância água.

Um corpo pode existir em três estados distintos: Sólido, liquido e gasoso. Com
o fornecimento de energia passaremos pelos estados: sólido, liquido e
gasoso.

Fluidos Refrigerantes

Fluido refrigerante é o fluido que absorve calor de uma substância do


ambiente a ser resfriado.

Para ser adequado como refrigerante de refrigeração, o fluido deve ter


algumas propriedades químicas, físicas e termodinâmicas que o torne
seguro e eficaz.

6
COMPONENTES DE REFRIGERAÇÃO

Compressor

O Compressor é um componente mecânico no sistema de refrigeração


que tem função principal de comprimir o gás refrigerante. Ele é
responsável pela circulação do gás no interior do sistema, podendo ser
considerado o "coração" do ar-condicionado.

Tendo como finalidade comprimir o gás refrigerante que foi succionado na


forma gasosa à baixa pressão do evaporador, liberando-o na forma
gasosa à alta pressão e com alta temperatura, através de pistões,
palhetas ou espiral internos.

Este gás pressurizado é então enviado para o condensador, onde é


arrefecido pelos ventiladores do condensador.

Os compressores são utilizados nos sistemas de refrigeração com duas


finalidades:

• Circular o refrigerante pelo sistema


• Aumentar a pressão de trabalho

7
8
Condensador

O condensador é uma superfície de transmissão de calor responsável pela


troca de calor do refrigerante em estado gasoso que passa em alta
pressão e alta temperatura no seu interior. Esta troca de calor faz com que
o refrigerante gasoso arrefeça e passe para estado liquido condensando o
refrigerante, esta é a razão do seu nome condensador.
O condensador é o responsável por rejeitar o calor absorvido no
evaporador, mais a energia absorvida no trabalho do compressor. Esta
energia é transferida para a atmosfera (mais fria que o gás), O ar
passando através das aletas é o responsável por essa troca de calor
ocasionando o processo de condensação.

9
CONSTRUÇÃO E FUNCIONAMENTO DO AR-CONDICIONADO

Operação do ciclo de refrigeração

1. O compressor descarrega gás refrigerante com alta temperatura e alta pressão


que contém o calor absorvido do evaporador e calor gerado pelo compressor no
golpe de descarga.
2. Esse gás refrigerante flui para o condensador. No condensador o gás refrigerante é
condensado para liquido refrigerante pela liberação de calor através do uso de
ventiladores.
3. O liquido refrigerante flui para o reservatório que armazena esse líquido
4. O liquido refrigerante do reservatório flui através do visor para o super-cooler, no
super-cooler o liquido refrigerante, além disso, é resfriado numa condição
excessiva de refrigeração.
5. O liquido refrigerante do filtro secador é liberado para o evaporador, através da
válvula de expansão mudando a uma baixa temperatura e baixa pressão numa
mistura liquido-gás. Através do calor retirado do ar quente que passa ao redor do
evaporador o liquido é evaporado, todo o liquido vai se transformando em gás
resfriando no evaporador e apenas gás refrigerante volta ao compressor.
6. Quando a válvula solenoide está ligada, o circuito by-pass é aberto, deste modo o
liquido refrigerante do reservatório se evapora e flui para o lado de sucção do
compressor. Isso diminui a quantidade de liquido refrigerante que flui no
evaporador reduzindo a capacidade de refrigeração.

10
11
Tanque de liquido

Os sistemas de refrigeração com válvula de expansão muitas vezes são


equipados com o tanque de liquido, que tem como finalidade armazenar
fluido refrigerante no estado liquido e suportar grandes pressões.
Geralmente, é instalado próximo ao condensador.

A capacidade do sistema é controlada de acordo com a necessidade da


operação dependendo da quantidade de refrigerante que circula pelo
sistema, portanto, o tangue de liquido existe para armazenar o
refrigerante, que não está sendo utilizado em um dado momento da
operação.

O tanque de liquido é equipado com um tubo de entrada, pelo qual recebe


o fluido refrigerante no estado liquido vindo do condensador. No outro lado
o tubo de saída possui um pescador que puxa o fluido e joga em direção a
válvula de expansão.

As funções do tanque de liquido são: separar refugos do fluido refrigerante


no estado gasoso para evitar o envio do mesmo na linha de liquido
durante a operação em regimes reduzidos, receber a eventual sobra do
fluido em estado líquido antes da válvula e armazenar todo liquido
durante paradas para manutenção preventiva e ou corretiva.

A capacidade de refrigeração de uma instalação diminui


significantemente quando o liquido refrigerante contém bolhas de vapor
na entrada da válvula de expansão.

Com o objetivo de prevenir esta situação, o refrigerante deve ou ser


subresfriado ou o vapor de refrigerante restante deve ser separado do
liquido em um tanque de líquido.

12
Filtro Secador

Utilizado para retirar umidade e detritos do sistema. É imprescindível um


filtro secador com peneira para detritos com ajuste adequado de
porosidade, evitando pedaços de mangueira, restos de solda, etc. O filtro
secador deverá ser instalado antes da válvula de expansão.

Se o visor de liquido apresentar constantemente excesso de bolhas ou


variações é muito provável que unidade tenha pouco refrigerante, ou
provavelmente o filtro secador está obstruído.

Se há declínio de pressão através do filtro secador, e o indicador de


umidade mostrar uma condição anormal, o filtro deverá ser trocado.

NOTA: Este declínio de pressão poderá ser facilmente verificado. pois


temperatura de um lado do filtro secador será diferente do outro. Teste
com as mãos.

13
Visor de Líquido

Projetado para visualizar as condições do sistema.

Um visor de liquido é providenciado para permitir que o fluxo de


refrigerante seja verificado. Ele é normalmente instalado na linha de
liquido, diretamente antes do dispositivo da expansão
.
Como regra geral as bolhas de vapor são uma indicação de que há uma
baixa carga de refrigerante no sistema. Entretanto as bolhas de vapor
também podem ser causadas pela perda da pressão nas linhas, pelos
dispositivos de desligamento, pelos filtros, etc.

14
Distribuidor do refrigerante

O distribuidor fica localizado na entrada do evaporador, ele é responsável


por uma distribuição uniforme da mistura de vapor liquido de refrigerante
entre cada circuito do evaporador. A distribuição apropriada de
refrigerante no evaporador é crucial para a correta operação do
evaporador e da válvula de expansão.
A distribuição correta de refrigerante garante que evaporador possa ser
operado com baixo superaquecimento. Isto aumenta a área efetiva para a
evaporação e consequentemente a capacidade de refrigeração.

Válvula de Serviço

As válvulas de serviço
localizadas em cima do
compressor têm a função de
facilitar manutenção no
equipamento.

15
16
PROCEDIMENTOS TÉCNICOS

Instalação e remoção do manômetro

Os manômetros são instrumentos que tem por finalidade medir quaisquer


pressões exercidas por liquido nos gases contidos em recipientes
fechados. São usados para medir pressão de operação do sistema, retirar
ou completar carga de refrigerante fazer vácuo.

Conforme figura abaixo verificamos a válvula manual e conexões para


mangueiras.

Quando as válvulas manuais estão abertas, as conexões das mangueiras


de alta e baixa do sistema estão conectadas com a mangueira central,
assim todas estão conectadas no mesmo ponto.

Quando os manômetros estão fechados, as conexões das mangueiras


para o lado de alta baixa pressão estão isoladas uma das outras, assim
como da mangueira central. Na posição fechado, os manômetros medem
as pressões do sistema. Se ambas as válvulas estão abertas, a pressão
pode fazer com que o gás passe do lado de alta para o lado de baixa
retornando ao compressor. Quando somente o lado de sucção estiver
aberto, é possível adicionar refrigerante na forma de vapor.

17
Procedimento para instalação de manômetro:

A) Remova as tampas das hastes das válvulas de serviço;


B) Remova as tampas das saídas de serviço;
C) Coloque a mangueira azul na válvula de serviço, deixando-a frouxa;
D) Coloque a mangueira amarela do centro do manômetro no tanque de
refrigerante deixando-a frouxa;
E) Coloque a mangueira vermelha na saída de serviço de descarga e
aperte com a mão;
F) Coloque a catraca na haste da válvula de descarga e gire 1/4 de volta
no sentido;
horário. Isto abrirá a saída de serviço e o manômetro mostrará a leitura;
G) Abrir as válvulas manuais do manômetro para purgar ponta de
mangueira azul que está na válvula de serviço de sucção e a mangueira
amarela no tanque de refrigerante;
H) Aperte a conexão da mangueira azul e da mangueira amarela com a
mão;
I) Fechar as válvulas manuais dos manômetros;
J) Girar a haste da válvula de sucção 1/4 no sentido horário.

18
Procedimento para remoção de manômetro:

NOTA: Procure perder o mínimo de óleo possível utilizando os


procedimentos adequadamente Cuidado para utilizar um manômetro
para cada tipo de gás.

A) Curto circuitar o pressostato de baixa;


B) Opere a unidade;
C) Volte a válvula de descarga para modo operação;
D) Abra as manoplas do manômetro;
F) Coloque a haste da válvula de sucção para a posição de troca do
compressor;
G) Estabeleça uma pressão em vácuo e desligue a unidade;
H) Coloque pressão por volta de 3psi;
I) Coloque válvula de serviço de sucção na posição de operação;
J) Retire o manômetro;
L) Coloque as mangueiras na ancora do manômetro;
M) Remova curto do pressostato de baixa;
N) Recoloque as tampas das válvulas;
O) Coloque a unidade em operação;
P) Verifique se há algum vazamento

19
Operação da válvula de expansão

Uma extremidade do tubo equalizador é conectada ao tubo de saída do


evaporador para detectar a pressão da saída do evaporador, e outra
extremidade é conectada à câmara baixa do diafragma na válvula de
expansão. A pressão no tubo equalizador é então aplicada à câmara
baixa.

1- Durante a parada do compressor, a


Pressão Pf do sensor de temperatura e a
pressão Pe do ciclo de refrigeração
estão equilibradas. Neste momento, a
válvula de expansão é fechada pela
força da mola para impedir que o
líquido refrigerante flua para dentro do
compressor.
2- Quando o compressor começa a
sucção a pressão Pe diminui e a válvula
de expansão é pressionada para baixo
pela pressão Pf via o diafragma,
permitindo que o refrigerante flua para
o tubo do evaporador.
3- Se a temperatura no compartimento de
passageiros diminui muito, o sensor de
temperatura é resfriado e a pressão Pf
diminui. A válvula de expansão é então
movimentada para cima pela pressão
Pe e pela força da mola. Como
resultado, a capacidade de
resfriamento diminui. Por outro lado, se a
temperatura no compartimento de
passageiros aumenta, o refrigerante
gasoso no tubo de saída ficará quente.
Isto aumenta a temperatura no sensor

20
de temperatura e a pressão Pf aumenta. Como resultado, a pressão Pf
supera a soma da pressão Pe e da mola de força, abrindo mais a
válvula de expansão. Então mais refrigerante flui para O tubo
evaporador e a capacidade de resfriamento aumenta;
4- Quando a velocidade do compressor aumenta sob as mesmas
condições circundantes, a pressão Pe diminui pelo aumento do volume
de descarga do refrigerante vindo do compressor. A válvula de
expansão é então mais aberta. A válvula bem aberta permite que mais
refrigerante flua para o evaporador, deste modo aumentando a
capacidade de resfriamento.

Evaporador

Depois que o refrigerante liquido é liberado no evaporador, a temperatura


e pressão do refrigerante baixada e um pouco de refrigerante liquido se
transforma em vapor. O refrigerante a baixa temperatura baixa pressão
flui para o evaporador e evapora no tubo, absorvendo calor do
compartimento de passageiros. Como o condensador, este componente
tem uma construção extremamente simples, contudo, tem função mais
importante. O ar de dentro do compartimento de passageiros é forçado
para dentro do evaporador pelo soprador. O ar é então resfriado e
circulado de volta para o compartimento de passageiro para resfriar seu
interior.

21
Sensor de Temperatura do Evaporador Do Salão

O sensor de temperatura do evaporador serve para evitar que o


evaporador se congele. E o do salão para medir temperatura interna do

salão.

Pressostato

O pressostato trabalha em função da


pressão. Ele interrompe o ciclo de
refrigeração se houver uma pressão
indevida.

• Pressostato de Alta Pressão

Este pressostato é utilizado para


prevenir danos ao sistema quando as
pressões atingirem altos níveis. O
pressostato de alta pressão
normalmente é do tipo aberto. Quando
a pressão exceder27,5 kg/cm² um
diafragma empurrará o pino e fechará
o circuito. Com o circuito fechado, a
embreagem magnética do compressor
desliga.

22
Especificações

• Pressostato de Baixa Pressão

A falta do refrigerante R134a causada por vazamento, pode danificar o


compressor. O interruptor de baixa pressão normalmente é do tipo aberto
(em operação). Quando a baixa pressão for menor que a pressão de
operação (0.5 + 0.3 <g/cm2G) o diafragma fechará o circuito, que
interromperá a operação do compressor.

Localização
Está instalado no tubo de sucção.

Especificações

Verificação do Nível de Refrigerante


A carga de refrigerante é muito importante para a eficiência da unidade e
deve fazer parte de uma inspeção mensal.

Procedimento:
A) Instale o manômetro no compressor, sobre as válvulas de serviço.
B) Ligue o ônibus em uma rotação entre 1200 e 1600 rpm, dependendo do
motor em operação.
C) Coloque a unidade para funcionar até que se atinja uma temperatura
entre 18 a 23 graus. O tempo deve ser superior a 15 minutos antes de
verificar a carga.
D) Caso a pressão de descarga esteja abaixo de 180 psi, desligue alguns
ventiladores do condensador ou coloque um papelão para restringir
parcialmente o fluxo de ar no condensador.
Atenção: Cuidado para não desativar o condensador por sobre pressão
E) Verifique o visor de liquido. Deve estar sem bolhas, com uma coloração
clara
NOTA: Caso seja constatada falta de refrigerante, haverá necessidade de

23
procurar o vazamento.

Teste de Vazamento

Procedimento:
A) Conectar manômetro na descarga e sucção do compressor;
B) Verificar se há marca de óleo em algum ponto do equipamento;
C) Carregue o sistema com nitrogênio à pressão de 250 psi;
D) Pegue uma esponja ou pincel com sabão e verifique possíveis
vazamentos;
E) Verifique no manômetro se as pressões estão baixando;
F) Após refazer o teste com o nitrogênio, a medida de vácuo deverá atingir
500 microns;
G) Se o equipamento necessitar de óleo adicional, este deverá ser sugado
através do vácuo pela linha de descarga se o compressor for rotativo e no
cárter do compressor se o mesmo for alternativo;
H) Pode também ser utilizado um detector de vazamento.

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Vácuo

O vácuo se refere ausência de ar (pressão), consequentemente da


umidade de um determinado espaço.

Para perfeito funcionamento do ar-condicionado, no seu interior deverá


conter somente o gás refrigerante e o óleo do compressor que
acompanha o gás. Em uma manutenção não poderá deixar como
resíduos umidade gases não condensáveis dentro do sistema. O
nitrogênio e o oxigênio do ar são gases não condensáveis, com o circuito
em operação o nitrogênio permanece no condensador, provocando
aumento de pressão adicional.

O ar contém vapor d’água, por esse motivo, antes de aplicar a carga de


gás em uma unidade refrigerante, deverá ser processada a evacuação do
sistema.

Os líquidos que podem estar presentes no circuito de refrigeração deverão


ser convertidos em vapor pela quebra de pressão no sistema. Isto é
conseguido através de uma máquina denominada bomba de vácuo. Os
gases (refrigerantes, umidade ou não condensáveis), tenderão a migrar
para o ponto de baixa pressão criado pela bomba.

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Procedimento de Vácuo:

A) Remover o refrigerante usando um sistema de recuperação;


B) Conectar as mangueiras no compressor. Energizar a válvula da linha de
líquido que está situado no evaporador (Quando houver Ex.: Defroster);
C) Conectar a mangueira amarela de entrada do manômetro na bomba
de vácuo;
D) Acionar a bomba de vácuo e abrir as válvulas de serviço do compressor
e do manômetro e fazer vácuo até 500 microns;
E) Fechar as válvulas de serviço do manômetro antes de desligar a
bomba de vácuo;
F) Desligar a bomba e verificar se o vácuo se mantém por alguns minutos.
Esta operação é para verificar se não há vazamento no sistema.

Procedimento de Quebra de Vácuo:

O processo de quebra de vácuo ajuda na remoção da umidade no interior


do sistema acelerando um pouco o tempo da realização do vácuo. Deve
ser realizado com Nitrogênio seco.

G) Desconectar a mangueira amarela de entrada do manômetro da


bomba de vácuo e conectar no cilindro de nitrogênio;
H) Abrir o regulador do nitrogênio e purgar a mangueira amarela para
retirar o ar com possível umidade que está dentro da mangueira;
I) Abrir a válvula do manômetro de alta pressão. deixando entrar uma
pressão de nitrogênio dentro do sistema. Acompanhar a pressão do
nitrogênio preenchendo todo o sistema assim que o manômetro de baixa
começar a marcar pressão;
J) Fechar a válvula do manômetro de alta pressão e o regulador do
nitrogênio;
K) Desconectar a mangueira amarela do cilindro de nitrogênio;
L) Abrir a válvula do manômetro de baixa pressão e deixar o nitrogênio sair
todo do sistema;
M) Volte a executar os procedimentos C), D), E) e F).

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Controlador

O controlador eletrônico de ar-condicionado é um equipamento


microprocessado destinado a controlar e supervisionar um sistema de ar-
condicionado. Atua sobre os ventiladores, convectores e o compressor
para obter o nível de temperatura
desejado no interior do veículo. Recebe informações de temperatura e
habilitação do sistema.
A B
CONTROLADOR DE
TEMPERATURA (TECLAS)
A Liga/Desliga
B Ventilação, Auto, 1, 2
C Incremento
D Decremento C D E
E Renovação de ar

O Painel de Controle, instalado no painel do motorista é composto de um


teclado para programação operacional do sistema de ar-condicionado, e
de um display numérico para visualização de parâmetros e status de
operação.

O display indica inicialmente a versão de software e após a temperatura


no interior do veículo. Também se utiliza para que o operador possa
visualizar o valor de setpoint, falhas do sistema, assim como os
parâmetros.

Setpoint

A temperatura desejada no interior do veículo é chamada de setpoint.

27
Para ajustar a temperatura de setpoint utilize ou .

Os valores mínimos e máximos da temperatura de setpoint podem ser


definidos através dos parâmetros de programação P5 e P4
respectivamente.
A - Ao dar a partida no motor do veículo, O display irá acender; mostrando
a temperatura de ambiente, no interior do veículo; ao pressionar uma vez

o sistema irá ligar e o seu led correspondente irá acender. Led piscante
embreagem desacoplada.

B - Seleciona o modo de ventilação, comutando em cada clique da


seguinte forma:
AUTOMÁTICO – VELOCIDADE 1 – VELOCIDADE 2. Sendo indicada por seus

leds acima.

C e D - Pressione estas teclas para diminuir ou aumentar a


temperatura desejada - set point -. A referência dar-se-á em relação a
temperatura do ambiente; selecionando abaixo, liga o ar-condicionado e
selecionando acima, liga o aquecimento (quando houver).
E - Ao pressionar, a renovação abrirá por 3min, e fechará
automaticamente. O sistema de renovação é automático, abrindo e
fechando por períodos já pré-determinados.

Falhas
O controlador de temperatura, possui um sistema de auto diagnóstico,
onde indica falhas (se houver) através do display. Abaixo a tabela de
falhas e suas descrições:

FALHA DESCRIÇÃO
HÁ Falha de pressão
OP Sensor de temperatura
aberto
SC Sensor de temperatura em
curto
AL Falha de alternador

28
Os interruptores de alta e baixa pressão do compressor e o termostato da
serpentina do evaporador são monitorados em série e não são
identificados individualmente. Em caso de falha neste sinal, o display
apresentará HÁ e o compressor e os condensadores serão desligados. O
sistema aguarda um período de 30s para tentar o religamento das saídas.
No caso de falha com o sensor de temperatura interna, o painel
apresentará OP se estiver aberto e SC se estiver em curto-circuito.
O painel também possui uma entrada de monitoramento do alternador,
que pode ser ativado ou desativado pelo parâmetro PP. Se este
monitoramento estiver habilitado e ocorrer falha no alternador, o painel
apresentará AL.

29
Manutenção Preventiva

30
31
PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA NOS SERVIÇOS

• Certifique-se de ler estas "Precauções de Segurança nos Serviços"


antes de efetuar as verificações e a manutenção.
• As descrições são identificadas com "ALERTA" e "CUIDADO". Os
"ALERTA" cobrem os manuseios impróprios que possam provocar um
grave acidente durante realização da verificação e da manutenção.
Entretanto, esteja atento ao fato de que alguns itens explicados em
"CUIDADO" podem provocar um acidente muito grave.
• Certifique-se de seguir risca estas regras de segurança.

Cuidados Durante os Serviços


Refira-se ao seguinte:

32
33
34
Preparações para trabalho em locais altos com relação ao solo

• Para assegurar a segurança nos trabalhos em locais altos com relação


ao solo, observe as seguintes precauções antes do início do trabalho:

35
Precauções durante trabalhos em locais altos acima do solo

• Observe atentamente as precauções listadas abaixo durante os


trabalhos em locais altos acima do solo.

36
PROCEDIMENTOS DE MANUTENCÃO PARA COMPONENTES PRINCIPAIS

Verifique a tensão da correia 6pk

Se a CORREIA 6PK patina, as correias vão desgastar muito rápido.


Verifique as condições do tensionador de correia localizado à frente do
motor junto ao compressor.

Se as conexões dos tubos


estiverem sujas de óleo, é sinal de vazamento do gás refrigerante. Faça
uma verificação utilizando o detector de vazamentos de gás e reaperte
quaisquer conexões frouxas.

NOTA

• Contato da assistência técnica autorizada Denso para realizar a


inspeção e reparo;
• Substituir os O'rings e os isolantes das conexões.

37
Verifique a quantidade de refrigerante

Ajuste o mostrador de controle de


temperatura do compartimento de
passageiros para o lado de resfriamento
máximo e o botão da ventoinha para a
posição "HI". Então verifique o visor na parte
de trás do condensador.

Se não aparecem bolhas no refrigerante no


visor, então a quantidade é suficiente.

Se o refrigerante é insuficiente, entre em


contato com o serviço autorizado ou
representante DENSO mais próximo para
recarregar o refrigerante.

CUIDADO!

Como gás em alta pressão é necessário


para recarregar o refrigerante, não opere a
menos que seja autorizado.

Limpeza do filtro de ar

• Remova a porta de serviço provida na


parte de dentro do teto da carroceria do
ônibus;
• Puxe o filtro de ar para fora do ônibus e
verifique;
• Se necessário, lave o filtro com ar
comprimido ou água morna e
detergente neutro. Lave novamente com
água pura.

CUIDADO
Não use detergentes orgânicos (tricloro etileno gasolina, thinner, etc.)
- Reinstale o filtro de ar.

38
39
40
DIAGNÓSTICO DE FALHAS

Falha de Resfriamento

1. Lista de Falha de Resfriamento

41
42
43
DIAGNÓSTICO DE FALHAS POR MANÔMENTROS

Funcionamento normal do sistema

Para verificação das pressões normais


de funcionamento, as seguintes
condições deverão ser obedecidas:
- Temperatura do ar de entrada = 30
a 35C;
- Rotação do motor =1500 rpm;
- Portas e vidros fechados;
- Ventilação ajustado em (HI);
- Temperatura selecionada em
máximo frio 18C;
- Recírculo na posição aberto;

As pressões indicadas nos


manômetros deverão ser:
- Baixa pressão (Sucção)= 19 a 42 psi;
- Alta pressão (Descarga)= 170 a 250
psi.

Presença de umidade no sistema

Condição:
Periodicamente resfria e as vezes.com deficiência
Anormalidade:
- Resfriamento intermitente
- Perda de eficiência com o aumento de temperatura externa.
- Pressão de sucção se apresenta as vezes em vácuo.
Causa:
Presença de umidade no sistema, congelando no orifício da válvula de
expansão, interrompendo temporariamente o ciclo e voltando a funcionar
após o degelo.
Diagnóstico:
Saturação do filtro secador por:
- Vácuo insuficiente

44
- Vazamento por alguma conexão.

Solução:
- Substituir o filtro secador
- Remover a umidade do sistema através de vácuo
adequado.
- Carregar o sistema com nova carga de refrigerante

Falta de refrigerante

Condição:
Ar-condicionado não resfria ou tem baixa eficiência.
Anormalidade:
- Pouca ou nenhuma refrigeração
- Pressões tanto de baixa quanto de alta, muito baixas.
- Visor de líquido com presença de bolhas.
- Compressor com aquecimento excessivo.
Causa:
Vazamento de gás refrigerante por alguma conexão ou componente
Diagnóstico
- Falta de refrigerante
- Vazamento de refrigerante
Solução:
- Localizar o vazamento através de detector eletrônico de vazamento,
reparar, verificar através dos manômetros a perda de vácuo para
certificação do reparo e carregar o sistema com nova carga de gás.

45
Pouca circulação de refrigerante

Condição:
Deficiência de refrigeração.

Anormalidade:
- Resfriamento deficiente;
- Pressões tanto de baixa quanto de alta muito baixas as vezes em vácuo;
- Formação de gelo nos tubos da válvula de expansão e filtro;
- Compressor com aquecimento excessivo;

Causa:
Fluxo de refrigerante obstruído por sujeira, saturação do filtro ou obstrução
da válvula de expansão por quebra do capilar do bulbo sensor.
Diagnóstico:
- Filtro secador saturado ou entupido
- Válvula de expansão obstruída
Solução:
Trocar o filtro secador e ou proceder a desobstrução da válvula de
expansão limpando-a com nitrogênio colocando em funcionamento
novamente, se persistir o problema substitua a válvula e realize novo
vácuo e carga de gás.

46
Excesso de refrigerante ou deficiência de troca de calor

Condição:
Não refrigera suficientemente

Anormalidade:
- Pressões tanto de baixa quanto
de alta muito altas;
- Não resfria suficientemente;
- Bolhas não são vistas no visor,
somente em marcha lenta;
- Linha de baixa pressão
apresenta-se quente.

Causa:
- Excesso de refrigerante no sistema;
- Troca de calor insuficiente no condensador.

Diagnóstico:
- Excesso de refrigerante no sistema;
- Condensador com as aletas obstruídas por sujeira;
- Eletroventilador do condensador inoperante.

Solução:
- Proceder a limpeza do condensador
- Checar funcionamento do eletroventilador
- Se ambos estiverem normais checar a quantidade
de refrigerante.

PRESENÇA DE AR NO SISTEMA

Condição:
Não refrigera suficientemente.

Anormalidade:
- Não refrigera suficientemente;
- Bolhas são vistas no visor;
- Pressões tanto de baixa quanto de

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alta muito altas;
- Temperatura elevada na linha de baixa pressão.

Causas:
Entrada de ar no sistema.

Diagnóstico:
- Vácuo inadequado durante reparo
- Filtro secador saturado

Solução:
- Substituir o filtro secador
- Proceder o vácuo e nova carga de refrigerante

Válvula de expansão montada

Condição:
Não refrigera (Refrigeração intermitente em alguns
casos).

Anormalidade:
- Resfriamento insuficiente;
- Pressão tanto de baixa quanto de alta muito altas;
- Congelamento na tubulação de baixa pressão;
- Aquecimento excessivo do compressor.

Causa:

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- Instalação incorreta da válvula de expansão ou bulbo sensor;
- Válvula de expansão não controla adequadamente o fluxo;
- Defeito na válvula de expansão.

Diagnóstico:
- Excesso de refrigerante nos tubos de baixa pressão;
- Excesso de abertura da válvula de expansão.

Solução:
- Checar a instalação do bulbo sensor;
- Se o bulbo estiver normal quanto a defeito e instalação, substituir a
válvula;
- Proceder o vácuo e nova carga de refrigerante.

Compressor com compressão deficiente

Condição:
Não refrigera.

Anormalidade:
- Equalização das pressões;
- Pressão alta na linha de baixa pressão;
- Pressão baixa na linha de alta pressão.

Causa:
Transferência de pressões entre as câmaras de alta e baixa pressão.

Diagnóstico:

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- Placas de válvulas quebradas;
- Partículas metálicas sob as placas de válvulas.

Solução:
- Substituir o compressor;
- Limpeza do sistema com nitrogênio;
- Troca do filtro secador.

Proceder o vácuo e nova carga de gás.

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ANOTAÇÕES:

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