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Luís de Camões

Luís Vaz de Camões (1524-1580) é considerado maior poeta português.

Poeta português, filho de Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá e Macedo,


Luís Vaz de Camões terá nascido por volta de 1524/1525, não se sabe
exatamente onde, e morreu a 10 de junho de 1580, em Lisboa. Pensa-se que
estudou Literatura e Filosofia em Coimbra.Tudo indica que pertencia à
pequena nobreza.
Em 1547, parte para Ceuta (Marrocos), alistado como soldado, onde, em
escaramuças com os mouros, fica cego do olho direito.
Em 1550, retorna à corte. Exímio espadachim, envolvia-se sempre em
conflitos, pelo que recebeu a alcunha de Trinca-Fortes.
Em 1552, numa briga, fere um funcionário do Rei, pelo que é preso na Cadeia
do Tronco onde permanece até Março de 1553. Após ter sido perdoado pelo
ferido, o poeta é libertado e pede ao Rei o seu perdão e parte para a Índia, ao
serviço do Rei, e para se libertar da vida lisboeta, que o não contentava
Em 1555 esteve em Goa , onde tomou parte em várias expedições militares.
Em 1556 partiu para Macau, onde continuou os seus escritos. Viveu numa
gruta, hoje com o seu nome, e aí terá escrito boa parte d'Os Lusíadas.
Acusado de irregularidades, voltou para Goa, naufragou durante viagem na
foz do Rio Mecom, mas salvou-se, nadando com um braço e erguendo com o
outro, acima das vagas, o manuscrito da imortal epopeia, facto documentado
no Canto X, 128. Nesse naufrágio viu morrer a sua "Dinamene", rapariga
chinesa que se lhe tinha afeiçoado.
Em setembro de 1560 chegou a Goa, onde acabou novamente preso por
dívidas. Lá travou relações com pessoas poderosas, como o Vice-Rei dom
Francisco Coutinho, a quem suplicou em versos que o livrasse da prisão.
À roda de 1568, decerto em busca de melhor sorte, vai para Moçambique,
onde Diogo do Couto o encontra, vivendo pobremente. Couto e os amigos do
poeta, pagam-lhe as dívidas e a viagem, e com ele seguem para o Reino,
chegando a Cascais em 1570. Depois de 16 anos, estava de volta à sua
pátria.
Prepara, então, a publicação de Os Lusíadas, poema épico dedicado ao Rei
D.Sebastião que lhe concede uma tença anual de 15000 reais brancos, que
nem sempre lhe foi paga com regularidade.. Em 1572, publica seu poema Os
Lusíadas. Que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal.
Para além desta obra, Camões é autor de uma vasta obra lírica que foi
escrevendo ao longo da sua vida e de que ressaltam os sonetos, as canções e
as redondilhas.
Anos mais tarde, Portugal é derrotado na Batalha de Alcácer-Quibir, onde
ocorre o desaparecimento do rei D. Sebastião, e consequentemente Portugal
perde a sua independência para a Espanha. Estes factores vão fragilizar Luís
de Camões, que chega mesmo a adoecer. Camões faleceu no dia 10 de
Junho de 1580 em estado de pobreza, como testemunhou o seu amigo
Diogo.do Couto.
Os últimos anos de Camões foram amargurados pela doença e pela
miséria.Vivia das esmolas dos amigos.
Um fidalgo letrado seu amigo mandou inscrever-lhe na campa rasa um epitáfio
significativo: "Aqui jaz Luís de Camões, príncipe dos poetas do seu tempo.
Viveu pobre e miseravelmente, e assim morreu." A 10 de junho, comemora-se
o Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas.
Na sua obra Os Lusiadas o poeta propõe-se a cantar e louvar os feitos
heróicos dos navegadores portugueses que navegaram por” mares nunca
antes navegados” , os Guerreiros, que enfrentaram guerras e perigos.

A obra retrata a descoberta do caminho marítimo para a Índia, por Vasco da


Gama. E ao longo da narrativa, o autor descreve episódios da história de
Portugal como Inês de Castro, D. Afonso Henriques, D. Nuno Álvares Pereira,
reis e muitos outros heróis de Portugal. O poema conta histórias sobre as
perigosas viagens marítimas e a descoberta de novas terras, povos e culturas,
elogiando sempre a bravura dos portugueses quando enfrenta mares
desconhecidos em busca dos seus objetivos.

Os Lusíadas é considerado uma das obras mais importantes da literatura


escrita em língua portuguesa. Também é a obra mais relevante de Luís Vaz de Camões.

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