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Cabeça

Anatomia macroscópica III M. epicrânico, M.

/ Pericrânio
M. corrugador do supercílio \ /

Módulo VII – P1 M. orbicular { Parte palpebral;


do olho

M. prócero ,
/
/ Fáscia temporal,
Lâmina superficial

M. abaixador ,
do supercílio
' / M. epicrânico,
M. temporo-
parietal
Llg palpebral ...._
medial

Aula 02/08/2021 – Profº Marcus Luz .-- M. epicrânico,


M. occipito-
frontal,
Ventre occipital

_ - - Articulação
-- lemporo-
mandibular,
Cápsula

Região lateral superficial da face


articular,
Lig. lateral


- '-- - - Glândula parótida

Corresponde a um conjunto de estruturas abaixo M. orbicular _,.


da boca
acessória

do tegumento (espessura variável).


M. zigomático _,....- M buc1nador
maior

M. abaixador do -
lábio inferior

Região modelada por gordura entre fibras musculares, I


I
1
\
\
I 1

preenchendo os espaços da região bucal. I 1 \ í4


/ 1 \
M. risório 1
1
\
\ Músculos da Face
1 \
M. abaixador do
ângulo da boca \
\
\

à Logo abaixo, há os elementos da glândula parótida, do


\
\ M. digástrico, Ventre anterior

ducto parotídeo e a glândula parótida acessória. Obs:


estabelece o nervo que emerge a glândula parótida = nervo .Fig. 141 Músculos da face; Músculos da mastigação;
/ Aponeurose epicrânica

após a remoção parcial das lâminas superficial e


facial). profunda da Fáscia temporal, ou seja, após o afastamento
completo das fáscias massetérica e parotírtea; /
/ M. auricular
superior

vista lateral (60%).

- A proeminência dos ossos dessa área ocorre com a redução /


/ M. epicrãnico,
M. occipitofrontal,
Ventre occipital

da gordura corporal e envelhecimento.

Plano superficial é amplamente inervado: M.

• Região parotídeo-massetérica: ramos do nervo M. zigomático -


menor

facial;
M. orbicular -
da boca
/
M. zlgomático .,,.
maior

• Margem anterior da orelha: nervo .......


' ' M. trapézio

auriculotemporal – distribuindo para a região M. mentual ,,

temporal – (ramo do nervo trigêmeo);


M. abaixador do ângulo da boca/ /
/
M. risório

• Região zigomática: segue do trigêmeo para nervo



zigomático;
• Posterior a parotideomassetérica: inervação pelo Região parotideomassetérica
nervo auricular posterior (ramo do facial) e
Fig. 140 Músculos da face;
vista lateral (60%).

auricular magno (ramo cervical);


• Nuca: nervo occipital maior e menor E

à É a parte posterolateral da região facial; é limitada


superiormente pelo arco zigomático;

Posteriormente pela orelha externa e pela margem anterior


Plano profundo: do músculo esternocleidomastóideo;

• Nervo facial junto a glândula parótida Medialmente pelo ramo da mandíbula;


• Face: nervo trigêmeo
Anteriormente pela margem anterior do músculo masseter;

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Inferiormente pelo ângulo e margem inferior da mandíbula. à O ducto parotídeo segue horizontalmente a partir da
margem anterior da glândula. Na margem anterior do
A região parotideomassetérica inclui: a glândula parótida e músculo masseter, o ducto volta-se medialmente, perfura o
seu ducto, o plexo intraparotídeo do nervo facial (NC VII), a músculo bucinador e entra na cavidade oral através de uma
veia retromandibular, a artéria carótida externa e o músculo pequena abertura em frente ao 2º dente molar maxilar.
masseter.

GLÂNDULA PARÓTIDA

è É a maior de três pares de glândulas salivares.


è É revestida pela cápsula parotídea (fáscia) – cápsula
fascial resistente e inflexível, derivada da lâmina
superficial da fáscia cervical.

Inseridos na substância da glândula parótida, da região


superficial para a profunda, estão o plexo intraparotídeo do
nervo facial (NCVII) e seus ramos, a veia retromandibular e a
artéria carótida externa.

Na fáscia parotídea e na glândula estão os linfonodos


parotídeos.

à Leito parotídeo: área ocupada pela glândula que situa-se à Ramo massetérico do nervo trigêmeo e artéria
anteroinferiormente ao meato acústico externo, onde ela massetérica emergem do plano profundo até ramo da
está inserida entre o ramo da mandíbula e o processo mandíbula ficando superficial.
mastoide (por isso a glândula tem forma irregular).

A glândula parotídea permite o movimento da mandíbula


devido à flexibilidade que o tecido adiposo entre os lobos
confere a ela.

O ápice da glândula parótida situa-se posteriormente ao


ângulo da mandíbula, e sua base relaciona-se com o arco
zigomático.

Arco zigomático: Obs: a dissecção da região


parotideomassetérica deve
ser concluída antes da
dissecção da região
infratemporal e músculos à Ramo da mandíbula: relação com o ventre posterior do
da mastigação ou do trígono digástrico e músculo estilo-hióideo – eixo oblíquo que
carótido do pescoço. acompanha eixo marginal da mandíbula (inervados pelo
Glândula submandibular à encontrada principalmente nervo facial)
durante a dissecção do trígono submandibular do pescoço;
à Margem da glândula parótida (plexo intraparotídeo no
glândulas sublinguais à encontradas ao dissecar o assoalho
interior que emerge no forame estilomastoideo) surgem
da boca.
ramos do facial visivelmente, emitindo ramos para região
temporal, zigomática, bucal, marginal a mandíbula e cervical

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Região temporal
Área lateral do couro cabeludo + tecidos moles mais
profundos sobre a fossa temporal do crânio, superior ao arco
zigomático.

Parte superior do músculo temporal ocupa a fossa temporal.


Esse músculo possui formato de leque e origina-se do
assoalho ósseo e da fáscia temporal. Essa fáscia resistente
recobre o músculo temporal.

As regiões parotideomassetérica e temporal e a fossa


infratemporal incluem a articulação temporomandibular e
os músculos da mastigação que produzem seus movimentos.

Obs: músculo temporal (relação com mastigação) com


artéria e veia temporal

INERVAÇÃO DA REGIÃO TEMPORAL

è Vasos da região temporal são associados a veia


jugular externa (comunica com retro-mandibular) e
artéria carótida externa (superficial: artéria
temporal e profunda: artéria maxilar), além da
artéria occipital para região occipital.

acial (NC VII). A. Os ramos terminais do NC VII originam­se do plexo intraparotídeo na glândula - Gordura de Bichat: artéria e veia facial, além de ramos do


ula sob o revestimento de sua face lateral e geralmente irradiam­se em direção anterior através
ente  relacionado  com  a  glândula  parótida  (e  muitas  vezes  entre  em  contato  com  a  glândula nervo facial para inervar a face (profundo).
u mais de seus ramos inferiores), o NC VII não envia fibras nervosas para a glândula parótida.
músculos  que  representam  os  extremos  da  distribuição  do  NC  VII,  o  occipitofrontal  e  o
- Mais profundo: Fossa temporal e fossa infra-temporal
para demonstrar e memorizar o trajeto geral dos cinco ramos terminais do NC VII até a face e o
reito da cabeça mostrando o nervo auricular magno (C2 e C3), que supre a bainha da glândula (ramo da mandíbula e músculo masseter) → Referência:
da mandíbula, e ramos terminais do nervo facial, que suprem os músculos da expressão facial: B
al da mandíbula; T = temporal; Z = zigomático. arco zigomático.

 face e do couro cabeludo • Acompanha jugular interna e artéria carótida


comum (trajeto descendente) → inferior a
musculatura: nervo hipoglosso + nervo vago +
nervo acessório

Vasos que partem da artéria carótida externa (ascendente


pelo ramo posterior da mandíbula): plano superficial:
INERVAÇÃO DA GLÂNDULA PARÓTIDA E ESTRUTURAS RELACIONADAS
occipital e temporal

è A glândula parótida é inervada pelo nervo
Plano profundo: artéria maxilar → segmento mandibular,
auriculotemporal e pelo nervo auricular magno.
segmento pterigoideo da maxilar e segmento
- Nervo auriculotemporal: ramo do NC V3; segue ptérigopalatina), do segmento pterigóideo surgem ramos
superiormente à glândula parótida com os vasos temporais vão para região temporal (artérias temporais profundas)
superficiais.

- Nervo auricular magno: ramo do plexo cervical formado por


fibras dos espinais C2 e C3; inervam a fáscia parotídea e a
pele sobrejacente.

Fibras nervosas sensitivas seguem até a glândula através


dos nervos auricular magno e auriculotemporal.

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• Nervo mandibular: origina-se do gânglio trigeminal
na fossa média do crânio. Os ramos do NC V3 são os
nervos auriculotemporal, alveolar inferior, lingual e
bucal.
• Nervo e artéria bucal com origem profunda,
protegidos pela gordura da face.

è Ramo do mandibular (nervo misto) do trigêmeo:
Divisão anterior – ramos
• Massetérico;
• Temporal profundo posterior;
• Temporal profundo anterior;
• Pteridóideos;
• Bucal.

Divisão posterior – ramos
• Meníngeo;
• Nervo auriculotemporal (lateral);l
• Narvo alveolar inferior (intermédio) à
ramo: nervo mielo-hióideo;
• Nervo lingual (medial).

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à O nervo auriculotemporal circunda a artéria meníngea Relação do plano superficial e profundo:
média e divide-se em muitos ramos, sendo que o maior deles
segue posteriormente, medial ao colo da mandíbula, e envia
fibras sensitivas para a orelha e a região temporal. Conduz
fibras secretomotoras parassimpáticas pós-ganglionares do
gânglio ótico para a glândula parótida.

à O nervo alveolar inferior entra no forame mandibular e


atravessa o canal mandibular, formando o plexo dental
inferior, que envia ramos para todos os dentes mandibulares
do seu lado. Outro ramo do plexo, o nervo mentual,
atravessa o forame mentual e supre a pele e a túnica mucosa
do lábio inferior, a pele do mento e a gengiva vestibular dos
dentes incisivos mandibulares.

à O nervo lingual situa-se anteriormente ao nervo alveolar


inferior. É sensitivo nos dois terços anteriores da língua, o
assoalho da boca e a gengiva lingual. Entra na boca entre o ü Eixo da mandíbula – projeção da glândula parótida
músculo pterigóideo medial e o ramo da mandíbula, e segue ü Carótida externa com ramo temporal superficial
anteriormente sob o revestimento da mucosa oral, logo ü Jugular externa associada a veia retro-mandibular
inferior ao 3º dente molar. ü Linfonodos protídeos superficiais e profundos
ü Músculo pterigoideo associado a mandíbula na face
à O nervo corda do tímpano, um ramo do NC VII que recebe
medial – segue em direção ao processo pterigoideo
fibras gustativas dos dois terços anteriores da língua, une-se
(peterigoideo lateral)
ao nervo lingual na fossa infratemporal (conexão facial com
ü Face medial: artéria maxilar (no plano mais
o nervo trigêmeo – mandibular em direção a face
profundo) no ponto do psterigoideo, junto com
pterigopalatina). O nervo corda do tímpano também conduz
outros vasos venosos que formam um plexo de
fibras secretomotoras para as glândulas salivares
drenagem
submandibulares e sublinguais.
ü Musculatura da faringe, palato

Obs: anastomose dos ramos do facial formando arcos para ü Mais profundamente há ístimo das faces
regiões temporal e mandibular. ü Cartilagem da tuba auditiva

ü Artéria carótida interna
à O gânglio ótico (parassimpático) está localizado na fossa
infratemporal, logo abaixo do forame oval, medialmente ao Corte coronal da ATM mostra que o disco articular divide a
NC V3 e posteriormente ao músculo pterigóideo medial. cavidade articular em compartimentos superior e inferior.

è Facial inerva: glândula lacrimal, submandibular e Linfonodos cervicais


sublingual, língua (pela corda do tímpano), ramos è Agrupados em cervicais superficiais; acompanha
para inervação da mímica facial (orbital, zigomática, músculo esternocleidomastoideo
oral, bucal, mandibular...) à Podendo afetar o è É, anteriormente, contínuo com as da região
desvio assimétrico para região comprometida e parotideomassetérica, linfonodos parotídeos,
alteração da atividade secretora recebem de diversas regiões da face – orbital, nasal,
oral e bucal) recebe maior parte da linfa e
profundos (acompanha eixo do músculo, porém
inferiormente.
è Jugular interna como referência, sendo o linfonodo
jugulodigástrico e linfonodo jugulo-omo-hióide
(principais).


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• Plexo Pterigóideo drena a região irrigada pela
artéria maxilar através das seguintes veias:

- Veias dos músculos da mastigação, veia
infraorbital, veia esfenopalatina, veias palatinas,
veia bucal, veia meníngea média, veias alveolares
(v. alveolar superior posterior, v. alveolar superior
média, v. alveolar superior anterior e v. alveolar
inferior).

è Projeções do nervo trigêmeo –

Pela abertura do forame oval, ou seja, ramo mandibular:


Projeções para língua (nervo lingual), alveolar inferior
Região lateral profunda da face (mandibular) e milio-hioideo (boca).

Delimitações tuberosidade da maxila, processo pterigoideo, Do segmento paterigo-palatono surge as artérias infra-
arco zigomático (superior) e ramo da mandíbula (lateral) = orbital.
fossa pterigopalatino.
Temporais (mais superficial), bucal, pterigoidea e
è Músculos mediais da precedente alveolar inferior.
mandíbula: pterigoideo
lateral e medial. Nervo maxilar transita na fossa até entrada na maxila
(emergindo no forame infra-orbital). Ao penetrar na maxila
à Vaso principal:
Artéria contribui para formação do nervo alveolar superior
maxilar (ramo mais profundo (anterior, posterior e médio) que convergem para inervar os
da carótida externa)
Base do dentes superiores e lábio superior.

crânio: artéria maxilar forma artéria meníngea média.
Antes da entrada na maxila e mais posterior, projeta para
• Artéria maxilar: maior dos dois ramos terminais da região palatina (inervando o palato) = nervo palatino (maior
artéria carótida externa; origina-se posteriormente e menor) atravessando o forame palatino maior e menor,
ao colo da mandíbula e é dividida em três partes, respectivamente.
com base em sua relação com o musculo
pterigoideo lateral. Além de haver um gânglio pterigopalatino, tendo relação
com o trânsito do nervo maxilar, sendo ponto de conexão.
Na fossa há artéria esfono-palatina e artéria faríngea,
artérias infra-orbital, artérias palatinas e artérias alveolares Gânglio geniculado (nervo facial) percorre e conecta ao
(anterior – mais terminal que parte da infra-orbital e outra gânglio pterigopalatino conectado ao nervo maxilar
posterior sendo mais proximal com origem na maxilar). Além (trigêmeo) na fossa.
de vasos menores como artéria meníngea acessória.
Nervo facial ao gânglio conectado a raiz do gânglio ótico
junto a divisão do trigêmeo que segue em direção a
è Drenagem venosa:

mandíbula (precede nervo lingual a corda do tímpano).
Plexo venoso (plexo pterigoideo), realizando drenagem
bucal e facial para espaço da retro-mandibular ou facial.
Drenagem da região profunda para superficial, importante
em processos infecciosos

• Plexo: venoso pterigoideo está parcialmente


localizado entre os músculos temporal e
pterigoideo.
A maioria das veias que acompanham os ramos da
artéria maxilar drena para esse plexo.

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Aula 09/08/2021 – profº Luz

Trígonos do pescoço e estruturas profundas

Músculos da região anterior do pescoço

è Do plano mediano da região cervical há uma


proeminência chamada de proeminência laríngea –
localiza-se na cartilagem tireoide.
Obs: Sexo feminino essa proeminência é mais tênue
e no sexo masculino é mais volumosa.

O pilar muscular é formado pelo músculo


esternocleidomastóideo, e é visível do lado direito e
esquerdo.


A partir do músculo esternocleidomastóideo há o trígono
cervical posterior.

As regiões cervicais propriamente ditas são divididas em


três: região cervical anterior, lateral e posterior. Os trígonos
são divididos em anterior e posterior.

Obs: região cervical anterior = trígono cervical anterior;

Região cervical lateral = trígono cervical posterior.

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anterior do m. esternocleidomastoideo e a linha
mediana do pescoço.
- No trígono cervical anterior se encontra:
ü Trígono submandibular (delimitado pela
parte inferior da mandíbula e ventres
anterior e posterior do músculo
digástrico);
ü Trígono submentual (limites: hioide;
ventre anterior e posterior do m.
digástrico e linha mediana do pescoço);
ü Trígono muscular (limites: hioide, ventre
Superiormente, o limite do pescoço dá-se pela base da superior do m. omo-hióideo, m.
mandíbula. Seu limite inferior é estabelecido pelo relevo das esternocleidomastóideo e linha mediana
clavículas. Essa porção mais inferior é chamada de raiz do do pescoço);
pescoço. ü Trígono carótico (limites: ventre superior
do m. omo-hióideo, ventre posterior do m.
Entre as clavículas do lado direito e esquerdo há a incisura digástrico, parte mais inferior do m. estilo-
jugular, na margem superior do manúbrio do esterno, hióideo e m. esternocleidomastóideo).
formando uma escavação que está entre os dois pilares
formados pelo músculo esternocleidomastóideo. O principal local de referência é o osso hioide. Tudo que está
localizado acima do hioide é chamado de suprahioide e o
à Acompanhando a glândula submandibular existem que está abaixo é chamado de infrahioide.
linfonodos submandibulares que são palpáveis mesmo
quando não há infecção. O espaço que está acima também é dividido em espaços
menores. Essa divisão se dá pelos ventres do músculo
Todas essas estruturas são recobertas pelo musculo platista, digástrico:
que é muito superficial e delicado, possibilitando a palpação
das estruturas abaixo dele. • Trígono submentual
• Trígono submandibular
Lateralmente, o contorno do pescoço tem como limite a
porção descendente do trapézio, delimitando lateralmente O musculo estilo-hioideo segue do processo estiloide,
e posteriormente a região cervical. insere-se no osso hioide e se fixa, formando um arco, que é
onde transita o músculo digástrico.

Esses músculos estão relacionados à movimentação do osso


hioide e da mandíbula.

O espaço do trigono submentual é ocupado pelos linfonodos


submentuais. Vasos sanguíneos e nervos de pequena
dimensão também atingem essa região.

No trígono submandibular, o que predomina é a glândula


submandibular. Os linfonodos submandibulares
acompanham a glândula submandibular.

Abaixo do plano osso hioide há dois trígonos: o t. muscular


(mais anterior) e o t. cartótico ou carotídeo muscular (lateral,
è O trígono cervical anterior (todo o azul) possui uma mais posterior). Nessa região serão encontrados músculos
serie de divisões que estão relacionadas aos infra-hioides. Essa região é delimitada por um pilar muscula
espaços delimitados pelo ventre de alguns (esternocleidomastóideo).
músculos. Os limites do trígono cervical anterior
são a margem inferior da mandíbula, a margem

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O musculo omo-hioideo apresenta um ventre chamado se H = osso Hioideo
ventre superior e o segundo ventre é chamado de ventre
posterior. T = tireoide

Tr = traqueia
O músculo estilo-hióideo traciona o osso hioideo para cima
ou estabiliza-o.
E = esterno

Estão localizados no trígono muscular: Músculo esterno-


C = clavícula
hioideo; m. esterno-
tireóideos; múculo tireo- M = m. esternocleidomastoideo
hióideo; e, delimitanto o
trígono, o omo-hióideo. P = digástrico posterior
à todos são infra-ióideos
VS = m. omo-hioideo ventre superior e VP = ventre posterior

Obs: musculo omo-hioide, assim como o digástrico, é
digástrico, ou seja, tem dois ventres.

à trígono carótico – nele, transita a artéria carótida comum


e sua bifurcação (na margem da mandíbula), além dos
linfonodos cervicais (superficiais e profundos).

Posteriormente ao m. esternocleidomastóideo há o m.
cervical posterior.

O m. cervical posterior possui como limitação inferior o


trígono omoclavicular. O trígono omoclavicular é delimitado
posteriormente pelo m. omo-hioideo.

Os limites do trigono cervical posterior são a margem


posterior do m. esternocleidomastoideo, a margem anterior
do M. trapézio, a margem superior da clavícula e o occipital.

Compartimentos do pescoço/cervicais

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interespinal; No centro do canal vertebral, temos o
ligamento longitudinal posterior.

Cada grupo muscular, juntamente com elementos de


condução e partes moles estão isolados em compartimentos
distintos. Por exemplo, tenho um compartimento para
traqueia, laringe e tireoide, que não é o mesmo
compartimento para carótida, jugular e nervo vago, que é
diferente do compartimento para os componentes
musculares.
Cada componente é organizado em um compartimento e
isso tem uma grande importância para o acesso cirúrgico e
para a propagação de infecções e neoplasias / metástases
(encontram uma barreira mecânica para a propagação; com
a parede do compartimento).

As lâminas de tecido conjuntivo são representadas como


sendo contínuas. Essas lâminas são fáscias. São elas:

• Lâmina superficial: Lâmina de TC que recobre todas


as estruturas superficialmente;

Está envolvendo o músculo esternocleidomastoide.


OBS: O músculo platisma envolve o músculo
esternocleidomastoide e é superficial à essa lâmina
superficial, pois está inserido no tegumento. A veia jugular
externa (é recoberta pelo platisma) também está acima da
fáscia superficial.

• Lâmina pré-traqueal: Abaixo da lâmina superficial;


Envolve tanto músculo (compartimento muscular)
obs: m. esternocleidomastoideo serve como estrutura de
quanto as partes moles do pescoço
orientação em procedimentos cirúrgicos e, posterior e
(compartimento visceral; traqueia, glândula
inferiormente, há a margem anterior do m. trapézio.
tireóidea, laringe).
• Bainha carotídea: Lateral e mais profunda à lâmina
pré-traqueal; É um compartimento vascular;
Envolve a carótida comum, a veia jugular interna e
nervo vago (feixe neurovascular);
Esse feixe é profundo ao esternocleidomastóideo.
• Lâmina pré-vertebral: Mais profunda de todas;
Isola o compartimento vertebral; Nela, temos o
ligamento longitudinal anterior e o ligamento

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Região lateral do pescoço

No espaço do trígono cervical lateral há projeção do nervo


Músculos da região posterior do pescoço
occipital maior, nervo auricular magno, nervo transverso do
pescoço e, mais inferiormente, os supraclaviculares. à
emergem do plano profundo até a superfície e fazem a
inervação da região lateral do pescoço (ponto nervoso do
pescoço). – inervação da região occiptal, região parotideo-
massetérica, região cervical anterior e lateral e região supra-
clavicular.

è Nervo acessório: inerva a musculatura esquelética.


è Os ramos do nervo facial se ligam ao ventre do
digástrico posterior e estilo-hioideo.

Entre o escaleno anterior e o médio há a estrutura que


representa a região superior do plexo braquial.

Acompanhando o escaleno anterior há o nervo frênico.
Região posterior às margens anteriores do músculo trapézio
Hiato/espaço: destiladeiro torácico – ele passa por baixo da
é a região cervical posterior.
clavícula. É composto por: plexo braquial, artéria subclávia e
O músculo trapézio é grande (e superficial), triangular e veia subclávia. Esses vasos são chamados de subclávios
plano, recobrindo a face posterolateral do pescoço e do devido à relação com a clavícula (na região axilar passam a
tórax. Trapézio = atua como m. cervical, sendo capaz de ser nomeados de axilar).
movimentar o crânio. Além disso, ele fixa o cíngulo do
membro superior ao crânio e à coluna vertebral e ajuda na
sua suspensão.

è A pele da região cervical posterior é inervada em


um padrão segmentar pelos ramos posteriores dos
nervos espinais cervicais que perfuram, mas não
inervam, o m. trapézio.

Músculo levantador da escápula: segue em direção ao


ângulo superior da escápula e a puxa para cima. Anterior a
ele há os músculos escalenos.

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à no plano mais profundo da região cervical: nervo
frênico e nervo vago.

Os nervos cervicais vão constituir uma alça que abraça os


componentes da bainha carotídea, formando a alça cervical.
Vasos linfáticos do pescoço
Primeiro ramo da artéria carótida externa: tireóidea superior
à se encontra no plano profundo do pescoço

Nervos na região cervical anterior


ü Nervo cervical transverso: supre a pele que cobre a
região cervical anterior.
ü Nervo hipoglosso: nervo motor da língua, entra no
trígono submandibular profundamente ao ventre
posterior do músculo digástrico para suprir os
músculos da língua.
Obs: Parte das fibras do nervo hipoglosso vão para
a língua e parte para a região cervical. A maioria dos tecidos superficiais no pescoço é drenada por
ü Ramos do nervo glossofaríngeo (IX) e vago (X): nos vasos linfáticos que entram nos linfonodos cervicais
trígono submandibular e carótico. NC IX à língua e superficiais, situados ao longo do trajeto VJE. A linfa desses
faringe. NC X à origina os ramos faríngeo, laríngeo linfonodos, assim como a linfa de toda a cabeça e pescoço,
e cardíaco. drena para os linfonodos cervicais profundos inferiores.

A maior parte da linfa dos seis a oito linfonodos drena para


o grupo supraclavicular de linfonodos, que acompanham a
artéria cervical transversa.

O principal grupo de linfonodos cervicais profundos forma


uma cadeia ao longo da VJI, principalmente sob o músculo
ECM. Outros linfonodos cervicais profundos incluem os
linfonodos pré-laríngeos, pré-traqueais, paratraqueais e
retrofaríngeos. Os vasos linfáticos eferentes dos linfonodos
cervicais profundos unem-se para formar os troncos
linfáticos jugulares, que geralmente se unem ao ducto
torácico no lado esquerdo e entram na junção das veias
jugular interna e subclávia (ângulo venoso direito)
diretamente ou através de um ducto linfático direito curto à
direita.

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O ducto torácico segue em sentido superior através da Do tronco braquicefálico parte a a. subclávia e vertical a a.
abertura superior do tórax, ao longo da margem esquerda carótida comum. A arteria carótida comum tem dois vasos:
do esôfago. Curva-se lateralmente na raiz do pescoço, a a. carótida interna e a externa. O primeiro ramo da a.
posteriormente à bainha carótica e anteriormente ao tronco carótida externa é a a. tireóidea superior.
simpático e às artérias vertebral e subclávia (Figura 9.52B).
O ducto torácico entra na veia braquiocefálica esquerda na A artéria tireóidea inferior drena a parte inferior da glândula
junção da veia subclávia e VJI (ângulo venoso esquerdo). tireoide.
Quando os troncos linfáticos jugular direito, subclávio e
Nesse ramo há a artéria cervical profunda, a a. dorsal da
broncomediastinal unem-se para formar um ducto linfático
escápula e a a. supraescapular.
direito, ele entra no ângulo venoso direito, do mesmo modo
que o ducto torácico no lado esquerdo (Figura 9.52A).
Muitas vezes, porém, esses troncos linfáticos entram
separados no sistema venoso, na região do ângulo venoso è Artérias na região cervical lateral/ trígono cervical
direito. lateral
1. Ramos laterais do tronco tireocervical;
Linfonodos submandibulares: drenam a linfa da face e da 2. Terceira parte da artéria braquiocefálica;
região oral. 3. Parte da artéria occipital.

Linfonodos submentuais: drenam a linfa da região oral e O tronco cervical origina dois vasos: artéria carótida comum
mentual. e artéria subclávia. A artéria subclávia origina um ramo:
tronco tireocervical. A terceira parte da a. subclávia faz
parte do trígono cervical lateral, assim como os ramos
laterais do tronco tireocervical.

• Tronco braquiocefálico à artéria subclávia à tronco


tireocervical à artéria cervical transversa e artéria
supraescapular (lateralmente).

ü A. supraescpular: segue em sentido inferolateral


através do músculo escaleno anterior e nervo
frênico à passa pela 3ª parte da artéria subclávia e
pelo plexo braquial à passa posteriormente à
clavícula para suprir os músculos na face posterior
da escápula.
Obs: Ela pode originar-se diretamente da a.
subclávia.

ü A. cervical transversa passa pelo m. escaleno
16/08/2021 – profº Marcus Luz anterior e nervo frênico à passa pelo plexo cervical
à se bifurca em ramo superficial (artéria cervical
superficial) e ramo profundo (artéria dorsal da
Continuação
escápula) à cruzam ou atravessam os troncos do
A pele da região cervical posterior é inervada em um padrão plexo braquial, enviando ramos para os vasos dos
segmentar pelos ramos posteriores dos nervos espinais nervos.
cervicais que perfuram, mas não inervam, o músculo • Ramo superficial: passa profundamente
trapézio. (anteriormente) ao musculo trapézio,
acompanhando o nervo acessório.
Irrigação arterial • Artéria dorsal da escápula: pode se originar de
Primeiro vaso que tem origem no arco da aorta é o tronco modo independente da terceira parte da a.
braquiocefálico, que se projeta sobre a clavícula. subclávia. Quando é um ramo da subclávia: segue
lateralmente através dos troncos do plexo braquial,
A artéria carótida comum segue um trajeto retilíneo. anteriormente ao músculo escaleno médio.
Independentemente de sua origem, sua parte distal
Laura Prudente de Moraes Ferreira – TXVII UNILAGO

segue profundamente ao musculo levantador da
escapula e romboide, os suprindo e participando de
anastomoses arteriais ao redor da escápula.

Portanto: artéria dorsal da escápula/ ramo profundo supre


os músculos levantador da escápula e romboide e participa
de anastomoses arteriais ao redor da escápula.

ü A. occipital (ramo da artéria carótida externa) à


entra no ápice da região cervical lateral e ascende
sobre a cabeça à supre a metade posterior do
couro cabeludo.
ü Artéria subclávia à envia sangue para o membro
superior. Sua terceira parte à mais longa e mais
superficial.
è Artérias na região cervical anterior/ trígono
A a. subclávia toca a costela I quando passa
cervical anterior
posteriormente ao musculo escaleno anterior.
1. Sistema carótico de artérias: artéria carótida
Obs: suas pulsações podem ser palpadas por
comum e seus ramos terminais – as artérias
compressão profunda no trígono omoclavicular.
carótidas interna e externa.

Obs: também contém a veia jugular interna e suas


tributárias e as veias jugulares anteriores.

Principais vasos arteriais no trígono carótico = artéria


carótida comum e um de seus ramos: a a. carótida externa.
Os ramos da a. carótida externa também se originam no
trígono carótico.

Cada artéria carótida comum ascende junto na bainha


carótica com a VJI e o nervo vago até o nível da margem
superior da cartilagem tireóidea à as artérias carótidas
comuns terminam se dividindo nas artérias carótidas interna
e externa. à a. carótida interna não emite ramos no pescoço
à a. carótida externa emite vários.

• Artéria carótida comum à a. carótida interna e a. carótida


externa

Obs: A. carótida interna = superior à origem da a. carótida


externa, no nível da margem superior da cartilagem
tireóidea.

Obs2: seio carotídeo/seio carótico = dilatação na porção


terminal da a. carótida comum ou no início da a. carótida
interna.

Artéria carótida interna entra no crânio pelo canal carótico


na parte petrosa do osso temporal à principal artéria do
encéfalo e das estruturas contidas nas órbitas.

Artérias carótidas externar à suprem a maioria das


estruturas externas do crânio.

Laura Prudente de Moraes Ferreira – TXVII UNILAGO



• A. carótida externa segue até o colo da mandíbula à fica Drenagem venosa
entre ele e o lóbulo da orelha à assim, insere-se na glândula
parótida à termina se dividindo em artéria maxilar e artéria
temporal superficial.

§ Antes desses dois ramos terminais, a a. carótida


externa se ramifica em seis ramos:
1. A. faríngea ascendente à ascende sobre a faringe
à envia ramos para a faringe, músculos pré-
vertebrais, orelha média e meninges cranianas;
2. A. occipital à divide-se em vários ramos na parte
posterior do couro cabeludo;
3. A. auricular posterior à ascende em sentido
posterior entre o meato acústico externo e o
processo mastoide à supre os músculos
adjacentes, glândula parótida, nervo facial e
estruturas no temporal, orelha e couro cabeludo.
Geralmente, é o último ramo pré-terminal; As veias braquiocefálicas são simétricas e são formadas pela
4. A. tireóidea superior à segue em sentido junção da subclávia com a jugular interna.
anteroinferior profundamente aos músculos infra-
A veia jugular interna acompanha a artéria carótida comum
hióideos à chega na glândula tireoide à supre a
na bainha carotídea. É um vaso calibroso que está
glândula tireoide (metade superior) à emite ramos
transitando abaixo do músculo esternocleidomastóideo.
(para m. infra-hióideos e ECM) à origina a a.
laríngea superior, que supre a laringe; A jugular interna drena o sangue da circulação encefálica e
5. A. lingual à curva-se superoanteriormente à de partes moles do pescoço (seios da dura-máter)
segue profundamente ao nervo hipoglosso, m.
estilo-hióideo e ventre posterior do digástrico à As veias jugulares interna, externa e anterior vão tributar
emite ramos para parte posterior da língua à se todo o sangue venoso do pescoço na veia braquiocefálica.
bifurca à forma as artérias lingual profunda e
Também na veia braquiocefálica, a veia subclávia vai
sublingual;
tributar o sangue dos membros superiores.
6. A. facial à origina a a. palatina ascendente e uma
A veia braquiocefálica vai tributar o sangue na veia cava
a. tonsilar à segue em sentido superior sob os
superior.
músculos digástrico e estilo-hioideo e o ângulo da
mandíbula à curva-se anteriormente à entra em A drenagem venosa é simétrica.
um sulco profundo na glândula submandibular para
suprí-la à dá origem à a. submentual para o Do lado direito temos uma tributação “exótica” do ducto
assoalho da boca à faz uma volta ao redor do meio linfático direito.
da margem inferior da mandíbula à entra na face.
A drenagem venosa da tireoide é realizada pelas veias
Obs: A. tireóidea superior = vaso recorrente, pois passa a tireóidea superior e tireóidea inferior.
transportar o sangue em sentido oposto ao da artéria de
Temos ainda uma veia tireóidea média e um plexo tireóideo
origem.
ímpar para a drenagem tireóidea.
Drenagem arterial é simétrica, com exceção do tronco
A drenagem venosa profunda do pescoço, principalmente da
braquiocefálico.
região cervical lateral, é realizada pela veia cervical, que
também é tributária da veia subclávia.

Quando a jugular interna atravessa a região cervical, ela


recebe outras tributarias: v. facial (facial comum e facial), v.
lingual, v. tireóidea superior, v. tireóidea média (pode
apresentar variação).

Laura Prudente de Moraes Ferreira – TXVII UNILAGO

A jugular externa é um vaso superficial. Geralmente, ela origem. Um exemplo é o nervo frênico (inerva o diafragma),
percorre o ventre do esternocleidomastóideo que tem origem de C3, C4 e C5.
superficialmente em trajeto obliquo. Drena o sangue da
parte superficial da cabeça (região temporal e occiptal, por Apesar da origem cervical do nervo frênico, ele realiza a
exemplo). inervação, principalmente, do diafragma; sendo assim, tem
um trajeto descendente a partir da região cervical, penetra
A veia retromandibular conecta vasos da região occiptal, na abertura superior da caixa torácica, percorre o
temporal e circulação da face, fazendo uma ponte com a mediastino e inerva o diafragma. Com isso, posso ter uma
jugular externa e a jugular anterior, recebendo vasos da diminuição da atividade muscular do diafragma com uma
região occiptal, temporal e da face. Dessa anastomose há lesão cervical, pois a raiz do nervo é de origem cervical.
uma conexão com a jugular interna.

Estes vasos também tributam na raiz do pescoço, mas não


contribuem para a formação do tronco braquiocefálico.

Inervação do pescoço
Vamos abordar a inervação da região cervical a partir das
raízes nervosas da medula espinal (de C1 a C5).

As raízes C1, C2 e C3, constitui a alça cervical. Essa alça


contorna a bainha carotídea, ou seja, “abraça” o feixe
neurovascular formado pela artéria carótida comum, veia
jugular interna e nervo vago. A alça cervical também está
relacionada à inervação cervical.

A partir da raiz C2, teremos o nervo occipital menor e o


nervo auricular magno. Emergem na margem posterior do
músculo esternocleidomastoide. Inervam a região occipital
(nervo occipital menor) e a região auricular e região
parotídeomassetérica (nervo auricular magno).

O nervo auricular magno (inervação superficial do pescoço)


emerge no ponto chave para a inervação cervical; esse ponto
é chamado de Ponto de Erb** à Esse ponto dá origem ao
Figura  9.14  Plexo  cervical  de  nervos.  A  a  C.  O  plexo  consiste  em  alças  de  nervos  formadas  entre  os  ramos  anteriores
nervo auricular magno (que segue para a região cervical na
adjacentes dos quatro primeiros nervos cervicais e os ramos comunicantes cinzentos receptores do gânglio simpático cervical
superior (não mostrado) (Figura 9.25A). Os nervos motores (B) e sensitivos (C) originam­se das alças do plexo. A alça cervical parte da face) juntamente com outros nervos que realizam a
(A e B) é uma alça de segundo nível, cujo ramo superior origina­se da alça entre as vértebras C I e C II, mas segue inicialmente
com  o  nervo  hipoglosso  (NC  XII),  que  não  faz  parte  do  plexo  cervical.  D.  Áreas  de  pele  supridas  pelos  nervos  sensitivos
(cutâneos) do plexo cervical (derivado de ramos anteriores) e pelos ramos posteriores dos nervos espinais cervicais.
inervação superficial do pescoço como, por exemplo, o
nervo transverso do pescoço (inervação superficial do terço
As raízes C1, C2, C3 e C4 contribuem diretamente para a
médio do pescoço até a região do trígono muscular).
inervação cervical (quase que, exclusivamente, estão
relacionadas com a inervação cervical). Esse segmento A raiz C2 é muito importante para a inervação da região
constitui o plexo cervical (raízes nervosas que formam os cervical com projeções para a base do crânio e para a região
nervos voltados para a inervação cervical). Essas raízes se parotídeomassetérica.
comunicam entre si.
A partir da raiz C3, com projeção para a raiz C4, teremos os
A raiz C5, juntamente com a raiz C6 e inferiores, são aquelas nervos supraclaviculares (se dispõem no espaço do trígono
que constituem o plexo braquial, cujo membro de inervação lateral do pescoço, com uma distribuição lateral, média e
é o membro superior. parte posterior, acompanhando a linha da clavícula em
direção à escápula). Esses nervos realizam a inervação da
Muitas vezes, vamos notar que os nervos estabelecem
raiz do pescoço superficialmente.
conexão com mais de uma raiz e, portanto, tem múltipla

Laura Prudente de Moraes Ferreira – TXVII UNILAGO



OBS: C1 contribui com a formação do nervo hipoglosso. OBS: Os ramos do tronco tireocervical dão origem à artéria
Assim como C5 contribui para o plexo braquial. transversa do pescoço e à artéria tireóidea inferior.

A inervação profunda do pescoço está relacionada com o


nervo glossofaríngeo, que segue o eixo da carótida e projeta
um ramo mais anterior para a musculatura da língua, um
ramo para a faringe, um ramo para a projeção do glomo
carotídeo (corpo carotídeo).

O nervo glossofaríngeo e o nervo vago emergem no mesmo


ponto, que é o forame jugular. Porém o trajeto do nervo
vago é quase retilíneo, acompanhando a carótida até o
segmento comum, pois esse nervo é aquele que integra os
componentes envolvidos na bainha carotídea (feixe
neurovascular).
O nervo vago também está relacionado com a inervação
profunda do pescoço e apresenta uma inervação faríngea (a
partir dos ramos faríngeos) e projeta ainda uma inervação
laríngea (ramos: nervo laríngeo superior e nervo laríngeo-
Os nervos glossofaríngeo, vago e acessório saem em
recorrente).
conjunto.
O nervo acessório emerge no forame jugular e realiza a
Nervo hipoglosso à atravessa o canal do hipoglosso.
inervação dos músculos do pescoço
(esternocleidomastóideo e fibras superiores do trapézio). Eles formam um eixo qulosso e acompanha a carótida
interna.
É uma inervação acessória à inervação espinal.
Atravessando o canal do nervo hipoglosso, temos o nervo O hipoglosso contorna a bifurcação da carótida interna e
hipoglosso. Esse nervo tem relação com a carótida externa externa, formando uma alça à alça do hipoglosso
(pois tem um trajeto que acompanha a carótida externa e
segue em direção ao assoalho da boca para a inervação da è Alça cervical que abraça os grandes vasos (jugular e
língua) e realiza, também, a inervação da língua. O trajeto carótida) é uma alça nervosa.
dele é medial ao músculo estilo-hioideo e ao ventre
As fibras nervosas de c1 são partilhadas com o hipoglosso.
posterior do músculo digástrico (relacionados com a
Juntamente com o c2 e c3 vai se reunir, formando uma alça,
motilidade do osso hioide e com a abertura da boca).
e abraçar os grandes vasos anteriormente (na maioria das
No plano profundo da região cervical, identificamos o nervo
vezes, porém, pode-se encontra-la posteriormente).
vago (junto à carótida comum, jugular interna; no interior da
bainha carotídea), o nervo frênico (paralelo ao vago e O glossofaríngeo é medial à interna e lateral à externa.
distribuído póstero-lateralmente a ele) e o tronco simpático
(localizado medialmente). O hipoglosso é lateral à interna e à externa.

O tronco simpático apresenta 3 gânglios cervicais: o Gânglio estrelado: gânglio cervical inferior.
superior, o médio (no plano da cartilagem tireóidea) e o
inferior (chamado, também, de estrelado ou cérvico-
torácico)**

OBS: Em sintopia com a margem lateral da traqueia e


póstero-lateralmente à laringe, observamos o nervo
laríngeo-recorrente.

OBS: O plexo braquial surge entre o músculo escaleno


anterior e o músculo escaleno médio.

Laura Prudente de Moraes Ferreira – TXVII UNILAGO



Os linfonodos da região cervical apresentam relevância na
identificação de lesões neoplásicas e a sua progressão
(classificação TNM) e de processos infecciosos.

A drenagem linfática da cabeça ocorre em convergência para


o eixo dos vasos sanguíneos do plano profundo da região
esternocleidomastoidea. A drenagem anterior, média e
posterior tem como drenagem final o eixo na região
esternocleidomastoidea.

Os linfonodos são: submentuais, submandibulares, faciais,


parotídeos, auriculares, mastoideos, occipitais.
Porém a linfa que chega até esses linfonodos pode ser retida,
ou seja, quando tem a presença de algum patógeno. Assim,
Pescoço
os linfonodos ficam mais volumosos e tornam-se palpáveis.

Os linfonodos cervicais profundos (na região


Figura 9.25 Raiz do pescoço e região pré­vertebral. A. Dissecção da raiz do pescoço. O plexo braquial e a terceira parte da

artéria subclávia emergem entre os músculos escalenos anterior e médio. As veias braquiocefálicas, as primeiras partes das esternocleidomastoidea; no plano da veia jugular interna)
artérias subclávias e as artérias torácicas internas que se originam das artérias subclávias mantêm íntima relação com a cúpula
da  pleura  (cervical).  O  ducto  torácico  termina  na  raiz  do  pescoço,  quando  entra  no  ângulo  venoso  esquerdo.  ASE  =  artéria
subclávia  esquerda;  ASD  =  artéria  subclávia  direita;  C  =  artéria  carótida  comum;  E  =  esôfago;  T  =  traqueia;  TB  =  tronco são importantes pois são sinalizadores para neoplasias de
braquiocefálico; VBE = veia braquiocefálica esquerda; VBD = veia braquiocefálica direita; VJI = veia jugular interna; VSD = veia
subclávia direita; VSE = veia subclávia esquerda. B. Nesta dissecção da região pré vertebral e raiz do pescoço, a lâmina pré
vertebral de fáscia cervical e as artérias e nervos foram removidos no lado direito; o músculo longo da cabeça foi excisado no
partes moles do pescoço. Toda linfa da parte anterior e
lado direito. O plexo nervoso cervical, que se origina nos ramos anteriores de C1–C4; o plexo nervoso braquial, originado nos
ramos anteriores de C5–C8 e T1; e ramos da artéria subclávia são visíveis no lado esquerdo. visceral do pescoço será drenada para esses linfonodos.
Esses não são palpáveis.
N. occipital menor

VEIAS NA RAIZ DO PESCOÇO
Platisma
...- e A. occ1p1tal
___ ,,. ,.,....-
Duas  grandes  veias  que  terminam  na  raiz  do  pescoço  são  a  VJE,  que  drena  sangue  recebido  principalmente  do  couro
cabeludo  e  da  face,  e  a  veia  jugular  anterior  (VJA)  variável,  geralmente  a  menor  das  veias  jugulares  (Figuras
9.16  e  9.21).  A  VJA  normalmente  origina­se  perto  do  hioide  a  partir  da  confluência  das  veias  submandibulares
superficiais.  A  VJA  desce  na  tela  subcutânea  ou  profundamente  à  lâmina  superficial  da  fáscia  cervical  entre  a  linha
N. occ1p1tal maior
Os linfonodos cervicais profundos são divididos em
mediana  anterior  e  a  margem  anterior  do  músculo  ECM.  Na  raiz  do  pescoço,  a  VJA  vira­se  lateralmente,  posterior  ao
músculo ECM, e abre­se no término da VJE ou na veia subclávia. Superiormente ao manúbrio do esterno as VJAs direita
N. auricular magno
superiores e inferiores. Desses linfonodos, destaca-se o
R comunicante M. esplênio da cabeça

M. levantador da escápula

M. trapézio
júgulodigástrico e o júgulo-omohióideo. Esses linfonodos
N. cervical transverso
recebem a linfa drenada do compartimento anterior, lateral
e posterior.
M. esternocleidomastóideo

e V cervical transversa
O linfonodo jugulo-digástrico está localizado junto ao
Nn. supraclaviculares
mediais Nn. supraclaviculares
intermédios
ventre posterior do músculo digástrico e à jugular interna e
é considerado como um dos grandes linfonodos profundos.

O linfonodo jugulo-omo-hioideo também é considerado


como um grande linfonodo cervical profundo e está na
148 267

Obs:
265.Y compressão do nervo occiptal à cefaleia na região

Pescoço intersecção da veia jugular interna com o ventre do músculo


occipital
Fig. 266 Vasos e nervos da região cervical la te ral; A região de emergência dos ramos cutâneos do pl exo cervical na
omo-hioideo.
Parte do platisma rebatido para cima; a lâmina superficia l margem posterior do M. esternocle iclomastóideo é denominada

Circulação linfática do pescoço


da fáscia cervical removida em grande parte; clinicamente Ponto de E RB (também Punctum nervosum). Na

Os linfonodos superficiais são menores estão na região


vista lateral (E, 70%). retirada c irúrgica dos Jinfonodos da região cervical lateral, o
N. acessório está bastante a meaçado 1

esternocleidomastoidea porém no plano superficial.


/ Linfonodos parotídeos
// superficiais
) " 1
// ll•
I
I
Linfonodos
mastóideos
Faringe, laringe, traquéia e esôfago
Primeira via à compartimento da cavidade nasal;
- Linfonodo
,;...- - - jugulodigástrico
M. d1gástnco,
Ventre anterior

Linfonodos - - -

Segunda via à compartimento da boca;


submandibulares

./
Linfonodos / - - - - Linfonodos
submentuais occipitais

M. esternocleidomastóideo
Linfonodos cervicais laterais, - - - -

Terceira via à partes moles do pescoço.


Linfonodos profundos superiores M. esplênio da cabeça

M. levantador da escápula

N. acessório [XI] Relação dessas estruturas = relação de vias de comunicação


''
'' meio externo e interno.
M. escaleno médio

''
V i ugular interna e -- -- I
''
''
M. trapézio

I ' M. escaleno posterior


Linfonodo cervical lateral, Linfonodo profundo inferior /

M . escaleno anterior
Plexo braquial,
Parte supraclavicular
Na margem anterior do toro tubário há a projeção contínua
M. omo-hióideo. Ventre inferior
com a tonsila, constituindo a parte mole do palato.
Laura Prudente de Moraes Ferreira – TXVII UNILAGO

Fig. 268 Vasos linfáticos superficiais e Linfonodos da
cabeça e do pescoço;
Preparado de um menino ele 8 anos ele idacle;
após a remoção do platisma e da fáscia cerv ical superfi cial;
o plexo cervical removido totalmente e o M. esternocleidomastóideo,
parcialmente;
vista lateral.
Na retirada cirúrgica dos Linfonodos da região cervical lateral,
Posteriormente, há uma prega que segue em direção a
faríngea formando a prega salpingofaríngea.

Inferiormente a parte mole do palato, há a comunicação


com a parte bucal da faringe.
Pescoço


1 Seio esfenoidal
(Cartilagem nasal lateral) ,
1 Asa esquerda do vômer
'
Na transição da parte nasal para a parte oral, encontramos
Septo nasal , 1 1
1 1 / Óstio faringeo da tuba auditiva;
Toro do levantador', ' ,• 1 1 1 Toro tubário
, {i/ 1 1 Esfenóide, Corpo

uma saliência relacionada à orelha média denominada de


I
Prega salpingofaríngea ..__
Cartilagem alar maior, ..__ 1f2
Ramo medial ' \Jt
l

Vestíbulo nasal ...-


""
Membrana atlanto-occipital anterior toro tubário, que margeia o orifício chamado de
1 Atlas [C I], Arco anterior
1
1 / Lig. do ápice do dente
óstiofaríngeo da tuba auditiva (comunicação da faringe com
I
.
/
//
/
/
/ Articulação atlanto-axial mediana
Arco palatofaringeo

a tuba auditiva). Essa estrutura é margeada por duas pregas:


•, /
Prega salpingofaríngea

Forame cego da língua - -

a prega salpingopalatina (na margem anterior do toro


1
Carúncula sublingual - - '

Tonsila palatina -

tubário) e a prega salpingofaríngea (na margem posterior do


M. gernoglosso

Mandíbula Faringe
M.
Espaço retrofaríngeo

- - - Tubérculo cuneiforme
toro tubário).
Lig.

Corpo adiposo pré-epiglótico ...- ...- Í...-


Lig. tireoepiglótico - M. aritenóideo transverso;
Lâmina da cartilagem cricóidea
Cartilagem tireóidea -
Prega vestibular; Ventrículo da laringe; Prega vocal ...-

R . cricotireóideo (A. e V. tireóideas superiores); e e --


Lig. cricotireóideo mediano

Arco da cartilagem cricóidea ...-


Lig. longitudinal anterior

Fáscia cervical, Lâmina superficial Fáscia cervical,


Lâmina pré-vertebral
Fáscia cervical, Lâmina pré-traqueal ...-
Istmo da glândula tireóidea ...-
(Espaço
retro-esofágico)
V. 1ireóidea inferior e

-- Traquéia, Parede membranácea


Arco venoso jugular • -
' Esôfago
M. esternotireóideo
\ 1 \ (Espaço esofagotraqueal}
\ 1
Traquéia
\
\e Tronco braquiocefálico


Fig_ 282 Cabeça e pescoço;

Faringe Corte paramediano;


O septo nasal fo i conservado;
vista medial e latera l (E, 80%).
As setas indicam as vias de acesso para a traquéia.
A faringe é uma estrutura tubular muscular constituída por *Coniotomia: através do lig. c:ric;otireóideo mediano.
* *Traqueotomia superior: acima do istmo da glândul a tireóide.
** *Trarrueotomia infer•ior: alnli..xo do istmo ela glând ula tireclicle.

3 segmentos musculares: músculo constritor superior da


faringe, músculo constritor médio da faringe e músculo Figura 9.43 Parede anterior da faringe. Nesta dissecção, a parede posterior foi incisada ao longo da linha mediana e aberta.

constritor inferior da faringe.


As  aberturas  na  parede  anterior  comunicam­se  com  as  cavidades  nasal,  oral  e  laríngea.  A  cada  lado  do  ádito  da  laringe,
separada dele pela prega ariepiglótica, a invaginação da laringe para a parede anterior da parte laríngea da faringe forma um
No limite posterior da faringe encontramos a tonsila
recesso piriforme.

A parte nasal da faringe tem função respiratória; é a extensão posterior da cavidade nasal (Figuras 9.42 a 9.44). O
faríngea, que juntamente com a tonsila lingual e a tonsila
nariz abre­se para a parte nasal da faringe através de dois cóanos (aberturas pares entre a cavidade nasal e a parte nasal da
faringe).  O  teto  e  a  parede  posterior  da  parte  nasal  da  faringe  formam  uma  superfície  contínua  situada  inferiormente  ao
palatina constituem o Anel de Waldeyer. As tonsilas são
corpo do esfenoide e à parte basilar do occipital (Figuras 9.43 e 9.44A).
O  tecido  linfoide  abundante  na  faringe  forma  um  anel  tonsilar  incompleto  ao  redor  da  parte  superior  da  faringe

constituintes do sistema linfoide, pois são órgãos linfoides


(ver Figura 9.49). O tecido linfoide é agregado em algumas regiões para formar massas denominadas tonsilas. A tonsila
faríngea (comumente chamada de adenoide quando aumentada) está situada na túnica mucosa do teto e parede posterior da
parte nasal da faringe (Figuras 9.42A e 9.44). Uma prega vertical de túnica mucosa, a prega salpingofaríngea, estende­se
importantes para a defesa.
inferiormente  a  partir  da  extremidade  medial  da  tuba  auditiva  (Figuras  9.43  e  9.44B).  Ela  cobre  o  músculo
salpingofaríngeo,  que  abre  o  óstio  faríngeo  da  tuba  auditiva  durante  a  deglutição.  A  coleção  de  tecido  linfoide  na  tela
submucosa da faringe perto do óstio faríngeo da tuba auditiva é a tonsila tubária (Figura 9.44B). Posteriormente ao toro
tubário e à prega salpingofaríngea há uma projeção lateral da faringe, semelhante a uma fenda, o recesso faríngeo, que se
A tonsila palatina está entre o arco palatoglosso e o arco
estende lateral e posteriormente.
A parte oral da faringe tem função digestória. Os limites são: superior, palato mole; inferior, base da língua; laterais,
palatofaríngeo.
arcos palatoglosso e palatofaríngeo (Figuras 9.44 e 9.45A). Estende­se do palato mole até a margem superior da epiglote.
A deglutição é  o  processo  complexo  que  transfere  um  bolo  de  alimento  da  boca  através  da  faringe  e  esôfago  para  o
estômago. O alimento sólido é mastigado e misturado com a saliva para formar um bolo macio e mais fácil de engolir. A
deglutição ocorre em três estágios:
Margeando a abertura que comunica o canal da boca com a
faringe, temos a abertura denominada de Istmo das Fauces.

A faringe em direção à epiglote temos a prega


faringoepiglótica, que delimita inferiormente o istmo das
fauces. Ela termina exatamente na margem da cartilagem
epiglótica.

Quando afastamos a mandíbula e a maxila, tenho condições
è Como cavidade, também é constituída por 3
de observar a parede da faringe (a parte oral da faringe
segmentos: nasofaringe (como cavidade nasal),
através do istmo das fauces). O limite que temos no istmo
orofaringe (como cavidade bucal), laringofaringe
das fauces, lateralmente, é o palatoglosso e o
(como laringe propriamente dita).
Laura Prudente de Moraes Ferreira – TXVII UNILAGO

palatofaríngeo e, superficialmente, é o palato mole (com o
músculo tensor do véu palatino, músculo suspensor do véu
palatino e úvula).

No limite inferior temos uma cartilagem em forma de colher


que é a epiglote. Ela tem uma comunicação direta com o
osso hioide através do ligamento hioepiglótico. A margem
da epiglote ultrapassa o limite posterior do assoalho da
língua (raiz da língua – valécula da língua que é delimitada
por 3 pregas: glossoepiglótica lateral direita,
glossoepiglótica lateral esquerda e glossoepiglótica
mediana).

A epiglote também está fixa na face interna da cartilagem


Figura 9.43 Parede anterior da faringe. Nesta dissecção, a parede posterior foi incisada ao longo da linha mediana e aberta.

tireóidea pelo ligamento tireo-epiglótico (pequeno As  aberturas  na  parede  anterior  comunicam­se  com  as  cavidades  nasal,  oral  e  laríngea.  A  cada  lado  do  ádito  da  laringe,
separada dele pela prega ariepiglótica, a invaginação da laringe para a parede anterior da parte laríngea da faringe forma um
recesso piriforme.
ligamento).
A parte nasal da faringe tem função respiratória; é a extensão posterior da cavidade nasal (Figuras 9.42 a 9.44). O
nariz abre­se para a parte nasal da faringe através de dois cóanos (aberturas pares entre a cavidade nasal e a parte nasal da

O ligamento tireoioideo mediano junto com a membrana


Laringe
faringe).  O  teto  e  a  parede  posterior  da  parte  nasal  da  faringe  formam  uma  superfície  contínua  situada  inferiormente  ao
corpo do esfenoide e à parte basilar do occipital (Figuras 9.43 e 9.44A).

tireoioidea fixa a cartilagem tireoide ao osso hioide.


O  tecido  linfoide  abundante  na  faringe  forma  um  anel  tonsilar  incompleto  ao  redor  da  parte  superior  da  faringe
A entrada da laringe é chamada de vestíbulo da laringe.
(ver Figura 9.49). O tecido linfoide é agregado em algumas regiões para formar massas denominadas tonsilas. A tonsila
faríngea (comumente chamada de adenoide quando aumentada) está situada na túnica mucosa do teto e parede posterior da
parte nasal da faringe (Figuras 9.42A e 9.44). Uma prega vertical de túnica mucosa, a prega salpingofaríngea, estende­se
A gordura pré-epiglótica (corpo adiposo da epiglote) está Entre a prega vocal (formada pelo ligamento vocal, que está
inferiormente  a  partir  da  extremidade  medial  da  tuba  auditiva  (Figuras  9.43  e  9.44B).  Ela  cobre  o  músculo
salpingofaríngeo,  que  abre  o  óstio  faríngeo  da  tuba  auditiva  durante  a  deglutição.  A  coleção  de  tecido  linfoide  na  tela

entre o ligamento tireoioideo e o ligamento hioepiglótico. firmemente aderido à face interna da cartilagem tireóidea e
submucosa da faringe perto do óstio faríngeo da tuba auditiva é a tonsila tubária (Figura 9.44B). Posteriormente ao toro
tubário e à prega salpingofaríngea há uma projeção lateral da faringe, semelhante a uma fenda, o recesso faríngeo, que se

à cartilagem aritenóidea) e a prega vestibular (não contém


estende lateral e posteriormente.
A parte oral da faringe tem função digestória. Os limites são: superior, palato mole; inferior, base da língua; laterais,
Na prega ariepiglótica temos o tubérculo cuneiforme
ligamento) tem um espaço denominado de ventrículo da
arcos palatoglosso e palatofaríngeo (Figuras 9.44 e 9.45A). Estende­se do palato mole até a margem superior da epiglote.
A deglutição é  o  processo  complexo  que  transfere  um  bolo  de  alimento  da  boca  através  da  faringe  e  esôfago  para  o
(anteriormente) e o tubérculo corniculado
laringe (nesse espaço podemos ter formações nodulares que
estômago. O alimento sólido é mastigado e misturado com a saliva para formar um bolo macio e mais fácil de engolir. A
deglutição ocorre em três estágios:
(posteriormente).
afetam o ligamento vocal, causando, por exemplo,
rouquidão). Rima glótica é o espaço entre as pregas vocal e
Esses tubérculos são projeções das cartilagens com o mesmo
vestibular.
nome (cartilagem cuneiforme e cartilagem corniculada – são
cartilagens pequenas que temos na porção vestibular da
laringe).


A região abaixo da glote é chamada de região infra-glótica.

Temos também o cone elástico, formado por fibras


extremamente flexível na margem do ligamento vocal, e é
uma estrutura contínua até a cartilagem cricoidea. O cone
elástico constitui a parede da região infra glótica.

Laura Prudente de Moraes Ferreira – TXVII UNILAGO



Na laringe temos cartilagens como a epiglote, tireóidea Os músculos aritenóideos garantem a movimentação da
(maior; incisura tireóidea na proeminência laríngea; cornos cartilagem aritenóidea e consequentemente do ligamento
superiores direito e esquerdo e cornos inferiores direito e vocal.
esquerdo – para a fixação dessa cartilagem no osso hioide),
cricóidea (em forma de anel de sinete), aritenóidea e
corniculada.
A cartilagem cricóidea também está articulada com os anéis
cartilaginosos da traqueia através do ligamento
cricotraqueal.
A porção mais inferior da cartilagem epiglótica é chamada de
pecíolo. A porção laminar da cartilagem epiglótica segue
além do arco ósseo formado pelo hioide e está conectada à
faringe pela prega faringoepiglótica e à língua pelas pregas
glossoepiglóticas.
OBS: Imediatamente posterior à traqueia temos o esôfago.
Em um plano mediano, os músculos infra hioideos dão
espaço para a proeminência laríngea (que é uma saliência
da cartilagem tireóidea, palpável em um plano superficial na
linha mediana do pescoço; é mais visível no sexo masculino).
Os músculos cricotireoideos são pequenos e movimentam a
cartilagem cricóidea em relação à cartilagem tireóidea. Eles
apresentam em 2 porções: uma parte reta (anterior) e uma
parte oblíqua. Esses músculos estão distribuídos exatamente
no plano de transição da parte laríngea da faringe (músculo
constritor inferior) em relação ao esôfago. Tenho também
um ligamento cricotireóideo e uma membrana
cricotireoidea. Laringe

A margem da epiglote e a prega ariepiglótica delimitam um


Músculos da Laringe (Figs. 234-237)
espaço
Os músculos daque dá os acesso
laringe unem direto
elementos cartilagíncos à unslaringe
da laringe com os outros. propriamente dita.
Músculo Origem Inserção Função
Esse
Inervação espaço é chamado de recesso piriforme**, que é um
1. M. cricotireóidco Arco ela cartilagem cricóiclca Lâmina rla cartilagem tireóidea Estica a corda vocal através do
espaço vago
N. lateral à (face
N. laríngeo superior do
[Xj prega
externa)
ariepiglótica. margem anteriorNo
(margem inferior até a
centro
do corno do recesso
basculamento da cartilagem
i;ricóidea ao redor do eixo
Parle reta (superficial) inferior) Lransversal
piriforme, encontramos uma prega que é a projeção do
Parte oblíqua (profunda)
2. M. crico-aritenóidco Lâmina da cartilagem
nervo laríngeo superior (ramo do vago para a inervação da
posterior cricóidea (face posterior)
Proc. muscular e face posterior Alarga a rima da glote ao girar
da cartilagem aritenóidea para fora a cartilagem aritenói-
N. laríngeo recorrente do dea ao longo do eixo longitu-
N. vago [X} dinal e hascular lateralmente
laringe).
3. M . crico-aritcnóideo Arco da cartilagem cricóidea Proc. muscular da cartilagem Fecha a rima da glote (parte in-
lateral
N. laríngeo recorrente do
(margem superior
lateralmente)
aritenóidea termembranácea) ao girar para
dentro a cartilagem aritenóidea Traquéia
N. vago [XJ ao redor do eixo longitudinal
Fecha a rima da glote (parte in-
Tubo fibrocartilagíneo que se estende da laringe até o tórax,
4. M. aritenóideo Cartilagem aritenóidea Cartilagem aritenóidea cio lado
transverso (margem lateral e face oposto (margem lateral e face tercartilagínea) pela aproxi-
N. laríngeo recorrente do posterior) posterior) mação de ambas as cartilagens

cujo epitélio é rico em cílios.


N. vago [X} arirenóideas uma da outra
5. M. aritenóidco Cartilagem aritenóidea (base Proc. muscular cio lado Estreita a rima ela glote (parte
oblíquo da face posterior) oposto (ápice e face intercartilagínea) ao bascular
N. laríngeo recorrente do Parte ariepiglótica: posterior) para dentro a cartilagem
N. vago {X} Cartilagem aritenóirlea Parte ariepiglótíca: ariccnóidea
(ápice) Cartilagem epiglótica
(margem lateral) É capaz de expulsar o muco contendo resíduos e poluentes
6. M. vocal
N. laríngeo recorrente do
Cartilagem tireóiclea (face
dorsal da incisura
Proc. vocal e fóvea oblonga da
cartilagem aritenóidea
Fs1ir;:i ;:i rorda vocal e modela
a margrm do lábio vocal para a faringe, de onde é expelido para fora ou deglutido,
N. vago [X}
Pág. 131
protegendo, assim, as vias aéreas inferiores – reflexo da
tosse.

A traqueia é formada por anéis de cartilagens traqueais


incompletos (em formato de C), os quais a mantém pérvia e
a M. cricotireóidco h Mm. aritcnóideos oblíquo e transverso
cuja abertura anterior é coberto pelo músculo traqueal
involuntário.

Ela se bifurca nos brônquios principais direito e esquerdo na


carina, e o tronco braquiocefálico mantém relação com seu
c M. crico-aritenóideo lateral d M. crico-aritenóideo posterior
lado direito na raiz do pescoço.
Pig. 238 a- d Esquemas da função cios músculos ela lari nge; seta vermelha: contração muscular; seta azul: sentido ela rotação;
Tnclicação da direção do movimento por meio de setas; músculos esquerdos relaxados; músculos direitos em contração;


seta amarela: tensão ela corda vocal; vista superior.

Laura Prudente de Moraes Ferreira – TXVII UNILAGO


snow

Nos adultos, a traqueia tem cerca de 2,5 cm de diâmetro, abertura superior do tórax, onde se torna a parte torácica do
enquanto nos lactentes tem o diâmetro de um lápis. A esôfago.
traqueia estende-se a partir da extremidade inferior da
laringe no nível da vértebra C VI. Termina no nível do ângulo Quando o esôfago está vazio, seu lúmen assemelha-se a uma
esternal ou do disco entre as vértebras T IV e T V, onde se fenda. Quando o bolo alimentar desce por ele, o lúmen se
divide nos brônquios principais direito e esquerdo. expande, produzindo peristalse reflexa nos dois terços
inferiores do esôfago. A parte cervical do esôfago situa-se
Lateralmente à traqueia estão as artérias carótidas comuns entre a traqueia e a coluna vertebral cervical. Está fixada à
e os lobos da glândula tireoide. Inferiormente ao istmo da traqueia por tecido conjuntivo frouxo. Os nervos laríngeos
glândula tireoide estão o arco venoso jugular e as veias recorrentes situam-se nos sulcos traqueoesofágicos, ou
tireóideas inferiores. O tronco braquiocefálico mantém perto deles, entre a traqueia e o esôfago. À direita do
relação com o lado direito da traqueia na raiz do pescoço. O esôfago estão o lobo direito da glândula tireoide e a bainha
desvio da traqueia da linha mediana, visível na superfície ou carótica direita e seu conteúdo.
em radiografias, costuma indicar a presença de um processo
patológico. Muitas vezes o traumatismo da traqueia afeta o O esôfago está em contato com a cúpula da pleura na raiz do
esôfago, que está bem aderido a ela. pescoço. À esquerda está o lobo esquerdo da glândula
tireoide e a bainha carótica esquerda. O ducto torácico
adere ao lado esquerdo do esôfago e situa-se entre ele e a
pleura. Ver detalhes sobre as partes torácica e abdominal do
esôfago no Capítulos 4, Tórax, e no Capítulo 5, Abdome.

Vasos da parte cervical do esôfago. As artérias da parte


cervical do esôfago são ramos das artérias tireóideas
inferiores. Cada artéria dá origem a ramos ascendentes e
descendentes que se anastomosam entre si e através da
linha mediana. As veias da parte cervical do esôfago são
tributárias das veias tireóideas inferiores. Os vasos linfáticos
da parte cervical do esôfago drenam para os linfonodos
paratraqueais e linfonodos cervicais profundos inferiores.
• Estágio  1:  voluntário;  o  bolo  é  comprimido  contra  o  palato  e  empurrado  da  boca  para  a  parte  oral  da  faringe,
principalmente por movimentos dos músculos da língua e do palato mole (Figura 9.46A e B)
• Estágio 2: involuntário e rápido; o palato mole é elevado, isolando a parte nasal da faringe das partes oral e laríngea
Nervos da parte cervical do esôfago. A inervação da
(Figura 9.46C). A faringe alarga­se e encurta­se para receber o bolo alimentar enquanto os músculos supra­hióideos e

Esôfago os músculos faríngeos longitudinais se contraem, elevando a laringe
parte cervical do esôfago é somática motora e sensitiva para
• Estágio 3: involuntário; a contração sequencial dos três músculos constritores da faringe cria uma crista peristáltica
que força a descida do bolo alimentar para o esôfago (Figura 9.46B a D).
O esôfago é um tubo fibromuscular que conecta a faringe ao a metade superior e parassimpática (vagal), simpática e
As tonsilas palatinas são coleções de tecido linfoide de cada lado da parte oral da faringe no intervalo entre os arcos

estômago. Começa no pescoço, onde é contínuo com a parte sensitiva visceral para a metade inferior. A parte cervical do
palatinos (Figuras 9.44 e 9.45A). A tonsila não ocupa toda a fossa tonsilar entre os arcos palatoglosso e palatofaríngeo
em  adultos.  A  fossa  tonsilar,  na  qual  está  situada  a  tonsila  palatina,  situa­se  entre  esses  arcos  (Figura 9.45B).  A  fossa

laríngea da faringe na junção faringoesofágica. O esôfago esôfago recebe


tonsilar  é  formada  fibras
pelo  músculo  somáticas
constritor  superior  da  faringe através de fibrosa 
e  pela  lâmina  ramos dos
e  fina  da  fáscia
faringobasilar (Figura  9.47A  e  B).  Esta  fáscia  funde­se  ao  periósteo  da  base  do  crânio  e  define  os  limites  da  parede

consiste em músculo estriado (voluntário) em seu terço nervos laríngeos recorrentes e fibras vasomotoras dos
faríngea em sua parte superior.
A parte  laríngea  da  faringe situa­se  posteriormente  à  laringe  (Figuras 9.42A  e  9.44A),  estendendo­se  da  margem

superior, músculo liso (involuntário) em seu terço inferior, e troncos simpáticos


superior  da  epiglote  cervicais
e  das  pregas  faringoepiglóticas  até através
a  margem  inferior  do plexo
da  cartilagem  ao redor
cricóidea,  da e  se
onde  se  estreita 
torna contínua com o esôfago. Posteriormente, a parte laríngea da faringe mantém relação com os corpos das vértebras C

uma mistura de músculo estriado e liso na região artéria tireóidea inferior.


IV  a  C  VI.  As  paredes  posterior  e  lateral  são  formadas  pelos músculos constritores médio e inferior da 
9.47A e B). Internamente a parede é formada pelos músculos palatofaríngeo e estilofaríngeo. A parte laríngea da faringe
faringe  (Figura

comunica­se com a laringe através do ádito da laringe em sua parede anterior (Figura 9.43).
intermediária.

A primeira parte, a parte cervical, pertence ao terço superior


voluntário. Começa imediatamente posterior à margem
inferior da cartilagem cricóidea e no mesmo nível dela, no
plano mediano. Este é o nível da vértebra C VI.

Externamente, a junção faringoesofágica apresenta-se como


uma constrição produzida pela parte cricofaríngea do
músculo constritor inferior da faringe (o esfíncter esofágico
superior) e é a parte mais estreita do esôfago. A parte
cervical do esôfago inclina-se um pouco para a esquerda
enquanto desce e entra no mediastino superior, através da

Laura Prudente de Moraes Ferreira – TXVII UNILAGO



Glândula tireóide
Está em sintopia com a cartilagem tireóidea e também tem
um formato de escudo. Se distribui anteriormente à
cartilagem laríngea e cricoidea.

Glândulas paratireóideas
São glândulas menores que estão mergulhadas na glândula
tireoide e tem irrigação a partir de ramos da irrigação da
tireóidea.
Tem um formato ovoide e estão na face posterior da
glândula tireoide.

Temos 4 glândulas: 2 superiores direta e esquerda e 2


Observamos, nela, dois grandes lobos, lobo lateral direito e inferiores direita e esquerda.
lobo lateral esquerdo e uma porção central denominada de
Podem ser glândulas ectópicas, que constituem variações
istmo da tireoide.
importantes.
Poderemos ter variações: com um lobo intermediário que
tem origem no istmo e vai em direção ao osso hioide. Esse é
o lobo piramidal (lobo acessório). Pode ter também uma
projeção da tireoide para a abertura da caixa torácica
(caracterizando assim uma glândula ectópica).

A irrigação da glândula é dupla e é realizada pela artéria


tireóidea superior (1º ramo da carótida externa e é
recorrente. Irriga a metade superior da glândula. Segue com
o nervo laríngeo superior) e pela artéria tireóidea inferior (é
ramo do tronco tireocervical).

A metade inferior da glândula tireóidea pode ser realizada

também pela artéria tireóidea ima. É uma variação, de um
vaso de pequena dimensão na margem inferior da glândula.

Existem, pelo menos 3 veias tireóideas (superior, media e


inferior), sendo que a inferior pode ser drenada para o plexo
venoso ímpar, que tributa diretamente na veia
braquiocefálica.

Laura Prudente de Moraes Ferreira – TXVII UNILAGO

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