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Grupo de Matemática:Chelengo, Guilaze, Miguel , Muzime & Nuvunga

Escola Secundária de Laulane

Matemática 12ª Classe Trimestre II 2021

FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL

1. Noção de função

Chama-se função ou aplicação de f a uma correspondência entre um conjunto A e um conjunto


B se a cada elemento de A corresponde a 1 e só 1 valor de B e escreve-se:

ou

Onde: A é o conjunto em que a variável independente x toma valores, e é o domínio da função.


Representa-se por .

B é o conjunto a que pertence os correspondentes valores da variável dependente y e é o


contradomínio da função. Representa-se por .

Para verificar se uma representação gráfica é ou não uma função, traça-se rectas verticais e estas
só poderão intersectar o gráfico no máximo uma vez.

1.1.Função real de variável real

É aquela em que o domínio e o contradomínio são subconjunto de R.

Uma função pode ser definida por um gráfico, por uma tabela, por um diagrama de Venn ou
ainda, por uma expressão analítica.

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1.2. Zeros de uma função

Zero da função é todo o objecto que tem por imagem zero, isto é,

Graficamente, zeros de uma função são os pontos por onde o gráfico intersecta o eixo das
abcissas.

1.3. Sinal de uma função

Uma função diz-se negativa num certo intervalo se nesse intervalo toma valores negativos. E diz-
se positivo se nesse intervalo toma valores positivos. Graficamente, o sinal da função é:

 Positivo, se o gráfico está acima do eixo das abcissas ( ).


 Negativo, se o gráfico esta abaixo do eixo das abcissas ( ).
1.4. Monotonia de uma função

Uma função é monótona num intervalo se ela é crescente ou decrescente nesse intervalo.

 Uma função é crescente num certo intervalo quando, para todos os números reais e ,
verifica-se que: se =>
 Uma função é decrescente num certo intervalo quando, para todos os números reais e ,
verifica-se que: se => .

Se nas funções crescentes e decrescentes não admitirmos a igualdade das imagens, obtém-se as
funções estritamente crescentes e funções estritamente decrescentes, respectivamente.

Uma função é constante num certo intervalo se todos os objectos tiverem a mesma imagem.

1.5.Classificação das funções


a) Função injectiva

Uma função é injectiva quando objectos diferentes tem sempre imagens diferentes, isto é,

=> .

Uma função não é injectiva se há pelo menos dois objectos diferentes com mesma imagem, isto
é, se => .

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Graficamente verifica-se que a função é injectiva, traçando rectas horizontais, estas só devem
intersectar o gráfico em apenas um ponto.

b) Função sobrejectiva

Uma função é sobrejectiva se o contradomínio coincide com um conjunto de chegada, isto é, se


, : .

Uma função não é sobrejectiva se o contradomínio coincide com um conjunto de chegada, isto é,
se , : .
c) Função bijectiva

Uma função é bijectiva se simultaneamente injectiva e sobrejectiva, isto é, , :


.

1.6.Paridade de funções
a) Função par

Uma função é par os objectos simétricos tiverem a mesma imagem, isto é: .

O gráfico de uma função par é simétrico em relação ao eixo das ordenadas.

b) Função impar

Uma função é impar se os objectos simétricos corresponderem imagens simétricos, isto é,


.

O gráfico de uma função impar é simétrico em relação á origem.

Exemplos:

Classifique as seguintes funções quanto á paridade:

a)
 Se
=4
=4
A função é par pois .

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b)
 Se
=8
=
A função é impar pois
c)
 Se
=9
+5=
A função não é par nem impar pois

2. Revisão da função do 1º grau


Chama-se função do 1º grau á função de variável real cuja expressão analítica é dada na
forma:

𝒇 𝒙 𝒂𝒙 𝒃
com

Exemplos:

Significado dos coeficientes a e b

O coeficiente a é o coeficiente angular ou declive da recta e determina a inclinação da recta em


relação ao eixo das abcissas .

Dado o ângulo de inclinação da recta , o declive

Dados dois pontos por onde passa o gráfico o declive é dado por

Se duas rectas são paralelas, os seus declives são iguais:

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Para duas rectas são perpendiculares: .

O coeficiente b é a ordenada na origem.

2.1.Gráfico de uma função do 1º grau

O gráfico de uma função do 1º grau é sempre uma linha recta. Para construi-lo é necessário
determinar o zero da função e a ordenada na origem e em seguida unir os pontos encontrados. Se
, é crescente e se , é decrescente.

Exemplo

Represente graficamente a função

Expressão analítica

A expressão analítica de uma função do 1º grau fica determinada quando se conhece os valores
de a e b.

Exemplo

Determine a expressão analítica de uma função cujo gráfico passa pelos pontos A(1;5) e B(2;6)

Resolução

Uma vez que são dados dois pontos do gráfico, substitui-se os valores de x e y para cada ponto
na expressão , obtendo, assim um sistema de duas equações lineares á duas
incógnitas.

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{ { {

 

3. Revisão da função quadrática (Função do 2º grau)

Chama-se função do 2º grau a toda função real de variável real cujo gráfico é uma parábola e
cuja expressão analítica é dada na forma: , com a, b, c e .

Exemplos:

a) => ,
b) => ,
c) => ,
d) => ,
 Zeros da função

Os zeros da função quadrática são as soluções da equação = 0, usando as



formulas: e .

 Se , a função tem 2 zeros distintos.


 Se , a função tem1 zero ou 2 zeros iguais.
 Se , a função não tem zeros.
 Coordenadas do vértice
= ou =

= ou =

 Concavidade da parábola

Se a parábola tem concavidade virada para cima.

Se a parábola tem concavidade virada para baixo

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A seguir, são ilustrados os gráficos de f(x) que são parábolas cuja concavidade está virada para
cima ou baixo consoante o coeficiente e .

 Eixo de simetria

Uma parábola é uma figura simétrica, cujo eixo de simetria passa pelo vértice e é paralelo ao
eixo das ordenadas.

A equação do eixo de simetria .

 Contradomínio da função

O contradomínio da função quadrática é [ ;+ [, para e ] ], para .

Transformação do trinómio

 Se e são zeros de então


 Se e são coordenadas do vértice da função zeros de então

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4. Revisão da função exponencial


A função do tipo , com e chama-se função exponencial.
Propriedades
1.
2.
3. É injectiva e sobrejectiva, logo, é bijectiva
4. Não é par nem impar
5. É crescente se e é decrescente se 0 < a < 1.
6. Tem assímptota horizontal.
7. Tem sempre ordenada na origem, mas nem sempre tem zero da função.

A seguir, apresenta-se os gráficos da função exponencial para os casos e 0 < a < 1.

𝑎
𝑎

5. Revisão da função logarítmica


Função logarítmica é a função em que cada número real positivo x faz corresponder o
logaritmo de x na base a: y = , onde a \{1}
Propriedades
8.
9.
10. É injectiva e sobrejectiva, logo, é bijectiva
11. Não é par nem impar

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12. É crescente se e é decrescente se 0 < a < 1.


13. Tem assímptota vertical.
14. Tem sempre zero da função, mas nem sempre tem ordenada na origem.

Toda a função do tipo y = pode apresentar um dos seguintes casos.

6. Função homógrafa

Função homógrafa é toda função real de variável real cuja expressão analítica é dada na forma

onde ; e .

Assímptota é uma recta para a qual o gráfico de uma função se aproxima indefinidamente, ou
seja, a distância que lhes separa tende para zero.

 As assímptotas verticais (AV) são os zeros do denominador: => .

 As assímptotas horizontais podem ser determinadas da seguinte forma:


a) Se o grau do numerador for igual ao grau de denominador, a assímptota horizontal (AH) é
a razão dos coeficientes de

b) Se o grau do numerador for menor que o grau de denominador, a assímptota horizontal


(AH) é
c) Se o grau do numerador for maior que o grau de denominador, a função não tem
assímptota horizontal.

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O centro do gráfico é o ponto ( ; )

Exemplo

Represente graficamente a função .

1. Zeros da função:

2. AV:

3. AH:

4. Centro (3,2)

é injectiva porque traçando paralelas ao eixo das abcissas, estas cortam o gráfico num só ponto.

7. Função definida por ramos

Quando uma função é definida por expressões analíticas em diferentes partes do seu domínio,
diz-se que a função está definida por ramos.

Exemplo

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