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Helminto

s
2 Filos
Platelmintos: corpo achatado (forma de fita), trato digestório incompleto
(só boca), maioria hermafrodita.
Cestoda: taenia solium, taenia saginata, humenolepis nana,
echinococus granulosos.
Trematoda: fascíola hepática, shistosoma mansoni.

Diferença entre
Trematoda e
Cestoda: Cestoda
tem proglotes
(anéis) e eles têm a
mesma morfologia
(cabeça, colo e
corpo)

Nematelminto: corpo cilíndrico, tubo digestivo completo (boca e ânus),


dimorfismo sexual (macho e fêmea).
Nematoda (doenças humanas): áscaris lumbricoides, trichuris
trichiura..
Nematomorfa: vida livre – minhoca, sangue-suga.
Acantocephala: parasitos de animais.
TeníaseTeníase
e Cisticercose
e 2. Pesquisa proglotes e
sua identificação.
Cisticercose
Teníase
 Forma adulta da Taenia
solium ou Taenia Saginata Tamização: emulsão de fezes com
 Homem água, coar na peneira, recolher
 “Solitária” proglotes grávidas, identifica-las
usando método de ácido acético
 3-12m
(retira os sais para facilitar a
 Hábitat: intestino delgado
visualização).
do homem
 Transmissão: ingestão de  Tratamento:
carne bovina ou suína crua 1. Niclosamida
ou mal passa contendo o (Cestocid,
cisticerco. Yomesan): 2 g para
 Patogenia e Manifestações adultos;1 g para
Clínicas: fixação à mucosa crianças – dose única
provoca hemorragia, produz em jejum.
inflamação; ocorre 2. Praziquantel
fenômenos alérgicos (Cestox): 10 mg/Kg
provocados pela secreção - dose única.
de substâncias do parasito. 3. Mebendazol
 Sintomas: (Pentazole): 200 mg
- Gastrointestinais: náusea, 2x/dia por 5 dias.
dor epigástrica e abdominal, 4. Nitazoxanida
diarreia, prurido anal. (Annita):
- Perda de peso comprimido 500mg
- Eosinofilia (2 x ao dia, por 3
- Astenia dias) ou suspensão
- Cefaleia (0,375 ml (7,5 mg)
- Vertigens por kg, 2 vezes por
 Diagnóstico: dia, por 3 dias)
1. EPF (pesquisa de
ovos); método de Cisticercose
Wills, Faust e Coles.,
 Forma larvária no intestino
Hoffmann, Pons e
 Suínos: Taenia Solium.
Janer (HPJ)
 Bovinos: Taenia Saginata
 Homem: Taenia Solium - Neurocisticercose:
 SNC: Neurocisticercose cefaleia vômitos, vertigens,
 Músculo: Cisticercose distúrbios respiratórios,
Muscular perturbações mentais, crises
 Hábitat: convulsivas, hipertensão
1. Cisticercus intracraniana com evolução
Cellulosae: para o óbito devido à
subcutâneo, hidrocefalia que se segue ao
muscular, cerebral, bloqueio das vias de
globo ocular de circulação do líquor pelo
suínos e cisticerco.
ACIDENTALMEN - Cisticercose ocular: visão
TE no homem. borrada, fotofobia e
2. Cisticercus bovis: diplopia, pode ocorrer perda
subcutâneo, parcial ou total da visão.
muscular, cerebral e - Cisticercose muscular: a
globo ocular de presença de numerosos
bovinos. cisticercos nos músculos
 Transmissão: ingestão esqueléticos provoca dor,
acidental de ovos de T. fadiga e câimbras.
solium presentes nos - Cisticercose cutânea.
alimentos e na água.
- Heteroinfecção: + comum;
consumo de água ou
alimento com ovos.
- Autoinfecção externa:  Diagnóstico
ovos eliminados pelo Neurocisticercose:
portador da teníase (mão, 1. Métodos
roupa) > boca > cisticerco > Imunológico:
ingesta de ovos. detecção de
- Autoinfecção interna: anticorpos no soro e
movimento retro LCR por meio da
peristáltico > estômago > Imunofluorescência
ovos > cisticerco. indireta ou ELISA.
 Patogenia e Manifestações 2. Métodos de imagem:
Clínicas: localização dos
- Ação mecânica: cisticercos
deslocamento ou calcificados por
compressão do tecido. meio de raio-X,
- Processo inflamatório: ultrassonografia,
morte do cisticerco (3-6 tomografia
meses após infecção) > computadorizada
calcificação. (SNC), ressonância
nuclear magnética  Escólex: 1-2 mm de
(SNC). diâmetro; adaptado para
 Tratamento: fixação na mucosa do
1. Praziquantel: intestino delgado; 4
neurocisticercose: 50 ventosas que permite
mg/Kg-30 dias; assimilar nutrientes.
outras formas 30-60  Critério para
mg/Kg-10 dias. diferenciação:
2. Albendazol: 10 a 15 T. solium possui rostro. O
mg/kg/dia, por 8 dias rostro é uma coroa que tem
aculhos (ganchos), essa
coroa situa-se entre as 4
ventosas. O escólex é
globoso.
T. saginata não tem rostro.
OBS: rompimento do O escólex é quadrado.
cisticerco → liberação  Colo: delgado, abaixo do
de líquido vesicular escólex, não tem
antigênico → reação segmentação; zona
inflamatória. formadora de proglotes. O
Tratamento em colo encistado é a forma
ambiente hospitalar infectante do cisticerco
suíno, bovino e humano.
Uso corticoides
 Estróbilo: dividido em
(minimizar reação
proglotes jovens, maduras e
inflamatória)
grávidas.
 Jovem: próxima ao colo
Cisticercose
em carne  Madura: possui largura e
suína comprimento iguais;
organela feminina e
Morfologia da Classe
Morfologia da Classe
masculina apta para
fecundação; ovos não
Cestoda
Cestoda totalmente embrionados
 Grávida: mais longa do
que larga; órgão genital em
Forma Adulta processo de regressão; útero
 Achatado, hermafrodita, ramificado e cheio de ovos
geralmente branco (aspecto embrionados, sendo: 50%
leitoso), vive de 25 a 30 maduros e férteis, 40%
anos. Divido em escólex, imaturos, e 10% estéreis.
colo e estróbilo.  Apólise: Proglotes grávidas
se desprendem do corpo da
Taenia e é eliminada junto ventosas, rostros com
das fezes. aculhos, colo e vesícula.
 Critério para Presente a carne suína e
diferenciação: proglotes humanos.
grávidas de T. solium e T.  T. saginata: cysticercus
saginata são bovis: escólex, 4 ventosas,
colo e vesícula. Presente na
carne bovina.
Ciclo Biológico
1. Ingestão de cisticerco pela
carne crua ou mal passada.
 diferentes nas ramificações 2. Eclosão dos ovos no
uterinas. Essa diferenciação duodeno.
só é possível quando a tênia 3. Embrionamento de ovos.
é encontrada íntegra. (1cm). 4. Eliminação das proglotes
T. saginata 1000-2000 grávidas e maduras
proglotes e T. solium 800- 5. Ovo presente no meio
1000 proglotes.
Himenolepíase
externo (água e alimentos)

Proglotes grávidas. T. saginata e T. solium, da  Agente etiológico:


esquerda para direita. Hymenolepis nana e
Hymenolepis diminuta
Ovo  Hymenolepis nana mais
 Esférico; 30-35µm; casca comum no homem, é menor
estriada radial; oncosfera ou em relação à Taenia
embrião hexacanto; vive 4- saginata. Conhecida como
6 meses 20-30°C umidade “tênia anã”
50-80%; contamina água e  Hymenolepis diminuta
alimentos; infecta suínos, parasita comum de ratos e
bovinos e homem; raramente do homem 
microscopicamente é ação patogênica no homem
impossível identificar os é desprezível. Conhecida
ovos das duas espécies de como “tênia do rato”
Taenia  ovos de Taenia Morfologia
sp.  Forma adulta: 3-5cm;
Cisticerco (larva) 100-200 proglotes; escólex
 12mm após 4 meses de 4 ventosas (fixação à
infecção. mucosa e assimilação de
 T. solium: cysticercus nutrientes) e um rostro com
cellulosae: escólex, 4 uma fileira de acúleos.
 Ovo: mede em torno de movimento peristáltico
40µm. Membrana externa; liberando os ovos que serão
Membrana interna rica em eliminados nas fezes dando
lipídeos envolvendo a origem à um novo ciclo.
oncosfera; presença de 2 9. O ovo no solo ou na água é
mamelões em posições a forma resistente e
opostas dos quais parte infectante.
filamentos polares. Ciclo Heteroxênico ↔
 Larva cisticercoide: pulga ou caruncho ↔
mede cerca de 500µm; é o homem ou rato
embrião hexacanto; é
formada por um escólex 1) Ovos no meio externo são
invaginando por uma ingeridos por hospedeiros
membrana; está no luz do intermediários (pulga ou
lúmen intestinal. caruncho)
2) No intestino liberam a
Ciclo Biológico oncosfera que se transforma
Mais comum ciclo em larva cisticercoide
monoxênico: 3) As larvas chegam ao
homem ↔ meio intestino, desenvaginam e
fixam à mucosa
ambiente
1. Ingestão de ovos via água e 4) 20 dias: formas adultas
alimentos 5) Proglotes grávidas se
2. Rompem as membranas, desprendem do estróbilo,
libera oncosfera rompem em função de
3. Embrião hexacanto vai movimentos peristálticos,
penetrar na microvilosidade liberando ovos, que serão
à nível de jejuno eliminados nas fezes
4. 4 dias: desenvolve a larva 6) Caruncho (hosp.
cisticercoide intermediário) Homem
(hosp. definitivo)
5. 10 dias: sai madura, 7) Pulga (hosp. intermediário)
desenvagina-se, fixa na Rato (hosp. definitivo)
mucosa do intestino via
Transmissão: Ingestão de ovos
escólex mais colo da tênia
presentes nas mãos e alimentos
6. 20 dias: forma adulta
contaminados e ingestão de
7. Começa desprender
insetos (caruncho) contendo
(apólise) do estróbilo as
larva cisticercoide
proglotes grávidas repletas
de ovos Hábitat: a forma adulta vive no
8. As proglotes grávidas intestino delgado do homem, e
rompem em função do na cavidade geral do inseto
hospedeiro intermediário
(pulgas e carunchos de cereais)
Patogenia: as manifestações
clínicas são relacionadas com a
idade do paciente e quantidade
de formas parasitárias.
Manifestações clínicas em
crianças: anorexia, perda de
peso, agitação, insônia, dor
abdominal e diarreia.
Epidemiologia: cosmopolita,
mais frequente região de clima
temperado e subtropical (solo,
temperatura, humidade), a
prevalência em geral é baixa
(0,04 a 3,5%)
Profilaxia: higiene pessoal
adequada, lavagem e
cozimento dos alimentos,
tratamento dos indivíduos
infectados.
Tratamento: praziquantel (atua
mais especificamente em
helmintos); Nitazoxanida
(maior espectro).
Himenolepis diminuta
Forma adulta mede 20 a 40 cm,
apresenta escólex com 4 ventosas,
sem rostro e sem acúleos.
Ovos: maiores do que H. nana e
não possuem filamentos polares.
Infecção humana geralmente
assintomática, porém, pode
ocorrer diarreia em crianças.
O diagnóstico é feito pela
detecção de ovos nas fezes.
Elefantíase 2. Microfilária: 250-300µm.
Hospedeiro definitivo é o
homem. A eliminação da
 Wuchereria bancrofti  microfilária acontece nos
um dos agentes causadores linfonodos. Via linfa, ela
da Filariose linfática atinge a circulação nos
(elefantíase). capilares sanguíneos. O
 Endêmica em 73 países. critério diagnóstico
2014 começou uma morfológico é a bainha
campanha nacional de flexível. É uma estrutura
tratamento em massa, extracelular. É a forma
distribuição de infectante para fêmea Culex
medicamentos. Uma das quinquefasciatus
metas da ONU. (muriçoca).
 Único agente presente na
África e Américas.
 Em outros países há outros
agentes: Brugia malai
(China, sudeste asiático,
Indonésia, Filipinas e sul da
Índia) e Brugia timori (ilha
de Timor). 3. Larvas: é encontrada no
Morfologia vetor.
1. Forma adulta: hospedeiro -Larva de primeiro estágio
definitivo é o homem; (L1): 300µm
dimorfismo sexual, macho
3,5-4cm de comprimento, -Larva de segundo estágio
extremidade anterior afilada (L2): 600µm
e posterior enrolada -Larva de terceiro estágio (L3):
ventralmente; fêmea 7-10 1,5-2mm. É a forma
cm, extremidade posterior infectante para o homem,
afilada está na probócita (aparelho
Hábitat: sistema linfático, picador da muriçoca).
vasos e linfonodos.
Após a cópula a fêmea Hábitat
(vivípara) elimina a Formas adultas:
microfilária.
- Vasos linfáticos e linfonodos,
vivendo média de 4 a 8 anos
- Localização: cavidade
peritoneal, região pélvica.
. Cordão espermático, mamas e
braços.
Microfilárias: - Aumento de volume
- Aumento de peso
- Circulação sanguínea
- Perda parcial da
- Dia: capilares profundos funcionalidade
(nível pulmonar) - Alteração estética
- Noite: circulação periférica - Localização das larvas L3:
Pernas, braços, região
- 00h: pico de microfilaremia, abdominal (ascite linfática),
entre 23h-1h. (concentração túnica escrotal (hidrocele),
sérica), pode viver de 5 a 10 tórax (linfotórax), via
anos. urinárias (linfúria/quilúria).
Transmissão  Elefantíase: (+ 10 anos após
infecção)
 Picada da fêmea do - Processo inflamatório
mosquito Culex - Fibrose crônica do órgão
quinquefasciatus atingido com hipertrofia do
(muriçoca). tecido conjuntivo, dilatação
de vasos linfático e edema
linfático.
Fibrose é um reparo de tecido
Manifestações Clínicas quando um patógeno persiste no
tecido fibroso. São ativados
Manifestações Agudas fibroblastos que secretam fibras
1. Casos assintomáticos de colágeno. Há a perda de função
2. Casos sintomáticos do membro acometido.
- Febre e mal-estar  Progressão da doença:
- Linfangite retrógrada esclerose da derme e
(inflamação vasos), lembra hipertrofia da epiderme,
muito dor e desconforto de dando uma aparência típica
trombose. de elefante: aumento do
- Adenite (edema) região órgão, queratinização e
inguinal e axilar: rugosidade da pele.
inflamação e hipertrofia dos
gânglios linfáticos. Sequência de eventos da
- Linfonodo dolorido, Elefantíase
volume aumentado, 1. Linfangite (inflama
palpável ao exame clínico. vaso)
2. Linfadenite (inflama
Manifestações Crônicas linfonodo) acontece
 Linfedema (inchaço na área porque tem formas
do membro comprometido adultas instaladas.
afetada) Isso dificulta a
drenagem da linfa. O  Pode aparecer fenômenos
Sistema Linfático alérgicos como urticária.
recolhe 15% do
líquido do interstício
o restante é do
Epidemiologia
sistema venoso > o
sistema linfático não  Brasil: 49 mil pessoas
consegue recolher os infectadas Wuchereria
15% bancrofti;
3. Linfangiectasia  Áreas endêmicas: Maceió-
(dilata vasos) AL, Belém-PA, Região
4. Linforragia Metropolitana do Recife-
(extravasamento de PE.
linfa para o  Em Palmas tem pacientes
interstício) sendo acompanhados;
5. Linfedema (acúmulo alterações de adenite,
de líq. linfático no membro com edema e
tecido adiposo elefantíase.
causando edema de
membros) Diagnóstico
6. Esclerose da derme  Clínico:
7. Hipertrofia da - Regiões endêmicas =
epiderme e volume história clínica de febre
aumentado do órgão. recorrente associada a
Mais suscetível à infecção linfoadenopatia.
bacteriana ou fúngica.  Laboratorial:
- Método da gota
Lesões espessa: busca a
 Ação Mecânica: forma microfilária a partir do
adulta no sistema linfático sangue periférico.
no vaso e/ou no linfonodo Colhido entre 23h-1h
(linfangiectasia) e por punção capilar
derramamento linfático digital, corada (eosina-
(linforragia)  Edema Giemsa). Só utiliza 4
linfático gotas de sangue, é
 Ação irritativa: forma menos sensível.
adulta vaso linfático, - Concentração de
produtos metabolismo ou Knott (1939): 1º método
desintegração após a morte; de concentração. Coleta
1ml de sangue. Dilui em
processos inflamatórios 
9ml de formalina 2%.
Linfangite retrógrada e
Centrifuga
adenite.
2000rpm/10min para
limpar mais o material. espessa, pode ser
Sobrenadante removido realizado em qualquer
e sedimento lavado com horário.
formalina 2%. Repetir o - Desvantagem: elevado
processo até limpidez do custo.
sobrenadante, sendo este  Diagnóstico por
descartado e o imagem:
sedimento distribuído - Ultrassonografia,
em lâminas. Material detecta, monitora formas
fixado, corado e adulta e dilatação
analisado sob linfática; diagnóstico
microscopia. precoce e controle de
- Filtração em cura.
membrana de
Tratamento
policarbonato (1967):
sangue venoso 10ml, é Dietilcarbamazina (DEC):
mais sensível; passa 6mg/kg/dia, VO, 12dias (ativa
membrana (milipore ou contra microfilárias, possui ação
nucleopore) de diâmetro sob formas adultas)
de 13-25mm e poros de Ivermectina: 200-400µg/kg, dose
5-3 µm; vantagem é que única (atua sob microfilárias)
permite identificação
com baixa parasitemia Linfedema: exercitar membro
(qtd de microfilárias não afetado
detectáveis pela técnica Hidrocele deve ser feito
de gota espessa). cirurgicamente
Desvantagem é o custo
elevado já que a Elefantíase de membros: cirurgia
membrana é importada e plástica
descartável. Profilaxia
 Imunológico:
- Utiliza plasma ou soro; Tratamento de indivíduos
- ICT card test = teste de parasitados (alvo da ONU)
imunocromatografia  Controle vetorial
pesquisa IgG contra
antígeno presente no
sistema.
Estrongiloidíase
Melhoria das condições sanitárias

- ELISA direto  placa


com IgM contra
antígeno.  Duas espécies do gênero
- ELISA indireto Strongyloides são
- Vantagem: maior considerados infectantes:
sensibilidade que a gota
- Strongyloides stercoralis Partenogenética:
– Brasil. 0,05x0,03mm.
- Strongyloides fuelleborni Vida livre: 0,07x0,04mm
– África e Ásia. Interior dos ovos: larva L1
 Doença geomintose. (larva rabditóide,
identificada nos exames
Morfologia parasitológicos, não é
1. Fêmea infectante)  eclode no
partenogenética/direto: É intestino do homem
uma estrutura liberando a larva que será
hermafrodita. Causa eliminada junto com as
Estrongiloidíase. fezes. Pode ser observado
Corpo cilíndrico, 1,7- nas fezes
2,5mm comp., 30-40
ovos/dia, já larvados,
parasita o homem. A larva é
protegida por uma
membrana. O movimento os ovos em indivíduos com
peristáltico rompe a diarreia e após utilização de
membrana, a larvinha vai laxantes.
para o intestino. 5. Larva Rabditoide: 0,2-
Extremidade anterior 0,3mm, vestíbulo bucal
arredondada e posterior curto o que a diferencia das
afilada. larvas de ancilostomídeo
2. Fêmea de vida (bicho geográfico), que
livre/indireto: apresentam vestíbulo bucal
O,8-1,2mm comp., não alongado. Possui cauda
parasita o homem. pontiaguda. Eliminada
Encontrada no solo. junto às fezes.
Extremidade anterior 6. Larva Filarioide: é a
arredondada e posterior forma infectante. 0,35-
afilada. 0,5mm de comp., vestíbulo
3. Macho de vida bucal curto, porção anterior
livre/indireto: ligeiramente afilada e a
0,7mm de comp., não posterior afina-se
parasita o homem. gradualmente terminando
Encontrado no solo. em duas pontas  cauda
Extremidade anterior é entalhada. Está presente no
arredondada e a posterior é solo, sendo a forma
recurvada. infectante (L3) para o
4. Ovos: são elípticos, parede homem.
fina e transparente.
Se complementam pela
penetração ativa da larva
filarioide (L3) na pele
(mexendo no solo, sentado na
areia) e/ou mucosa oral ou
gástrica do homem (ingerir o
alimento que está infectado) 
L3  corrente circulatória ou
Ciclo de Vida linfa  pulmão: muda para L4
 L4 migra para árvore
Monoxênico: homem – meio
brônquica  faringe: expelida
ambiente.
ou deglutida  intestino
1. Ciclo direto ou delgado  fêmea
Partenogenético: partenogenética 
- Larva rabditoide (L1) eliminada oviposição(eliminação de
com as fezes sofrem muda (L2) e ovos): ovos larvados eclodem
posteriormente origina larva no intestino  larva rabditoide
infectante filarioide (L3). (L1, que pode ser 1n, 2n ou 3n)
 eliminada junto com as
- Larva haploide  Macho de
fezes (estágio diagnóstico).
vida livre
Hábitat: Criptas da mucosa
- Larva diploide  Fêmea de vida duodenal e porção superior do
livre jejuno.
- Larva triploide  Larva Transmissão
filarioide (L3)
Heteroinfecção: penetração larva
2. Ciclo indireto ou de vida filarioide (L3) na pele, mucosa da
livre (fase no meio boca e esôfago  + frequente.
externo).
Auto infecção externa: larvas
Machos e fêmeas sexualmente rabditoides  região perianal
maduros, originados do ciclo transforma em L3  penetra a
direto, são responsáveis pelo pele da região perineal
ciclo indireto. completando o ciclo direto 
Após fecundação a fêmea crianças, idosos, pacientes
elimina ovos e no interior internados que defecam na fralda,
destes se encontra a larva roupa ou indivíduos que não
rabditoide (L1 3n) que sofre consegue fazer higiene e deixam
duas mudas, originando a larva restos fecais na região perianal.
filarioide infectante (L3). Auto infecção interna: larva
3. Ciclos direto e indireto: rabditoide  luz intestinal
transforma em L3  penetra na
mucosa intestinal e completa ciclo Disseminada (+grave): neoplasia
direto  pessoa com constipação malignas, imunocomprometidos,
que é observado retardo da íleo paralítico ou constipação
eliminação do material fecal. intestinal que favorece a
autoinfecção; grande produção de
Manifestações Clínicas
larva filarioide e rabditoide no
Cutânea: inflamação local da intestino, em que alcança a
penetração ou no subcutâneo circulação e atinge vários órgãos.
determinando aspecto serpiginoso Locais: intestino, pulmões, rins,
com prurido, lesão caracterizada fígado, vesícula biliar, coração,
como larva currens. Migra 5- cérebro, pâncreas, próstata,
15cm/h glândula mamária e linfonodo.
Pulmonar (larvas): tosse e Sintomas: dor abdominal, diarreia
dispneia, pneumonia, edema intensa, pneumonia hemorrágica,
pulmonar e insuficiência insuficiência respiratória, óbito.
respiratória. Sintomatologia crônica da
Intestinal: fêmea partenogenética, Estrongiloidíase
ovo e larva. Anemia, diarreia, fraqueza,
Enterite catarral: parasito emagrecimento, irritabilidade,
localizado em criptas de insônia, dor no hipocôndrio direito
glândulas, gera inflamação leve, simulando úlcera gástrica.
aumenta produção de muco. Epidemiologia
Enterite edematosa: parasito nas  Clima tropical e temperado,
túnicas da parede intestinal, gera região quente e úmida.
reação inflamatória com edema,  Trabalhadores rurais e
síndrome de má absorção, agricultoras.
desaparece o relevo mucoso.  Países tropicais: infecção >
Enterite ulcerosa: inflamação, em crianças.
ulceração gera tecido fibrótico,  Contaminação de solos com
rigidez de mucosa intestinal, fezes.
alteração de peristaltismo,  Temperaturas entre 25 a
chamado de íleo paralítico, essa 35°C
condição é irreversível. Invasão  Solo arenoso, úmido, rico
bacteriana: septicemia. Sintomas: em matéria orgânica e com
diarreia, desidratação, náusea, ausência de luz direta.
vômito, emagrecimento,
Profilaxia
esteatorreia (presença de gordura
nas fezes), choque hipovolêmico  Usar calçados
(pode ser fatal)  Lavar adequadamente os
alimentos consumidos
 Melhora o hábito higiene
pessoal
 Tratar indivíduos infectados
 Saneamento básico
Enterobíase
 Educação sanitário
Diagnóstico  Linneu em 1758 como
Larvas de S. stercoralis podem ser Ascaris vermiculares.
pesquisadas em:  Lamarrck em 1803 como
Oxyurus vermiculares.
 Fezes (larva rabditoide):  Leach em 1853 como
utilizar o método de Gênero Enterobius,
Baerman-Moraes. denominado como
 Secreção pulmonar (larva Enterobius vermiculares.
filarioide): exame direto do
 Enterobíase = Enterobius
escarro ou lavado bronco
vermiculares.
alveolar.
 Remédio específico para
 Métodos imunológicos:
Enterobíase = Oxyurus
ELISA, Imunofluorescência
vermiculares.
Indireta  detecção de
anticorpos. Morfologia
Tratamento I. Formas adultas: dimorfismo
sexual, visível
Tiabendazol: 50 mg/kg/dia, 3 dias
macroscopicamente, cor
Albendazol: 400mg/dia, 3 dias branca, aspecto filiforme, e
presença de vesículas (asas
Nitazoxamida: 500mg/ (2x ao dia,
cefálicas ou aletas
por 3 dias) ou suspensão
cervicais) na cavidade
(7,5mg/kg, 2x ao dia, 3 dias)
anterior.
Ivermectina: 200 µ/kg, dose única Macho: 3-5mm, parte
posterior enrolada,
ligeiramente encurvada
Fêmea: 8-12mm, região
posterior afilada, 11.000
ovos no útero.
II. Ovo: 20-30µ x 50-60µm,
achatado de um lado,
presença de embrião, possui
três membranas que
protegem as células
germinativas. Externa
(albumina), média (quitina)
e interna (lipídeos). Ficam
viáveis na poeira por 3 dias Sintomatologia: prurido anal
no seco e 3 semanas em intenso (noturno), diarreia, dor
local úmido. abdominal, nervosismo, insônia e
eosinofilia
Ciclo biológico:
Epidemiologia
monoxênico
Cosmopolita; clima temperado,
Entre homem e meio ambiente
somente ser humano é afetado (5 a
Ingestão de ovos embrionados  15 anos), transmissão doméstica e
alimentos, água ambientes coletivos fechados
(creches, escolas, enfermarias
Rompimento de membranas no
infantis). Se uma criança está
intestino delgado, eliminando a
parasitada, o parasito se espalha
larva que cresce para adulto
facilmente.
macho ou fêmea, após a cópula,
os ovos vão ser eliminados nas Diagnóstico
fezes, é uma forma de diagnóstico. Clínico: prurido anal noturno
Hábitat: machos e fêmeas vivem Laboratorial: método de Graham
no ceco (início do intestino para pesquisa de ovos. Sem dar
grosso); fêmeas com ovos migram banho na criança, coletar material
para região perianal, que geram perianal com a fita do método de
prurido anal intenso. Graham. Os ovos vão ficar
Mulheres: vagina, útero e bexiga. grudados na fita adesiva. Colar a
fita numa placa.
Transmissão:
Outras técnicas de concentração
 Heteroinfecção.
revelam cerca de 5-10% dos casos
 Autoinfecção externa  positivos.
ovo  boca.
 Autoinfecção interna 
eclosão (perianal)  ânus Tratamento:
 ceco  formas adultas
Nitazoxanida: 500mg (2x ao dia,
(retro infecção).
por 3 dias)
Patogenia
Pamoato de pirvínio: 10mg/Kg,
Maioria assintomático dose única
Processo inflamatório no apêndice Mebendazol: 100mg 2x ao dia, 3
e ceco  ação mecânica irritativa dias.
Ato de coçar: lesão bacteriana Profilaxia:
secundária Tratamento de parasitados
Órgão genitais femininos: vaginite Higiene pessoal
Esquistossomose
Roupa de dormir e de cama do
hospedeiro não deve ser sacudida
e sim enrolada e lavada em água
fervente, diariamente.

Agente Etiológico: Schistosoma c) Longevidade (miracídio): 3-


mansoni 4 semanas, após eliminar.
Hospedeiro definitivo: Homem Caso não ecloda na água,
Espécies transmissoras na morre.
América: B. glabrata, B. Miracídio:
tenagophila, B. straminea. a. 180x60µm. Anterior (cone)
Forma infectante HI: miracídio ajuda na invasão ao
Hábitat caramujo biomphalaria: caramujo
água parada e brejo b. Revestido por células
pavimentosas ciliadas
Morfologia c. Longevidade na água de 8-
Helmintos adultos: 10h
a. Macho: 1x0,1 cm. Corpo d. Invasão ao corpo do
anterior (ventosa oral e caramujo  esporocisto
ventral ou acetábulo), e. Sai do corpo do caramujo
posterior (canal ginecóforo,  cercaria.
serve para alojar fêmea para Cercária:
cópula). a) 0,5cm.
b. Fêmea: 1,2 a 1,6x 0,016cm. b) Os estágios no caramujo
Corpo anterior (Ventosa incluem duas gerações de
oral e acetábulo), posterior esporocistos
(vulva, útero, glândulas c) 1000 a 3000 são eliminadas
uterinas) por dia do caramujo, entre a
c. Obs: após a cópula eles 4 e 5 semanas
estão na veia porta intra- d) Longevidade até 2 dias
hepática. A fêmea migra e) Decai a infectividade
para a veia mesentérica f) Corpo e cauda bifurcada
inferior e deposita os ovos Esquitossômulo
lá. a. Fase intermediária entre a
Ovos: Cercária e a forma adulta
a) 150x60µm, espinho lateral b. Presente no local de
(espéculo) penetração de 2-3 dias
b) Após oviposição, embrião c. Encontra-se no sistema
imaturo leva de 6-7 dias porta intra-hepático em 8
para formar miracídio, dias
segue 3 caminhos: veia d. Em 30 dias atinge a
porta intra-hepática, maturidade sexual
capilares e mucosa do TGI. e. Origina um macho ou uma
fêmea
Hábitat: formas adultas vivem no fase aguda. Hematêmese.
sistema porta intra-hepático na Fibrose periportal gera
veia mesentérica inferior obstrução nos ramos intra-
Transmissão: penetração das hepáticos > varizes
cercarias na pele e mucosa. Estão esofagianas > ruptura >
mais ativos 10-16h hemorragia > óbito.
5) Sistema porta > obstrução
Patogenia pré-hepática, hepática e
Fase aguda pós-hepática > varizes
1) Alterações cutâneas: esofagianas e ascite (barriga
dermatite cercariana d’água, líquido na cavidade
(esquistossômulos) – 2 a 3 abdominal)
dias 6) Forma Hepatoesplênica
2) Alterações gerais: Descompensada: estado
eliminação dos ovos e geral comprometido,
disseminação  fígado, manifesta insuficiência
intestino pulmão, baço, hepática, espleno e hepato
pâncreas, coração. megalias, ascite, varizes
3) Formação de granulomas: esofagianas, hematêmese,
característica de processo anemia acentuada e
inflamatório crônico. desnutrição.
4) Sintomas: febre, intensa 7) Alterações da fase crônica:
eosinofilia, linfoadenopatia, granulomas e fibrose
hepatoesplenomegalia, periportal
diarreia (10-15x por dia),
muco/sangue. Epidemiologia:
Fase crônica  Ampla distribuição
1) Forma intestinal: perda de geográfica (África, Antilha,
apetite, dor abdominal América do Sul)
difusa, diarreia com sangue.  Meio ambiente favorável
Retossigmoidoscopia: (temperatura, umidade)
mucosa edemaciada e  Susceptibilidade do
tumefeita, granulomas, molusco
2) Forma Hepatointestinal:  Pessoas infectadas
diarreia, dor epigástrica, eliminando ovos viáveis
hepatomegalia, fibrose  Áreas endêmicas: RN, PB,
periportal (ocorre perda de SE, BA, MG e ES
elasticidade).
3) Biópsia retal da veia irá Diagnóstico
encontrar hipertensão, ovos  EPF: retira fragmentos da
e granuloma. mucosa retal: pesquisa ovos
4) Forma Hepatoesplênica: e granulomas. Para casos
ocorre 10-15 anos após a
suspeitos quando o exame
deu negativo
 Biópsia Hepática:
fragmento de tecido obtido
cirurgicamente ou mediante
punção: pesquisa ovos ou
granulomas.
 Métodos Imunológicos:
ELISA, Imunofluorescência
Indireto
 Ultrassom do abdômen:
detectar alterações
hepáticas
 Raio-X do tórax:
hipertensão arterial
pulmonar
 Endoscopia digestória alta:
varizes gastroesofágicas

Profilaxia
 Saneamento básico
 Educação sanitária
 Controle dos moluscos
(niclosanida, n-
tritilmorfoilina)
 Limpeza sistema de
irrigação a céu aberto,
secagem periódica
 Tratar população infectada

Tratamento
 Praziquantel (Cestox)
 Oxamniquine (Mansil)
 Após 4 meses, repetir
EPF. Colher três
amostras, em dias
alternados.

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