MOTORES TÉRMICOS

Motor Wankel (Rotativo) – Ciclo Otto

(Continuação)

20  J. Carlos Lopes da Costa

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Determinação do ηt do Ciclo Otto

4
v3
p Explosão T 4
Q1
T2
Q1 v2
Expansão
3
Q=0

W W 5

3
patm
Compresão
Q=0 Escape v3
Q2
Admissão 5 1ou7 2ou6
Q2
patm 1ou7 Q=0
2ou6
v1 v2 v s3 s4
Escape
(Q=0) (Q=0) s
(continuação)

v1 v2

T 
T2  5 − 1
Q1 = cv (T4 − T3 ) Q − Q2
⇒ ηt = 1
c (T − T2 )
= 1− v 5 =1−  2
T 
Q2 = cv (T5 − T2 ) Q1 cv (T4 − T3 ) T 
T3  4 − 1
 T3 

T2
T5 T4 η = 1−
Pode-se demonstrar (*) que: T = T ⇒ t T3
2 3

Por outro lado, como a evolução 2-3 é adiabática: (*) Demonstração:

Evoluções 2-3 e 4-5 são

p 2 v 2γ = p3 v3γ γ −1 adiabáticas ⇒
T2  v 3 
TR TR ⇒ T2 v 2γ −1 ⇒ T3 v 3γ −1 ⇒ =  ⇒ T3 v3γ −1 = T2 v 2γ −1
p 2 = 2 ; p3 = 3
v2 v3 T3  v 2 
T4 v 4γ −1 = T5 v5γ −1
v2 Como v3=v4 e v2=v5
v 
γ −1
Como: =ρ⇒ γ −1
η t = 1 −  3  v3 1 T3 T2
 v2 
ηt = 1 −   ⇒ =
T4 T5
(taxa de compressão) ρ
 
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Ciclo Otto Teórico Æ p4=pmax 4

Ciclo Otto Real

p3
‰ Ciclo Teórico ou Ciclo Ideal: 3

W
• Fluido: ar ideal– gás
perfeito
cp = 1009 J/kgK 5
patm 1ou7
cv = 720 J/kgK 2ou6
cp v1 v2 v
γ =
cv
• Supõe-se compressão e expansão
adiabáticas (o que não acontece na prática) ⇒
Desempenho do ciclo máximo

‰ Ciclo de Ar real :

• Fluido: Ar real ⇒ cp e cv variam com

temperatura e pressão.

Exemplo: Se temperatura aumentar ⇒

cp e cv Aumentam ⇒
Ar absorve mais calor ⇒

Conclusão: No final da compressão Tmax e pmax

serão menores (T3 e T4 mais baixos)

⇒ W e ηt Baixam

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‰ Ciclo de Ar + Combustível

• Fluido: Nota:

ƒ Ar + Combustível: na admissão e Ar : 79% N2 + 21% O2

+ resíduos de H2O +
compressão. outros
Combustível:
ƒ CO2, CO, H2O, N2,…: na expansão e hidrocarbonetos (CnHm)
escape. + aditivos + impurezas

• Estas misturas têm cp e cv > cp e cv do ar

⇒ Tmax e pmax baixam

⇒ W e ηt reduzem-se

• Existindo dissociação a altas

temperaturas (o que se verifica muitas vezes):
C + O2 CO2 ⇒ Q1 baixa
⇒ W reduz-se
2H2 + O2 2H2O

‰ Ciclo Real ou
p
Ciclo 4
Indicado
Valores de p4=pmax 4
pressão
medidos em
funcionamento 3
real. p3
3

W
Wperdido
5
1ou7 5
patm
2ou6
v1 v2 v
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Análise do Ciclo Real Etapa a

Etapa patm

p
Î Admissão
• Para que o cilindro se encha na
admissão:
p < patm

p
Velocidade do pistão
Aumento da Velocidade
Muitíssimo lenta 1
(Ciclo Ideal) patm=1atm 2
Motores muito rápidos: padm=0.4atm

v1 v2 v
Wperdido
PMS PMI
• O escape dos produtos da combustão nunca
é completo. Quando o pistão desce para a
admissão, ainda existem gases residuais sob
Nota:
pressão, que não deixam entrar mistura fresca:
PMS: Ponto Morto

Só após a expansão dos gases residuais entra Superior. Limite

superior do curso do
mistura fresca. pistão.
PMI: Ponto Morto
Inferior. Limite
p Ideal
inferior do curso do
pistão.

1
2
PMS Real PMI

Expansão dos Gases de Escape v

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Conclusão:
Á medida que:
ƒ Veloc. de rotação do motor sobe ⇒
ƒ Enchimento do cilindro piora ⇒
ƒ Caudal de Mistura diminui ⇒
ƒ Calor Fornecido Q& 1 reduz-se W
•
Teórica
ou
Pot.
Consequências:

• Potência (ou W& ) diminui

Real

• Como a mistura é mais pobre a

combustão é mais lenta ⇒ Evolução
3Æ4 menos isocórica. ω (rpm)

Que medidas tomam os construtores de motores

para melhorar a admissão?
Î Válvulas à cabeça – Abandono de soluções
que obriguem a mistura a percursos tortuosos.

Î Válvulas de admissão maiores: geralmente

são maiores que as de escape.

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Î Válvulas de admissão duplas.

Exemplos: motores 4 cilindros (vistas das
cabeças dos cilindros por cima)
8 Válvulas 12 Válvulas 16 Válvulas
(Clássico) (3 por cilindro) (4 por cilindro)

Admissão Escape Admissão Admissão Escape

Î Alimentação separada dos diversos

cilindros:
Se a mistura para vários cilindros sair de um só
carburador*, haverá maiores resistências à Nota:

passagem do ar; logo piora a admissão. * Carburador:

dispositivo destinado
produzir mistura, i.e.,
Mais carburadores (ou carburadores de duplo a misturar
corpo) alimentam melhor vários cilindros. combustível na
corrente de ar que vai
para o motor. O
Î Colectores (condutas de entrada e saída dos acelerador actua
gases no motor) de maiores diâmetros: sobre o carburador,
aumentando ou
o Conduta admissão ↑ ⇒ perda de carga↓ ⇒ p admissão↑ reduzindo a
passagem de ar e
o Conduta de escape ↑ ⇒ p. de carga↓ ⇒ gases residuais saem
combustível para o
com maior facilidade ⇒ p gases residuais ↓ motor.

Î Avanço na abertura das válvulas de

admissão: para que a entrada da mistura se
inicie o mais cedo possível (perto do PMS).
Î Atraso no fecho das válvulas de admissão:
Aproveita-se assim a inércia (energia cinética)
do escoamento de entrada da mistura ar +
combustível.

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