Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Belo Horizonte
2019
Charles Martins Magalhães
Crislainde Rocha Machado
Thamires Cardozo Silva
Belo Horizonte
2019
Charles Martins Magalhães
Crislainde Rocha Machado
Thamires Cardozo Silva
___________________________________________________________________________
Prof. Rogério Jorge Amorim, D.Sc. – PUC Minas (Orientador)
___________________________________________________________________________
Prof. Marcley Lazarini Pereira, M.Sc – PUC Minas (Banca examinadora)
___________________________________________________________________________
Prof. Marco Aurélio Mendes Justino, D.Sc. – PUC Minas (Banca examinadora)
A Deus que nos fortificou e mostrou o caminho todas as vezes que estávamos com medo de
nos perder.
Ao Charles, que com maestria nos deixou munidas de informações para seguir com nosso
trabalho.
Aos professores Rogério Amorim, Marco Justino, Claudinei e Mara Reis, que não mediram
esforços em nos dar suporte.
Pelo apoio do professor José Rubens, que mesmo não sendo nosso orientador, foi quem mais
nos incentivou quando ficamos desanimados com os custos do projeto.
Ao Vinicius Moreira e Rafael Otto, que nos acompanharam em todos os testes, além de todos
os conhecimentos compartilhados.
Ao Wellington que abraçou nosso trabalho e o levou para dentro da Petronas, tornando-o
possível através da parceria com o óleo lubrificante e suas análises, junto ao CPMEC e IPUC
que também viabilizaram os combustíveis.
A Julia que foi crucial para que nossas análises de óleo lubrificante fossem realizadas dentro
do prazo que precisávamos.
A Marcela, orientadora da Julia, que também nos auxiliou para que os combustíveis fossem
viabilizados pelo IPUC.
A Mari que ensinou, ajudou e incentivou muito para que não desistíssemos da formatação
ANBT.
Palavras-chave: Lubrificante, Ciclo Diesel. Ciclo Otto, Desgaste, Etanol, Óleo Diesel.
ABSTRACT
This work presents an experimental analysis of the lubricating oil of an internal combustion
engine working on the Diesel and Otto cycles. This propellant was originally designed to
operate on the Diesel cycle, but was adapted to operate also on the Otto cycle, using hydrous
ethanol fuel. In order to ensure the proper functioning of the engine, it is essential to work
with the appropriate lubricant and with a low level of contamination. The use of improper
lubricant, out of specification or with contaminants, can cause accelerated wear, poor
performance and even overheating of the engine. For this reason, the proposal was to carry
out analyzes to identify possible changes in the physicochemical properties of the oil due to
the operation with different fuels. The analyzes of the lubricating oil were verified the
following parameters: appearance, water determination, 21-element spectrometry, oxidation,
nitriding, sulfation, soot, viscosity at 40ºC and 100 ° C, basicity total and dilution by fuel. The
integrity of the used fuels, diesel and EHC was analyzed by means of the following tests:
appearance, specific mass at 20ºC, flash point, biodiesel sulfur content, 10%, 50% and 95%
This work aimed the foundation for the improvement of the design of the engine and to assist
in the analysis of its safety, reliability and useful life.
Key words: Lubricant, Diesel Cycle. Otto Cycle, Wear, Ethanol, Diesel Oil.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURA 1: Motor de combustão interna do ciclo Diesel com vista dos componentes .......... 30
FIGURA 2: Representação dos tempos do motor ciclo Otto ............................................... 313
FIGURA 3: Adaptação do dreno ...................................................................................... 3343
FIGURA 4: Motor gerador de ciclos Diesel e Otto ............................................................. 455
FIGURA 5: Diagrama esquemático Motor gerador ............................................................ 456
FIGURA 6: Diagrama esquemático Motor gerador (modificado) ....................................... 457
FIGURA 7: Temperatura ambiente x Tempo ........................................................................ 53
FIGURA 8: Temperatura de arrefecimento x Tempo ............................................................ 54
FIGURA 9: Temperatura de exaustão x Tempo .................................................................... 54
FIGURA 10: Temperatura no Cárter x Tempo ..................................................................... 55
FIGURA 11: NO x Tempo ................................................................................................... 55
FIGURA 12: NOx x Tempo .................................................................................................. 56
FIGURA 13: O2 x Tempo .................................................................................................... 56
FIGURA 14: CO x Tempo ................................................................................................... 57
FIGURA 15: CO2 x Tempo .................................................................................................. 57
FIGURA 16: Resultados das análises do EHC...................................................................... 60
LISTA DE QUADROS
CO Monóxido de carbono.
HC Hidrocarbonetos.
O2 Oxigênio.
𝑇 Temperatura (K).
1 INTRODUÇÃO 19
2 OBJETIVOS 21
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 23
4 FUNDAMENTOS TEÓRICOS 29
4.1 Motores de combustão interna 29
4.1.1 Ciclo Otto 31
4.1.2 Ciclo Diesel 32
4.2 Combustível 33
4.2.1 Óleo Diesel 34
4.2.2 Etanol Combustível 35
4.3 Tribologia 36
4.4 Lubrificação 37
4.5 Óleos lubrificantes 37
4.5.1 Propriedades físicas dos óleos lubrificantes 38
4.5.1.1 Cor 38
4.5.1.2 Viscosidade 38
4.5.1.3 Demulsibilidade 39
4.5.1.4 Números de Ácidos e Números de Base 40
4.5.1.5 Oxidação 40
4.5.1.6 Ponto de fulgor 41
5 METODOLOGIA 43
5.1 Grupo motor-gerador 44
5.2 Limpeza do sistema de lubrificação e parametrização 48
5.3 Procedimento de coleta de óleo 49
5.3.1 Materiais para coleta 49
5.3.2 Métodos de coleta de óleo lubrificante 49
5.4 Análises do óleo lubrificante 50
5.5 Ciclo de ensaios – Óleo Diesel e EHC 51
6 RESULTADOS E ANÁLISES DE RESULTADOS 53
6.1 Análise do óleo diesel 58
6.2 Análise do EHC 59
6.3 Análise do óleo lubrificante 59
7 CONCLUSÃO 63
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 64
APÊNDICE A – ANÁLISE DE INCERTEZA DAS MEDIÇÕES 68
APÊNDICE B – VALORES MÉDIOS E INCERTEZAS PARA TESTE COM ÓLEO
DIESEL 85
APÊNDICE C – VALORES MÉDIOS E INCERTEZAS PARA TESTE COM ETANOL
86
APÊNDICE D – PARÂMETROS OBSERVADOS NOS CICLOS DO MOTOR 87
APÊNDICE E – VALORES MÉDIOS E INCERTEZAS DAS TEMPERATUTAS
PARA TESTE COM ETANOL 88
ANEXO A - FICHA TÉCNICA DO ÓLEO LUBRIFICANTE URANIA SE 3000 15W40
89
ANEXO B - ESPECIFICAÇÃO DO ÓLEO DIESEL DE USO RODOVIÁRIO 90
ANEXO C- RESOLUÇÃO ANP Nº 19, DE 15.4.2015 - DOU 16.4.2015 93
ANEXO D- ESPECIFICAÇÃO DO ETANOL COMBUSTÍVEL 97
ANEXO E- ANÁLISE DO ÓLEO DIESEL 98
ANEXO F- ANÁLISE DO ETANOL HIDRATADO COMBUSTÍVEL 100
ANEXO G - ANÁLISE DO ÓLEO LUBRIFICANTE 15W40 NOVO 101
ANEXO H - ANÁLISE DO FLUSING NO ÓLEO LUBRIFICANTE OPERANDO NO
CICLO DIESEL 102
ANEXO I - ANÁLISE DO ÓLEO LUBRIFICANTE EM 30 HORAS NO CICLO
DIESEL 104
ANEXO J - ANÁLISE DO ÓLEO LUBRIFICANTE EM 60 HORAS NO CICLO
DIESEL 106
ANEXO K - LAUDO TÉCNICO NO CICLO DIESEL 107
ANEXO L - ANÁLISE DO FLUSING NO ÓLEO LUBRIFICANTE OPERANDO NO
CICLO OTTO 108
ANEXO M - ANÁLISE DO ÓLEO LUBRIFICANTE EM 15 HORAS NO CICLO
OTTO 109
ANEXO N - ANÁLISE DO ÓLEO LUBRIFICANTE EM 25 HORAS NO CICLO
OTTO 111
ANEXO O – LAUDO TÉCNICO DO ÓLEO LUBRIFICANTE OPERANDO NO
CICLO OTTO- FLUSHING 112
ANEXO P – LAUDO DO ÓLEO LUBRIFICANTE EM 15 HORAS NO CICLO OTTO
113
ANEXO Q – LAUDO DO ÓLEO LUBRIFICANTE EM 25 HORAS NO CICLO OTTO
114
19
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo geral, verificar se o óleo lubrificante convencional
pode ser usado em alta razão de compressão em um motor adaptado para ciclo Otto,
utilizando etanol hidratado combustível (EHC) injetado indiretamente.
Propõem-se ainda como objetivos específicos:
1) instalar o sistema de dreno do óleo no motor, para realizar as trocas em cada etapa
de teste.
2) comparar os resultados obtidos nas análises do óleo lubrificante do motor operando
no ciclo a Diesel com os resultados das análises do óleo lubrificante com o motor operando no
ciclo Otto.
22
23
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Tanto o funcionamento dos motores do ciclo Diesel como do ciclo Otto, são passíveis
de desgastes. De acordo com Tomanik (2000), os tipos mais comuns de desgastes ocorrem
por:
Deslizamento: pressões hidrodinâmicas insuficientes para garantir a separação entre
dois corpos lubrificados, fazendo com que asperezas suportem a pressão de contato,
que pode desencadear o scuffing (parte macroscópica de um material transfere para o
outro devido ao contato aumentando a rugosidade da superfície).
Desgaste abrasivo: superfícies com partículas duras pressionadas e deslizando sobre
outra.
Desgaste corrosivo: misturas óleo mais combustível e suas propriedades químicas
reagem com o motor.
Desgaste por cavitação: pequenos danos causados por bolhas de vapor à depressão do
filme de óleo relacionada com a pressão de saturação dos gases vaporizados.
Desgaste por fadiga de contato: causado pelo contato plástico entre asperezas, que
ocasiona o desgaste.
Desgaste por erosão: causado pelo contato entre partículas sólidas em um fluído.
Satgé De Caro et al. (2001) desenvolveram um estudo para combinar dois aditivos
com mistura diesel-etanol para uso em motores Diesel. O trabalho usou dois aditivos
orgânicos multifuncionais que apresentavam propriedades físico-químicas relacionadas à
injeção, ignição e combustão de misturas entre 10% e 20% de etanol. Os resultados
mostraram que as desvantagens em se usar mistura diesel-etanol foram compensadas com o
uso de aditivos. Agindo simultaneamente, os aditivos reduziram a tensão interfacial em meio
líquido (homogeneidade da mistura diesel-etanol) e a tensão fluido-metal (lubrificação). Além
disso, o uso dos aditivos justifica qualquer que seja a concentração de etanol usada na mistura
entre 10% e 20%. Notou-se uma redução, considerada bem baixa pelos autores, na potência
máxima do motor. Os autores finalizam esse estudo identificando que o uso da combinação
desses dois aditivos é uma vantagem no ponto de vista da mistura diesel-etanol, pois permite
um baixo nível de massa de 2% na mistura diesel- etanol.
Suppes et al. (2001) explicam que, quando se deseja melhorar a qualidade da ignição
dos óleos diesel, se altera o número de cetano, já que essa qualidade impacta no desempenho
do combustível.
24
Houve aumento do índice de viscosidade nos veículos abastecidos com óleo diesel. O
autor afirma que esse aumento provavelmente ocorreu devido à diluição do óleo lubrificante
pelo biodiesel. Na pesquisa, os valores da nitretação encontrados nos veículos articulados e
biarticulados abastecidos com biodiesel foram menores. Segundo Pereira (2015), a nitretação
aumenta com o envelhecimento do óleo lubrificante.
Realizou-se a análise para a oxidação que, de acordo com o autor, é maior para os
veículos abastecidos com biodiesel. Ainda segundo o estudo, o aumento do teor de biodiesel
aumenta a oxidação, ocorrendo grandes reações oxidativas no lubrificante. As pesquisas dos
autores Stepien, Urzedowska e Czerwinski (2014) foram comparadas com os resultados da
oxidação obtidos na análise e a conclusão é a mesma: a oxidação aumenta em motores
abastecidos com biodiesel.
Além disso, as análises identificaram que a concentração de ferro foi menor nos
veículos que utilizam o biodiesel, quando comparada com os veículos que utilizam diesel.
Notaram se maiores concentrações de chumbo nos veículos abastecidos com diesel. O autor
conclui que esse aumento da concentração do chumbo se deve ao maior desgaste nos mancais
da biela e mancais principais. A concentração de alumínio encontrada foi menor nos veículos
abastecidos a biodiesel. Conforme o autor, isso significa que nesses veículos há um menor
desgaste em componentes como pistões e intercoolers. O teor de cromo encontrado nas
amostras do óleo lubrificante foi menor nos veículos abastecidos com B100 do que com óleo
diesel. Nesse caso, o autor conclui que essa concentração de cromo pode ser proveniente do
desgaste dos anéis do pistão, das camisas dos cilindros, bem como de possíveis vazamentos
do sistema de arrefecimento do motor.
Durante o processo de análise, foi drenada uma amostra do óleo com 15.000 km.
Nessa altura, foi identificado que a diferença no percentual de TAN (Número de acidez total)
e TBN (Número de basicidade total) não se alterou quando comparado com os resultados do
óleo novo. Quando as amostras de óleo foram retiradas a 23.000 km, identificou-se que os
valores de TBN estavam 8,3% menores para o B20 e que os valores de TAN estavam 3,8%
maiores para os ônibus abastecidos com a mistura de diesel e 20% biodiesel (B20), em
comparação com a mistura diesel e 5% biodiesel (B5). O autor explica que o aumento do
TAN e o decréscimo do TBN já eram esperados em sua pesquisa e que esses resultados se
acentuam quando se trata do uso do biodiesel.
26
O uso de lubrificantes de baixa viscosidade pode levar a uma alta taxa de desgaste.
Visando melhorar os aditivos de lubrificantes, Rejowski et al (2016) realizaram um estudo em
que avaliaram os desgastes de alguns componentes em motores Diesel para serviços pesados.
Analisou-se a viscosidade do óleo SAE 10W-30 High Temperature High Shear (HTHS 2,9 cP
a 100º C) operando por 50 horas. Os resultados foram comparados com os obtidos a partir de
um lubrificante de maior viscosidade, o SAE 15W-40 (HTHS 3.7 cP). Ao final de 500 horas
de testes, observou-se que o número de base (BN) e o número ácidos (AN) permaneceram em
condições regulares em ambos os óleos. Após 500h sem troca de óleo, o óleo 10W-30 atingiu
os mesmos valores de AN e BN, aproximando-se do limite de mudança, porém este obteve
um decaimento de BN e AN inferior ao decaimento do óleo 15W-40. A viscosidade de ambos
os óleos estava dentro das especificações SAE durante as 500 horas de testes. Na análise de
presença de metais para o óleo de baixa viscosidade, foi identificado um aumento
considerável no teor de Ferro em 171 ppm e um pico de Cobre a 220 ppm em 200h no teste
do motor. Dessa forma, os autores constataram que o acúmulo desses metais foi maior no óleo
de baixa viscosidade, em que a drenagem aconteceu em um intervalo de tempo mais longo.
Apesar de identificar desgaste nos anéis do pistão, a análise conclui que o desgaste é menor
com óleo a baixa viscosidade do que com óleos com maior viscosidade.
Em outro estudo, Wang et al. (2017) avaliaram os efeitos da viscosidade na
morfologia e na grafitização do óleo diesel. A análise da viscosidade foi realizada adotando
três óleos lubrificantes com viscosidade distintas. Já o estudo da morfologia e da grafitização
foram auxiliados pelo uso de um Microscópico Eletrônico de Transmissão e Espectroscopia
Raman.
Ao final do estudo, observou-se que os diâmetros médios das partículas do óleo diesel
tendem a ser menores a 1600 rpm e 2200 rpm. O grau de grafitização aumentou com a
viscosidade aumentada a 1600 rpm e 2200 rpm. Os resultados indicam que a estrutura das
partículas foi menos ordenada quando foi usado o lubrificante de maior viscosidade.
O principal agente responsável por minimizar os impactos do atrito é o óleo
lubrificante. A lubrificação dos componentes mecânicos em um motor de combustão interna
garante um aumento considerável da vida útil de todo o sistema (YADAV; TIWARI; JAIN,
2018).
Justino (2018) avaliou o funcionamento de um motor de combustão interna, acoplado
a um alternador, que originalmente operava no ciclo diesel e foi modificado para operar
também no ciclo Otto, tendo utilizado EHC como combustível nesse ciclo. O pesquisador
27
observou que, embora o consumo do biocombustível tenha sido maior do que o consumo do
diesel, o EHC apresentou maior tendência para eficiência em cargas mais altas, mas não
modificou a especificação de óleo lubrificante utilizada em ambos ciclos nem apontou
possíveis efeitos colaterais da combustão de outro combustível utilizando o mesmo óleo
lubrificante indicado pelo fabricante original do motor.
28
29
4 FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Motores de combustão interna, de ciclo Diesel ou Otto, vistos de forma mecânica, não
apresentam diferenças significativas entre si. No entanto, algumas observações podem ser
feitas quanto ao seu funcionamento, tais como ignição, razão de compressão, sistema de
arrefecimento, alimentação de ar, relação entre diâmetro e curso do pistão e tipo de
combustível, segundo (BRUNETTI, 2012).
Para o funcionamento desses equipamentos, é necessária energia. Essa é proveniente
da queima de combustíveis, de origem vegetal ou fóssil. Para assegurar que todos os
elementos mecânicos tenham o tempo de vida satisfatório de acordo com o fabricante, é
importante que haja lubrificação efetiva em todos os componentes mecânicos.
Grupo motor gerador é um equipamento composto pelo motor de combustão interna,
que converte energia química em energia mecânica, um gerador de energia elétrica que
converte essa energia mecânica em energia elétrica e um sistema de controle para regular os
parâmetros independente da carga aplicada (MOREIRA, 2018).
Brunetti (2012) define máquinas térmicas como aquelas que transformam calor em
trabalho, sendo esse calor obtido de diferentes fontes. Segundo o autor, motores alternativos
são máquinas térmicas que obtêm trabalho através do movimento alternativo de vaivém de um
pistão em rotação contínua devido ao sistema biela-manivela.
Os motores alternativos de combustão interna são assim denominados pelo fato de o
fluido ativo (mistura ar combustível, por exemplo) participar diretamente na combustão.
A Figura 1 mostra a vista dos componentes de um motor de combustão interna (MCI).
30
Figura 1: Motor de combustão interna do ciclo Diesel com vista dos componentes
25. Amortecedor
11. Duto de água 39. Respiro do cárter
vibracional
Para Norton (2011), o ciclo Otto de quatro tempos é aquele que gasta 720° de rotação
do virabrequim para completar o ciclo completo e necessita de pelo menos uma válvula de
admissão e uma de exaustão por cilindro. A Figura 2 mostra os tempos do motor ciclo Otto de
quatro tempos.
O primeiro tempo do ciclo Otto consiste na admissão, (Figura 1(a)). Nesse tempo é
admitida a mistura de combustível e ar pela válvula de admissão, com o deslocar do pistão a
partir do Ponto Morto Superior (PMS) até o Ponto Morto Inferior (PMI). No segundo tempo
32
De acordo com Heywood (2018), motores que operam no ciclo Diesel têm também
ciclo em quatro tempos, porém possuem ignição por compressão. Esses propulsores admitem
apenas ar e, somente após ser comprimido, o combustível é injetado e o motor alcança a etapa
de combustão que resulta na expansão dos gases.
A Figura 2 exemplifica cada tempo deste ciclo específico, tornando de simples
compreensão que os dois primeiros tempos muito se assemelham aos dois primeiros tempos
do ciclo Otto. No entanto, com a participação do combustível apenas no terceiro tempo, a
combustão, que reage com o ar em alta pressão e expande, forçando, dessa forma, o
deslocamento do pistão do PMS para o PMI. O tempo de exaustão é idêntico ao que acontece
no ciclo Otto.
Motores que operam no ciclo Diesel podem ser naturalmente aspirados (ar é induzido
ao coletor de admissão à pressão atmosférica), turbo aspirados (ar é induzido já comprimido
pelo turbo compressor) ou sobrealimentados (ar é comprimido através de uma bomba
mecânica ou blower).
Motores turboalimentados e sobrealimentados estão cada vez mais comuns, visto que
permitem maior vazão mássica de ar de entrada e fluxo de combustível, permitindo alcançar
maiores valores de potência mesmo com motores menores e mais leves. As razões de
compressão desses motores são de 12 a 24:1, dependendo da forma de aspiração e aplicação.
33
4.2 Combustível
Farias (2011) define combustível como o material que produz calor ou energia
mecânica, oriundo de um processo de queima. Os principais combustíveis utilizados em MCI
são os de origem fóssil, extraídos do petróleo cru por meio de destilação fracionada. A
extração é composta por várias etapas e separação dos derivados do petróleo se dá de acordo
com o tamanho das moléculas dos hidrocarbonetos, onde essa influência no ponto de ebulição
e na densidade, assim, é possível obter a gasolina e o óleo diesel.
Os combustíveis renováveis, com origem utilizando biomassa, são uma alternativa ao
uso dos combustíveis de origem fóssil. O etanol é o principal combustível alternativo
misturado à gasolina, enquanto que biodiesel por sua vez é misturado ao óleo diesel. Segundo
Heywood (2018), os combustíveis de origem vegetal são adicionados aos de origem fóssil
devido ao seu poder energético semelhante.
34
Método
Característica Unidade Limite ABNT
ASTM/EN
NBR
Límpido e isento de
Aspecto - 14954 D4176
impurezas
% 9 - De acordo com a
Teor de biodiesel 15568 EN14078
volume legislação vigente1
1
De acordo com a Lei nº 13.263/2016, de março de 2018 a março de 2019 o teor de biodiesel no óleo diesel
fóssil deverá ser de 9%.
35
Método
Característica Unidade Limite ABNT
ASTM/EN
NBR
D2622, D5453,
Enxofre total mg/kg 10 D7039, D7212,
D7220
7148 D1298
Massa específica a
kg/m³ 815,0 a 850,0
20ºC
14065 D4052
7974, D56, D93, D3828,
Ponto de fulgor, mín. ºC 38,0
14598 D7094
Viscosidade
mm²/s 2,0 a 4,5 10441 D445
Cinemática a 40ºC
Número de cetano,
min. ou número de D613, D6890,
- 48 -
cetano derivado D7170
(NCD), min.
D6304, EN ISO
Teor de água, max. mg/kg 200 -
12937
Fonte: Adaptado de Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) (2013).
Método
Característica Unidade Limite ABNT
ASTM/EN
NBR
- Límpido e isento de
Aspecto Visual
impurezas
Massa específica a 5992,
kg/m³ 807,6 a 811,0 D4052
20ºC 15639
%
Teor de etanol, min 95,1 - D5501
volume
%
Teor de água, máx. 4,9 15531 E203
volume
4.3 Tribologia
Desgaste por abrasão: pode ocorrer quando uma superfície dura e áspera combina
um material mais macio e asperezas do material duro arranham a superfície mais
macia. Este processo é chamado de dois corpos. Se estiverem presentes partículas de
desgaste duras entre as superfícies de contato, uma ou ambas as superfícies podem
ser desgastadas pelo risco, esta situação é chamada de desgaste abrasivo de três
corpos.
Fadiga de contato: ocorre quando a carga cíclica enfraquece o material e pode ser a
predominante em mecanismo de desgaste nos contatos rolantes envolvendo algum
deslizamento. Isso pode resultar em rachaduras subsuperfíciais que podem se
propagar e levar a perdas de material, esta, às vezes, também chamado pitting
quando pequenos pedaços de material se separam da superfície, formando poços.
Fadiga por fretting: é um desgaste devido à pequena amplitude de movimento
oscilatório tangencial entre duas superfícies.
Desgaste por erosão: esta ocorre em situações onde as partículas duras impactam
uma superfície sólida e removem material. (TORBACKE, RUDOLPH e
KASSFELD 2014, p. 12).
4.4 Lubrificação
4.5.1.1 Cor
Pirro e Wessol (2001), explicam que a cor do óleo lubrificante é muito útil para
indicar se os processos estão funcionando ou não, mas essa não pode ser adotada como
critério único de avaliação. Se a mudança de cor for acompanhada de outras alterações físicas,
como oxidação por exemplo, então a cor atuará como uma sinalização da necessidade de
ação.
4.5.1.2 Viscosidade
Heywood (2018) aponta que para que o motor tenha o funcionamento inicial é
necessária uma baixa resistência ao arranque e também uma distribuição rápida do óleo
lubrificante, mesmo ainda frio. Após o motor totalmente aquecido é importante que a
viscosidade do lubrificante, alterada pela temperatura, ainda seja capaz de contribuir com a
vedação adequada do pistão tendo uma faixa de consumo de óleo aceitável.
Pirro e Wessol (2001), discorrem que a viscosidade talvez seja a propriedade física
mais importante do óleo, uma vez que ela afeta a geração de calor, governa o efeito selador do
óleo, atua na taxa de consumo ou perda e facilita a iniciação das máquinas sob condições
frias.
4.5.1.3 Demulsibilidade
4.5.1.5 Oxidação
Pirro e Wessol (2001) descrevem o ponto de fulgor, ou como é chamado por eles,
ponto de inflamação de um óleo, como a temperatura na qual o óleo libera vapor suficiente
para inflamar quando uma chama aberta é aplicada. Segundo eles o ponto de fulgor varia com
o processo de refinação e com a viscosidade, onde óleos com viscosidade alta, possuem ponto
de fulgor alto. Os autores ainda explicam que se o óleo tiver uma redução significativa no
ponto de fulgor, normalmente, é uma indicação de contaminação.
Malpica (2007) descreve o ponto de fulgor como a temperatura em quem o fluido
libera vapor em quantidade suficiente para se tornar uma mistura inflamável a ponto de iniciar
uma inflamação em contato com uma chama sem a combustão do líquido.
A norma ASTM 3828/09 preconiza o método para determinar o ponto de fulgor
através da aplicação de uma fonte de ignição lenta e uniforme na abertura da cubeta e
verificará se uma chama se propagará ao longo da superfície. Como o teste começa em
200°C, se não for visto a chama o resultado é explicitado qualitativamente <200.
42
43
5 METODOLOGIA
Os ensaios foram realizados com duas amostras de combustíveis: óleo diesel S10 e
etanol hidratado combustível (EHC). Em cada ensaio realizado também foram efetuadas
análises do óleo lubrificante, para verificar a presença de contaminantes. Amostras de óleo
foram coletas na temperatura do cárter e do sistema de exaustão e realizada a parametrização
do motor-gerador no início e final dos testes de cada combustível. Ainda foram observadas e
registradas as mudanças em parâmetros do motor, como: consumo de combustível, emissão
de gases, vazão mássica de ar e desgaste dos componentes mecânicos.
As etapas dos ensaios podem ser verificadas de acordo com a Tabela 1. As etapas
foram determinadas de modo a garantir, que antes de cada ciclo, realizasse a limpeza das
galerias de lubrificação através de dois processos de flushing, coletando uma amostra de óleo
no final desses processos, e outras duas coletas, sendo uma na metade e no final de cada ciclo.
A diferença de duração entre os ciclos deve-se à dificuldade financeira de conseguir recursos
e a dependência de outros projetos do mesmo motor.
44
Coleta de
Etapa Procedimento Carga Tempo
amostra
Diesel
A Primeiro flushing / Parametrização 0-37,5kW 1 hora Não
B Segundo flushing 32,5kW 1 hora Sim
C Ensaio Óleo Diesel 32,5 kW 30 horas Sim
D Ensaio Óleo Diesel 32,5 kW 60 horas Sim
EHC
E Primeiro flushing / Parametrização 0-27,5kW 1 hora Não
F Segundo flushing 27,5 kW 1 hora Sim
G Ensaio EHC 27,5 kW 15 horas Sim
H Ensaio EHC 27,5 kW 25 horas Sim
Fonte: Elaborada pelos autores (2019)
filtrante)
Volume máximo de óleo lubrificante 9 litros (com elemento
filtrante)
Especificação do óleo lubrificante SAE 15W40 API-CG4 ou
superior
Número de pólos 4
Tensão 220 V
GERADOR Número de fases 3
Potência nominal 55 kW
Frequência 60 Hz
Fonte: adaptado de Justino (2018).
Com a alteração do motor para que funcione tanto no ciclo Otto quando no ciclo
Diesel, o sistema de injeção de combustível para injeção indireta de etanol teve que ser
adicionado.
A Figura 6 apresenta o diagrama esquemático do motor gerador, após modificação.
47
Sander et al (2017) apontam que cerca de 10% a 15% de óleo remanescente no motor
pode contaminar as análises e amostras futuras. Sarkar (2017) indica que a contaminação do
óleo lubrificante com partículas metálicas e água livre em suspensão pode afetar o
desempenho e vida útil de equipamentos que necessitam de lubrificação, aumentando a
oxidação e criando áreas de desgaste por erosão acentuado. Dessa forma, a limpeza do
sistema em que o óleo lubrificante circula se faz necessária para remover impurezas antes do
funcionamento final do equipamento. Sarkar (2017) sugere, ainda, que a limpeza, ou lavagem,
pode ser feita com o próprio óleo lubrificante indicado pelo fabricante.
A parametrização do motor tem como objetivo determinar através dos testes
realizados, as faixas de operações possíveis a serem alcançadas no motor em operação.
Durante o ciclo de parametrização do motor, cada carga imposta permaneceu por três
minutos, sendo um minuto de estabilização e dois minutos de leitura. Realizada a
parametrização, o processo de flushing é iniciado.
O flushing tem, como objetivo, remover resíduos de operações anteriores ou preparar
um equipamento novo para funcionamento inicial. Ademais, se tem a vantagem de que
qualquer residual de óleo no sistema de lubrificação não impactará em analises futuras, uma
vez que as especificações do lubrificante se mantêm por todo o processo. Para o procedimento
de limpeza é necessário que o fluido escoe pelo sistema em regime turbulento (Número de
Reynolds maior que 4000) e com temperatura de trabalho indicada pelo fabricante.
Sendo assim, no flushing, ocorre a troca do óleo, retirando o anterior e inserindo um
novo óleo. O volume de óleo a ser inserido é indicado pelo fabricante, que para esse motor
são 9 litros. Finalizado o segundo flushing, o óleo é trocado novamente, juntamente com o
49
elemento filtrante, iniciando então as horas de testes. Para todas as etapas do processo, o
tempo de operação do motor, a carga trabalhada e a necessidade de coleta de amostras estão
descritas na Tabela 4. Não foi necessário durante o período de testes, completar o nível de
óleo do motor.
As coletas de óleo foram realizadas cerca de 15 minutos após a realização dos testes
tendo sido coletado uma amostra intermediária (Amostra 1) e uma final (Amostra 2) para cada
50
ciclo, a fim de comparar com o teste do óleo novo. Dessa forma, todas as amostras foram
coletas enquanto o óleo do cárter ainda estava em temperatura média de trabalho de 102°C
para o diesel e 105ºC para o etanol e menor viscosidade, facilitando o escoamento do óleo e
consequentemente o bombeamento.
Quando o frasco de coleta atingiu o nível desejado, a porca da bomba foi solta para
que o ar entrasse e o óleo parasse de ser puxado. Como a bomba é a vácuo, o frasco não pôde
ser inclinado. Dessa forma foi necessário mantê-lo sempre em posição vertical, evitando o
contato da bomba com o óleo. A ponta da mangueira foi empurrada para baixo, para evitar
uma possível contaminação da bomba pelo óleo. Finalizada a coleta dos 100 ml de óleo, a
mangueira foi retirada do cárter cuidadosamente, para não derramar óleo no chão. O frasco de
coleta foi removido da bomba e tampado imediatamente, sendo posteriormente etiquetado. A
bomba desmontada e não houve necessidade de realizar limpeza desta.
Realizou-se a medição do nível do óleo restante no cárter, por meio da vareta de nível
para garantir que não fosse necessário inserir mais óleo, para manter no nível máximo
completo, como sugere o fabricante.
A cada 12 horas de ensaio o nível de óleo do motor foi avaliado e, não foi necessário
adicionar óleo lubrificante no motor, a fim de completar o nível indicado pelo fabricante.
53
Esta seção apresenta os resultados obtidos e a análise dos resultados para os testes com
o óleo Diesel e o EHC.
Além das análises dos combustíveis, para aferir que estavam em condições de uso, e
do óleo lubrificante, também foram realizadas comparações de parâmetros entre os ciclos.
Embora não sejam objetos de estudo desse trabalho, obteve-se também os resultados
do comportamento da temperatura em diferentes pontos do motor com o decorrer do tempo.
59
Temperatura ambiente x Tempo
59
58 58 58
56
55 55
54 54 54 54
53
52 52 52
51 51
50 50 50 50 50
49 49 49 49
48
4 8 12 16 20 24
Diesel Otto Resolução Diesel Resolução Otto
Diesel, mas, houve decrescimento da curva. O maior valor atingido foi (88,9 ± 3,3) °C e o
menor valor foi (80,0±3,3) °C, ambos no ciclo Otto.
A figura 11 mostra a emissão de NO no tempo para os dois ciclos. Não houve emissão
considerável no ciclo Otto, tendo valor máximo de NO atingido de (469,4±30,8) ppm no ciclo
Diesel.
NO x Tempo
500
450 469 467
434
400 408 400
300
200
100
0 0 1 1 0 0 0
4 8 12 16 20 24
A figura 12 mostra a emissão de NOx no tempo para os dois ciclos. Não houve
emissão suficiente no ciclo Otto, mas no ciclo Diesel atingiu-se (595,5 ± 32,4) ppm.
300
200
100
0 1
4 8 12 16 20 24
A figura 13 mostra a emissão de O2 no tempo para os dois ciclos. Não houve emissão
considerável no ciclo Otto, mas atingiu-se (24,5±2,3) % no ciclo Diesel.
A figura 14 mostra a emissão de CO no tempo para os dois ciclos. Não houve emissão
suficiente para o ciclo Diesel, porém no ciclo Otto atingiu-se (7,4±0,0) ppm.
57
A figura 15 mostra a emissão de CO2 no tempo para os dois ciclos. O teor de emissão
no ciclo Otto foi maior do que no ciclo Diesel, atingindo valor máximo de (10,7± 0,3) % no
ciclo Otto e mínimo de (6,0 ± 0,4) % no ciclo Diesel.
A alta emissão de CO e não emissão de O2 no ciclo Otto pode ser justificado pela
necessidade encontrada de trabalhar com mistura rica nesse ciclo, ou seja, a razão de
ar/combustível ficou por volta de 0,85, dessa forma, no interior da câmara havia mais
combustível do que ar, consumindo então todo o O2 que entrava e gerando maior quantidade
de CO do que nos testes utilizando o óleo Diesel, uma vez que nesse ciclo a quantidade de
combustível injetada é menor, podendo ser considerada uma mistura pobre.
58
Três amostras de diesel duas coletadas nas bombonas, uma no tanque de combustível
para conferir que os resíduos anteriores de Diesel não estavam contaminados - foram
analisados quanto a cor ASTM (ASTM NBR 14483/2008), massa específica a 20°C (ABNT
NBR 14065/2013), ponto de fulgor (ABNT NBR 14598/2013), teor de enxofre (ASTM
D5453/2016), teor de biodiesel (EN14078/2014) e destilação 10, 50 e 95% recuperados
(ABNT NBR 9619/2019). Os resultados destes testes podem ser encontrados no Anexo D e
quadro 4.
Dessa forma, apesar das análises indicarem uma cor mais amarelada do que o padrão,
o diesel utilizado estava dentro do especificado pela resolução ANP 69/2014 e Resolução
ANP 50/2013, Regulamento Técnico 4/2013.
No Anexo E e na figura 16, estão as análises de duas amostras de EHC - coletadas nas
bombonas, quanto a massa específica a 20°C (ABNT NBR 15639), teor alcoólico (ABNT
NBR 15639), pH (ABNT 10891), condutividade elétrica (ABNT NBR 10547), teor de
hidrocarbonetos (ABNT NBR 13393) e teor de metanol (ABNT NBR 16041) baseado na
Resolução ANP nº 19 de 15.4.2015 (DOU 16.4.2015) - Regulamento Técnico ANP nº2/2015.
fulgor (ASTM 3828/09 set a flash), presença de água (ASTM D6304/07), metais de ativação
(D5185/13), espectrometria (Fuligem, oxidação, nitração e sulfatação - ASTM E 2412-10).
Abaixo, estão os quadros com os resultados comparativos das análises para cada ciclo.
Ponto de fulgor
Óleo Novo Amostra 1 Amostra 2
vaso fechado, °C
7 CONCLUSÃO
A redução dos resultados do ponto de fulgor para o ciclo Otto, em uma viscosidade
tendenciando a diminuir a 100°C e em uma temperatura média do cárter de 103ºC juntamente
com os laudos técnicos anexados, (Anexos O, P, Q) nesse trabalho, indicam que á
possibilidade de contaminação do óleo por combustível, a hipótese é que essa contaminação
ocorreu das seguintes formas:
3) O motor trabalhou com mistura rica no ciclo Otto para auxiliar no arrefecimento
da câmara de combustão e evitar o fenômeno da detonação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASTM - American Society for Testing Materials. ASTM D613 - Standard Test Method for
Cetane Number of Diesel Fuel Oil. In: Annual Book of ASTM Standards, 2000.
ASTM - American Society for Testing Materials. ASTM 445 Standard Test for Kinematic
Viscosity. In: Annual Book of ASTM Standards, 2000.
COPERSUCAR. Etanol: fonte de benefícios ambientais e sociais. 2018. Disponível em: <
https://www.copersucar.com.br/noticias/etanol-cenario-geral-beneficios-biocombustivel/ >
Acesso em: 19 ago. 2018.
FREITAS, R.; JR, B.; MARTINS, C. A. Experimental analysis of a diesel engine operating
in Diesel – Ethanol Dual-Fuel mode. Fuel, v. 134, n. May, p. 140–150, 2014.
Mendes Justino – Belo Horizonte, 2018. Tese (Doutorado) – Pontifícia Universidade Católica
de Minas Gerais – PUC Minas, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica. 231 f.
LUBRIZOL. Key Elements of Used Oil Analysis - Blend Test Services. Ohio, USA, 2013.
46 p.
MAHLE. Manual Técnico, Curso Mahle Leve Motores de Combustão Interna. 2016.
Disponível em <https://www.mahle-aftermarket.com/la/pt/catalog/technical-
materials/index.jsp>. Acesso em; 31 de out. 2018, 15:37:40.
MENEZES, P.L; KAILAS, S.V. Role of surface texture and roughness parameters on friction
and transfer film formation when UHMWPE sliding against steel. Biosurface and
Biotribology, v. 2, n. 1, p. 1–10, 2013.
MIN, K. et al. Autoignition of varied cetane number fuels at low temperatures. Proceedings
of the Combustion Institute, v. 000, p. 1–9, 2018.
PIRRO, D. M.; WESSOL.A.A. Lubricants Fundamentals. 2. ed. rev. e atual. New York:
Marcel Dekker, Inc., 2001.
RADI, P.A. et al. Tribologia, conceitos e aplicações. Anais do 13º Encontro de Iniciação
Científica e Pós-Graduação do ITA – XIII ENCITA. 2007.
REJOWSKI, E. D.; TOMANIK, E.; SOUZA, J. P. Low viscosity oils impact on Heavy Duty
Diesel engine components. MAHLE Metal Leve SA.
SANDER, D. E.; KNAUDER, C.; ALLMAIER, H.; BALEUR, S. D.; MALLET, P. Friction
Reduction Tested for a Downsized Diesel Engine with Low-Viscosity Lubricants Including a
Novel Polyalkylene Glycol. Lubricants. 2017.
SUPPES, G. J. et al. Multifunctional diesel fuel additives from triglycérides. Energy and
Fuels, v. 15, n. 1, p. 151–157, 2001.
YADAV, G.; TIWARI, S.; JAIN, M. L. Tribological analysis of extreme pressure and anti-
wear properties of engine lubricating oil using four ball tester. Materials Today:
Proceedings, v. 5, n. 1, p. 248–253, 2018.
68
Onde:
𝑥̅ média dos resultados [adimensional];
𝑥1 resultado do teste 1 [adimensional];
𝑥2 resultado do teste 2 [adimensional];
𝑥3 resultado do teste 3 [adimensional];
𝑥4 resultado do teste 4 [adimensional].
Para o cálculo das incertezas das medidas utilizou-se o método de Kline e McClintock
(1953), que afirma que a incerteza do resultado é influenciada pelas incertezas das variáveis
independentes que compõem esse resultado, conforme:
2 2 2 1⁄2
𝜕𝑅 𝜕𝑅 𝜕𝑅
𝑤𝑅 = [( 𝑤1 ) + ( 𝑤2 ) + ⋯ + ( 𝑤𝑛 ) ] (𝐴2)
𝜕𝑥1 𝜕𝑥2 𝜕𝑥𝑛
Onde:
𝑤𝑅 Incerteza do resultado (adimensional);
𝑤1 Incerteza da variável independente de índice 1 [adimensional];
𝑤2 Incerteza da variável independente de índice 2 [adimensional];
𝑤𝑛 Incerteza da variável independente de índice n [adimensional];
𝜕𝑅
Derivada parcial do resultado R em relação à variável independente de
𝜕𝑥1
69
índice 1 [adimensional];
𝜕𝑅
Derivada parcial do resultado R em relação à variável independente de
𝜕𝑥2
índice 2 [adimensional];
𝜕𝑅
Derivada parcial do resultado R em relação à variável independente de
𝜕𝑥𝑛
índice n [adimensional].
A equação que determina o valor das temperaturas ambiente, entrada de ar, admissão e
exaustão é:
Onde:
𝑇𝑡𝑝 – Temperatura medida pelo termopar [°C];
𝑉𝑡𝑝 – Tensão gerada pelo sistema de medição de temperatura [mV].
2
𝜕𝑇𝑡𝑝
𝐼𝑡𝑜𝑡𝑡𝑝 = √( 𝐼 ) + (𝐼𝑐𝑎𝑙𝑖 )2 + (𝜎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 )2 (𝐴4)
𝜕𝑉𝑡𝑝 𝑉𝑡𝑝
Onde:
𝐼𝑡𝑜𝑡𝑡𝑝 Incerteza total do sistema de medição de temperatura – termopares;
[%];
𝐼𝑉𝑡𝑝 Incerteza da tensão do sistema de medição de temperatura [%];
𝐼𝑐𝑎𝑙𝑖 Incerteza da calibração do termopar [%];
𝜎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 Desvio padrão dos testes [%];
𝜕𝑇𝑡𝑝
Derivada parcial de 𝑇𝑡𝑝 em relação à 𝑉𝑡𝑝 .
𝜕𝑉𝑡𝑝
2
𝐼𝑡𝑜𝑡𝑡𝑝 = √(100𝐼𝑉𝑡𝑝 ) + (𝐼𝑐𝑎𝑙𝑖 )2 + (𝜎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 )2 (𝐴5)
2 2 2
𝐼𝑉𝑡𝑝 = √(𝐼𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜𝑝𝑎𝑟 ) + (𝐼𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑜 ) + (𝐼𝑐𝑜𝑛𝑑 )2 + (𝐼𝐴/𝐷 ) (𝐴6)
Onde:
𝐼𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜𝑝𝑎𝑟 Incerteza do termopar [%];
𝐼𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑜 Incerteza do filtro passa-baixas [%];
𝐼𝑐𝑜𝑛𝑑 Incerteza do condicionador de sinais [%];
𝐼𝐴/𝐷 Incerteza da placa de aquisição de dados [%].
∑𝑛𝑖=1(𝐼𝑖 − 𝐼 )̅ 2
𝜎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 =√ (𝐴7)
𝑛 (𝑛 − 1)
Onde:
𝐼 i-ésima indicação;
𝐼̅ média das “n” indicações;
𝑛 número de medições repetitivas efetuadas.
Por fim, a incerteza final é dada pela multiplicação do coeficiente t Student. Para este
trabalho, será considerado o grau de liberdade efetivo como infinito, resultando no coeficient
t Student igual a 2.
Onde:
𝑇𝑡𝑟 Temperatura medida pelo termorresistor [°C];
𝑉𝑡𝑟 Tensão gerada pelo sistema de medição de temperatura [mV].
2
𝜕𝑇𝑡𝑟
𝐼𝑡𝑜𝑡𝑡𝑟 = √( 𝐼𝑉𝑡𝑟 ) + (𝐼𝑐𝑎𝑙𝑖 )2 + (𝜎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 )2 (𝐴10)
𝜕𝑉𝑡𝑟
Onde:
𝐼𝑡𝑜𝑡𝑡𝑟 Incerteza total do sistema de medição de temperatura –
termorresistores [%];
𝐼𝑉𝑡𝑝 Incerteza da tensão do sistema de medição de temperatura [%];
𝐼𝑐𝑎𝑙𝑖 Incerteza da calibração do termorresistor [%];
𝜕𝑇𝑡𝑟
Derivada parcial de 𝑇𝑡𝑝 em relação à 𝑉𝑡𝑝 .
𝜕𝑉𝑡𝑟
2
𝐼𝑡𝑜𝑡𝑡𝑟 = √(33,48𝐼𝑉𝑡𝑟 ) + (𝐼𝑐𝑎𝑙𝑖 )2 + (𝜎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 )2 (𝐴11)
2
𝐼𝑉𝑡𝑟 = √(𝐼𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜𝑟 )2 + (𝐼𝑐𝑜𝑛𝑑 )2 + (𝐼𝐴/𝐷 ) (𝐴12)
Onde:
𝐼𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜𝑟 Incerteza do termopar [%];
𝐼𝑐𝑜𝑛𝑑 Incerteza do condicionador de sinais [%];
𝐼𝐴/𝐷 Incerteza da placa de aquisição de dados [%].
∑𝑛 (𝐼𝑖 − 𝐼 )̅ 2
𝜎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 = √ 𝑖=1 (𝐴13)
𝑛 (𝑛 − 1)
Por fim, a incerteza final é dada pela multiplicação do coeficiente t Student. Para este
trabalho, será considerado o grau de liberdade efetivo como infinito, resultando no coeficient
t Student igual a 2.
Onde:
𝐼𝑡𝑜𝑡𝑈𝑅 Incerteza total das medidas de umidade relativa [%];
𝐼𝑇𝐻 Incerteza do termohigrômetro [%];
∑𝑛𝑖=1(𝐼𝑖 − 𝐼 )̅ 2
𝜎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 = √ (𝐴15)
𝑛 (𝑛 − 1)
Por fim, a incerteza final é dada pela multiplicação do coeficiente t Student. Para este
trabalho, será considerado o grau de liberdade efetivo como infinito, resultando no coeficient t
Student igual a 2.
Onde:
𝐼𝑡𝑜𝑡𝑡𝑒𝑛 Incerteza total das medidas de tensão [%];
𝐼𝑉𝑈𝑃𝐷 Incerteza da tensão medida pelo UPD-200 [%].
∑𝑛𝑖=1(𝐼𝑖 − 𝐼 )̅ 2
𝜎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 =√ (𝐴18)
𝑛 (𝑛 − 1)
Por fim, a incerteza final é dada pela multiplicação do coeficiente t Student. Para este
trabalho, será considerado o grau de liberdade efetivo como infinito, resultando no coeficient
t Student igual a 2.
Onde:
𝐼𝑡𝑜𝑡𝑐𝑜𝑟 Incerteza total das medidas de corrente [%];
𝐼𝐼𝑈𝑃𝐷 Incerteza da corrente medida pelo UPD-200 [%].
∑𝑛 (𝐼𝑖 − 𝐼 )̅ 2
𝜎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 = √ 𝑖=1 (𝐴21)
𝑛 (𝑛 − 1 )
Por fim, a incerteza final é dada pela multiplicação do coeficiente t Student. Para este
trabalho, será considerado o grau de liberdade efetivo como infinito, resultando no coeficient
t Student igual a 2.
Onde:
𝐼𝑡𝑜𝑡𝑝𝑜𝑡 Incerteza total das medidas de corrente [%];
𝐼𝑃𝑈𝑃𝐷 Incerteza da potência medida pelo UPD-200 [%];
∑𝑛𝑖=1(𝐼𝑖 − 𝐼 )̅ 2
𝜎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 =√ (𝐴24)
𝑛 (𝑛 − 1)
Por fim, a incerteza final é dada pela multiplicação do coeficiente t Student. Para este
trabalho, será considerado o grau de liberdade efetivo como infinito, resultando no coeficient t
Student igual a 2.
75
𝐶 𝜋
𝑚̇𝐴 = 𝜀 𝑑 2 √2𝜌1 (𝑃1 − 𝑃2 ) (𝐴26)
√1 − 𝛽 4 4
Onde:
𝑚̇𝐴 Vazão mássica de ar [kg/h];
𝐶 Coeficiente de descarga [adimensional];
𝛽 = 𝑑 ⁄𝐷 Razão de diâmetros [adimensional];
𝑑 Diâmetro do orifício da placa de orifício [mm];
𝐷 Diâmetro interno do conduto [mm];
𝜀 Fator de expansão do escoamento [adimensional];
𝜌1 Massa específica do fluido à montante da placa de orifício [kg/m3];
𝑃1 Pressão do fluido à montante da placa de orifício [Pa];
𝑃2 Pressão do fluido à jusante da placa de orifício [Pa].
2
𝐼𝑡𝑜𝑡𝑚𝑎𝑟 = √(𝐼𝑚𝐴̇ ) + (𝜎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 )2 (𝐴27)
Onde:
𝐼𝑡𝑜𝑡𝑚𝑎𝑟 Incerteza total da vazão mássica de ar [%];
𝐼𝑚𝐴̇ Incerteza associada à equação da vazão mássica de ar [%];
2 2
𝜕𝑚̇𝐴 𝜕𝑚̇𝐴
𝐼𝑚̇𝐴 = √( 𝐼 ) +( 𝐼 ) (𝐴28)
𝜕𝜌1 𝜌1 𝜕(𝑃1 − 𝑃2 ) (𝑃1 −𝑃2)
Onde:
𝐼𝜌1 Incerteza da medida de massa específica à montante da placa de orifício
[%];
𝐼(𝑃1−𝑃2 ) Incerteza da medida da diferença das pressões à montante e à jusante da placa
de orifício [%];
𝜕𝑚𝐴
̇
Derivada parcial de 𝑚̇𝐴 em relação à 𝜌1 ;
𝜕𝜌1
𝜕𝑚̇𝐴
Derivada parcial de 𝑚̇𝐴 em relação à (𝑃1 − 𝑃2 ).
𝜕(𝑃1 −𝑃2)
2 2
𝐼𝜌1 = √(𝐼(𝑃1 −𝑃2) ) + (𝐼𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑛𝑡 ) (𝐴29)
Onde:
𝐼𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑛𝑡 – Incerteza da medida da temperatura de entrada de ar [%];
1⁄ 2 1⁄ 2
𝐼𝑚𝐴̇ = √[(2𝜌1 (𝑃1 − 𝑃2 )) 2 (𝑃1 − 𝑃2 )𝐼𝜌1 ] + [(2𝜌1 (𝑃1 − 𝑃2 )) 2 𝜌1 𝐼(𝑃 −𝑃 ) ]
1 2
(𝐴30)
∑𝑛𝑖=1(𝐼𝑖 − 𝐼 )̅ 2
𝜎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 = √ (𝐴31)
𝑛 (𝑛 − 1)
Por fim, a incerteza final é dada pela multiplicação do coeficiente t Student. Para este
trabalho, será considerado o grau de liberdade efetivo como infinito, resultando no coeficient t
Student igual a 2.
77
3600(𝑚𝑖 − 𝑚𝑓 )
𝑚̇𝐹 = (𝐴33)
(𝑡𝑓 − 𝑡𝑖 )
Onde:
𝑚̇𝐹 Valor da vazão mássica de biodiesel [kg/h];
𝑚𝑖 Massa inicial de combustível no tanque [kg];
𝑚𝑓 Massa final de combustível no tanque [kg];
𝑡𝑖 Valor do tempo inicial medido pelo LabVIEW [s];
𝑡𝑓 Valor do tempo final medido pelo LabVIEW [s].
2
𝐼𝑡𝑜𝑡𝑚𝑓 = √(𝐼𝑚̇𝐹 ) + (𝜎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 )2 (𝐴34)
Onde:
𝐼𝑡𝑜𝑡𝑚𝑓 Incerteza total da vazão mássica de biodiesel [%];
𝐼𝑚̇𝐹 Incerteza associada à equação da vazão mássica de biodiesel [%];
A incerteza 𝐼𝑚̇𝐹 é influenciada pelas incertezas das massas inicial e final e dos tempos
inicial e final, conforme:
2 2 2 2
𝜕𝑚̇𝐹 𝜕𝑚̇𝐹 𝜕𝑚̇𝐹 𝜕𝑚̇𝐹
𝐼𝑚̇𝐹 = √( 𝐼𝑚𝑖 ) + ( 𝐼𝑚𝑓 ) + ( 𝐼𝑡𝑖 ) + ( 𝐼𝑡𝑓 ) (𝐴35)
𝜕𝑚𝑖 𝜕𝑚𝑓 𝜕𝑡𝑓 𝜕𝑡𝑖
Onde:
𝐼𝑚𝑖 Incerteza da medida de massa inicial [%];
78
𝜕𝑚̇𝐹
Derivada parcial de 𝑚̇𝐹 em relação à 𝑚𝑓 ;
𝜕𝑚𝑓
𝜕𝑚̇𝐹
Derivada parcial de 𝑚̇𝐹 em relação à 𝑡𝑖 ;
𝜕𝑡𝑖
𝜕𝑚̇𝐹
Derivada parcial de 𝑚̇𝐹 em relação à 𝑡𝑓 .
𝜕𝑡𝑓
2 2
3600 3600
( 𝐼𝑚𝑖 ) + (− 𝐼𝑚 )
(𝑡𝑓 − 𝑡𝑖 ) (𝑡𝑓 − 𝑡𝑖 ) 𝑓
𝐼𝑚̇𝐹 = 2 2 (𝐴36)
3600𝑡𝑖 (𝑚𝑖 − 𝑚𝑓 ) 3600𝑡𝑓 (𝑚𝑖 − 𝑚𝑓 )
+ (− 2 𝐼𝑡𝑖 ) + ( 2 𝐼𝑡𝑓 )
√ (𝑡𝑓 − 𝑡𝑖 ) (𝑡𝑓 − 𝑡𝑖 )
∑𝑛 (𝐼𝑖 − 𝐼 )̅ 2
𝜎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 = √ 𝑖=1 (𝐴37)
𝑛 (𝑛 − 1)
Por fim, a incerteza final é dada pela multiplicação do coeficiente t Student. Para este
trabalho, será considerado o grau de liberdade efetivo como infinito, resultando no coeficient t
Student igual a 2.
𝑚̇𝐹
𝑆𝐹𝐶 = (𝐴39)
𝑃𝐵
onde:
𝑆𝐹𝐶 consumo específico de combustível [kg/kW.h];
𝑃𝐵 potência produzida pelo motor [kW].
Onde:
𝐼𝑡𝑜𝑡𝑆𝐹𝐶𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 Incerteza total do consumo específico de etanol [%];
𝐼𝑆𝐹𝐶 Incerteza associada à equação do consumo específico de etanol
[%].
2 2
𝜕𝑆𝐹𝐶 𝜕𝑆𝐹𝐶
𝐼𝑆𝐹𝐶 = √( 𝐼𝑚̇𝐹 ) + ( 𝐼𝑃𝐵 ) (𝐴41)
𝜕𝑚̇𝐹 𝜕𝑃𝐵
Onde:
𝐼𝑚̇𝐹 – Incerteza da medida da vazão mássica de etanol [%];
𝐼𝑃𝐵 – Incerteza da potência [%];
𝜕𝑆𝐹𝐶
– Derivada parcial de 𝑆𝐹𝐶 em relação à 𝑚̇𝐹 ;
𝜕𝑚̇𝐹
𝜕𝑆𝐹𝐶
– Derivada parcial de 𝑆𝐹𝐶 em relação à 𝑃𝐵 .
𝜕𝑃𝐵
2 2
1 𝑚̇𝐹
𝐼𝑆𝐹𝐶 = √( 𝐼𝑚̇𝐹 ) + ( 2 𝐼𝑃𝐵 ) (𝐴42)
𝑃𝐵 𝑃𝐵
80
∑𝑛 (𝐼𝑖 − 𝐼 )̅ 2
𝜎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 = √ 𝑖=1 (𝐴43)
𝑛 (𝑛 − 1)
Por fim, a incerteza final é dada pela multiplicação do coeficiente t Student. Para este
trabalho, será considerado o grau de liberdade efetivo como infinito, resultando no coeficient t
Student igual a 2.
Onde:
𝐼𝑡𝑜𝑡𝑁𝑂 Incerteza total das medidas de NO [%];
𝐼𝑁𝑂 Incerteza do equipamento de medição de NO [%].
∑𝑛𝑖=1(𝐼𝑖 − 𝐼 )̅ 2
𝜎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 = √ (𝐴46)
𝑛 (𝑛 − 1)
Por fim, a incerteza final é dada pela multiplicação do coeficiente t Student. Para este
trabalho, será considerado o grau de liberdade efetivo como infinito, resultando no coeficient
t Student igual a 2.
Onde:
𝐼𝑡𝑜𝑡𝑁𝑂𝑥 Incerteza total das medidas de NOx [%];
𝐼𝑁𝑂𝑥 Incerteza do equipamento de medição de NOx [%].
∑𝑛 (𝐼𝑖 − 𝐼 )̅ 2
𝜎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 = √ 𝑖=1 (𝐴49)
𝑛 (𝑛 − 1)
Por fim, a incerteza final é dada pela multiplicação do coeficiente t Student. Para este
trabalho, será considerado o grau de liberdade efetivo como infinito, resultando no coeficient
t Student igual a 2.
Onde:
𝐼𝑡𝑜𝑡𝑇𝐻𝐶 Incerteza total das medidas de THC [%];
𝐼𝑇𝐻𝐶 Incerteza do equipamento de medição de THC [%].
A incerteza 𝜎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 é dada de forma similar à Equação D7:
82
∑𝑛𝑖=1(𝐼𝑖 − 𝐼 )̅ 2
𝜎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 = √ (𝐴52)
𝑛 (𝑛 − 1)
Por fim, a incerteza final é dada pela multiplicação do coeficiente t Student. Para este
trabalho, será considerado o grau de liberdade efetivo como infinito, resultando no coeficient
t Student igual a 2.
Onde:
𝐼𝑡𝑜𝑡𝐶𝑂2 Incerteza total das medidas de CO2 [%];
𝐼𝐶𝑂2 Incerteza do equipamento de medição de CO2 [%].
∑𝑛𝑖=1(𝐼𝑖 − 𝐼 )̅ 2
𝜎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 =√ (𝐴55)
𝑛 (𝑛 − 1)
Por fim, a incerteza final é dada pela multiplicação do coeficiente t Student. Para este
trabalho, será considerado o grau de liberdade efetivo como infinito, resultando no coeficient
t Student igual a 2.
Onde:
𝐼𝑡𝑜𝑡𝐶𝑂 Incerteza total das medidas de CO [%];
𝐼𝐶𝑂 Incerteza do equipamento de medição de CO [%].
∑𝑛 (𝐼𝑖 − 𝐼 )̅ 2
𝜎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 = √ 𝑖=1 (𝐴58)
𝑛 (𝑛 − 1)
Por fim, a incerteza final é dada pela multiplicação do coeficiente t Student. Para este
trabalho, será considerado o grau de liberdade efetivo como infinito, resultando no coeficient
t Student igual a 2.
Onde:
𝐼𝑡𝑜𝑡𝑂2 Incerteza total das medidas de O2 [%];
𝐼𝑂2 Incerteza do equipamento de medição de O2 [%].
∑𝑛𝑖=1(𝐼𝑖 − 𝐼 )̅ 2
𝜎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 = √ (𝐴61)
𝑛 (𝑛 − 1)
84
Por fim, a incerteza final é dada pela multiplicação do coeficiente t Student. Para este
trabalho, será considerado o grau de liberdade efetivo como infinito, resultando no coeficient
t Student igual a 2.
Cons. Diesel Incert. Efic. Incert. Vazão de Incert. Abs. Temp. Incert. Abs. CO2 Incert. Abs.
[kg/h] Abs. Cons. global Abs. Efic. ar MAF Vazão de ar Exaustão Temp. [g/kW.h] CO2 [g/kw.h]
Biodiesel [%] Global [kg/h] MAF [kg/h] [ºC] Exaustão
[kg/h] [%] [ºC]
7,94 0,10 33,18 1,98 192,63 4,65 516,1 2,67 184,07 18,14
CO [g/kW.h] Incert. O2 Incert. THC NO [g/kW.h] Incert. Abs. Incert. Abs. NOx Incert. Abs.
Abs. CO [g/kW.h] Abs. O2 [g/kW.h] NO [g/kw.h] THC [g/kw.h] NOx [g/kw.h]
[g/kw.h] [g/kw.h] [g/kw.h]
10,7 0,8 1051,23 26,79 0,23 1,88 0 0,013 2,01 0,035
Fonte: elaborada pelos autores (2019)
86
Cons. Etanol Incert. Abs. Efic. global Incert. Abs. Vazão de Incert. Temp. Incert. CO2 Incert.
[kg/h] Cons. [%] Efic. Global ar MAF Abs. Exaustão Abs. Temp. [g/kW.h] Abs. CO2
Biodiesel [%] [kg/h] Vazão de [ºC] Exaustão [g/kw.h]
[kg/h] ar MAF [ºC]
[kg/h]
15,97 0,4921 24,11 1,32 111,39 1,44 530,64 5,24 1057,54 0
CO [g/kW.h] Incert. Abs. O2 [g/kW.h] Incert. Abs. THC NO Incert. Incert. NOx Incert.
CO [g/kw.h] O2 [g/kw.h] [g/kW.h] [g/kW.h] Abs. NO Abs. THC [g/kw.h] Abs. NOx
[g/kw.h] [g/kw.h] [g/kw.h]
37,82 0,25 79,63 12,861 0,27 11,45 0 0 11,61 1,64
EHC
Temperatura na
Tempo Temperatura Temperatura Temperatura NO NOX CO CO2
entrada de O2 (%)
(h) ambiente (°C) exaustão (°C) cárter (°C) (ppm) (ppm) (ppm) (%)
arrefecimento (°C)
4 49,0 86,2 588,7 104,5 0,0 0,0 0,3 7,3 10,6
8 49,0 88,9 581,9 104,9 1,0 1,0 0,3 7,3 10,6
12 49,1 83,7 524,9 102,3 1,0 1,0 0,3 7,4 10,7
16 49,0 83,5 529,7 106,5 0,0 0,0 0,3 7,3 10,1
20 51,2 80,0 528,2 101,8 0,0 0,0 0,3 7,3 10,1
24 51,2 81,7 533,2 102,8 0,0 0,0 0,3 7,3 10,3
Média 49,7 84,0 547,8 103,8 0,3 0,3 0,3 7,3 10,4
Re (95%) 1,2 3,3 30,7 1,9 0,5 0,5 0,0 0,0 0,3
88
APÊNDICE E – VALORES MÉDIOS E INCERTEZAS DAS TEMPERATUTAS PARA TESTE COM ETANOL