3o Ano
1o Semestre
Cadeira: MCI II
Discente:
Nelton Xadreque Nhachungue
Docente:
Mário Jonas
3o Ano
1o Semestre
Cadeira: MCI II
Discente:
Nelton Xadreque Nhachungue
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Índice
Introdução ..................................................................................................................................... 4
1.Relação Ar / Combustível ........................................................................................................... 5
1.1.Potência Máxima ................................................................................................................. 5
1.2.Economia Máxima ............................................................................................................... 6
1.3.Medida do consumo de combustível ..................................................................................... 6
1.4.Rendimento Volumétrico ................................................................................................... 10
2.Mistura Combustível / Ar ......................................................................................................... 11
2.1.Relação combustível / ar (F)............................................................................................... 11
2.2.Relação combustível / ar estequiométrica (Fe) .................................................................... 11
2.3.Fração relativa (Fr) ............................................................................................................ 11
2.4.Influência do tipo de mistura no comportamento do motor.................................................. 12
3.Consumo Especifico Do Combustível ....................................................................................... 12
4.1.Variação Do Torque, Potência E Consumo De Combustível Em Função Da Rotação Do
Motor…...... ............................................................................................................ …………..16
5.Conclusão..................................................................................................................................... 19
6.Referências Bibliográficas ............................................................................................................ 20
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Introdução
O presente trabalho da cadeira de máquina de combustão interna II, visa abordar acerca do
tema dado pelo docente denominado consumo específico de combustível que de uma forma
empírica pode se dizer que refere-se a um consumo que o motor pode efectuar em seu
funcionamento, satisfazer a necessidade de saber que quantidade de combustível uma máquina
consome em um certo intervalo de tempo.
Objectivo geral
Falar sobre consumo específico de combustível
Objectivos específicos
Falar do consumo específico do combustível
Trazer o conhecimento sobre o consumo específico dos motores marítimos
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1. Relação Ar / Combustível
O trabalho executado por um motor de combustão interna depende da quantidade de
energia posta em liberdade pela queima da mistura de ar / combustível.
A relação volumétrica entre ar e combustível nem sempre é a teórica ou estequiométrica.
O conhecimento das quantidades de ar e combustível consumido, permite o cálculo da razão ar
combustível e o estudo das alterações no desempenho do motor.
Parâmetros de performance:
Potência normal ou contínua: a mais alta potência que o motor desenvolve em operação
contínua.
Potência de sobrecarga: corresponde a 110 % da potência em operação contínua, deve ser
mantida durante 1 hora.
Potência a plena carga (limite): corresponde à mais alta potência que um motor pode
fornecer, num curto período de tempo.
Potência de serviço: determinada sob condição ambiente e de aplicação do motor.
Velocidade de rotação: deve ser informado o valor da velocidade de rotação do sistema de
biela-manivela, correspondente às potências definidas acima.
Potência ISO: determinada em bancada de teste, em condições padrão. T= 25°C, P=100 kPa,
Tresf. = 32 °C,
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1.2. Economia Máxima
É indicado por um baixo consumo específico de combustível proporcionando entretanto baixos
níveis de potência ao motor.
É obtida utilizando-se misturas pobres. Como o fluxo de combustível pode ser aumentado,
enquanto o fluxo de ar é fixado pelo projeto do motor.
É o ar, e não o combustível. Que impões limites para a potência
Teremos então uma massa consumida (mc) num certo tempo (t), o que é exatamente a vazão
em massa de combustível consumido.
𝒎𝒄
𝒎̇ 𝒄 =
𝒕
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𝑽𝒄
𝒎𝒄 = 𝑷𝒄. 𝒕
Método em volume
𝑀𝑐 = 𝑃𝑐. 𝑉𝑐̇
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Medida do consumo de ar (“Flow-box”)
A figura mostra um equipamento que utiliza uma “placa de orifício” (diafragma) para a medida
de consumo de ar.
Princípio básico de funcionamento:
Como se sabe a admissão de ar para o motor é pulsante, não sendo portanto um escoamento
em regime permanente, para resolver esse problema a tomada de ar para o motor é feita em um
tanque, que devido ao seu tamanho, elimina a pulsação, fazendo que pelo “orifício”, exista uma
vazão constante de ar.
A pressão dentro do tanque será medida por um micromanómetro diferencial, com escala em
mmH2O
𝜌𝑎𝑡𝑚
𝜌𝑎𝑟 =
𝑅𝑎𝑟 . 𝑇𝑎𝑚𝑏
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Sonda lambda ou sensor de oxigénio
A sonda lambda, também conhecida como sensor de oxigénio, tem como função medir o
diferencial entre o teor de oxigénio dos gases de escape e o teor de oxigénio no ambiente.
Este sensor deve o seu nome à letra λ (lambda), que é usada para representar a equivalência
entre a relação ar-combustível real e a relação considerada ideal (ou estequiométrica) de uma
mistura. Quando o valor é inferior a um (λ <1) significa que a quantidade de ar é inferior ao
ideal, logo a mistura é rica. Quando o oposto acontece (λ > 1), por ter excesso de ar, a mistura
diz-se pobre.
Se o nível de oxigênio estiver acima do indicado na tabela para cada tipo de combustível,
dizemos que a mistura está pobre. A sonda, então, manda um sinal para o módulo que vai
enriquecer a mistura, ou seja, enviar mais combustível.
Por outro lado, se o nível de oxigênio estiver abaixo do indicado na tabela, dizemos que a
mistura está muito rica. Essa informação vai para o módulo e então ele manda menos
combustível para a queima, até chegar no ponto ideal.
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A relação da mistura ar combustível admitida pelo motor, representada pela letra grega lambda,
deve seguir uma proporção em massa definida por:
𝝀 = 𝒎𝒂𝒓 /𝒎𝒄
Onde:
λ – Relação massa de ar / massa de combustível;
mar – Massa de ar admitida pelo motor;
mc – Massa de combustível admitida pelo motor.
Convencionamos que quando o valor de lambda é maior que 1 a mistura é denominada pobre.
Quando o valor de lambda é menor que 1 denomina-se mistura rica, e quando o valor de lambda
é igual a 1 nomeia-se a mistura como estequiométrica.
O valor de referencia para esta proporção é a relação combustível ar estequiométrica (Fe) que
é a relação que permite uma combustão completa.
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2. Mistura Combustível / Ar
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2.4. Influência do tipo de mistura no comportamento do motor.
Mistura econômica
É uma mistura levemente pobre, que devido ao excesso de ar permite a queima
completa do combustível. Nesta condição o motor pode produzir o mínimo consumo
específico.
Uma mistura rica apresenta a desvantagem de aumentar o consumo especifico do motor bem
como o aumento de fumaça nos gases de Descarga devido á combustão incompleta da mistura.
Uma mistura pobre apresenta o risco de aumentar excessivamente as temperaturas na câmara
de combustão. Teoricamente, a potência poderia ser aumentada indefinidamente pelo aumento
gradativo da quantidade de mistura a ser introduzida no cilindro, desde que se dispusesse de
um Turbo Compressor adequado.
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Entretanto, o superaquecimento da câmara de combustão impede que a Superalimentação se
processe alem de certos limites impostos pela metalurgia
Ou seja
𝑚
𝐶𝑒𝑠𝑝 =
𝑡. 𝑊
Onde:
m = massa de combustível (g)
t = tempo (1 hora)
W = potência (CV ou KW ou HP)
𝑉. 𝑑. 1000
𝐶𝑒𝑠𝑝 =
𝑡. 𝑊𝑒
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Onde:
v → volume ............. em litro
d → densidade ....... Kg/l, (o mesmo que Kg / dm3)
t → tempo.............. 1 hora
Pe → potência efetiva.CV, KW ou HP
Onde:
𝑚𝑓 → Caudal do combustível (g/s)
𝑃𝑒→ Potencia efetiva
Tipicamente, para uma dada rotação, o consumo específico apresenta-se como na curva
abaixo, onde se pode ver que para cargas inferiores a 30% da capacidade nominal do motor
há um crescimento acentuado do consumo em kg/HPh.
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Relação Ar/Combustível
Para a combustão completa de cada partícula de combustível, requer-se, da mistura, de acordo
com sua composição química, uma determinada quantidade de oxigênio, ou seja, de ar:
É o ar teórico necessário, AR min. A falta de ar (mistura rica) produz, em geral, um consumo
demasiado alto de combustível, e formação de CO (monóxido de carbono) ou fuligem.
A combustão, nos motores, exige um excesso de ar. Se estabelece entre a quantidade
real de AR real e a teórica, AR min, tem-se a relação λ = (AR real / AR min), que no motor
Otto, fica entre 0.9 e 1.3, no motor Diesel a plena carga, normalmente, não é inferior a 1.3 e
com o aumento da carga pode subir bastante.
Relação Ar Combustível
É definida como a relação entre a massa de ar e a massa de combustível em um intervalo de
tempo t.
RAC = Mar/Mcomb
Referidas a um mesmo intervalo de tempo.
A Relação Combustível Ar
É o inverso da relação ar / combustível
RCA = 1/RAC
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3.1. Variação Do Torque, Potência E Consumo De Combustível Em
Função Da Rotação Do Motor
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Elementos para análise de desempenho – comparação de motores. Para se comparar os
desempenhos dos motores, os seguintes elementos são geralmente considerados.
Consumo específico de combustível
Pressão media efetiva
Relação peso/potência (peso do motor / BHP)
Potência por unidade de cilindrada a comparação depende do fim a que se destina o
motor.
Para motores de aviação, por exemplo, os elementos 1 e 3 são mais significativos enquanto
para um motor estacionário, o consumo específico de combustível é de fundamental
importância.
Exemplo:
Um motor Diesel consome por hora 600 Kg de combustível quando desenvolve uma potência
efetiva de 3500 CV. Sabendo que o rendimento mecânico é de 85%, determine os consumos
específicos, efetivo e indicado.
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𝑚
𝐶𝑒𝑠𝑝 =
𝑡. 𝑊𝑒
600.1000
𝐶𝑒𝑠𝑝 = = 171 𝑔/𝐶𝑉ℎ
1.3500
𝑊𝑒 𝑊𝑒
𝜂𝑚 = ⟹ 𝑊𝑖 =
𝑊𝑖 𝜂𝑚
3500
𝑊𝑖 = = 4117,6 𝐶𝑉
0.85
𝑚 600.1000
𝐶𝑒𝑠𝑝 = ⟹ = 145.7 𝑔/𝐶𝑉ℎ
𝑡. 𝑊𝑖 1.4117,6
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4. Conclusão
Após o desenvolver do tema dado pude concluir que o trabalho executado por um motor de
combustão interna depende da quantidade de energia posta em liberdade pela queima da
mistura de ar / combustível. O conhecimento das quantidades de ar e combustível consumido,
permite o cálculo da razão ar combustível e o estudo das alterações no desempenho do motor.
Diversas são as razoes da proporção ar e combustível que podem ser admitidas no interior do
cilindro. Estas diferentes razões, poderão ser definidas como: fornecedora de potência máxima
ou de economia máxima.
A Potência Máxima é obtida com o aumento da quantidade de combustível devido a maior
liberação de energia química, limitando porem ao ponto em que todo o ar no interior do cilindro
tenha sido usado eficazmente na combustão.
Neste caso a relação entre ar e combustível seria considerada uma mistura rica.
A Economia Máxima é indicado por um baixo consumo específico de combustível
proporcionando entretanto baixos níveis de potência ao motor. É obtida utilizando-se misturas
pobres.
O consumo específico do combustível define como sendo o consumo horário por unidade d
potência do motor. Que costumeiramente usa as seguintes unidades: g/CVh, g/HPh e o g/KWh
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5. Referências Bibliográficas
Mendes, C. F. (s.d.). Maquinas de combustao interna: consumo especifico.
Trindade, J. (2014). Motores de combustao interna. Em J. Trindade, Motores de
combustao interna (p. 488). ENIDH.
wikipedia . (14 de julho de 2022). wikipedia, a eciplopedia livre. Obtido de
wikipedia: https://en.wikipedia.org/wiki/Brake-specific_fuel_consumption
Wikipedia. (9 de Junho de 2019). Wikipedia, a eciplopedia livre. Obtido de
Wikipedia: https://en.wikipedia.org/wiki/Specific_fuel_consumption
Wikipedia. (06 de Novembro de 2022). Wikipedia, a eciplopedia livre. Obtido de
Wikipedia: https://en.wikipedia.org/wiki/Thrust-specific_fuel_consumption
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