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1. Introdução
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A figura 1 mostra a influência da relação A ignição é outro processo fundamental
de ar (Lambda), sobre a potência “N” e o no comportamento de um motor ciclo Otto,
consumo “be”, em motores ciclo Otto. sendo vários parâmetros definidos a partir de
“Lambda” (λ = ( Quantidade de ar aspirado sua atuação. Alguns requisitos são necessários
/ Necessidade teórica de ar)). para que se consiga uma ignição e um
Se λ=1, a quantidade de ar aspirada resultado satisfatório:
corresponde à quantidade teoricamente - É preciso que a composição da mistura ar-
necessária. combustível satisfaça a certas condições,
Se λ falta de ar ou mistura rica, sendo de fácil combustão;
potência elevada. - É preciso que a mistura tenha bom acesso à
Se λ > 1, excesso de ar ou mistura pobre, centelha, sendo bem favorável a posição dos
diminui o consumo de combustível, diminui a eletrodos na câmara de combustão, a duração
potência. da centelha e o movimento da mistura
Se λ > 1.2, a mistura não consegue mais (turbulência).
ser inflamada, o limite de funcionamento foi - É preciso que a centelha de ignição tenha
ultrapassado. certa energia (há um limite mínimo) que será
O resultado da combustão em um motor, transformada em calor. Essa energia é
tem por base o comportamento dos vários denominada energia de ignição. Mesmo que a
fatores presentes na queima, cada um centelha seja emitida entre os eletrodos,
influenciando especificamente: embora não possuindo a necessária energia,
- Emissão de CO: o monóxido de carbono é não se verificará a ignição; 0,1 miliwatt-
produto da combustão incompleta da mistura, segundo é a energia máxima de que uma boa
portanto a emissão de CO é fortemente mistura necessita para a sua ignição; contudo
dependente da razão ar-combustível. misturas ricas ou pobres, necessitam muito
- Emissão de HC: deficiência de ar leva a mais. Especialmente grande é a demanda de
combustão incompleta da mistura ar- energia na partida a frio, já que a mistura não
combustível. Em mistura pobre a emissão de apresenta uma boa composição, estando a
HC também é elevada. vela fria.
- Emissão de NOx: picos de temperatura na - A energia de ignição é gerada com grande
câmara de combustão e a duração de seu efeito margem de reserva para que, mesmo sendo
tem influencia decisiva na emissão de NO. O adversas as condições de funcionamento, a
comportamento do NO é praticamente o mistura realmente venha a queimar-se.
inverso do HC. - O momento para a queima da mistura é
determinado de tal maneira que o motor não
"bata" (detonação) em toda a sua faixa de
trabalho. O ponto da ignição deve, além disso,
orientar-se de acordo com o estado do motor
considerando-se ainda se o interesse está na
potência do motor, no consumo ou na
eliminação de gases tóxicos no escapamento.
- É necessário, pois, que a centelha seja
emitida tão cedo que a máxima pressão de
combustão venha alcançar o seu valor
máximo um pouco além do ponto morto
superior (PMS). Se a centelha ocorrer muito
cedo o pistão que está em movimento para
cima será fortemente freado; se ocorrer muito
tarde, a queima só terá início quando o pistão
voltar a se deslocar para baixo. Em ambos os
Figura 2: Emissões em função fator λ casos a potência do motor será pequena em
[MILHOR (2002)]
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relação ao combustível gasto, sendo grande o
perigo de superaquecimento de peças na
câmara de combustão. O ponto de ignição deve
estar ajustado de tal modo que se alcance uma
potência grande e um funcionamento
econômico.
O controle eletrônico da ignição trabalha a
partir do mapa de avanço do motor, detectando
as condições de operação, assumindo rotinas
que corrigem o ponto as quais são função da
rotação do motor, pressão no coletor de
admissão e temperatura do motor.
Veja algumas conseqüências em virtude da
mudança do ponto de ignição quanto a emissão
de poluentes ( CO, HC e NOx) e consumo
Figura 5: Emissão de NOx em função do avanço de
específico: ignição e fator λ. [MILHOR (2002)]
3. Gerenciamento Eletrônico
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simples de controle eletrônico de combustível.
O combustível é injetado no coletor de
admissão de modo intermitente, através de uma
válvula de injeção comandada eletronicamente.
Todo o sistema de gerenciamento eletrônico de
combustível para motores ciclo Otto, é provido
de diversos sensores que identificam
circunstâncias de funcionamento do motor,
passando esses dados de forma eletro –
eletrônica para a central de comando do
sistema, que toma as necessárias decisões de
injeção de combustível em relação ao ar
admitido, bem como das condições de Figura 8: Sistema multiponto. [BRUNELLI (2000)]
funcionamento do motor, como temperatura,
velocidade do veículo, pressão barométrica.
Sendo multiponto, os injetores podem ser
abertos todos ao mesmo tempo (simultâneo),
3.1 Classificação dos sistemas de injeção em grupos de dois ou três injetores (banco a
eletrônica banco ou semi - seqüencial), ou ainda, podem
abrir-se um de cada vez (seqüencial).
Pode-se classificar os sistemas de injeção
eletrônica e ignição digital, através de cinco 4) Pela estratégia de definição do tempo de
formas diferentes: injeção ou do avanço de ignição: a
1) Pelo fabricante do veículo: os sistemas são classificação é segundo a estratégia de
divididos em função do fabricante do veículo. definição do tempo de injeção, divide os
2) Pelo fabricante do sistema de injeção e ou sistemas existentes em quatro grandes
ignição: os sistemas são divididos em função grupos:
do fabricante da UCE , muito embora em - “Mapeamento ângulo x rotação”: neste
muitos casos, os sistemas possuam caso, o tempo básico de injeção é definido em
componentes eletrônicos de outros fabricantes testes de bancada em laboratório em função
das UCEs, de injeção eletrônica e ou ignição do ângulo da borboleta de aceleração e da
digital em seus próprios sistemas. rotação do motor, gerando uma tabela de
3) Pela quantidade de eletroinjetores e suas tempos básicos de injeção que são
estratégias de acionamento: os sistemas podem memorizados.
ser monoponto (um injetor para todos os - “Densidade x rotação”: o tempo básico de
cilindros) ou multiponto (um injetor para cada injeção é calculado, indiretamente, em função
cilindro). do fluxo de massa de ar admitido. O fluxo de
massa de ar é determinado pela rotação do
motor, pelo volume dos cilindros e pela
densidade do ar, e este é calculado segundo a
pressão no coletor de admissão e a
temperatura do ar.
- “Fluxo de ar”: o tempo básico de injeção é
calculado, diretamente, em função da vazão
de ar admitido. A vazão de ar é determinada
diretamente por um medidor de fluxo de ar,
que normalmente está instalado no coletor de
ar, nas tubulações perto do filtro de ar, e o
resultado é corrigido em função do efeito da
variação da temperatura do ar admitido na
Figura 7: Sistema monoponto. [BRUNELLI (2000)]
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variação da sua densidade. do coletor.
- “Massa de ar”: o tempo básico de injeção é Em sistemas com medidores
calculado, diretamente, em função da massa de volumétricos, suscetíveis às variações da
ar admitido. A massa de ar é determinada por pressão atmosférica, o sensor de pressão é
um medidor de massa de ar, que pelo seu utilizado como um sensor de altitude, de
princípio de funcionamento já corrige modo a corrigir as variações de pressão
automaticamente, as variações da pressão atmosférica em função da altitude em que o
atmosférica, da temperatura ambiente e até da veículo se encontra.
umidade relativa do ar. Dois tipos de sensores de pressão são
mais freqüentemente utilizados, Strain Gage
5) Pela quantidade de bobinas de ignição e suas e Capacitivo.
estratégias de acionamento: demonstra-se a Os sensores do tipo Strain Gage são
classificação dos sistemas de ignição digital em formados por quatro elementos resistivos (
função do modo de distribuição da centelha, R1, R2, R3 e R4), os quais formam uma ponte
que podem ser dinâmicos (com distribuidor) ou de Wheatstone. Montados em um diafragma
estáticos (sem distribuidor). de silício, tais resistores tem seus valores
alterados devido à deformação do diafragma,
causado pela variação de pressão no coletor
3.2 Sensores de admissão. A tensão de saída do sensor
varia linearmente com a pressão no coletor.
Os sensores empregados nos motores de Com relação aos elementos resistivos da
combustão interna são responsáveis pela ponte de Wheatstone, a tensão é dada pela,
informação das condições de funcionamento do onde Eex é uma tensão constante de
motor à UCE. A descrição que segue, tem a alimentação.
finalidade de ilustrar, de maneira generalizada,
as principais variáveis medidas para o
gerenciamento dos motores e os sensores
empregados. Variações do que será
apresentado podem ocorrer em função do
fabricante, levando-se em conta as
especificações de cada projeto com relação ao
custo e desempenho desejados.
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pelo motor. O elemento quente faz parte de
um circuito constituído de uma ponte de
Wheatstone. Um outro elemento, uma
resistência de compensação da temperatura, é
inserido no sistema para que seja
restabelecida a temperatura do elemento
quente. Portanto, o sinal de saída do sensor,
uma tensão, é diretamente proporcional à
massa de ar que está sendo admitida pelo
motor.
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3.2.3 Sensores de posição da borboleta de relacionados à abertura da borboleta, ou seja,
aceleração é mais precisa que a segunda pista, pois
ambas fornecem a mesma faixa de tensão,
A função destes sensores, é informar a mas a pista utilizada para o controle da
posição angular da borboleta de aceleração, marcha lenta, corresponde a um ângulo de
permitindo que a U.C.E. realize estratégias de abertura menor da borboleta.
controle de acordo com a tabela:
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de fase tem a função de, combinado com o da placa, gerando uma diferença de potencial
sinal de rotação e PMS, permitir que a U.C.E. VH (tensão Hall) em direção perpendicular,
possa identificar o cilindro em ignição. Em tanto à corrente I como ao campo magnético.
casos específicos, no qual o sensor de fase está Na prática, o campo magnético é gerado por
gerando o sinal sobre o mesmo eixo que o um imã permanente, a corrente elétrica I por
sensor de rotação, o sensor de fase permitirá a uma tensão VV que deverá ser fornecida à
identificação do PMS. Em outros casos, o placa condutora e a condição de circuito
sensor de fase gera o sinal no eixo do comando aberto e fechado é obtida por uma armadura
de válvulas, o que permite a identificação do em forma de um copo com janelas ao longo
cilindro em ignição. de seu perímetro, ou então, faz-se uso de uma
Tanto o sensor de rotação e PMS como o roda dentada magnetizada, como no caso do
sensor de fase, podem ser baseado no princípio sensor indutivo.
da relutância magnética (indutivo) ou efeito
Hall.
Os sensores do tipo indutivo ou relutância
magnética constituem-se de um
encapsulamento contendo um imã permanente
e um enrolamento elétrico de cobre (indutor)
como pode ser visto na FIGURA 16. Seu
princípio de funcionamento está baseado na
força eletromotriz (f.e.m.) gerada devido à
variação de fluxo magnético no indutor, Figura 12: Efeito Hall. [MILHOR (2002)]
provocada pela passagem dos dentes e
cavidades da roda dentada, magnetizada, pelo Deve-se destacar que, nos sensores
sensor. A tensão gerada pelo sensor é comerciais, composto por um circuito
proporcional à rotação da roda dentada. integrado, a tensão Hall passa por um circuito
amplificador, antes de ser utilizado para o
processo em questão, como mostra a figura.
No caso ilustrado, a tensão de 12 volts será
obtida conectando-se um resistor entre a
alimentação e o ponto de saída do sensor
(saída em coletor aberto).
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3.2.6 Sensor Detonação 3.3 Atuadores
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Durante o estado de repouso, não há mistura ar-combustível tem a oportunidade de
passagem de corrente pela bobina, não havendo se inflamar. Após a ruptura da centelha a
portanto f.e.m., e desta forma, a mola de tensão se estabelece periodicamente como
retorno pressiona o conjunto válvula-armadura mostra a figura 17.
contra o assento, não permitindo a passagem do
combustível. Com a excitação pelo circuito de
potência, a bobina é energizada deslocando o
conjunto válvula-armadura no sentido de
fechar o circuito magnético (deslocamento
contrário à ação da mola) devido à f.e.m.
gerada, abrindo a passagem para o combustível
fluir.
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borboleta de aceleração esteja completamente conversor catalítico de três estágios pode
fechada. Outra maneira é através do controle da reduzir a emissão de HC, CO e NOX em
abertura da borboleta de aceleração. mais de 90%, se o motor estiver sendo
No primeiro caso, costuma-se utilizar um operado em uma faixa muito estreita em torno
motor de passo, cujo eixo contém um da mistura ar-combustível estequiométrica,
obturador. De acordo com a estratégia de como mostra a figura 18. Este pequeno
controle, o motor de passo recua ou avança desvio, só pode ser mantido pelos modernos
permitindo a passagem de mais ar ou menos ar sistemas de injeção de combustível,
pelo by-pass, com o objetivo de manter a controlados eletronicamente. Por essa razão,
rotação estável. Já no segundo caso, utiliza-se o controle em malha fechada com
geralmente, um motor de corrente contínua sonda lambda, ou seja, a composição da
(motor DC) é utilizado. Atuando sobre o eixo mistura ar-combustível é continuamente
da borboleta de aceleração, o motor DC abre mantida dentro da faixa ótima, pelo controle
ou fecha parcialmente a borboleta de em malha fechada. Para isso, a exaustão deve
aceleração a partir de um sinal com largura de ser medida e a quantidade de combustível
pulso modulada (PWM) e com inversão de injetada, imediatamente corrigida, em função
polaridade. O motor DC tem a possibilidade de da medida realizada. A sonda lambda é
abrir a borboleta de aceleração até 20º utilizada como o sensor de realimentação.
aproximadamente. Esta gera uma tensão de ruptura exatamente
Além de controlar a quantidade de ar para em , fornecendo portanto, um sinal que
estabilização da marcha lenta, o corretor da mostra o quanto a mistura desvia do valor
marcha lenta também executa a função Dash- estequiométrico.
pot durante as desacelerações.
Outros atuadores, além dos descritos
anteriormente, podem ser utilizados em um
sistema de gerenciamento de motores a
combustão interna como válvula EGR, válvula
de purga do canister e outros mais, que não
serão descritos por não serem relevantes para o
desenvolvimento deste trabalho.
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um corpo cerâmico compacto fechado em uma exaustão; por exemplo, com , restará entre
das extremidades. É construído com dióxido de 0,2 a 0,3 % de oxigênio em volume. A partir
zircônio e estabilizado com óxido de ítrio. As desta relação, torna-se possível o uso da
faces têm eletrodos em ambos os lados feitos concentração de oxigênio na exaustão como
de uma fina camada de platina permeável a uma medida da razão ar-combustível. A
gás. voltagem fornecida pela sonda lambda como
O eletrodo de platina, no lado de fora, age resultado da concentração de oxigênio na
como um pequeno conversor catalítico onde a exaustão, atinge valores entre 800 a 1000 mV
exaustão é submetida ao tratamento catalítico com mistura rica ,mas fica em torno de 100
conduzindo ao equilíbrio estequiométrico. No mV com mistura pobre . A transição entre a
lado exposto ao gás de exaustão, há uma faixa pobre e a rica permanece entre 450 e
camada de cerâmica porosa ( spinell layer) o 500 mV, como mostra a figura 20.
qual atua como uma proteção contra a Além da concentração de oxigênio na
contaminação. Um tubo de metal com uma exaustão, a temperatura do corpo cerâmico,
determinado número de fendas protege o corpo também é um fator importante, uma vez que
cerâmico contra choques mecânicos e térmicos. esta influencia a condutividade dos ions de
O espaço aberto interno está em contato com o oxigênio. Assim, a curva de tensão elétrica
ar atmosférico, o qual atua como um gás de fornecida como uma função de (curva
referência. “estática” do sensor) é fortemente
A figura 19, representa uma sonda influenciada pela temperatura. Além disso, o
lambda instalada na tubo de exaustão. tempo de resposta para uma mudança de
voltagem devido à uma alteração na
composição da mistura, também depende da
temperatura. Ao passo que, o tempo de
resposta, estando a cerâmica à uma
temperatura abaixo de 350 C, é da ordem de
segundos, em condições de temperatura ideal
de operação, em torno de 600 C, o sensor
responde em menos 50 ms. Por isso, o
controle em malha fechada através da sonda
lambda, passa a ser ativado somente quando
se atinge a temperatura mínima de operação
do sensor, ou seja, por volta de 350 C. Até
este ponto, o motor opera com controle em
malha aberta.
Figura 19: Representação da sonda lambda.
[MILHOR (2002)]
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3.3.4.1 Sonda lambda aquecida
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este empobrecimento e para facilitar a partida carga do motor, a unidade de comando
do motor a frio, deve ser injetada uma reconhece, a partir do sinal do medidor de
quantidade adicional de combustível no fluxo de ar, se existe uma condição de
momento da partida. Este maior volume de aceleração, enriquecendo a mistura. Este
injeção na partida é obtido, através de um enriquecimento depende da temperatura do
aumento no tempo de injeção e duplicação da motor.
freqüência de injeção das válvulas injetoras, ou Funcionamento com freio motor:
através de uma válvula adicional de partida a Mediante desligamento da alimentação de
frio, cujo tempo de ligação é limitado por um combustível com o uso do freio motor,
interruptor térmico de tempo, que trabalha em obtém-se nítida economia de combustível
função da temperatura e do tempo. O maior (cut-off), não somente em descidas de serras,
volume injetado no motor por ocasião da mas também no tráfego urbano, com total
partida a frio é limitado pela rotação, pela segurança. Os dados para a realização deste
temperatura e pelo tempo. parâmetro provém do potenciômetro da
Fase de aquecimento do motor e ar quente: borboleta, e da rotação do motor, que é
Após a partida, o motor frio precisa em um medida através do sistema de ignição.
curto período de tempo, de um enriquecimento Correção de altitude: A menor
adicional da mistura ar-combustível, para que densidade do ar em pontos mais elevados
seja assegurado um funcionamento “redondo” (serras) requer uma redução na quantidade de
do motor. A função de enriquecimento na fase combustível. A correção de altitude é feita por
de aquecimento do motor foi projetada de tal um sensor que detecta a pressão do ar. O
modo que assegura uma perfeita aceleração em sensor emite uma tensão como função da
todas as temperaturas com simultânea redução altitude para a UCE, que então com base nesta
no volume de combustível injetado. O informação altera o tempo de injeção.
enriquecimento após a partida, é comandado Limitação da rotação: A alimentação de
em função do tempo, e o enriquecimento combustível pode ser bloqueada para
durante a fase de aquecimento do motor é limitação da rotação máxima do motor. Esta
comandado em função da temperatura do função pode ser incorporada ao sistema para
motor. aumentar a vida útil dos motores, evitando
Marcha - lenta: 0 adicionador de ar, seu sobre-giro, processo que danifica o motor
fornece ao motor, contornando a borboleta de irreversivelmente. Esta função também pode
aceleração, um volume de ar adicional. Assim, ser usada em países que possuem regras
o motor frio recebe uma maior quantidade de rígidas com respeito ao controle de
mistura tal, que a rotação de marcha-lenta é velocidade de veículos automotivos leves em
mantida apesar do atrito mais elevado. Um auto-estradas.
bimetal eletricamente aquecido comanda a Na tabela podemos verificar a estratégia
seção transversal da abertura do adicionador de que é desenvolvida por alguns sensores
ar. conforme regime de funcionamento:
Plena carga: Em regime de plena carga, a
mistura de ar-combustível deve ser enriquecida
em relação à mistura em regime de carga
parcial. O quanto esta mistura deve ser
enriquecida é programado na UCE, em função
do tempo de injeção. A UCE recebe a
informação “plena carga” via interruptor da
borboleta de aceleração conectado a borboleta
de aceleração.
Aceleração: Para obter uma boa passagem
da marcha - lenta para a aceleração, deve
ocorrer um enriquecimento na variação da
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(marcha lenta, cargas parciais e plena carga),
por intermédio do interruptor da borboleta.
Grandezas de medição para adaptação fina:
Para se otimizar a dirigibilidade, pode-se
levar em consideração, outros regimes de
funcionamento e outras influências na
dosagem do combustível, comportamento de
transição nas acelerações, limitação de
rotação máxima e operação com freio motor
são realizados através dos sensores já
mencionados. Nestes regimes de funcio-
namento os sinais destes sensores tem entre si
uma determinada correlação. Esta correlação
é reconhecida pela unidade de comando que
atua então de modo adequado nos sinais de
comando para válvulas de injeção.
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Rotação: A informação sobre a rotação e Bibliografia
disparo do impulso de injeção é fornecida pelo
sistema de ignição e enviada à unidade de MILHOR, Carlos Eduardo; Sistema de
comando. desenvolvimento para controle eletrônico dos
Temperatura do motor: O sensor de motores de combustão interna; Dissertação de
temperatura no circuito de água de Mestrado – Escola de Engenharia se São
refrigeração do motor mede a temperatura do Carlos – Universidade de São Paulo, 2002.
motor e emite um sinal elétrico para a unidade BRUNELLI – Rafael Rogério; Estudo
de comando. sobre os sistemas de gerenciamento de
Regime de carga: O reconhecimento dos motores automotivos e sobre o uso do gás
dois regimes de funcionamento do motor, natural veicular, trabalho de conclusão curso
marcha lenta e plena carga, é importante para o superior em Engenharia Mecânica,
enriquecimento da mistura em regime de plena Universidade de Caxias do Sul, 2000.
carga e para o desligamento em caso de BOSCH; Catálogo Injeção Eletrônica
funcionamento com freio motor. A fim de 2001;
satisfazer os diferentes critérios de otimização CÂMARA; Julio César Chaves;
da mistura para estes dois regimes de Monitoramento eletrônico da mistura
funcionamento, o interruptor da borboleta de ar/combustível em motores de combustão
aceleração emite o sinal “marcha lenta” e interna ciclo Otto, Dissertação de Mestrado –
“plena carga”, para a UCE. O potenciômetro da Universidade Federal da Bahia, Bahia 2006.
borboleta, é instalado em contato direto com a
borboleta de aceleração, no corpo da admissão
de ar e combustível do sistema.
Tensão da bateria: O tempo que a válvula
de injeção leva para abrir e fechar depende da
tensão da bateria. Para compensar o retardo no
tempo de abertura das válvulas de injeção, a
unidade de comando corrige as variações na
tensão da bateria através de alteração dos
tempos de injeção de combustível.
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