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EIXO DIFERENCIAL

INTRODUÇÃO

O diferencial é um dispositivo mecânico indispensável em veículos de tração. O


diferencial tem a função de transferir e distribuir uniformemente o torque a dois semi-
eixos que em principio giram em sentidos opostos, possibilitando assim, a cada eixo,
uma gama de velocidade e rotações diferentes.

O diferencial possibilita transmissão da rotação igual aos semi-eixos,


independentemente das suas velocidades de rotação.

Um diferencial transfere, mediante rodas dentadas (engrenagens), as rotações da


esquerda para direita da transmissão, pelo eixo cardã e , quando equilibrado, transforma
em movimento único (para frente ou para trás quando se engata a ré) (a ré muda o
sentido de rotação do eixo cardan, e não o diferencial), ou seja, com a ré engatada o eixo
cardan move-se da direita para esquerda e o diferencial gira para trás

Porém, em veículos de tração traseira ou 4×4, isso não é tarefa simples. Primeiro,
porque a rotação do motor é transmitida para trás por meio do eixo cardan. Se você não
sabe, essa peça conecta a dianteira à traseira do veículo, ou seja, está instalado
longitudinalmente. Assim, a rotação não chega no sentido correto para movimentar as
rodas. Então, fica a cargo do eixo diferencial fazer essa mudança de 90 graus na rotação.

COROA E PINHÃO

A coroa e o pinhão são itens que merecem muita atenção na hora da manutenção,
principalmente, se o veículo opera em condições severas. Esse conjunto é formado por
duas engrenagens que permitem a redução do torque vindo do motor para as rodas,
devido as combinações de dentes do par coroa e pinhão. A divisão entre o número de
dentes da coroa e do pinhão é a redução, que significa as voltas que o pinhão precisa dar
para a coroa completar uma volta. Quanto maior for a redução mais força e menos
velocidade terá o veículo e quanto menor for a redução mais velocidade e menos força
terá o veículo.

“Os dentes da coroa e do pinhão podem ser fabricados com diferentes formas de
geometria. A ArvinMeritor utiliza o tipo hipóide, mais resistente, silencioso e leve, além

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de contar com dimensões possíveis da coroa e do pinhão”, comenta Gabriel. “Devido ao
tipo de engrenamento, o tipo hipóide possui uma característica chamada “off-set”, que é
a distância entre a linha de centro da coroa e a linha de centro do pinhão no sentido
vertical”, completa

Conhecer o seu funcionamento é um grande passo para entender o que é o diferencial. E


em resumo, ou que se pode deduzir, apresentadas sua composição e definição do
sistema, é que o diferencial é peça essencial, assim como o freio, o acelerador e a
embreagem.

COMO FUNCIONA O DIFERENCIAL

Atua como componente veicular responsável por:

 transmissão da potência do motor às rodas;

 direcionamento da mesma potência do motor para cada roda separadamente;

 última etapa de regulagem da transmissão — ou para o controle total das


marchas.

É, portanto, dispositivo mecânico indispensável para controlar a tração. Sua atuação é


essencial para o mecanismo essencial de um veículo. Com ele, é possível que o torque
seja dividido entre os dois semieixos. Isso acontece pois o dispositivo foi criado levando
em consideração os giros opostos dos eixos e a necessidade de velocidades e rotações
diferentes entre eles.

MANUTENÇÃO

Danos no conjunto do eixo diferencial podem ser causados pelos seguintes fatores:
aplicação, operação do motorista, falta de manutenção, modificação do veículo ou do
trem de força, uso incorreto do Peso Total Bruto (PTB) e do Peso Total Bruto
combinado (PTBC). O componente mais sujeito a sofrer avarias é o semi-eixo.

Os problemas podem ser causados por fadiga do eixo, fadiga por choque, dentes
quebrados e quebra no anel do ajuste do lado da flange, entre outros defeitos
provocados por desgaste natural ou por fatores externos.
A quebra por carga de choque causa fratura instantânea ou trinca (a parte danificada é
visível) e pode acontecer devido ao acionamento incorreto do bloqueio na passagem
para tração. Outros defeitos são fadiga do eixo traseiro e fadiga de superfície.

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Rolamentos avariados também prejudicam o conjunto. Alguns fatores são: falta de
lubrificação, manuseio incorreto, lubrificante contaminado e carga excessiva.O contato
e a folga entre os dentes do par coroa e pinhão são muito importantes, pois podem
aparecer trincas prematuras ou provocar ruído nos componentes.

A EVOLUÇÃO DO DIFERENCIAL

Importante esclarecer que, sendo um conjunto de peças e engrenagens quase


onipresentes nos veículos, o diferencial sofre algumas alterações conforme as
necessidades dos vários tipos de veículos. Embora estejamos falando quase sempre em
diferencial aberto, e mesmo que tenhamos citado outro modelos neste post,
abordaremos melhor ao dizer que, além desses, encontraremos também:

 diferencial locker, é desativado automaticamente quando o veículo passa dos 20


km/h;
 diferencial central (abordaremos mais sobre este quando falarmos dos 4×4),
geralmente encontrado em carros com tração nas quatro rodas. Normalmente
parte de um conjunto de três diferenciais, organizando a passagem entre os
outros dois;
 diferencial de deslizamento limitado, ou Limited Slip Differential (LSD), que
tem o objetivo de limitar que a roda com menos tração patine, enquanto a de
maior tração não se mexa.

CONCLUSÃO

Entenda que, para fazer curva — qualquer tipo de curva —, praticamente todos os
veículos com motores a combustão necessitam de um diferencial. Esse sistema, simples
e ao mesmo tempo sofisticado, representa o trabalho das engrenagens para viabilizar a
compensação de velocidade entre os semieixos nos pares de rodas laterais do carro. E
somente dessa forma, um veículo pode girar as rodas dianteiras.

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