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Sistema de

Suspensão

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Sumário
Introdução à suspensão ........................................... 3
Objetivo da suspensão ............................................. 4
Componentes da suspensão .................................... 4
Junta homocinética ................................................... 5
Pivô ........................................................................... 5
Molas ........................................................................ 6
Amortecedores ......................................................... 7
Amortecedor hidráulico - convencional ..................... 8
Amortecedor pressurizado ...................................... 10
Coxim...................................................................... 12
Braços Oscilantes - bandejas ................................. 13
Tipos de suspensão ................................................ 15
Dependente ............................................................ 15
Independente .......................................................... 15
Independente dianteira ........................................... 15
Com mola helicoidal ..... ..........................................15
Suspensão por forquilha dupla ou trapézio
articulado: ............................................................... 15
Suspensão do tipo MACPHERSON: ...................... 16
Manutenção geral da suspensão ............................ 17
Relatório de inspeção da suspensão..................... 23

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Introdução a Suspensão
Suspensão, da palavra suspender, sinônimo de elevar, ato ou efeito de
suspender-se. Sendo assim, aplicando o conceito à mecânica de autos, um
carro pode ser dividido em dois conjuntos: o que está acima da suspensão e o
que está abaixo. No geral a maior parte do chassi: parte elétrica, motor,
transmissão e escape compõem a parte suspensa do carro. Os quatro
conjuntos compostos por pneu e roda (basicamente) são a parte não
suspensa do carro.
A ideia da suspensão é justamente absorver forças que seriam
diretamente transmitidas ao motorista e estrutura do veículo, caso o chassi
fosse ligado diretamente as rodas.

Conjunto de suspensão de um Volkswagen Golf

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Objetivo da Suspensão

O objetivo da suspensão é:
 Absorver os impactos da roda do veículo com o solo, oferecendo
capacidade de aderência;
 Manter a estabilidade do veículo em deslocamento nas retas, nas curvas
e freadas, permitindo maior conforto e segurança aos ocupantes do
veículo.

Componentes da Suspensão

Imagem ilustrativa dos componentes de uma suspensão automotiva

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Junta homocinética
É responsável por transmitir a força do motor para as rodas e permitir
que o carro continue em movimento mesmo quando esterçamos as rodas para
fazer uma curva, por exemplo. Sem essa junta, o carro não seria capaz de se
movimentar com as rodas viradas. Elas também fazem a ligação entre o
semieixo e o cubo de rodas.

Pivô
O pivô tem a função de realizar a ligação do chassi e carroceria e
permite que haja a direção do carro, fazendo com que a coluna gire em seu
próprio eixo. Em alguns modelos o pivô da suspensão está soldado junto com a
bandeja da suspensão. Neste caso é mais difícil realizar a troca de apenas um
pivô, sendo indicado substituir a bandeja inteira.

Pivô da suspensão do Fiat Palio Pivô bandeja da suspensão do Citroen

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Molas
As molas juntamente com os amortecedores permitem a movimentação
controlada do sistema, oferecendo maior tempo de vida útil ao veículo,
diminuindo os fortes impactos que um veículo sofre que poderiam causar
trincas na sua estrutura e incômodos ruídos no painel do automóvel.
Elas absorvem os impactos sofridos pelas rodas, evitando oscilações no
veículo. Pode ser feixe de molas ou molas de lâminas, molas helicoidais e
barras de torção.
Feixes de mola eram mais comuns na maioria dos veículos de passeio
até o início da década de 90. Ainda hoje é usada em quase todos os veículos
pesados, mas as mais usadas e conhecidas são as molas helicoidais, podem
trabalhar tanto na dianteira como na traseira do veículo. Seu posicionamento
na suspensão depende da sua construção e estrutura. A usada na suspensão
dos veículos é a mola helicoidal cilíndrica. Neste caso, a mola reage a
compressão, pois funciona entre a carroceria e os eixos das rodas.
A mola helicoidal, conforme seu nome indica, é enrolada em forma de
hélice.

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Amortecedores
O amortecedor, que tem como funções: controlar os movimentos da
carroceria e suavizar as oscilações produzidas pelas molas, influenciando
diretamente na dirigibilidade e estabilidade do veículo. Quando estão gastos,
deixam de exercer a sua função e ficam sem ação, o que leva ao desgaste
prematuro dos demais componentes da suspensão. Em altas velocidades ou
em curvas, os amortecedores exercem um controle importantíssimo para
estabilidade de segurança do veículo. Por isso deve-se observar o estado do
amortecedor e o limite de quilometragem estabelecido pelo fabricante para uma
possível substituição, a fim de evitar acidentes.
É fácil verificar quando um amortecedor não se encontra em boas
condições: a carroceria oscila mais do que o normal nas frenagens e nas
curvas, o veículo “foge” durante as frenagens e ainda há possibilidade de uma
verificação visual analisando se há vazamento de óleo entre o eixo e o corpo
do amortecedor, além dos pneus, que apresentam um desgaste anormal
(rápido e/ou irregular).
Um amortecedor é basicamente uma bomba de óleo localizada entre o
chassi do carro e as rodas. A parte superior do amortecedor se fixa ao chassi
(por exemplo, o peso suspenso), enquanto a parte inferior se fixa ao eixo,
próximo à roda (por exemplo, peso não suspenso). Em um tipo de dois tubos,
um dos mais comuns, a parte de cima é fixa a uma haste, que, por sua vez,
está ligada a um pistão. Ele está inserido em um tubo cheio de fluido hidráulico.
O tubo interno é conhecido como tubo de pressão. Já o externo é conhecido
como tubo de reserva. Este último armazena o excesso do fluido hidráulico.
Quando a roda do carro encontra um obstáculo na via, a mola se
comprime e se distende. A energia dela é transferida para o amortecedor
através da parte de cima e vai seguindo através da haste para dentro do pistão.
Os orifícios no pistão permitem que o fluido passe através dele e ele se mova
para cima e para baixo no tubo de pressão. Como os orifícios são
relativamente pequenos, somente uma pequena quantidade de fluido passa
sob grande pressão. Isso faz com que o pistão desacelere, o que por sua vez
desacelera a mola.

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Os amortecedores trabalham em dois ciclos - o de compressão e o de
extensão. O de compressão ocorre quando o pistão se move para baixo,
comprimindo o fluido hidráulico na câmara abaixo. Já o ciclo da extensão
ocorre quando o pistão se move na direção do topo do tubo de pressão,
comprimindo o fluido na câmara acima. O ciclo da compressão controla o
deslocamento do peso não suspenso do veículo, enquanto o de distensão
controla o mais pesado, o suspenso.

Todos os amortecedores modernos são sensíveis à velocidade: quanto


mais rápido a suspensão se movimenta, mais resistência o amortecedor
fornece. Isso permite aos amortecedores que se ajustem às condições da
estrada e que controlem todos os movimentos indesejados que possam ocorrer
em um veículo em marcha, incluindo balanço, oscilação, mergulho na frenagem
e agachamento na aceleração.

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Amortecedor hidráulico – convencional
Possui óleo e gás oxigênio. O amortecedor telescópico é o mais usado
atualmente. Consiste num cilindro que contém um pistão ligado a uma haste. A
extremidade fechada do cilindro está à articulação ou ao eixo da roda,
enquanto a extremidade exterior da haste, que passa através de um vedador
existente no cilindro, está ligada à carroceria. Válvulas reguladoras e canais de
passagem comandam o fluxo de óleo, nos dois sentidos, através do pistão. O
espaço acima do pistão é menor do que o espaço sob este, assim, não
consegue conter todo o óleo deslocado pelo pistão quando este se dirige para
a extremidade inferior do cilindro. Uma válvula comanda a saída do excesso de
óleo para um depósito ou câmara de recuperação, que envolve o cilindro. À
medida que o amortecedor se distende como o pistão não desloca da seção
superior do cilindro uma quantidade de óleo suficiente para encher a seção
inferior, está cheia a partir do depósito e através de uma válvula de
enchimento. Basicamente, o amortecedor telescópico consiste em: 1 - Câmara
de compressão 2 – Câmara de tração 3 – Pistão 4 – Válvula de Base.
Conforme figura a seguir.

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Em relação ao funcionamento dos amortecedores hidráulicos, a
suspensão compreende sempre um elemento elástico e um elemento de
amortecimento. O elemento elástico absorve os choques e cria um ressalto. O
amortecedor reduz o ressalto da mola e mantém o pneu em contato com o
solo. O amortecedor está fixo à carroceria e a um elemento do eixo rolante. As
fixações podem ser flexíveis, por bloco flexível ou por anel de borracha. O
êmbolo tem um sistema de válvulas e de orifícios calibrados para restringir a
passagem do óleo, de modo a criar o efeito de amortecimento. Quando o
êmbolo desce dentro do cilindro, o óleo passa pelos orifícios calibrados para
subir, quando o êmbolo sobe dentro do cilindro, o óleo passa pelos orifícios
calibrados para descer.
Os movimentos do êmbolo são lentos porque o óleo quando passa de
uma câmara para outra encontra certa resistência, pois, os orifícios por onde
passa são estreitos em relação ao volume de óleo movimentado. Os
amortecedores hidráulicos, de acordo com os seus comportamentos de
extensão e compressão podem ser de simples efeito e duplo efeito. O
principal fator que caracteriza a diferença entre os dois é a maior ou menor
resistência que se opõe à extensão ou à compressão do amortecedor.
Num amortecedor de "simples efeito", a resistência que se opõe à sua
extensão é muito maior do que a que se opõe à sua compressão, ou seja, o
amortecedor leva mais tempo para "abrir" do que para "fechar", atua em um
sentido. No caso do amortecedor de "duplo efeito", a resistência que se opõe à
sua extensão é um pouco maior, quase igual a que se opõe à sua compressão.
Desse modo o tempo que o amortecedor leva para "fechar" é semelhante ao
tempo que leva para abrir, ou seja, atuam nos dois sentidos.
Esse tipo de amortecedor oferece maior conforto para o veículo em
relação a outros amortecedores.

Amortecedor pressurizado
Possui gás nitrogênio, que forma um bolsão na parte superior da câmara
reservatório. Como esse gás não se mistura com o óleo, ele não forma bolhas,
ou seja, não ocorre a aeração. Além disso, o nitrogênio auxilia o resfriamento
do óleo e, portanto, impede a ocorrência de cavitação.

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Mas deve-se ficar atento, esse tipo de amortecedor não deve ser aberto,
por haver risco de explosão. Os amortecedores pressurizados podem ser
regulados de acordo com o veículo. Podem ser regulados mecanicamente.
Outros têm uma estrutura diferente e sua regulagem é automática,
possuem um dispositivo chamado “stop hidráulico” ligado à haste. Quando o
amortecedor recebe grandes choques, esse dispositivo dificulta a passagem do
óleo, assim, reduz ou elimina o movimento da haste e do êmbolo.

2 - Amortecedor dianteiro - Cofap - 3 - Amortecedor traseiro Nakata pressurizado


Corolla Turbo gás - lado do passageiro Fiat Freemont e Dodge Journey

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Coxim
O coxim é uma peça metálica revestida de borracha que é instalada na
junção do amortecedor com o veículo. É ela que apoia e fixa os amortecedores
sob o monobloco do carro.
Assim sendo, o coxim do amortecedor é responsável pela absorção
residual dos impactos do conjunto da suspensão e também sofre uma força
rotacional gerada pela movimentação do volante e da transposição do peso do
carro nas curvas, frenagens e aceleração.
Visto muitas vezes como uma peça secundária, é comum o motorista
optar por um amortecedor de boa qualidade, mas escolher um coxim de
segunda categoria. O problema é que, como o coxim do amortecedor sofre
forças de compressão e rolamento, a peça é muito exigida durante a condução
do veículo. Logo, uma peça de má qualidade apresenta uma vida útil muito
curta e prejudica o desempenho dos amortecedores, mesmo que estes tenham
alta qualidade.
O coxim é um grande dissipador de energia e é responsável também
pela estabilidade e alinhamento da direção.

4 Amortecedores Cofap Logan e Sandero Kit Completo

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Batente + Coifa do amortecedor dianteiro Pajero TR4

Braços oscilantes - bandejas


São peças de aço que ligam a roda à carroceria do veículo, articulando-
se com os demais componentes, para permitirem os movimentos da roda.
Geralmente, existem dois braços: um braço superior e um inferior. O braço
oscilante liga a manga-de eixo e inclui uma rótula e articulações elásticas.
Há dois tipos de braços oscilantes: braço inferior em “L” ou “austral” (1)
e braço inferior triangular (2).

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Abaixo seguem os modelos de acordo com os carros:

Bandeja de suspensão dianteira – Honda Fit

Kit Bucha Bandeja Superior Jeep Grand Cherokee

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Tipos de Suspensão

Para que todos os componentes da suspensão, descritos até aqui,


funcionem normalmente, cumprindo com eficiência suas funções, precisam
então estar em bom estado de conservação. Caso os componentes do sistema
de suspensão estejam comprometidos, a não substituição deles pode provocar
o desgaste dos pneus e, pior do que isso é comprometer a estabilidade do
veículo, prejudicando a sua dirigibilidade e podendo provocar acidentes graves.
Conforme o modelo do automóvel existe uma suspensão especifica, o
primeiro modelo é o dependente, em que os movimentos de uma roda são
percebidos na outra, conhecido por eixo rígido e o modelo independente, em
que cada roda recebe as irregularidades do piso sem transferir à outra do
mesmo eixo.

Dependente
Quando os sistemas de suspensão da roda são fisicamente ligados. É
basicamente uma barra sólida mantida no lugar por molas e amortecedores. Os
elementos de ligação do eixo ao chassi são a mola helicoidal, assim, os
impactos ou trepidações de uma roda são transmitidos à outra.

Independente
É aquele onde cada um dos lados está ligado às rodas de forma
independente, ou seja, se uma roda passar por um desnivelamento, somente
ela será deslocada, não modificando o posicionamento da roda oposta.

Os tipos mais comuns de suspensão independente dianteira são: Com mola


helicoidal
1 - Suspensão por forquilha dupla ou trapézio articulado:
Baseia-se no princípio fundamental de manter o paralelismo das rodas.
Utilizado na suspensão dianteira, como as rodas têm de manterem-se direitas
em vez de oscilarem, uma das forquilhas apresenta a sua base mais larga,
mais próxima da roda e ainda um tirante para absorver os esforços resultantes

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da aceleração e da frenagem. Consta de dois braços, superior e inferior que
por seu extremo interno se articulam sobre estrutura. Como no caso de
suspensão simples braço oscilante, ambos os braços se unem por extremidade
com a bucha. O amortecedor é montado no interior da mola helicoidal, os
esforços resultantes da frenagem são absorvidos por um tirante obliquo que
liga a forquilha inferior à carroceria ou à travessa de suspensão.

2. Suspensão do tipo MACPHERSON:


Desenvolvida em 1947 por Earle S. MacPherson, da General Motors, é o
sistema de suspensão dianteira mais utilizado. A coluna MacPherson combina
um amortecedor e uma mola helicoidal numa mesma peça. Isso faz com que o
sistema de suspensão seja mais compacto e leve, podendo ser usado em
veículos com tração nas rodas dianteiras, além de evitar oscilações da mola.
Nesse tipo de suspensão o braço (ou triângulo) interior é
praticamente igual ao de uma suspensão convencional - articulações sobre a
estrutura da carroceria monobloco e, normalmente, rótulas de lubrificação
permanentes. Contudo, o braço superior não existe como tal, é solidamente
unido a maga de eixo em sua parte inferior e na parte superior ancorado por
meio de uma rótula. Além disso, é formado por tubo oco, para permitir o
alojamento interior de um amortecedor e a instalação de uma mola externa na
parte superior, colocada entre duas “taças” que lhe servem de suporte.
Com o sistema MacPherson a cambagem das rodas varia pouco em
seus movimentos ascendente e descendente.
O eixo dianteiro do tipo MacPherson é constituído por um tirante
telescópio, um braço e uma barra estabilizadora ou de torção.

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Manutenção geral da suspensão

Para o funcionamento normal da suspensão, devem ser observados os


seguintes procedimentos de manutenção:

 Se for necessária a substituição de uma das molas, dianteiras ou


traseiras, devem ser substituídas as duas;
 Verificar se há quebraduras na mola e se ela está mal
posicionada em seu alojamento;
 Substituir, periodicamente, os coxins e mangueiras antirruídos;
 Ao ser retirado, a mola helicoidal não deve ficar por muito tempo
comprimida na ferramenta;
 Fazer, periodicamente, o alinhamento e balanceamento das
rodas;
 Verificar, periodicamente, a ação do amortecedor e se há
vazamento.

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Os problemas mais comuns da suspensão se manifestam geralmente ao
cabo de uma elevada quilometragem, e se traduzem em ruídos e desgastes
dos amortecedores. Sendo assim, a melhor forma de identificar os problemas é
através dos ruídos emitidos e as vibrações excessivas em pisos irregulares,
além do excesso de oscilação sentida pelo condutor ao entrar em curvas ou
desvios.
Caso os elos ou os espirais das molas estejam amassados ou batidos o
veículo terá perda de estabilidade, serão ouvidas batidas secas oriundas da
suspensão, além do desgaste prematuro dos pneus, amortecedores, coxins,
batentes e outros componentes que também compõem a suspensão, isso
acontece, normalmente, quando a mola da suspensão perde parte da sua
ação, assim defletindo de modo a bater os seus próprios elos.
Já a quebra da mola é um dos problemas mais graves que podem
existir, pois, ocorre a ruptura de um dos elos da mola, fator este que provoca
de modo imediato um desnivelamento da altura do veículo e pode ocasionar,
possivelmente, a perda de controle do veículo e consequentemente um
acidente bastante grave.
Se os elos ou espirais das molas estiverem com a pintura descascando,
ao olhá-los você verá sinais de ferrugem, o que destrói aos poucos o
tratamento dado ao aço e propicia para que haja o surgimento de microtrincas
e consequentemente a quebra dessas peças. Então, os principais problemas
que podem ser encontrados em um veículo são: elos ou espirais das molas
amassados ou batidos, quebra da mola e pintura da mola descascando. Mas é
importante nos atentarmos a possíveis problemas em cada um dos
componentes da suspensão.

Buchas da barra estabilizadora: Essas borrachas são utilizadas para


fixar e dar mobilidade a barra estabilizadora de muitos veículos e são
necessárias 02 unidades por barra, e quando uma delas cria folga os
diferenciais do movimento das suspensões dianteiras ou traseiras provocam
batidas devido às folgas existentes, mas atenção, pois o diagnóstico dessas
buchas deve ser realizado com o veículo no solo, onde o reparador pede que
02 pessoas balancem o carro lateralmente e este passa a buscar com a mão a
possível folga entre a bucha e a barra estabilizadora.

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Bieletas da barra estabilizadora: São barras de ligação entre a barra
estabilizadora e os amortecedores, e devem ser avaliadas da mesma forma
que as buchas da barra estabilizadora, ou seja, com o balanço lateral, mas
atenção, pois após a substituição das peças um novo balanço lateral deve ser
feito e assim simulará o movimento real da suspensão, já que as peças estão
na posição de desgaste real, ou seja, se testar no elevador essas peças não
apresentam folga, já que as molas da suspensão estão descomprimidas,
ocultando qualquer folga.

Pivôs: Os pivôs têm um resultado terrível ao se romper, ou seja, a roda


pode parar no retrovisor e seu diagnóstico pode ser feito através do balanço
lateral e também com o veículo no alto, e suas batidas na suspensão
costumam causar pânico no condutor e já ocorreram inúmeros casos de
veículos que tiveram essa peça rompida no momento de curva, o que provoca
a queda do veículo para dentro da própria curva de forma aterradora.

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Coxins de amortecedores: Esses componentes fazem a ligação entre a
suspensão e a carroceria e em muitos casos eles precisam ser removidos para
o correto diagnóstico.

Pratos de molas: Essa peça dá suporte às molas de suspensão e


costumam sofrer deformidades ou criar um desgaste no centro que gera uma
batida muito parecida com a dos pivôs e somente sua desmontagem dá
condição a uma correta avaliação.

Amortecedores: 99% dos barulhos de suspensão não provem de


amortecedores defeituosos e muitos destes são trocados desnecessariamente,
ou seja, na maioria das vezes a culpa do barulho é dos itens acima, mas claro
que se o amortecedor estiver sem ação ou vazado, a troca deve ser realizada
de imediato.

Molas: Os principais defeitos das molas já foram explanados, então


reforçando: as molas geralmente não fazem barulho, mas quebram e qualquer
indicio de desgaste como elos batendo, pintura descascada e ferrugem, deve-
se então colocar o condutor em máxima atenção, pois elas quebram e podem
atingir os pneus de forma imediata e se isso acontecer em movimento a
segurança estará seriamente comprometida.

Bandejas: As bandejas podem sofrer deformidades ou desgaste em


suas buchas e a troca da bucha deve ser substituída pela troca da bandeja
completa e também se deve realizar a aplicação de peças homologadas por
montadoras, pois pivôs e buchas de baixa qualidade costumam ser
encontradas a preço baixo, mas não possuem o mínimo de qualidade e
durabilidade.
Para maiores efeitos observem na tabela a seguir, de maneira resumida e
simplificada, os principais defeitos e causas no sistema de suspensão, a fim de
facilitar a localização de quais componentes da suspensão merecem devida
atenção de acordo com o defeito.

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Defeitos Causas
Quebra das Excesso de peso
molas Amortecedor sem ação
Suspensão baixa
Molas fracas

Barulho na Coxins danificados


suspensão Mola quebrada

Suspensão
oscilando muito Amortecedor sem ação

Roda desbalanceada
Folga excessiva no tirante da direção
Buchas elásticas dos braços oscilantes desgastadas
Angulação incorreta das rodas
Vibração da
Rolamentos dos cubos das rodas desgastadas ou com folga excessiva
suspensão
Mola helicoidais ineficientes
Amortecedor hidráulico de duplo efeito ineficiente
Círculo da roda deformado
Pressão desigual dos pneumáticos
Convergência errada das rodas
Alta velocidade em curvas
Aceleração muito rápida
Alta velocidade e marcha em estrada de pedra
Consumo
Folga excessiva dos rolamentos dos cubos das rodas
irregular de
Vibração no sentido horizontal das rodas
pneus
Braços oscilantes endurecidos nas articulações das buchas elásticas
Ângulo de câmber incorreto
Os pneumáticos não foram submetidos à rotação aconselhada
Pressão irregular dos pneumáticos
Buchas elásticas dos braços oscilantes desgastadas
Parafusos de fixação da suspensão na carroceria ou nos montantes soltos
Rolamento das rodas desgastadas ou com folga excessiva
Rumores
Lubrificação insuficiente dos rolamentos dos cubos das rodas
Afrouxamento do acoplamento da barra estabilizadora nos braços
oscilantes ou na carroceria

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Equipamentos requerem manutenção, seja preditiva (conhecida como
uma técnica de manutenção com base no estado do equipamento faz o
acompanhamento periódico das máquinas, baseando-se na análise de dados
coletados por meio de monitoramentos ou inspeções em campo), preventiva
(programam reparos ou recondicionamentos das máquinas), ou ate mesmo
corretiva (quando já há desgastes ou falhas nos equipamentos, substituindo as
peças e os componentes afetados), pois é preciso garantir para a operação
que este funcione, e principalmente, seja confiável. Esta garantia não é apenas
quanto à integridade do equipamento, que o mantém disponível para produção
/ operação, mas também de segurança, pois a não realização da correta
manutenção coloca em risco a integridade física das pessoas envolvidas,
inclusive da sociedade.

Kit Coxim Amortecedor Rolamento Dianteiro Hyundai I30

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Relatório de Inspeção da Suspensão
Nome do cliente:
Tel:
Endereço:
Veículo: Cor
Placa: Km Ano
Data:

Especificações Técnicas
Suspensão Dianteira
Kit amortecedor  [ ] Folga [ ] Ruídos
dianteiro [ ] Danificado
Amortecedor dianteiro  [ ] Vazamento
40mil [ ] Uso superior a 40mil
[ ] Sem ação
[ ] Travado
Molas dianteiras 60mil  [ ] Elo batendo
[ ] Uso superior a 60mil
[ ] Descascada [ ] Quebrada
Buchas do quadro  [ ] Folga buchas quadro
dianteiro
[ ] Trinca quadro dianteiro
Caixa de direção  [ ] Vazamento de óleo
[ ] Batendo [ ] Ruídos [ ] Folga
Óleo direção hidráulica  [ ] Nível baixo
[ ] Contaminado [ ] Vazamento
Bucha barra de direção  [ ] Batendo [ ] Ruídos [ ] Folga
Rolamento dianteiro  [ ] L. Esquerdo [ ] L. Direito
[ ] Roncando [ ] Com folga
Terminal axial  [ ] L. Esquerdo [ ] L. Direito
[ ] Folga [ ] Torto
Terminal direção  [ ] L. Esquerdo [ ] L. Direito
[ ] Folga [ ] Coifa rasgada
Pivôs  [ ] L. Esquerdo [ ] L. Direito
[ ] Folga [ ] Coifa rasgada
Bandejas dianteiras  [ ] L. Esquerdo [ ] L. Direito
[ ] Folga [ ] Torto
[ ] Trocar buchas
Coifa Câmbio  [ ] L. Esquerdo [ ] L. Direito
[ ] Rasgada
[ ] Abraçadeira danificada
Coifa Roda  [ ] L. Esquerdo [ ] L. Direito
[ ] Rasgada
[ ] Abraçadeira danificada
Suspensão dianteira 
solta

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Pressão dos pneus 
dianteiros
Desgaste irregular 
dos pneus dianteiros
Suspensão Traseira
Kit amortecedor  [ ] Folga [ ] Amassado
traseiro [ ] Rasgado [ ] Ruídos
[ ] Danificado
Amortecedor traseiro  [ ] Vazamento
[ ] Uso superior a 40mil
[ ] Sem ação [ ] Travado
Molas traseiras  [ ] Elo batendo
[ ] Uso superior a 60mil
[ ] Descascada [ ]
Quebrada
Buchas eixo traseiro  [ ] Folga
[ ] Eixo traseiro danificado
Rolamento traseiro  [ ] L. Esquerdo [ ] L.
Direito [ ]
Roncando [ ] Com folga
Bandejas traseira  [ ] L. Esquerdo [ ] L.
Direito [ ] Folga
[ ] Torto [ ] Trocar
buchas
Suspensão traseira 
solta
Pressão dos pneus 
traseiros
Desgaste irregular 
dos pneus traseiros
Outros 
Observações:

Motivo da não Inspeção Veicular?

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Anotações:

25

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