Diagnóstico e reparação em sistemas de travagem UFCD

6
Sistema de travagem

Introdução

O sistema de travões é um dos elementos mais importantes

na mecânica dos automóveis, pois trata-se de um componente de segurança.
São projectados, desenhados e dimensionados, com o objectivo de manter a
capacidade de desaceleração do veículo consideravelmente maior que sua
capacidade de aceleração.

Composto por um disco ou por um tambor, ou ainda pelos dois, o

sistema cumpre sua função pressionando as peças contra a roda, impedindo o
movimento da mesma. O primeiro sistema é composto por duas pastilhas, que
prendem um disco que acompanha o movimento da roda, enquanto o segundo,
através de uma pressão aplicada por lonas colocadas dentro do tambor, faz
com que a roda pare. A maior parte dos carros desenvolvidos actualmente
possuí um sistema misto, composto por dois discos, à frente, e dois tambores
atrás. Alguns possuem discos nas quatro rodas, o que aumenta
significativamente a estabilidade na travagem. Um dos principais factores que
ajudam a uma melhor performance dos travões é a utilização de um fluido de
lubrificação adequado e a correta manutenção dos discos, pastilhas, lonas e
tambores.

Filipe Brá s V. Marques Nº6

Pá g. 1
Diagnóstico e reparação em sistemas de travagem UFCD
6

Composição do Sistema de travagem

Parte de Comando

Pedal Travão e Servo Freio

Ele exige uma fonte de vácuo para

funcionar. Em carros movidos a gasolina, a álcool
ou a gás natural o motor oferece um vácuo
apropriado para os servo-freios. Na verdade, se
fixarmos uma mangueira em certa parte do motor, é
possível aspirar parte do ar do motor produzindo
um vácuo parcial. Uma vez que motores a diesel não produzem vácuo, eles
precisam usar uma bomba de vácuo separada.

Em carros com servo-freio a vácuo, o pedal do travão empurra uma

haste, que passa através da câmara de vácuo para Bomba Principal,
accionando o seu ou os seus silindros. O motor cria um vácuo parcial dentro da
câmara de vácuo, em ambos os lados do diafragma. Quando pisamos no pedal
do travão, a haste abre uma válvula, permitindo a entrada do ar na câmara em
um lado do diafragma, enquanto este isola o vácuo. Isto aumenta a pressão no
outro lado do diafragma, ajudando a empurrar a haste, que por sua vez
empurra o pistão no cilindro-mestre.

Quando o pedal do freio é liberado, a válvula isola o suprimento de ar

externo, enquanto reabre a válvula a vácuo. Isto restaura o vácuo em ambos os
lados do diafragma, permitindo que tudo retorne à sua posição original.

Filipe Brá s V. Marques Nº6

Pá g. 2
Diagnóstico e reparação em sistemas de travagem UFCD
6

Parte Operacional

Bomba Principal

O tanque plástico é o reservatório de fluido de

travões, fonte de fluido de travões do cilindro-
mestre. A conexão eléctrica é de um sensor que
faz acender uma lâmpada de alerta quando o nível do
fluido está baixo.

Quando você pressiona o pedal de freio,

ele empurra o pistão-primário através de uma
haste. A pressão aumenta no cilindro e nas linhas
à medida que o pedal é mais pressionado. A
pressão entre o pistão-primário e o secundário
força este a comprimir o fluido em seu circuito. Se
o freio estiver funcionando de maneira correta, a
pressão será a mesma em ambos os circuitos.

Travões de Tambor

Muitos carros têm freios a tambor nas rodas

traseiras e freios a disco nas dianteiras. Os freios a
tambor têm mais peças que os freios a disco, sendo
também mais difíceis de reparar, porém são mais
baratos para fabricar e incorporam facilmente um
mecanismo de freio de estacionamento.

Como o travão a disco, que tem duas

pastilhas, o travão de tambor tem um bombitos, com
dois pistões, e o travão de tambor também tem um
mecanismo de afinação automática, um mecanismo
de travão de estacionamento e muitas molas.

Filipe Brá s V. Marques Nº6

Pá g. 3
Diagnóstico e reparação em sistemas de travagem UFCD
6

Afinador automático

Para que os travões a tambor funcionem

correctamente, as pastilhas devem permanecer perto
do tambor sem tocá-lo. Se elas se afastarem demais
(quando estão desgastadas, por exemplo), o bombitos
necessitaram de mais fluido para cobrir essa distância,
e o pedal de travão vai ficar com maior curso quando é
accionado. Por isso, a maioria dos travões a tambor
têm afinador automática.

Travão de Estacionamento

Quando o travão de estacionamento é activado,

um cabo puxa a alavanca que, por sua vez, força as
duas pastilhas a se separarem.

Travões de disco

A maioria dos carros modernos tem freios a

disco nas rodas dianteiras, podendo também ser
encontrados nas rodas traseiras. O tipo mais comum
de travões a disco nos carros modernos é o de pinça
flutuante de um pistão.

Num travão a disco, as pastilhas comprimem o

disco, por sua vez o atrito entre as pastilhas e o disco reduzem a velocidade do veículo.

Filipe Brá s V. Marques Nº6

Pá g. 4
Diagnóstico e reparação em sistemas de travagem UFCD
6

ABS

Existem quatro componentes principais em um sistema ABS:

Sensores de rotação

O sistema de anti derrapagem precisa saber, de

alguma maneira, quando uma roda está prestes a
travar. Os sensores de rotação, que estão localizados
em cada roda ou, em alguns casos, no diferencial,
fornecem essa informação.

Válvulas

Existe uma válvula na tubagem de cada travão controlado pelo ABS

Bomba

Uma vez que a válvula libera a pressão dos travões, deve haver uma
maneira de repor aquela pressão. É isso que a bomba faz: quando a válvula
reduz a pressão num tubo, a bomba repõe a pressão.

Unidade controladora

A unidade controladora é a Centralina no automóvel. Ela monitora os

sensores de rotação e controla as válvulas.

Filipe Brá s V. Marques Nº6

Pá g. 5
Diagnóstico e reparação em sistemas de travagem UFCD
6

Tubagens

É por meio das tubagens que o óleo

chega a todas as rodas, existem as
tubagens rígidas, que atravessam o
carro desde a bomba principal, e
também existem as tubagens flexíveis
que vão até aos bombitos e as pinças.

Óleos

É ele que desempenha o papel mais importante no accionamento do sistema

de travagem e deve garantir o correcto funcionamento dos travões em
quaisquer condições.

Por esta razão, os óleos de travões utilizados nos automóveis devem possuir
características muito específicas e principalmente oferecer uma grande
estabilidade às pressões e temperaturas.

Actualmente, podemos dividir os óleos de travões em três tipos, “LHM”, que

são lubrificantes minerais de muito baixa viscosidade comuns para o sistema
de travagem circuitos hidráulicos das suspensões e servo-direcção. Óleos
“Convencionais”, formulados com compostos possuindo radicais álcool (glicol)
– polietileno glicol ou polipropileno glicol; e óleos “Silicones”, fluídos sintéticos a
que se adicionam pequenas quantidades de aditivos para limitar a degradação
por efeito da temperatura e neutralizar as substâncias corrosivas.

Filipe Brá s V. Marques Nº6

Pá g. 6
Diagnóstico e reparação em sistemas de travagem UFCD
6

Conclusão

Após ter concluído este trabalho sobre Sistemas de Travagem, concluo

que é um dos sistemas mais importantes de um veiculo, se não o mais
importante!

Fiquei com o meu conhecimento aprofundado, quanto ao sistema de

travagens, já sendo agora capaz de detectar avarias, como também reparalas!

Filipe Brá s V. Marques Nº6

Pá g. 7