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2023
Xangô e-Racing
Sumário:
0. Introdução – 4
1. Sistema de freio – 5
1.1 Funções básicas de um sistema de freio – 5
4. Dispositivos de segurança – 19
4.1 Anti-lock braking system (ABS) – 19
4.2 Eletronic braking distribuition (EBD) – 20
4.3 Eletronic braking assist (EBA) – 20
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5. Embasamento teórico – 21
5.1 Dinâmica veícular – 21
5.1.1 Sistemas de coordenadas – 21
5.1.2 Distribuíção de massa do veículo – 22
5.1.2.1 Centro de gravidade (CG) – 22
5.1.2.2 Transferência de carga longitudinal – 22
6. Referências - 24
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0. Introdução
Este resumo tem por objetivo conceituar os principais aspectos teóricos relacionados ao
sistema de freio em veículos de corrida, com enfoque no projeto de um Fórmula SAE elétrico.
Também é finalidade deste documento servir de objeto de estudo paraos membros da Xangô e-
Racing, no presente e no futuro.
A importância do sistema de freios em um veículo elétrico de FSAE é crucial para
garantir não apenas a segurança do piloto mas também um desempenho eficiente. Esse
documento servirá como base necessária para aprender e entender a projeção de um sistema de
freio pois consiste em muita teoria e uma quantidade elevada de parâmetros.
Os objetos de estudo analisados e resumidos neste documento foram: Brake Design and
Safety – Rudolf Limpert; Brake Handbook – Fred Puhn; Projeto e Dimensionamento de um
Sistema de Freios Aplicado a um Veículo Fórmula Sae - Gustavo Carvalho Martins dos Santos
(UFRJ).
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1. Sistema de Freio
• Os freios devem ser capazes de parar o veículo com uma distância máxima em
casos de emergência;
• O condutor deve ter o controle adequado do veículo durante a frenagem;
• Os freios devem possuir boas características de dissipação de calor, isto é, a sua
eficiência não deve diminuir com a aplicação prolongada e constante;
• Devem possuir boas propriedades quanto ao desgaste.
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Existem vários tipos de sistemas de freios utilizados em veículos, cada um com suas
características e aplicações específicas.
Prato do freio – Conhecido também como backing plate: Placa de metal localizada na
parte traseira e tem como função alinhar todo o conjunto. Serve como estrutura e suporte para
as sapatas de freio que são montadas no backing plate e precisa estar tudo alinhado para haver
o contato ideal.
Sapatas e lonas - São peças em forma de arco, geralmente revestidas com material de
fricção, que se movem dentro do tambor. As sapatas de freio são forçadas contra a superfície
interna do tambor durante a frenagem, criando atrito e convertendo a energia cinética do
movimento do veículo em calor.
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Cilindro de roda - É um cilindro hidráulico localizado no interior do tambor, próximo
às sapatas de freio. O cilindro de roda é acionado pelo fluido de freio pressurizado, forçando as
sapatas de freio contra o tambor durante a frenagem. Em geral é feito de ferro fundido e é
composto por pistão, gaxetas de vedação e mola centralizadora.
Molas de retorno - Molas localizadas nas sapatas de freio. Após a liberação da pressão
de frenagem, as molas de retorno garantem que as sapatas de freio se separem do tambor,
permitindo que a roda gire livremente.
Tambor - Produzidos geralmente em ferro fundido cinzento devido as suas
características como, boa resistência mecânica, excelente usinabilidade, facilidade de fusão e
moldagem, boa resistência ao desgaste e bom amortecimento. Ele gira junto com a roda. O
tambor fornece a superfície na qual a frenagem ocorre. As sapatas de freio pressionam contra
o interior do tambor para criar atrito e desacelerar o veículo.
Ajustador automático - Mecanismo que faz ajustes automáticos no espaço entre as
sapatas de freio e o tambor. Garante que as sapatas de freio mantenham a proximidade adequada
com o tambor à medida que o material de fricção se desgasta, otimizando a eficiência da
frenagem.
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O disco de freio ranhurado é uma opção também pois neste tipo de disco são usinadas
ranhuras superficiais de forma a permitir uma melhor limpeza da superfície de atrito, eliminação
do filme de água entre o disco e a pastilha, além da eliminação de gases provenientes das altas
temperaturas geradas nessa superfície.
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Em resumo, os freios a disco são uma escolha popular para veículos da Fórmula SAE,
proporcionando desempenho de frenagem excepcional, leveza, dissipação eficiente de calor e
durabilidade, todos essenciais para o sucesso em competições de engenharia automotiva.
Obs: Existem outros tipos de freio, porém não são aplicáveis para o fórmula sae.
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3. Componentes do sistema de freio
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além de absorver e dissipar mais calor, fazendo com que não seja muito utilizado em linha
de montagem, exceto para veículos de alta performance ou até mesmo em caminhões leves.
Por possuir pistões de menor diâmetro, consome menor volume de fluído de freio e
consequentemente gera uma maior força e pressão em sua atuação entre a pastilha e as
faces de contato do disco.
Uma pinça de freio deslizante é outro tipo comum de pinça usada em sistemas de
freios de veículos. é possível ser mais leve e econômico devido ao menor número de peças
requeridas para sua montagem e funcionamento. Dependendo do projeto, pode possuir até
três pistões, localizados apenas no lado interno da montagem e que recebem a pressão
hidráulica originando assim a força de aplicação sobre a pastilha interna.
Seu design permite uma sangria do sistema menos complexa, porém, consome um
maior volume de fluído de freio e devido ao diâmetro do pistão e uma maior pressão na
linha para poder fazer com que haja o deslocamento do corpo sobre os pinos.
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3.2 Pedal de freio
O pedal de freio é o componente que é acionado pelo piloto, fazendo com que
inicie-se o acionamento hidráulico. É composto por uma haste pivotada que tem a
finalidade de transmitir e ampliar a força aplicada pelo motorista até o cilindro mestre. O
projeto e a construção desse componente afeta o funcionamento do freio e a sensação
subjetiva do piloto em relação à ergonomia e conforto. Deve ser a parte mais confiável de
um sistema de freio, pois sua falha pode significar uma perda completa de frenagem.
Por considerações ergonômicas a força que o motorista pode aplicar ao pedal, com
o pé direito, para as mulheres é de aproximadamente 445N, enquanto para os homens é de
aproximadamente 823N (LIMPERT, 1999). Tanto a força do pedal, quanto o seu
deslocamento são parâmetros importantes que contribuem para a segurança e eficiência da
frenagem. De acordo com Puhn (1985), o pedal de freio deve ser projetado de modo que
quando alcançada a força máxima de aplicação, sua posição seja de 90° em relação à haste
(pushrod), que por sua vez deve estar alinhada ao cilindro mestre.
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3.3 Cilindro mestre
O cilindro mestre de freio tem como função converter a força mecânica aplicada
pelo motorista sobre o pedal de freio em pressão hidráulica. De acordo com Limpert (1999),
os cilindros podem ser do tipo simples ou duplo.
Cilindro Mestre Simples: Geralmente utilizados em veículos de alta performance
e de competição, sendo um para o eixo dianteiro e outro para o traseiro com utilização de
balance bar. Pode ser utilizado com circuito em paralelo ou diagonal. São mais simples em
termos de design e, muitas vezes, são mais econômicos de fabricar. No entanto, eles podem
ser menos precisos na distribuição de pressão entre as rodas.
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3.4 Balance bar
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3.5 Fluído de freio
O fluido de freio é o meio pelo qual a energia é transmitida entre o cilindro mestre,
a unidade de controle hidráulico e os freios das rodas. A função do fluido dos freios é
assegurar a transmissão da pressão aos componentes do freio dentro de uma faixa de
temperatura de operação especificada. Além disso, o líquido do sistema lubrifica os
componentes, como juntas, pistões e válvulas, protegendo-os da corrosão.
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3.6 Pastilhas de freio
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3.7 Tubos e conexões
Tubos flexíveis - São reforçadas internamente por fibras de nylon, são utilizadas
entre componentes móveis, como eixos ou pinças de freio. As mangueiras de freio
garantem a transmissão da pressão do fluido para os freios sem qualquer obstrução,
mesmo em condições extremas.
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4. Dispositivos de segurança
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5. Embasamento teórico
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5.1.2. Distribuíção de massa do veículo
mva = Fd + Ft + Ra
Onde: Fd = força de frenagem no eixo dianteiro; Ft = força de frenagem no eixo
traseiro; Ra = resistência aerodinâmica.
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A soma destas três forças contribui para a desaceleração do veículo. Para baixas
velocidades será desprezado o valor da resistência aerodinâmica que é função da pressão
dinâmica, que aumenta com o quadrado da velocidade. O movimento de um veículo
durante a frenagem pode ser modelado através de uma desaceleração constante, desta
forma é possível calcular o tempo e a distância necessária para a frenagem a partir de
qualquer velocidade até o repouso.
Onde:
FNT = força normal agindo sobre o eixo traseiro. [N]
FND = força normal agindo sobre o eixo dianteiro. [N]
PV = peso do veículo. [N]
DED = distância entre o eixo dianteiro e o centro de gravidade. [m]
DET = distância entre o eixo traseiro e o centro de gravidade. [m]
D = distância entre eixos. [m]
• Distribuição de carga dinâmica: Ao desacelerar, o veículo transfere cara
da traseira para dianteira em função da altura do CG e a distância entre
eixos. Definindo com G a razão entre a desaceleração do veículo e a
gravidade, obtém-se:
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6. Referências
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